domingo, 30 de novembro de 2008

Na trilha da energia

Dominando a energia

No momento em que o homem aprendeu a controlar o fogo, realizou sua primeira grande conquista energética, passando a utilizar a natureza de forma inteligente, para se aquecer, cozinhar e se proteger.

Ao longo dos séculos, outros recursos naturais - como a água, o carvão, o gás e o petróleo - foram utilizados como fontes energéticas e aproveitados pela humanidade para gerar luz, calor e movimento.

Hoje a ciência define energia como a capacidade de realizar um trabalho ou mudanças de estado. Para chegar a este conceito, o homem teve de usá-la, entendê-la e reconhecer seus diversos estágios, formas e fontes.

Estágios da energia

O potencial dos recursos que brotam e são extraídos pelo homem da natureza é chamado de energia primária.

As fontes de energia primárias não renováveis são aquelas que correm o risco de se esgotar por serem utilizadas em velocidade maior do que o tempo necessário para a sua formação. É o caso dos combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás natural) e dos combustíveis radioativos (urânio, tório, plutônio, entre outros).

As fontes primárias renováveis, ao contrário, são as que podemos considerar permanentemente disponíveis (sol, rios, mares, ventos) ou aquelas que os seres humanos podem manejar de acordo com a necessidade, como a biomassa, obtida da cana-de-açúcar, da casca do arroz e de resíduos animais, humanos e industriais.

O resultado da conversão da energia primária, ou seja, da transformação de fontes primárias, renováveis ou não, em calor, força, movimento etc., é chamado de energia secundária ou energia derivada.

Já a energia utilizada pelos consumidores residenciais ou industriais, na cidade ou no campo, é denominada energia final e alguns de seus melhores exemplos são a eletricidade e a gasolina.

Tipos básicos

Há dois tipos básicos de energia: a energia potencial e a energia cinética.

A energia potencial é a energia armazenada por um corpo, também chamada de energia de posição. Por exemplo, as águas do rio Iguaçu têm energia potencial; uma pedra no alto de uma montanha também.

Quando empurramos a pedra e ela começa a se movimentar, sua energia potencial se transforma em energia cinética. As águas do rio Iguaçu, ao caírem em cascata, também transformam sua energia potencial em energia cinética, e se tornam capazes de exercer força e movimentar as pás de uma turbina.

A velocidade da pedra, tanto quanto a força das águas, vão depender da sua energia potencial anterior, ou seja, da sua massa e da altura em que se encontrava. Quanto maior a pedra e mais elevada a sua posição, maior será a energia cinética que ela vai gerar.

Durante o trajeto, tanto a pedra quanto a água apresentam, ao mesmo tempo, os dois tipos de energia, sendo que a energia cinética vai se transformar em energia potencial no fim do caminho.

Formas e Fontes

Quando uma força é aplicada sobre um corpo, fazendo com que ele se desloque por um determinado espaço, dizemos que esta força realizou um trabalho mecânico. Esta é uma forma comum de manifestação da energia, denominada energia mecânica.

A queima ou combustão de um recurso natural - como a lenha ou o carvão - gera calor que é também outra forma comum de manifestação da energia, chamada de energia térmica.

A energia que flui do interior da Terra sob a forma de calor é a energia geotérmica. Ela se concentra nas rochas quentes e secas que se encontram em profundidades que variam entre 3 a 5 Km.

Há ainda a energia radiante ou energia de radiações eletromagnéticas, como a luz e o calor do sol, as ondas de rádio e televisão, os raios X e as microondas.

Já a energia nuclear, também chamada energia atômica, é obtida por alterações no núcleo de um átomo pela fissão ou quebra de núcleos pesados (urânio, tório e plutônio), seja pela fusão ou junção de núcleos leves, como o do hidrogênio.

Energia química é a energia liberada ou formada em uma reação química, como acontece nas pilhas e baterias.

Uma das mais importantes características da energia é a sua capacidade de transformação de uma forma para outra. E estas transformações podem ser controladas. Por exemplo: quando ligamos o motor de um carro, a energia química da bateria se transforma em energia elétrica, que produzirá trabalho fazendo girar o motor. Em seguida, a energia potencial da gasolina se transformará em energia cinética e moverá os pistões que fazem as rodas girar. Ao desligarmos o motor, todas as transformações cessam.   

Cadeias energéticas

Chamamos de cadeia energética o conjunto de atividades necessárias para que alguns tipos de energia cheguem onde queremos usá-la. Essas atividades estão relacionadas à obtenção de energia primária, sua transformação em secundária nos centros de transformação e seu transporte de um ponto a outro até o seu consumo final.

Atualmente geramos energia secundária em usinas, destilarias e refinarias, a partir de diversos recursos naturais como a água, o petróleo, a cana-de-açúcar, a lenha, o carvão e o gás natural. Depois, nós a transportamos para as grandes e pequenas cidades, já como energia final, na forma de eletricidade, álcool, gasolina, óleo e gás.

No caso do petróleo, por exemplo, podemos verificar que ele é transportado do poço de onde é extraído para a refinaria por um oleoduto ou navio tanque. Depois é transformado em subprodutos como a gasolina e o óleo diesel e transportado novamente por caminhões-tanque, até os postos distribuidores, onde será adquirido pelo consumidor final. Esta é a cadeia energética do petróleo.

Termodinâmica

A Termodinâmica é o ramo da Física que estabelece as leis básicas da energia e nos ajuda a compreender melhor a sua natureza. Ela estabeleceu dois princípios importantes, que devemos conhecer.

A Lei da Conservação de Energia, que diz que a energia não pode ser criada nem destruída e considera imutável a quantidade total de energia no mundo. Essa seria, na verdade, uma versão da Física para o Princípio de Lavoisier: "na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma".

E a Lei da Entropia demonstra que, quando há transformação, a qualidade da energia permanece igual ou diminui. Jamais aumenta.

Medindo a energia

A energia pode ser medida e para cada forma de energia existe uma unidade de medida apropriada. Por exemplo, o Joule (J) é a unidade para o trabalho; a Caloria (cal) é a unidade para o calor e o Watt (W) é a unidade para a eletricidade. Já os múltiplos das três unidades são expressos assim:

Quilo (K) = Mil

Mega (M) = Milhão

Giga (G) = Bilhão

Terá (T) = Trilhão

No caso particular do petróleo, podemos medir a quantidade de energia utilizando a unidade denominada Tonelada Equivalente de Petróleo (TEP), que corresponde aproximadamente a 10.800 milhões de calorias.

E já que o fator "tempo" interfere nas transformações energéticas, que podem acontecer mais rápida ou lentamente, é importante saber calcular a potência das fontes de energia.

Uma fonte energética possui uma alta potência quando realiza o trabalho em pouco tempo. Assim, se outra fonte realiza o mesmo trabalho em um tempo maior, dizemos que ela é menos potente. Quanto mais rápida a transformação, maior a potência desenvolvida.

A potência é calculada dividindo-se a quantidade de energia utilizada pelo período de tempo no qual ocorreu a transformação energética.

Energia elétrica

A energia elétrica é a única forma de energia que pode ser transportada com facilidade, através de condutores (geralmente fios de metal, como o cobre, ou cabos). Esta característica e a facilidade com que pode ser obtida a partir de todos os outros tipos de energia tornaram a eletricidade a principal fonte de luz, calor e força utilizada no mundo de hoje.

Conceitos

Para falar de energia elétrica é preciso primeiro compreender os conceitos de tensão e de corrente elétrica.

Tensão ou voltagem é a medida da energia potencial dos aparelhos e equipamentos que utilizam energia elétrica como força motriz. A unidade utilizada para esta medida é o Volt (V). Podemos verificar informações sobre a voltagem em todos os aparelhos eletrodomésticos, que geralmente possuem 110 V ou 220 V.

Corrente elétrica é como chamamos o movimento ordenado das cargas elétricas através dos condutores. O Ampère (A) é a unidade de medida das correntes elétricas.

As correntes elétricas podem ser contínuas ou alternadas. A corrente contínua (CC) é aquela que não muda de sentido, ou seja, as cargas se deslocam sempre na mesma direção. Já na corrente alternada (CA) as cargas se deslocam alternadamente num e no outro sentido.

Já a interferência dos elementos condutores, na passagem da corrente elétrica, é medida pela grandeza física chamada Resistência (R). A corrente será maior quando a resistência for menor e vice-versa.

Sistemas Elétricos

Para que nossa civilização pudesse chegar ao estágio atual foi preciso, primeiro, desenvolver a produção de energia elétrica em larga escala e com custos reduzidos, isto é, em grande quantidade. Para tanto, foram desenvolvidos sistemas elétricos complexos, com diversos elementos, equipamentos e conexões.

As principais etapas de um sistema elétrico são a geração, a transmissão, a distribuição e o consumo.

Para cada uma destas etapas existem elementos fundamentais. No caso da geração, as usinas geradoras; na transmissão, as subestações elevadoras de tensão e as linhas de transmissão; já na distribuição, as subestações abaixadoras de tensão e o sistema de distribuição; no consumo, que é a etapa final, temos as máquinas, os aparelhos eletrodomésticos, as lâmpadas e os equipamentos elétricos em geral.

Geração

O primeiro passo para produzir energia elétrica é obter a força necessária para girar os gigantescos sistemas de hélices, denominados turbinas, que movem os eixos responsáveis pela produção de energia e que, geralmente, são chamados de geradores ou alternadores. Esta força pode ser obtida de diversas formas, sendo que as três mais utilizadas atualmente são:

# a força das águas: energia hidrelétrica

# a força do calor: a energia termelétrica

# a força dos átomos: a energia nuclear

A força das águas (energia hidrelétrica)

Em países como o Brasil, a Itália, o Japão e o Canadá, que possuem rios com grandes desníveis, uma das soluções mais econômicas para fazer girar turbinas é aproveitar a força das águas, construindo usinas hidrelétricas. Em uma usina desse tipo, o rio é represado por uma barragem onde são instalados grandes tubos inclinados onde se abrigam as turbinas. A água desce pelos tubos e faz girar o sistema de hélices, movimentando o eixo dos geradores.

A força do calor (energia termelétrica)

Em regiões ou países com poucos recursos hidrográficos, mas com boas reservas de óleo, carvão ou gás, é possível girar turbinas com a força do vapor resultante da queima desses combustíveis. Para isso, são construídas usinas termelétricas. Nelas, as caldeiras consomem uma quantidade enorme de recursos e mantém a pressão do vapor alta o bastante para que ele possa produzir o movimento das hélices das turbinas e dos eixos dos geradores.

A força dos átomos (energia nuclear)

Na natureza, algumas substâncias, como o urânio, têm núcleos atômicos extremamente pesados e instáveis que podem ser divididos em partículas menores se forem bombardeados por nêutrons. O nêutron, ao atingir um núcleo de urânio, provoca sua quebra em dois núcleos menores e a liberação de mais nêutrons que, por sua vez, irão atingir outros núcleos e provocar novas quebras. É uma reação em cadeia e, no momento em que se dividem os núcleos emitem calor na forma de radiação.

A velocidade de uma reação em cadeia pode ser de dois tipos: não-controlada e controlada. No primeiro caso, a reação ocorre muito rapidamente (em menos de 1 segundo), liberando enorme quantidade de energia. É o que acontece, por exemplo, na explosão da bomba atômica. No segundo caso, a reação é controlada pelos chamados reatores de fissão nuclear, permitindo aproveitar a energia liberada e evitar explosões.

Transmissão

As usinas de energia elétrica geralmente são construídas longe das cidades. Por isso, a eletricidade que sai da casa de força dessas usinas tem de viajar bastante até chegar aos centros consumidores.

A eletricidade é transportada para as cidades através de cabos. Fora dos centros urbanos, os cabos são aéreos, revestidos por camadas isolantes e fixados em grandes torres de metal. O conjunto desses cabos forma uma rede de transmissão . As peças mais importantes nas torres de transmissão são os grandes elementos isolantes de vidro ou porcelana que sustentam os cabos e impedem descargas elétricas.

A eletricidade produzida nos grandes geradores ou alternadores das usinas é, como sugere o nome, de corrente alternada, ou seja, está em constante movimento ora em um sentido, ora no outro, o que facilita sua transmissão a grandes distâncias.

Durante o percurso entre as usinas e as cidades, a eletricidade passa por diversas estações, onde aparelhos chamados transformadores aumentam ou diminuem sua voltagem - a tensão elétrica.

Ao elevar a tensão elétrica no início da transmissão, os transformadores evitam acidentes e a perda excessiva de energia ao longo do caminho.

Distribuição

As subestações, que se situam próximas aos centros de consumo, ao diminuírem as tensões elétricas, permitem a distribuição da energia elétrica nas cidades. A partir delas, os cabos prosseguem por via aérea ou subterrânea, formando as redes de distribuição.

Apesar de mais baixa, a tensão utilizada nas redes de distribuição não é adequada para o consumo imediato. Assim, transformadores menores são instalados nos postes de rua para reduzir ainda mais a voltagem da energia que vai diretamente para as residências, o comércio e outros locais de consumo.

O consumo de uma localidade pode ser medido, o que facilita o planejamento das empresas distribuidoras de energia. A representação gráfica desse consumo é chamada de Curva de Carga e, geralmente, a medição é feita por hora. Chamamos de horário de pico o momento em que aquela localidade utiliza maior quantidade de energia elétrica. Nos centros urbanos, o horário de pico se dá por volta das 18 horas, quando escurece e, normalmente, as pessoas chegam em casa do trabalho.

Vale observar que a curva de carga varia de acordo com a estação do ano e com a região do país, pois o nível de luminosidade e o clima, entre outros fatores, têm influência no consumo de energia elétrica.

No Brasil, o fornecimento de energia elétrica é feito por meio de um grande e complexo sistema de usinas geradoras, que podem ser hidrelétricas, termelétricas ou nucleares, subestações e linhas de transmissão interligadas. A operação é feita pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) órgão responsável pela integração das diversas empresas geradoras e distribuidoras de energia.

No sistema interligado, os principais centros geradores não são identificados pelas empresas donas das usinas e sim pelos nomes das bacias hidrográficas nas quais elas se localizam. Isto porque qualquer alteração ou interferência nas partes mais altas da bacia prejudica também as áreas localizadas nas planícies ou nas partes mais baixas da região. A gestão dos sistemas por bacia hidrográfica permite um uso mais racional das águas do país.

Apesar de o sistema interligado fornecer energia para a maior parte do país, alguns sistemas isolados também são utilizados, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste. Os sistemas isolados geram a energia que vai ser consumida em uma determinada localidade ou até mesmo por uma só indústria. Geralmente são constituídos por usinas hidrelétricas e termelétricas a diesel ou a gás natural, de pequeno ou médio porte.

sábado, 29 de novembro de 2008

História da Energia

A teoria do Big Bang diz que uma explosão de energia deu origem a todo o Universo e que uma pequena parte desta energia ficou concentrada no Sol, principal astro do nosso sistema planetário. Foi a energia do sol que possibilitou o surgimento da vida na Terra. Todos os seres vivos - homens, animais e plantas - dependem da luz e do calor do Sol, que atravessam cerca de 150 milhões de quilômetros para chegar até aqui.

Primeiros tempos

Os homens pré-históricos já sabiam que podiam se aquecer ao Sol e que tremeriam de frio se as nuvens o escondessem. Porém, como não havia como comandar o Sol e era impossível armazenar seu calor ou fazer com que sua luz invadisse a noite, eles deslocaram sua atenção para outra fonte natural de energia: o fogo.

A conquista do fogo transformou a vida dos seres humanos. Utilizado para moldar armas e ferramentas, o fogo facilitou a execução de uma série de novas tarefas como a construção de casas, a fabricação de tecidos e a modelagem do vidro.

Revolução Industrial

Durante muito tempo quase todas as máquinas foram movidas pela força de animais, como nas carroças; da água, como nas rodas d´água; e dos ventos, como nos moinhos. Somente a partir de 1712, depois que o inglês Thomas Newcomen utilizou a energia do vapor pela primeira vez para bombear a água das minas próximas à sua casa na Inglaterra , iniciou-se o que chamamos de Revolução Industrial.

A aplicação do vapor, principalmente nas indústrias de tecido e nos moinhos de trigo, produziu grandes mudanças econômicas e sociais no mundo inteiro. Ao longo do século XVIII, o vapor foi o ponto de partida para a invenção de novas ferramentas como os tornos e a máquina de costura, e também de meios de transporte importantes como os trens e os navios movidos a vapor.

A industrialização trouxe um progresso sem precedentes na história. As máquinas e equipamentos se tornaram cada vez mais precisos e garantiam a fabricação dos produtos numa velocidade jamais imaginada.

A grande descoberta

Até meados do século XVII a humanidade ainda não conhecia a energia elétrica. Os raios vinham sendo observados há muito tempo e o filósofo grego Tales de Mileto já havia atraído fiapos de algodão friccionando o âmbar (uma resina fóssil semelhante ao plástico), mas ainda não tínhamos a menor idéia de como era produzida essa força tão poderosa.

Só em 1752, as experiências do cientista americano Benjamin Franklin começaram a esclarecer as dúvidas sobre essa fantástica forma de energia. Em uma delas, empinando uma pipa num dia de tempestade, Franklin conseguiu atrair um raio e recebeu uma pequena descarga elétrica. O fato comprovou, pela primeira vez, que a energia dos raios podia ser captada e transmitida através de fios.

Cerca de cinqüenta anos depois, o italiano Alessandro Volta produziu eletricidade artificialmente, empilhando discos de cobre e zinco, alternados e separados por pedaços de tecido molhado em ácido. A reação química entre os discos gerou um fluxo constante de carga elétrica por um longo tempo. A pilha de Volta, hoje com várias formas e dimensões, ainda faz funcionar diversos equipamentos elétricos.

Com a descoberta da pilha, os cientistas passaram a ter uma fonte permanente de corrente elétrica, abrindo novos campos para a pesquisa. A partir daí, homens como Michael Faraday conhecido como o "pai da eletricidade" por ter inventado o primeiro gerador em 1831 se dedicaram ao estudo da ciência da eletricidade.

Em 1879, o americano Thomas Alva Edison, considerado um dos mais importantes cientistas do mundo, inventou a lâmpada elétrica incandescente e criou o primeiro sistema gerador de eletricidade - com fios e postes para levar energia elétrica a lugares distantes - que o mundo realmente começou a se transformar, pois, de lá para cá, a produção industrial cresceu em ritmo muito acelerado.

Os dias atuais

Quase todas as máquinas anteriormente movidas a vapor passaram a funcionar com eletricidade e o consumo de energia disparou durante o século XX. Nesse período foram criados telefones, rádios, televisões, dínamos de automóveis, aspiradores, campainhas, radares, alarmes e uma centena de outros aparelhos que conhecemos tão bem.

O uso conjunto do petróleo, do gás, do carvão, da eletricidade e, mais tarde da energia nuclear, além de possibilitar o desenvolvimento espantoso de alguns países, como os Estados Unidos e o Japão proporcionaram aos seus habitantes uma vida extremamente mais confortável.

Atualmente, nos países onde os processos produtivos estão mais avançados, uma nova transição começou a ocorrer. É a chamada Revolução Tecnológica, onde a informática, as telecomunicações e a robótica são peças fundamentais.

Entretanto, em países menos desenvolvidos, o consumo médio de energia é muito baixo, seja por falta de recursos naturais, de vontade política ou de verbas para a implantação dos sistemas. Por incrível que pareça em todo o mundo, dois bilhões de pessoas ainda não têm acesso à energia elétrica e ao conforto por ela proporcionado.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Energia e suas formas

Energia é à base da vida, sem ela não haveria vida sobre o planeta.

A energia dá movimento às coisas, ao vento, às ondas do mar, às marés.

A energia nos permite viver, respirar, sentir, amar.

A energia permite a realização de tarefas, plantar, fabricar, transportar.

A energia permite sentirmos a vida, suas sensações e emoções.

Energia é a capacidade que os corpos têm de desenvolver uma força e produzir trabalho.

Estudar a energia é analisar o mecanismo motor do Universo. Acontecimentos físicos, da movimentação de um inseto à evolução de uma nebulosa, consistem em transformações de energia, onde os sentidos humanos captam apenas os seus efeitos.

A busca por meios que convertam a energia presente na natureza em energia útil, garantindo condições de sobrevivência, trabalho e conforto é uma necessidade humana imprescindível. A vida transcorre em meio a processos de intercâmbios energéticos. O homem busca suprir essas necessidades básicas para a manutenção de sua vida.

A mais primitiva é a energia humana, produzida pelos músculos humanos.

A demonstração de inteligência acontece quando ele passa a utilizar o fogo. Após, o ser humano aprende a tirar vantagens da energia humana de outros seres humanos. Cria a escravatura e se ganha muito dinheiro com a triste fase que durou milhares de anos (dos faraós no Egito aos grandes descobrimentos), ainda encontramos esse tipo de exploração. Depois ele descobre a energia dos animais e passa a explorar esses coitados. Descobre a energia dos ventos e cria o moinho. Vem o Watson e cria a Máquina a Vapor e começa a Era Industrial. Surgem os veículos, o automóvel, o barco a vapor. Consumo, emprego para todos, desenvolvimento, conforto.

Energia animal

Produzida pelo animal, quando se desloca com algo de um local.

Energia atômica ou nuclear

Produzida a partir da desintegração do núcleo do átomo, liberando calor.

Energia calorífica ou térmica

Desenvolvida através do calor. O vapor que sai pela válvula da panela com muita força.

Energia cinética

Contida no corpo em movimento.

Energia elétrica

Presente na eletricidade. Fio elétrico transporta a energia que girará o eixo de um motor.

Energia humana

Produzida pela pessoa, quando transporta algo de um local para o outro.

Energia potencial

Produzida pelo corpo por estar em alturas diferentes.

Energia química

Liberada em uma reação química. Jogue Sal de Fruta em um copo d’ água, sairá bolhas produzidas pela energia química que está sendo liberada.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O que é matriz energética?

Matriz energética é toda energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos. Na matriz brasileira, petróleo e seus derivados ocupam cerca de 40%. Gás natural, carvão mineral e o petróleo são fontes não-renováveis, altamente poluentes que representam aproximadamente 55% da matriz energética. A média mundial é cerca de 85% de participação de fontes não renováveis.
Matriz energética é desafio para reduzir emissões
Mudar o padrão de consumo e a matriz energética está entre os maiores desafios que o mundo terá de enfrentar se quiser reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa e colaboram para o aquecimento global.
Atualmente, ao mesmo tempo em que a produção de energias limpas deu um salto tecnológico o mundo passou a depender como nunca de fontes energéticas que lançam gases que provocam o efeito estufa na atmosfera.
Estudos citados neste ano pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) da ONU afirmam que os investimentos mundiais em energias renováveis nunca foram tão altos - chegaram a US$ 38 bilhões em 2005. Ainda assim, mostram os mesmos estudos, as emissões de gases do setor energético nunca foram tão volumosas.
As emissões de gases que causam o efeito estufa equivalem a 49 bilhões de toneladas de CO2 lançadas anualmente na atmosfera. Destas, 26 bilhões de toneladas estão relacionadas à produção de energia, que inclui o fornecimento e o aquecimento de casas e empresas e o setor de transporte.
Se mantidas as atuais políticas energéticas, estas emissões poderiam atingir o equivalente a 40 bilhões de toneladas até 2030, segundo os cálculos apresentados pelo IPCC.
Padrão
A dificuldade de mudar esta tendência se deve ao fato de que, atualmente, cerca de 80% da energia mundial é fornecida por fontes fósseis, como o petróleo (33%), o carvão (25%) e o gás (21%).
A produção de energia elétrica, também há grande dependência de fontes fósseis. Os recursos energéticos mundiais (2004) combinados geraram cerca de 17,4 mil gigawatts hora (GWh) de eletricidade. O carvão respondeu por 40% desta energia elétrica, seguido pelo gás (20%).
Para piorar a situação, as duas fontes consideradas limpas que mais contribuem para a produção de eletricidade - a energia nuclear e a hidrelétrica - têm sido cada vez mais questionadas por cientistas e ambientalistas como alternativa realmente ideal.
A nuclear, que responde por 16% da geração de eletricidade, traz embutidos riscos de contaminação por lixo atômico e de proliferação armamentista mundial.
A energia hidrelétrica, que também responde por 16% da produção de eletricidade, é considerada limpa e sustentável. No Brasil, responde por mais de 80% do consumo do país. Entretanto, a construção de grandes usinas causa sérios impactos sobre o meio ambiente e a ocupação do solo onde são instaladas.
Caminhos
Segundo especialistas, é preciso estudar todas as alternativas e não há uma resposta simples sobre como mudar a matriz energética mundial. Um exemplo é a questão nuclear, sendo uma alternativa que não pode ser ignorada.
A energia nuclear terá de estar de estar disponível em todo o mundo. Em alguns lugares de alta densidade, como por exemplo o Japão, onde não existem muitas áreas para produção de energia, é de se esperar que a proporção aumente nos próximos 50 anos.
O principal desafio é desenvolver outros tipos renováveis de energia, como eólica (dos ventos), solar, de biomassa e da terra (geotérmica), que respondem por apenas 2% da matriz energética mundial.
Um levantamento da Rede para Políticas de Energias Renováveis, citado pelo IPCC, mostra que em 2005, os investimentos em energias renováveis alcançaram US$ 38 bilhões, por iniciativa principalmente de Alemanha, China, Estados Unidos, Japão e Índia.
Alemanha, Espanha e Estados Unidos possuem capacidades instaladas de energia eólica que alcançam respectivamente 18,4 GW, 10 GW e 9,1 GW, segundo o Conselho Mundial de Energia (WEC). Para efeito de comparação, a usina de Itaipu tem uma capacidade de 12,6 GW.
A Índia (4,4 GW) superou a Dinamarca (3,1 GW) e é um dos países que mais desenvolvem este tipo de tecnologia energética, junto com a China (que hoje tem 1,3 GW e pretende ampliar para 30 GW em 2030).
Já a energia solar deve chegar a uma capacidade instalada de 5 GW até 2010, nos cálculos do WEC. Esta alternativa é vista como especialmente atraente para países emergentes que se beneficiam de luz solar abundante. Tanto a Índia como a China instalaram grandes programas de células fotovoltaicas para captar a luz solar e transformar em energia.
O Brasil também é visto como um país com grandes vantagens, por seu programa de etanol à base de cana-de-açúcar e do potencial ainda existente para explorar hidreletricidade a partir de pequenas usinas.
Bolso
Mas o próprio WEC condiciona o desenvolvimento de fontes de energia não-fósseis à redução dos custos de produção, e especialistas consideram que o incentivo passa pelo bolso.
A Agência de Energia Internacional estima que os investimentos para atingir a demanda por energia até 2030 vão beirar os US$ 20 trilhões, e por isso analistas dizem que a melhor política para incentivar energias limpas é torná-las economicamente atrativas.
Ao se referir às propostas de taxação das emissões de carbono, o IPCC afirmou que um preço de US$ 20 a US$ 50 por tonelada de CO2 seria capaz de transformar o setor energético e elevar a participação das fontes renováveis na matriz energética para 35% até 2030.
Não temos políticas de energias suficientes nem cooperação internacional suficiente entre governos, empresas nem governos e empresas para fazer o que hoje já é possível tecnicamente. Precisamos que investidores e profissionais das finanças invistam em políticas.
Precisamos de políticas consistentes, cuidando para que investir em energias renováveis não se torne menos atraente em alguns anos. Investidores só colocarão seu dinheiro em políticas que eles acreditarem que sobreviverão.
Sendo a representação quantitativa da oferta de energia, que é a quantidade de recursos energéticos oferecidos por um país ou por uma região, deve-se análisar a matriz energética de um país, ao longo do tempo, sendo fundamental para a orientação do planejamento do setor energético, que tem de garantir a produção e o uso adequado da energia produzida, permitindo, inclusive, as projeções futuras. O que deve ser análisado em uma matriz energética, é a quantidade de recursos naturais que está sendo utilizada. Dispor desta informação nos permite avaliar se as utilizações desses recursos estão sendo feitos de forma racional.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Matriz energética e o impacto ambiental

A presente publicação tem como objetivo verificar os mais variados tipos de fontes de energia, que existem no planeta Terra, para ao final, poder ser feita uma análise, de quais das fontes energéticas é a melhor, simultaneamente, para todos os seres viventes e o planeta. Para situar os problemas dentro de um delineamento teórico, foram feitas inúmeras pesquisas bibliográficas, nos mais variados meios de comunicação.Diversas são as fontes energéticas encontradas no planeta.Algumas são renováveis, que resultam de fluxos de energia a partir do Sol, vento, água, plantas, animais e da própria terra, sendo fontes inesgotáveis, como também, a energia disponível nos resíduos da atividade humana. Outras são também sustentáveis, as quais são as mais ideais, pois as populações futuras poderão usufruir-se dela. A contribuição das diversas formas de energia na redução da poluição varia consideravelmente com a fonte e a tecnologia utilizada em sua conversão.As Usinas Termoelétricas que jogam toneladas e mais toneladas de fuligem e gás carbônico na atmosfera, ninguém contesta e as Usinas Atômicas atuais, com seus milhares de toneladas de rejeitos que duram milhões de anos para se tornarem menos agressivos, também ninguém contesta. A energia nuclear é altamente radioativa e os seus resíduos podem demorar centenas de anos para ser absorvido pela natureza.Sejam quais forem às fontes de energia a serem implantadas, investimentos financeiros e tecnológicos deverão ser definidos nos planejamentos estratégicos e orçamentários dos governantes, analisando quais as fontes energéticas que obterá o menor impacto ambiental.