segunda-feira, 30 de março de 2009

Utilização do Gás de Aterro

USEPA - United States Environmental Protection Agency - Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos
Os grandes centros urbanos estão condenados a produzir cada vez mais lixo, resultando em um aumento de aterros sanitários, que por sua vez poluem o ar, causam mau cheiro, provocam doenças, incêndios, asfixia, diminuindo assim, a qualidade de vida dos cidadãos.
O metano é o poluente atmosférico mais abundante na camada inferior da atmosfera, sobretudo nas grandes cidades, por ser emitido junto ao solo. O metano é encontrado em aterros sanitários e é formado em uma ação anaeróbia (sem oxigênio) resultando em um gás que é lançado no ar.
Preocupados com esta situação, a EPA (Environmental Protection Agency) junto com o governo dos Estados Unidos, entre outras entidades, realizaram um projeto piloto de geração de energia através do gás de aterros sanitários, em uma cidade do México. A EPA é um órgão do governo que atua na qualidade e proteção do meio ambiente, gerenciando projetos sobre a qualidade do ar, da água, recursos hídricos, solos, entre outros mais.
Um dos projetos em andamento da EPA utiliza o gás de aterro como combustível para veículos de utilidade dentro do próprio aterro sanitário; outro aproveita o gás em um injetor para queimar o chorume. Há projetos também que utilizam esta energia alternativa para tubulações de aquecedores à gás nas residências. O uso em caldeiras, contudo, tem maior rendimento e menor custo.
A utilização deste gás tem importância considerável para o meio ambiente, uma vez que diminui o mau cheiro, reduz a quantidade de emissão de gases milhões de toneladas de lixo produz 1 MW de energia por dia.
Com o aumento de projetos e crescente interesse da população em utilizar a energia verde, está havendo também um aumento de tecnologia para que esta energia se torne mais barata localmente, já que o mundo e principalmente o Brasil, que exporta o gás natural para os estados americanos, se encontram em crise de energia.

sábado, 28 de março de 2009

Gás do lixo rende créditos ao Brasil

Projetos fáceis e baratos colocam o País em terceiro lugar no MDL, mas no futuro será preciso ousar mais
Quando o mercado mundial de carbono começou a funcionar, em 2005, o Brasil saiu na frente. Um projeto nacional – o programa NovaGerar, do aterro sanitário de Nova Iguaçu (RJ) – foi o primeiro a ser certificado pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), lançando uma expectativa de que o País poderia assumir a liderança desse mercado. Passados três anos, no entanto, Índia e China superaram o Brasil em números de projetos. Dos 1.078 registrados até segunda-feira, 163 eram brasileiros, 303 eram chineses e 423, indianos.
Em parte, essa diferença ocorre pelo fato de o Brasil ter uma matriz energética mais limpa. Enquanto a maior parte da energia elétrica brasileira é hídrica, Índia e China usam carvão mineral.
Esse tipo de usina emite uma quantidade tão alta de gás carbônico (a geração de energia é o setor campeão em emissões em todo o mundo) que qualquer interferência no processo promove reduções drásticas.
Ao diminuir as perdas e melhorar a eficiência energética, a usina consegue obter um projeto de MDL. Isso sem nem mudar o combustível, o que deixa tudo mais barato para os dois países. No Brasil, trocar a matriz energética significa, em alguns casos, implantar fontes alternativas, como a eólica, que são mais caras.
Criar projetos de MDL nos países em desenvolvimento é mais barato que nas nações ricas, além de ser a forma de colocar todos os países do mundo colaborando com a redução das emissões de gases-estufa. Isso porque nos países em desenvolvimento ainda há muito a ser feito. Transformar um lixão em aterro é mais fácil aqui. É um crédito relativamente barato de se obter. Na Europa, isso não existe mais, tudo já foi desenvolvido, então as alternativas começam a ficar mais caras.
Vários projetos brasileiros se valem justamente disso e estão obtendo créditos de carbono com aterros sanitários. A decomposição do lixo orgânico tem como subproduto o metano (CH4), o segundo principal gás de efeito estufa, que, apesar de estar na atmosfera em uma quantidade bem menor que o CO2, tem um potencial de aquecimento muito maior, de 21 vezes a do gás carbônico. Aterros do Brasil conseguiram emplacar projetos de MDL ao queimar metano, transformando-o em CO2, menos pior para o efeito estufa.
O primeiro projeto brasileiro, o Nova Gerar, funciona assim. Os aterros Bandeirantes e São João, que sugiram depois em São Paulo, ganham dinheiro não só com o crédito de carbono obtido, mas com a venda de energia. Em vez de queimar o CH4 eles alimentam uma miniusina com ele. Os dois aterros têm capacidade de gerar 20 megawatts por hora, o suficiente para abastecer uma cidade de 200 a 300 mil habitantes.
Somente com as atividades do aterro Bandeirantes já foram feitas duas vendas de créditos de carbono. A mais recente, em setembro, ocorreu no primeiro leilão de carbono realizado no Brasil, na Bolsa de Mercadorias & Futuros, e rendeu à Prefeitura de São Paulo quase R$ 35 milhões. O investimento na usina, feito em 2003, foi de R$ 25 milhões.
PROJETOS MAIS AMBICIOSOS
Em 2007, o mercado mundial de carbono dobrou, movimentou US$ 64 bilhões, de acordo com levantamento do Banco Mundial. Mas, ao mesmo tempo em que comemorou o sucesso econômico do negócio, o órgão argumentou que pode haver em breve uma estagnação. Acredita-se que os projetos mais fáceis de implantar, como o de aterros, podem estar chegando a um limite. Ainda que no Brasil a demanda por esse tipo de investimento seja grande, uma hora ele e outros que envolvem melhoria de eficiência energética chegarão ao limite.
“A encruzilhada em que países como o Brasil estão é justamente a das energias mais limpas. Na medida que nosso parque energético e nossas indústrias em geral tornam-se mais limpos, nossa capacidade de instalar ou renovar projetos de MDL diminui. No caso do Brasil, ainda temos muitas outras oportunidades, mas vai diminuindo o que podemos fazer dentro de Kyoto”, explica Antonio Lombardi, gerente de Produtos para Sustentabilidade do Banco Real. “Nesse sentido, projetos pequenos vêem sua viabilidade econômico-financeira sair pela janela. A alternativa é o estabelecimento de metas mais severas para o próximo período de compromisso. Esse aumento de demanda pode fazer com que a baixa oferta justifique uma alta de preços que embale a viabilização de projetos.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Biogás

Toda a matéria viva, após a morte é decomposta por bactérias microscópicas. Durante esse processo, as bactérias retiram da biomassa parte das substâncias de que necessitam para continuarem vivas, e lançam na atmosfera gases e calor. Este é o chamado biogás, fonte abundante, não poluidora e barata de energia.
O biogás pode ser obtido de resíduos agrícolas, ou mesmo de excrementos de animais e dos homens. Ao contrário do álcool da cana de açúcar e de óleos extraídos de outras culturas, não compete com a produção de alimentos.
O que é?
O biogás é uma mistura de gás metano ¾ principal componente, não tem cheiro, cor, nem sabor ¾ do gás carbônico e de outros gases em menor quantidade. Os outros gases possui um cheiro desagradável (semelhante a de ovo podre), mas como sua porcentagem é muito pequena, torna-se imperceptível.
O poder calorífico do biogás, que varia de 5 000 a 7 000 Kcal/m³, é devido à porcentagem do metano. Esta variação é decorrente da maior ou menor pureza (maior ou menor quantidade de metano). O biogás altamente purificado pode alcançar até 12 000 Kcal/ m³.
Um metro cúbico de biogás equivale a:
Ø 0,579 litro de querosene
Ø 0,553 litro de óleo diesel
Ø 0,454 litro de gás de cozinha
Ø 1,536 quilo de lenha
Ø 0,790 litro de álcool hidratado
Ø 1,428 kW de eletricidade
Funcionamento de motores, geradores, moto picadeiras, resfriador de leite, aquecedor de água, geladeira, fogão, lampião, lança-chamas.
Substituição do gás liquefeito de petróleo na cozinha
Nas propriedades agrícolas, o biogás é produzido em aparelhos chamados biodigestores e os resíduos são utilizados como fertilizante. Produz-se 1m³ de biogás com os ingredientes:
25 Kg de esterco fresco de vaca ou 5 Kg de esterco seco de galinha ou 12 Kg de esterco de porco ou 25 Kg de plantas ou casca de cereais ou 20 Kg de lixo.
O biogás pode ser utilizado de várias formas:
O biogás resulta da fermentação anaeróbica da matéria orgânica e é constituído por metano e dióxido de carbono. Os compostos de natureza orgânica adequada a este processo de digestão anaeróbica são as lamas das estações de tratamento dos efluentes domésticos, os efluentes das instalações agro-pecuárias e das indústrias agro-alimentares.
Ser vivo depois de morto é decomposto por bactérias, que retira da biomassa parte da substância de que necessitam para continuar vivas, lançando na atmosfera gases e calor, o biogás, fonte de energia abundante, barata e não poluidora, podendo ser obtido de resíduos agrícolas, excrementos de animais e homens. Contrário do álcool da cana e de óleos extraídos de outras culturas, não compete com a produção de alimentos.

terça-feira, 24 de março de 2009

Biocombustíveis - Álcool, Óleos e Gorduras - Biodiesel

Considerações Importantes
O Proálcool, sem a complementação com pró-óleo, foi um programa importante, porém cheio de falhas:
- Não resolveu, nem resolverá o problema da dependência do petróleo devido à inflexibilidade no refino do mesmo.
Em um barril de petróleo, obtêm-se cerca de 30% de cada das frações mais importantes: gasolina, óleo diesel e óleos lubrificantes.
Ao substituir a gasolina, tem-se esta como excedente, tendo-se que processar as mesmas quantidades de petróleo, não resolvendo o problema da dependência.
O mais grave do Proálcool é a necessidade de se utilizar um motor específico que não permite a utilização alternada entre álcool e gasolina, quando for interessante para o país.
Pro - óleo:
O pro - óleo ao contrário do Proálcool possui vantagens incomparáveis; uma delas é poder substituir quase todos os derivados, diretamente e/ou por processos físico-químicos. Sem modificação nos sistemas - motores bombas etc.
Dendediesel (biodiesel de dendê)
Dendediesel é o óleo de dendê (palm-oil) puro ou modificado - em misturas ou transformado para substituir o óleo Diesel sem modificações nos sistemas. O óleo de dendê substitui também outros derivados do petróleo e serve de base para química-fina, oleoquímica e gliceroquímica.
Você sabia?
1. Que com uma área de cinco milhões de hectares de dendê, o país seria auto-suficiente em óleo Diesel, supondo uma produtividade média de 4 toneladas/hectare-ano, que é modesta em relação ao potencial hoje possível de 8 toneladas/hectare-ano?
2. Que isso poderia gerar vários milhões de empregos diretos e indiretos, abrindo inclusive perspectivas agroindustriais, com múltiplas possibilidades de geração de renda, bem como geração de outros postos de trabalho?
3. Que o dendê pode constituir um grande aliado do álcool a partir da cana-de-açúcar, mandioca, batata, beterraba, abacaxi, etc, uma vez que estes e o dendê são cultivos complementares e um pode contribuir para consolidar o outro, através de misturas ou reações químicas do álcool com o óleo?
4. Que o motor do ciclo Diesel foi criado para usar óleo vegetal como combustível?
Vantagens
1- Agrícolas:
1.1- Durante a implantação.
- Produção de alimentos, por culturas de subsistência de ciclo curto.
1.2- Durante a produção.
- Produção de energia sem exportação de nutrientes minerais.
- Produção integrável, permitindo objetivos diversificados.
- Produção paralela de proteínas, energia calorífica e insumos para diversos fins.
2- Técnicas:
- É uma solução universal. Não requer modificações nos sistemas que o utilizam (tanques, bombas e motores), nem capacitação técnica especial.
- Consome energia própria e produz excedentes para outras aplicações.
- São de fácil manuseio, transporte e armazenagem.
- Proporciona aos motores autonomia e durabilidade, bem maiores do que outros combustíveis.
- Permite a geração de energia elétrica, a baixo custo, para diversos fins, inclusive para irrigação em regiões distantes das redes de alta tensão.
- Permite substituir, diretamente, óleos combustíveis de origem fóssil em motores de grande porte, caldeiras, fornos, etc, (para navios, máquinas pesadas, indústrias e geração termoelétrica). 3- Econômicas:
Baixo custo de produção: (um terço do preço médio do óleo diesel europeu), poderá ser produzido e comercializado em moeda nacional, desvinculado da moeda americana, ao contrário do petróleo nacional e gás natural (nome estranho para um gás fóssil como o petróleo).
No Brasil, a política de preços dos derivados de petróleo é muito distorcida, inviabilizando algumas alternativas importantes, como a maioria das plantas oleaginosas e gorduras animais, mas não atinge o dendê que é a oleaginosa de maior potencial produtivo que se conhece.
- Baixo custo de investimento para produção de óleo.
- Baixo custo de transporte e distribuição.
Com a infinidade de plantas oleaginosas existentes no país, poderemos ter:
- Alternativas para curto prazo: mamona, amendoim, soja, licuri, babaçu.
- Alternativas para médio prazo: extrativismo, palmáceas (dendê com culturas anuais intercaladas), peões.
- Alternativas para o longo prazo: dendê e outras matérias modificadas geneticamente (Transgênicos - não destinados para o consumo humano, direta ou indiretamente).
4- Sociais:
- Fixação do homem no campo em condições dignas, reduzindo a necessidade de novos investimentos em infra-estrutura nas cidades, conseqüente da migração intensiva de trabalhadores rurais desempregados.
- Geração de novos empregos diretos e indiretos, tendo como resultado a redução da violência urbana entre outras, com a possível reversão das migrações.
- Ocupação de grandes áreas, ameaçadas por interesses internacionais, com um programa de grande alcance social e estratégico.
- Distribuição de renda mais equitativa.
5 - Ecológicas:
- Promove reversão do efeito estufa na fase de implantação do programa.
- Não é nocivo e nem tóxico.
- Não é explosivo nem inflamável à temperatura ambiente.
- Não provoca danos ecológicos por vazamentos em oleodutos, navios, tanques, etc. É biodegradável e permite a preservação ambiental.
- Não contribui para a chuva ácida por não conter enxofre em sua composição.
6 - Nacionais:
- Proporciona a melhor forma de tornar o país auto-suficiente e exportador de combustíveis líquidos indefinidamente.
- Propicia economia de divisas, pela redução gradativa das importações de petróleo e derivados.
- Permite menores custos, pela possibilidade de produção local.
- Assegura suprimento seguro de energia, sem temores quanto a conflitos internacionais e nacionais (guerras, greves etc.)
- Permite dispensar investimentos em grandes usinas, ou linhas de transmissão para atendimento local de energia em regiões com pequena demanda.
- Assegura uma política energética flexível.
Aumenta o prestígio internacional do país, com a implantação de um programa ecologicamente equilibrado (selo verde).
Obs.: as tecnologias do dendediesel (biodiesel de dendê) podem ser aplicadas a outras fontes de óleos e gorduras, vegetais e animais.

domingo, 22 de março de 2009

Biodiesel e Biomassa: duas fontes para o Brasil

No decorrer das próximas décadas, dois fenômenos terão um efeito decisivo sobre o bem-estar e o modo de vida das pessoas. Ambos se desenvolvem em rede e ambos estão ligados a uma tecnologia radicalmente nova. O primeiro fenômeno é a consolidação do capitalismo global e, o segundo, a estruturação de comunidades sustentáveis baseadas na implantação prática de um plano de ação ambiental definido na Agenda 21. Enquanto o capitalismo global está composto por redes eletrônicas de fluxos de finanças e de informações, o projeto ecológico trabalha com redes ecológicas de fluxos de energia e de matérias-prima. A meta de economia global, em sua forma atual, é a de elevar ao máximo a riqueza e o poder de suas elites; a do projeto ecológico é a de elevar ao máximo a sustentabilidade da teia da vida.
A abundância das energias renováveis em todas as partes do mundo cria novas perspectivas para os países pobres e de sustentabilidade para os países ricos. No Brasil, 60% da energia gerada hoje provêm de fontes renováveis, enquanto que outros países pretendem chegar a 12% somente em 2010. Atualmente, 85% da energia que movimenta o mundo é de origem fóssil e 80% dessa energia tem seu uso concentrado em cerca de 10 países. A contribuição do Brasil na emissão de gás carbônico para a atmosfera é de 0,41%, enquanto que a dos EUA, China, Alemanha, Rússia e Japão, somam 65%.
A redução das tensões que o aproveitamento de energias renováveis poderá representar é, sem dúvida, uma razão contundente para alcançar a paz no mundo e gerar a sustentabilidade ecológica com justiça social. Os combustíveis de origem vegetal dos trópicos representam o contraponto ao estopim de conflitos provocados pelo ocaso do petróleo e pelo declínio das demais fontes fósseis. No Século 21, caberá ao Brasil, em termos mundiais, desempenhar um importante papel; trata-se de uma grande oportunidade econômica que jamais país algum teve na história do mundo globalizado.
A perspectiva de o Brasil se consolidar como o principal supridor mundial de combustíveis renováveis de elevado conteúdo energéticos, é viável graças à sua dimensão continental localizada numa área tropical, e por possuir abundantes recursos hídricos (22 a 24% da água doce do planeta), além de imensas áreas desocupadas.
O que se busca hoje é estabelecer um pacto entre as nações pela integração energética, a partir da produção e do uso de combustíveis renováveis.
Nesse universo, o biodiesel surge como uma alternativa de diminuição da dependência dos derivados de petróleo e como um novo mercado para as oleaginosas, com perspectiva de redução da emissão de poluentes. A introdução do biodiesel no mercado representará uma nova dinâmica para a agroindústria, com seu conseqüente efeito multiplicador em outros segmentos da economia, envolvendo óleos vegetais, álcool, óleo diesel e mais os insumos e subprodutos da produção do éster vegetal.
A viabilização do biodiesel requer, porém, a implementação de uma estrutura organizada para produção e distribuição de forma a atingir, com competitividade, os mercados potenciais. A introdução do biodiesel demanda, portanto, investimentos ao longo da cadeia produtiva para garantir a oferta do produto com qualidade, além da perspectiva de retorno do capital empregado no desenvolvimento tecnológico e na sustentabilidade do abastecimento em longo prazo.
A produção agrícola de óleos vegetais e de cana-de-açúcar é mais do que uma alternativa energética; constitui a base para um modelo de desenvolvimento tecnológico e industrial autônomo e auto-sustentado, baseado em dados concretos da realidade nacional e na integração do homem a uma realidade econômica em harmonia com o meio ambiente.
O Brasil, que ocupa a posição de segundo produtor e exportador mundial de óleo de soja, poderá se tornar, gradativamente, um importante produtor e consumidor de biodiesel, acrescida da oportunidade de se utilizar aqui outros óleos vegetais característicos das diferentes regiões do País e, também, da possibilidade de reduzir a dependência da importação de óleo diesel, desonerando o balanço de pagamentos e criando riqueza no interior.
Fazendo um parêntesis, é oportuno lembrar aqui que Rudolf Diesel, inventor do motor que leva seu nome, em certa ocasião afirmou de forma premonitória que “o motor a Diesel pode ser alimentado com óleos vegetais e pode ajudar no desenvolvimento dos países que o utilizem”.
No Brasil, desde a década de 1920, o Instituto Nacional de Tecnologia - INT já estudava e testava combustíveis alternativos e renováveis, como, por exemplo, o álcool de cana-de-açúcar. Mais recentemente, motivados pelas demandas da II Guerra Mundial e das crises de petróleo, os Governos de diferentes países, em parceria com a iniciativa privada e centros de pesquisa, desenvolveram e testaram biocombustíveis em frotas municipais, especialmente em grandes centros urbanos.
A década de 90 se caracterizou pela produção comercial e instalação de plantas em escala industrial, visando atender a preocupação ambiental e o estimulo proporcionado pela competitividade de preços do petróleo e dos óleos vegetais.
Desde 1991, o Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT coordena projetos de desenvolvimento tecnológico para combustíveis renováveis, como, por exemplo, a biomassa de madeira, de cana-de-açúcar e de folhas, inclusive contando como o apoio do GEF-Global Environment Facility-Banco Mundial e, mais recentemente, da União Européia. As misturas combustíveis álcool e diesel e álcool e gasolina estão em permanente desenvolvimento.
No ano 2000, foi instalada a fábrica de biocombustíveis da ECOMAT no Estado do Mato Grosso que atualmente produz éster de soja, um aditivo especial da mistura álcool diesel. A ECOMAT foi concebida visando a produção inicial de biodiesel de óleo de soja e pode ser otimizada para produção de biodiesel a partir de outros óleos vegetais.
Em 2003, a disponibilidade brasileira imediata de biodiesel a partir de soja se concentra na perspectiva do diferencial entre a capacidade nominal de produção da ordem de 51 milhões de toneladas, para uma capacidade de processamento de 36 milhões de toneladas, com a correspondente produção de óleo de soja da ordem de 5 bilhões de litros e a capacidade de produção de biodiesel que é da ordem de 1,5 bilhão de litros, sendo 47% no Centro-Oeste e 40% na Região Sul.
A produção de oleaginosas poderá expandir significativamente para atender o aumento da demanda por óleo para a produção de biodiesel, destacando-se o potencial de 70 milhões de hectares com aptidão para o cultivo do dendê, localizados principalmente na região Amazônica e no Leste do Estado da Bahia. O Brasil tem apenas 50 mil hectares plantados com dendê.
Na Amazônia, estima-se que existam cerca de 20 milhões de hectares desmatados sem atividade econômica. O dendê é a cultura em grande escala mais apropriada para esta região, podendo ser complementada com as culturas de ciclo curto que não precisam ser desidratadas antes da colheita: banana, mandioca, batata doce, inhame, cará, arroz e feijões tropicais.
O Estado do Pará tem 2 milhões de hectares de terras improdutivas com clima e solo apropriado para o dendê, com toda a infra-estrutura, inclusive porto e energia elétrica a uma distância máxima de 200 km de Belém (área de influência do projeto Alça Viária). O Estado do Amazonas tem 400 mil hectares de terras improdutivas com clima, solo e infra-estrutura adequada na periferia de Manaus (Distrito Agropecuário da SUFRAMA).
O Estado do Amapá tem 200 mil hectares de terras de assentamentos do INCRA, próximos a Macapá, apropriados para a produção de dendê.
O mercado internacional de óleo de dendê cresce a um ritmo de 7% ao ano na indústria alimentícia e oleoquímica. A produção do ano 2000 foi de 21 milhões de toneladas e está projetada para 32 milhões de toneladas para o ano 2010. O Brasil, após 35 anos de pesquisa e plantio, tem tecnologia apropriada para aumentar a área plantada desta cultura perene, com produtividade de até 6 toneladas de óleo por hectare/ano, ocupando o segundo lugar.
As curvas do preço do óleo de dendê e de soja decrescem à taxa de 3% ao ano, em dólares deflacionados (média dos últimos 20 anos), enquanto que as curvas de preço do óleo diesel são crescentes, em função da escassez de combustíveis fósseis, não havendo previsão de inversão da tendência.
O consumo anual de diesel no Brasil é da ordem de 36 bilhões de litros, sendo 20% importado. A região Sudeste consome 44%, a região Sul 20%, o Nordeste 15%, o Centro-Oeste 12% e a região Norte 9%. O diesel se utiliza preferencialmente para transporte 80% e 20% para sistemas elétricos isolados, agroindústria e usinas emergenciais de eletricidade (1000 MW instalados). A produção nacional de biodiesel em adição ao diesel comum pode melhorar a qualidade do diesel e, também, pode contribuir na redução da atual dependência de importação de óleo diesel, que é da ordem de 7 bilhões de litros ao ano, desonerando a balança de pagamentos e criando riqueza no interior.
Em cada Estado e região do País está sendo avaliado o desenvolvimento das cadeias produtivas dos diferentes óleos vegetais. Para a região Norte: dendê, babaçu, soja e gordura animal; para o Nordeste: babaçu, soja, mamona, dendê, algodão, coco, gordura animal e óleo de peixe; para o Centro-Oeste: soja, mamona, algodão, girassol, dendê, gordura animal; para o Sul: soja, colza, girassol, algodão, gordura animal e óleos de peixes; e, para o Sudeste: soja, mamona, algodão, girassol, gordura animal e óleos de peixes.
A competitividade da produção nacional de etanol em diferentes regiões do Brasil, o PROALCOOL, a infra-estrutura de produção e distribuição já existente, o know how e o desempenho das tecnologias desenvolvidas para a cadeia produtiva da cana e setor automotivo, a oportunidade de substituir o diesel importado e contribuir para a economia de divisas, a geração de renda, são todos eles elementos de sinergia para a produção de biodiesel nacional.
A perspectiva de melhorar a qualidade do diesel consumido, os excedentes de produção de óleo de soja, as vantagens econômicas e sócio-ambientais decorrentes da produção e do consumo de combustível renovável, a segurança para provisão de combustível produzido diretamente nas diferentes regiões do Brasil, as novas e alteradas políticas agrícolas internacionais, o fortalecimento da indústria nacional de biocombustíveis, quer seja para transporte pesado e de massa ou para geração de eletricidade, especialmente em sistemas isolados, motivam a priorização do Programa Nacional de biodiesel.
Probiodiesel e Probioamazon
O Programa Brasileiro de Biocombustíveis, coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia/Secretaria de Política Tecnológica Empresarial tem como principal agente executor o Centro de Referência em Biocombustíveis - CERBIO. O PROBIODIESEL compreende ações de viabilização das tecnologias de adição do etanol e de óleos vegetais ao óleo diesel derivado de petróleo.
O PROBIODIESEL se concretiza através da ação integrada, em rede de pesquisas, para o desenvolvimento das tecnologias de produção e uso de misturas biocombustíveis, visa a avaliação da sua viabilidade e competitividade técnica, sócio-ambiental e econômica para o mercado brasileiro e para exportação futura, além de sua produção e distribuição espacial nas diferentes regiões do País.
Compreende ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, incluindo testes em campo, nas adições óleos vegetais/óleo diesel (BX), além de tecnologias específicas que viabilizem o desenvolvimento sócio-econômico de assentamentos rurais pela produção de eletricidade e combustíveis (PROBIOAMAZON). Os recursos previstos para aplicação, em 2003, na implementação do PROBIODIESEL são da ordem de R$ 8,4 milhões.
O Programa Brasileiro de Biocombustíveis - PROBIODIESEL é o resultado da interação e parceria para o desenvolvimento oriundos da Rede Nacional de Biocombustíveis, que congrega mais de 200 especialistas, representantes de entidades de pesquisa, associações empresariais, agências reguladoras e de fomento, Governos Federal, Estadual e Municipal e da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
No Programa Brasileiro de Biocombustíveis destacam-se as entidades com responsabilidades diretas de coordenação das atividades do Programa: INT, TECPAR, LACTEC, IPT, CENPES, UNICAMP, USP, UESC, UFPR, UFCE, UFRJ, COPPE, UFRGS, IME, CTA, ANFAVEA, ABIOVE, SINDIPEÇAS - BOSCH e DELPHI, AEA, SINDICOM, ALCOPAR, SINDALCOOL, UNICA, ANP, PETROBRAS, IBAMA, FGV.
Um dos grandes desafios do PROBIODIESEL é o de constituir um projeto ecológico brasileiro; trata-se de um esforço coordenado de remodelação das cidades, das tecnologias, das indústrias e das estruturas físicas a fim de torná-las ecologicamente sustentáveis; isto quer dizer em outras palavras, capaz de atender às necessidades e satisfazer às aspirações da população sem diminuir as oportunidades das gerações futuras.
Por sua vez, o Programa de Produção de Biomassa Energética em Assentamentos do INCRA na Amazônia em Micro e Pequenas Propriedades Rurais - PROBIOAMAZON, instituído pelo MCT/MDA, prevê a produção de cerca de 500 mil toneladas/ano de dendê na Região Norte. Se trata de um programa autofinanciável após 6 anos, tem um ciclo de trabalho de 12 meses, gerando emprego permanente e permitindo a integração, quando necessária, entre os pequenos produtores e as grandes empresas.
O cenário atual se mostra também bastante oportuno, tendo em vista a prática do livre mercado para combustíveis, a redução das barreiras, a política energética praticada, o perfil de produção e consumo de diesel, a necessidade de se reduzir a poluição atmosférica, em particular nos grandes centros urbanos, e o grande interesse e competitividade da indústria local.
Além destes aspectos trata de uma excelente oportunidade para que o Brasil venha a ingressar no bloco de países detentores da tecnologia de biocombustíveis, tornando-se efetivamente exportador de tecnologia e de produtos com maior valor agregado. Assim, o PROBIODIESEL contribuirá para consolidar o Brasil como país líder mundial em biocombustível através da atualização e do desenvolvimento de tecnologias em todos os elos da cadeia produtiva multisetorial (setor automotivo, sucroalcooleiro, óleos vegetais, Sindipeças, Sindicom, Centros de Pesquisa, entre outros) sempre em benefício do consumidor final, da qualidade de vida e da promoção do desenvolvimento do País.
O esforço governamental está concentrado em fomentar o “saber fazer um bom combustível” e o “fazer valer” o preço e as garantias de seu uso. O desenvolvimento das tecnologias dos processos de produção e de usos do biodiesel e seus subprodutos devem estar sempre acompanhados com a demonstração da viabilidade econômica e sócio-ambiental, da competitividade e, também, da promoção da aceitação pelo mercado consumidor.
Produção mundial de óleos vegetais
A produção mundial de óleos vegetais cresceu de 70 milhões de toneladas em 1997 para 90 milhões de toneladas em 2001.
Vários países produzem comercialmente e outros estimulam o desenvolvimento do Biodiesel em escala industrial, dentre eles se destacam: Argentina, EUA, Malásia e União Européia (Alemanha, França, Itália, Áustria e outros).
Na União Européia o Biodiesel recebe incentivo à produção e consumo através de uma forte desgravação tributária e alterações importantes na legislação do meio ambiente. Lá, em 2005, 2% dos combustíveis consumidos terão de ser renováveis e, em 2010, 5%.
Ainda na Europa, os fabricantes de motores apóiam a mistura de 5% de Biodiesel. Na mistura até 30% ou Biodiesel puro (Alemanha) muitos fabricantes dão garantia aos veículos: VW, Audi, Seat, Skoda, PSA, Mercedes, Caterpillar e Man garantem alguns modelos. Na Alemanha, mais de 800 postos de combustíveis vendem Biodiesel puro.
Nos EUA, não há desgravação tributária e a produção ainda é incipiente (126.000 toneladas). Atualmente, o biodiesel está sendo usados em frota de ônibus urbano, serviços postais e órgãos do governo e é considerado Diesel Premium para motores utilizados na mineração subterrânea e embarcações. Em Minnesota está tramitando projeto de lei que estabelece: 2% de mistura - imediato e, 5% de mistura com biodiesel após 5 anos de aprovação.
Na Malásia está sendo implementado programa para a produção de biodiesel. A primeira fábrica deve entrar em operação em 2004, com capacidade de produção de 500 mil toneladas ao ano. A extração possível de vitaminas A e E permitirá reduzir os custos.
O Biodiesel na Argentina tem estímulo através do Decreto 1.396, de novembro de 2001, que cria o “Plan de Competitividad para el Combustible Biodiesel”, propiciando a desoneração tributária do Biodiesel, por 10 anos. A Resolução 129/2001 definiu as especificações do biodiesel.
As reservas de combustíveis fósseis como o petróleo, por exemplo, estão concentradas em 65% no Oriente Médio. Em 2001, o preço FOB do petróleo em relação ao óleo de soja foi da ordem de 3 vezes superior.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Novas fábricas ''verdes'' reduzem impacto ambiental

Unidades como as da Sadia e da Coca-Cola têm iluminação solar e reutilizam água e resíduos
Novas fábricas no País estão sendo projetadas para serem "verdes". Reuso de água, iluminação por células fotovoltaicas, mitigação de gases estufa e reaproveitamento dos resíduos estão entre as novidades das novas unidades. A tendência das construções "verdes", que já vinha sendo utilizada em condomínios e no varejo, chega, assim, à indústria.
Um exemplo é a fábrica da Sadia em Pernambuco, inaugurada em Vitória de Santo Antão (PE), a 53 quilômetros de Recife. A indústria, que vai fabricar embutidos, foi um dos únicos investimentos da empresa mantidos após o agravamento da crise e a perda de R$ 760 milhões em operações com derivativos cambiais. A fábrica foi concebida com o objetivo de ser referência em sustentabilidade no setor de alimentação.
O projeto prevê auto-suficiência em água, uma vez que a região é carente em recursos hídricos. Cerca de 40% da água será reaproveitada internamente. Parte da energia elétrica será suprida por painéis fotovoltaicos e haverá também um plano para qualificar trabalhadores na região.
Outra companhia que está indo nessa direção é a Coca-Cola Brasil, que tem três projetos de fábricas "verdes". Uma delas é a da Matte Leão, marca de chás adquirida pela Coca-Cola. A unidade, já em construção na Grande Curitiba e prevista para entrar em operação até julho, terá captação de água da chuva, telhados com cobertura vegetal e painéis fotovoltaicos.
Os projetos de fábricas verdes, no entanto, podem não passar de uma boa ferramenta de marketing caso não estejam vinculados a um plano de desenvolvimento sustentável regional. Essa tendência é positiva, mas precisa ir além. Senão, teremos só ilhas de excelência em um entorno degradado.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Energia ‘Verde’ ganha espaço

Em tempos de crise, empresas de setores como açúcar e álcool e papel e celulose estão tirando partido de resíduos do processo produtivo para produzir energia. Com isso, resolvem ao mesmo tempo um problema ambiental - a destinação dos resíduos -, reduzem a conta de energia elétrica e amplia o uso de fontes renováveis, como a biomassa.
A fabricante de papel Klabin, está realizando investimentos para fazer com que as caldeiras de sua fábrica em Monte Alegre (PR) se tornem "flexíveis" e funcionem com vários combustíveis alternativos. Entre 2006 e 2007, foram investidos R$ 300 milhões em melhorias ambientais. Ao longo de 2009, serão outros R$ 42 milhões. Destes, R$ 20 milhões serão empregados em equipamentos para utilizar o tall oil, um subproduto da fabricação de papel com alto poder calorífico, em combustível para as caldeiras e fornos.
Além do tall oil, a Klabin já utiliza outras fontes alternativas de energia. Só a caldeira movida a biomassa (resto de madeiras da empresa e da indústria madeireira dos municípios vizinhos) produz 200 toneladas de vapor por hora. Outros combustíveis utilizados são o metanol e o lodo resultante do tratamento dos efluentes da fábrica.
Há um ganho energético associado ao ganho ambiental. O sistema de caldeiras "flexíveis" já permite uma redução de 435 toneladas de óleo combustível por mês, o que deve habilitar a empresa a vender créditos de carbono no mercado internacional.
No setor de açúcar e álcool, onde o uso da biomassa para produzir energia elétrica é consolidado, começam a surgir projetos de aproveitamento para fins energéticos da vinhaça, resíduo do processo de produção do etanol, rico em nutrientes, mas que é considerado um dos maiores problemas ambientais do setor.
A Usina São Martinho, de Pradópolis (SP), está produzindo energia a partir da vinhaça. A usina instalou biodigestores (equipamentos que fazem a degradação da matéria orgânica) para produzir o biogás, que é empregado como fonte de energia complementar.
O aproveitamento da vinhaça para produção de energia, da ordem de 20%, já permite uma economia anual de 5.625 megawatts. O grande potencial do biogás da vinhaça ainda é pouco aproveitado pela indústria, mas deve crescer nos próximos anos.
É possível produzir até 1.000 megawatts de energia com a vinhaça, só no Estado de São Paulo. É uma nova tendência, não faltará matéria-prima. Com o fim das queimadas, previsto para 2011, haverá ainda mais biomassa para produzir energia.
ALTERNATIVAS
Vinhaça: resíduo do processo de produção do etanol, rico em fósforo, nitrogênio e potássio.
Biodigestores transformam o resíduo em biogás, usado como combustível auxiliar.
Tall oil: subproduto da fabricação de papel é um líquido com alto poder calorífico.
Metanol: extraído da madeira, é usado em substituição ao óleo combustível.
Biomassa: resíduos orgânicos do processo produtivo, como restos de madeira e resíduos da moagem da cana.

segunda-feira, 16 de março de 2009

A energia "verde" em ascensão

Algumas fontes alternativas já são mais baratas do que o petróleo ou o carvão, e muitas empresas começam a pensar nelas.
Os Estados Unidos sofrem uma nova crise energética. Os preços da energia subiram vertiginosamente e contínuos apagões afetaram seriamente Estados com alta tecnologia, como a Califórnia. Os negócios estão enfrentando efeitos negativos e, quando a luz acabar, como funcionarão os novos e sensíveis computadores com muitos gigahertz de potência? Para a Casa Branca, existe somente uma solução: perfurar muitos poços para conseguir mais petróleo. A meta seria a produção de uma nova geradora de eletricidade por semana nos próximos 20 anos. Isso significaria perfurar em territórios ambientalmente sensíveis perto de Yukón (no Alasca) e afrouxar as limitações existentes por motivos ambientais.
Para muitos a conservação dos recursos naturais, das fontes alternativas, da energia “verde” sustentável e da defesa das florestas e do meio ambiente não passa de charlatanismo “hippie”. As fontes de energia alternativas deram passos de sete léguas nos últimos anos. Graças aos novos progressos, alguns tipos de energia “verde” são tão ou mais baratos do que a gerada pelo petróleo ou pelo carvão, e muitas empresas já estão começando a adotá-los.
É verdade que a energia “verde” ainda é uma pequena fatia no total do fornecimento de energia, mas os especialistas esperam que cresça rapidamente. Vejamos, então, o estado atual em alguns poucos setores da energia alternativa: A eletricidade gerada pelo vento é quase que resplandescentemente limpa, o preço baixou cerca de 80% nos últimos 20 anos e as companhias de turbinas de vento da Dinamarca, as primeiras do mundo, começaram a dar passos gigantescos em relação à qualidade. É relativamente barata: a energia eólica custa apenas 5,8 centavos de dólar por kilowatt/hora, preço que a coloca lado a lado com a eletricidade gerada com gás natural. A objeção para obter esse tipo de eletricidade de baixo custo é necessários ventos que soprem continuamente em uma única direção, como costuma acontecer nas grandes planícies, mas não em outras áreas.
Outro exemplo de energia "verde" é a micro turbina. As grandes usinas geradoras de eletricidade tradicionais, que fornecem energia para uma grande área, não são muito eficientes. Uma parte da eletricidade é desperdiçada quando é enviada a longas distâncias. Nas geradoras de eletricidade norte-americanas, apenas um terço, em média, da energia gerada por meio de carvão ou de petróleo chega aos consumidores na forma de eletricidade.
Qual a solução? Por exemplo, gerar a própria eletricidade, já que aumenta a eficiência e a confiabilidade, além de representar uma economia. As grandes companhias fazem isso há anos, já que possuem suas próprias geradoras de eletricidade. Atualmente, estabelecimentos comerciais de médio porte estão fazendo o mesmo. Compram micro turbinas que geram algumas centenas de kilowatt, ou menos, mas que são suficientes para uma única empresa. A maior economia é obtida quando também se usa a micro turbina na calefação de escritórios, o que pode fazer com que a eficiência aumente até assombrosos 80%.
A tecnologia de célula eletrógena é alternativa. As células são acionadas por hidrógeno, que se decompõe para produzir eletricidade e água, seus únicos subprodutos. São super limpas, muito silenciosas e quase não apresentam dificuldades para ser usada (o que é um problema nos geradores a diesel). É por isso que a indústria automobilística dos Estados Unidos investiu cerca de US$ 2 bilhões no desenvolvimento de sistemas de células eletrógena para carros, sendo que quase a metade está a cargo da Ballard Systems Inc., a principal empresa dessa área.
Por fim, há a eletricidade produzida pela energia solar, que ainda não é tão barata como, por exemplo, a energia eólica, mas os preços estão baixando na razão de 5% ao ano. Os atuais sistemas fotovoltaicos produzem eletricidade em torno de 7,9 centavos de dólar por kilowatt/hora, uma vez que se amortiza o custo do equipamento, segundo estudo feito em 1996 pela Californian Energy Commission.
Essas novas tecnologias são apenas a ponta do iceberg. Existe muitas mais, como o combustível produzido por biomassa, as usinas que produzem gás metano utilizando lixo, ou a energia geotérmica, que utiliza o calor da terra para aquecer a água. De fato, uma das pessoas que está usando a energia geotérmica é nada menos do que Dick Cheney. Há alguns meses, os meios de comunicação descobriram que o ex-vice-presidente norte-americano está usando a tecnologia geotérmica para esquentar a água em sua casa de Washington, já que ela ajuda a conservar a energia e reduzir o gasto de eletricidade.

sábado, 14 de março de 2009

Energia verde: uma fonte renovável

A demanda de energia na Terra vem crescendo de forma acelerada, trazendo problemas como disputas comerciais e o aquecimento da atmosfera, causado em parte pela queima dos combustíveis fósseis. A gravidade desse quadro poderia ser atenuada com o uso de combustíveis derivados de vegetais, que podem ser cultivados praticamente no mundo inteiro, de forma renovável e não poluidora.
É a chamada 'energia verde'. O Sol banha a Terra com impressionantes 15 x 1017 (15 seguido de 17 zeros) kWh de energia por ano. Desse total, 0,02% é armazenada nas plantas pela fotossíntese, reação que converte energia luminosa em energia química. O valor parece pequeno, mas é quase nove vezes o consumo energético mundial.
As 'plantações de energia' oferecem muitas vantagens: são renováveis, podem ser implantadas em larga escala, criam empregos na zona rural e não agridem o meio ambiente. Em princípio, não afetam o equilíbrio da atmosfera do planeta, pois as plantas consomem, através da fotossíntese, a mesma quantidade de gás carbônico que liberariam quando utilizadas como combustível, bastando que seja feito o correto dimensionamento e manejo da área cultivada e que sejam levados em conta os produtos consumidores de derivados de petróleo utilizados na plantação.
Hoje se sabe que diversos vegetais são apropriados para a produção de combustíveis. A biomassa pode ser obtida através do bagaço de cana-de-açúcar e da madeira de eucalipto e pinheiros. O etanol é produzido a partir do sumo da cana-de-açúcar e de outras plantas. É interessante assinalar que a produção de álcool de cana deixa como resíduo o bagaço, que pode ser utilizado como combustível para usinas termoelétricas. O bagaço da produção de álcool usado para substituir a gasolina como combustível nos automóveis brasileiros, seria suficiente para alimentar usinas termoelétricas, totalizando uma potência igual à de 12 usinas nucleares como a de Angra III.
O biodiesel tem como fonte qualquer óleo vegetal, o que inclui a soja e o milho. Plantas como aguapé e até o lixo orgânico permitem a produção do gás metano. E o hidrogênio pode ser obtido de algas verdes, de resíduos da agricultura, da indústria madeireira e do próprio etanol.
Portanto, a 'energia verde' poderia substituir parte dos combustíveis fósseis. O Brasil, país com grande potencial para as 'plantações de energia', devido à extensão territorial e às condições climáticas, já possui mais de 30 anos de experiência no uso do etanol, uma longa história de aproveitamento da madeira como fonte de energia e como carvão vegetal, além de contar com diversas instituições investindo em tecnologias para a produção do biodiesel.

quinta-feira, 12 de março de 2009

CPFL vai produzir transformador ‘verde’

O setor elétrico brasileiro começa a aumentar os investimentos de pesquisa e desenvolvimento em estratégias de sustentabilidade, como eficiência energética, fontes renováveis e redução de impactos ambientais. Um exemplo vem da CPFL Energia, distribuidora de energia que atua em oito regiões do Estado de São Paulo.
A empresa teve aval para começar a produzir uma família de transformadores elétricos de baixa tensão "verdes". Trata-se de um equipamento de baixa tensão que usa óleo vegetal no lugar do óleo mineral.
A substituição vai aumentar em até 80% a vida útil dos equipamentos e minimizar o impacto no meio ambiente de vazamentos. O óleo mineral comumente usado em transformadores, quando vaza, pode contaminar o ambiente por até 20 anos. O óleo vegetal tende a se dissolver no período de 15 dias.
O protótipo do novo transformador elétrico estava em desenvolvimento desde 2002, mas só este ano a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu aprovação para a produção do equipamento em escala. A produção deve ter início assim que forem finalizadas as últimas etapas da pesquisa, dentro de seis meses.
Produzirão 850 unidades, que serão incorporadas nos programas de manutenção e expansão da rede de distribuição de energia. O mercado brasileiro para transformadores de baixa tensão - utilizados nas ruas - é estimado em 1 milhão de unidades.
A CPFL Energia investirá R$ 320 milhões até 2013 em pesquisa e desenvolvimento. Segundo Corsini, 65% desse montante será destinado a inovações na área de sustentabilidade, que incluem eficiência energética e fontes renováveis. Estuda-se nichos de mercado que podem atender nas áreas de energia eólica e biomassa. A empresa, que já faz pesquisas com carros e motos elétricas, também trabalha no desenvolvimento de sistemas de distribuição de energia "inteligente" - os chamados "smart grid" -, que pode ajudar o consumidor a economizar energia.
TENDÊNCIA
A busca das empresas do setor de energia por estratégias de sustentabilidade pode ser explicada tanto pela redução de custos como também para garantir uma boa imagem para o setor. Atualmente, as empresas do setor elétrico já correspondem a um terço da carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, que reúne empresas com bom desempenho socioambiental. Muitas empresas de energia, saneamento e outros serviços públicos negociam ações em bolsa e estão sob constante pressão de consumidores e acionistas.

terça-feira, 10 de março de 2009

Como solucionar as crises com a energia verde

As crises que afetam o planeta, no momento atual, podem ser divididas em 3 modalidades: Crise financeira, Crise de combustíveis e Crise de aquecimento global. Os três problemas ocorrem interligados e deverão ter solução total e conjunta. A melhor fórmula para enfrentar a situação é evitar o desmatamento, e cuidando de nosso VERDE. A combativa ONG Internacional Greenpeace lançou campanha contra o projeto de lei Floresta Zero que aumenta a área de florestas a ser desmatada.
Somos Viciados em Petróleo, e quando perguntado se o momento atual é adequado para investir em energias renováveis, prelecionou. Este é o momento certo. Se não acabarmos agora com o vício do petróleo, os danos serão muito piores.
Compara-se a crise atual com a Grande Depressão. Não há dúvida de que as duas têm pontos em comum, mas a devastação financeira e emocional provocada pela atual crise deixou parte do mundo cego para enxergar diferenças cruciais entre elas.
A solução inadiável será substituir o petróleo pelos combustíveis renováveis. O preço do petróleo caiu para 47 dólares por barril, com isso dando ao mercado uma falsa euforia. Mas sua tendência será subir, podendo chegar a 200 dólares por barril até sua próxima exaustão total, sumindo definitivamente de todas as reservas atuais.
Por isso, a energia renovável será crucial para o planeta! O melhor exemplo de como a energia verde funciona está na Alemanha. Em oito anos, o país reduziu drasticamente sua dependência do petróleo. Metade da energia solar existente no mundo é produzida lá. O governo alemão não está temeroso diante da crise. O ministro dos Transportes da Alemanha acaba de anunciar incentivos à produção de carros elétricos que devem resultar na produção de 1 milhão de veículos desse tipo no país até 2020. No Brasil temos o BIODIESEL E O ETANOL, já em produção crescente, sendo até exportados para a Europa. Nossa energia verde está sendo produzida por ½ centena de vegetais, flores e frutos, com excelente óleo, que por enquanto está sendo misturado ao Diesel, criando o Biodiesel.
Até o ex-presidente Bush esteve em nosso país para aprender como produzir ETANOL, com a cana de açúcar, evitando utilizar milho que é alimento animal.
Quanto à CRISE FINANCEIRA, o petróleo quando estava na faixa de 45 dólares o barril, a economia progrediu de todas as formas em diversos países. Agora com o preço do petróleo ao redor de 150 por barril, a economia degringolou, diminuindo o poder de compra, o fechamento de fábricas e o desemprego generalizado. E a globalização entrou em franco declínio perturbando e impedindo o funcionamento do planeta.
A crise econômica é uma provocação! Como pode haver crise se metade do mundo pós comunista precisa de reforma? Que crise é essa?
Há algum tipo de acordo entre bancos! Isso é um negócio suspeito. É a opinião do sindicalista LECH WALESA, ex-presidente da Polônia, que agora se dedica a debater a GLOBALIZAÇÃO! Nos últimos dez anos passamos por uma grande revolução nas comunicações, com o computador pessoal, a telefonia móvel, a internet, os serviços de satélite e as redes sociais. Tudo isso tem de ser aplicado ao setor energético, para que se obtenha uma rede inteligente e livre de monopólios. As novas energias devem funcionar de forma integrada, com comunicação imediata entre produtores e consumidores. Essa será a base da terceira revolução industrial.
Espalhados pelos quatro cantos do mundo, projetos inovadores utilizam de forma inteligente os recursos naturais, como sol, vento e mar, para reescrever a história do uso da energia no planeta. Mais do que uma postura ecologicamente correta ou um ideal sustentável, é uma necessidade dos dias de hoje. E uma realidade que bate à porta de nossas casas, como observamos nos exemplos de sucesso descritos nesta reportagem. A energia verde está sendo utilizada na prática porque o século XXI precisa dela.
Dessa forma, só a renovação verde da energia poderá resolver o problema. Essa será a única solução possível de todas as CRISES, cada qual no seu devido tempo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Observação final do biodiesel

O biodiesel pode cumprir um papel importante no fortalecimento da base agroindustrial brasileira e no incremento da sustentabilidade da matriz energética nacional com geração de empregos e benefícios ambientais relevantes. Há terras, clima adequado e tecnologia agronômica, mas não competitividade. É necessário um reforço da base de variedades e cultivares, exceto para a soja, e aperfeiçoamento dos processos produtivos, principalmente da rota etílica.
O uso reduz locais associadas ao diesel, de material particulado, monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxido de enxofre, exceto dos NOx, óxidos de nitrogênio. É não-tóxico e biodegradável. Características importantes para os centros urbanos no Brasil. No Brasil há grande número de oleaginosas que poderiam ser usadas para produzir biodiesel. Considerando áreas a cultivar para suprir 5% da demanda de diesel, com apenas a soja, dendê e mamona, estima-se uma necessidade de 3 milhões de hectares. A área de expansão possível para grãos é de 90 milhões de hectares. As áreas aptas para o dendê atingem, na Amazônia, cerca de 70 milhões de hectares, cerca de 40% com alta aptidão. Como combustível é mais razoável que o produto “diesel” derivado do petróleo, mas a comparação das estratégias de biodiesel e óleo vegetal chega a vantagens ainda maiores para a alternativa do óleo vegetal. As produções de óleo vegetal e de biodiesel abrirão maiores fontes de renda para a agricultura. Economias nacionais e mundiais disporão de um combustível ambientalmente correto, tolerável socialmente e 30% mais barato, com plantio ecológico extensivo de oleaginosas em sistemas de plantio de culturas mistas reduzem custos. Distribuidoras forneceriam óleo diesel com 2% de biodiesel, responsabilizando-se pelo cumprimento das especificações do produto entregue a revendedor e consumidor. A diversidade de contextos de demanda de diesel pode proporcionar o surgimento de mercados precursores.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Europa acusa EUA de dumping com biodiesel brasileiro

O protecionismo ganha força no comércio de biocombustíveis. A União Europeia (UE) adotará novas tarifas de importação para frear a entrada de biodiesel dos Estados Unidos, acusados de distorcer o mercado. A medida, porém, pode afetar Brasil e Argentina.
O bloco formado por 27 países europeus alega que os norte-americanos importam biocombustível sul-americano, mais barato, misturam com a sua produção, recolhem subsídios e revendem no mercado europeu com uma ampla margem de dumping (preço abaixo do custo).
A UE vai aplicar uma série de medidas antidumping para conter essa importação. Elas vão variar de € 2 a € 19 por 100 quilos de biodiesel importado. Além disso, uma sobretaxa de € 23 a € 26 a cada 100 quilos será aplicada para compensar os subsídios recebidos pelos produtores nos EUA.
O pacote de medidas protecionistas será debatido oficialmente dia 3 de março de 2.009 em Bruxelas. A previsão é de que as taxas comecem a entrar em vigor a partir de abril.
A queixa partiu dos próprios produtores de biodiesel da Europa, que alegam que o produto norte-americano, subsidiado, tem provocado a falência de várias usinas na Espanha, Alemanha e Leste Europeu. Ainda durante a presidência de George W. Bush, a Casa Branca rejeitou a acusação de que o país pratica dumping na exportação de biocombustível.
Mas a realidade é que, em apenas três anos, as exportações americanas saltaram de 7 mil toneladas para mais de 1,5 milhão em 2008. A acusação dos europeus é de que as impresas americanas importam biodiesel a preços baixos da Argentina e, em menor escala, do Brasil e adicionam apenas 5% de sua própria produção. Com isso, já estariam autorizados a completar os subsídios do governo para a produção e exportação. O valor da ajuda estatal chegaria a US$ 1,00 por galão.
De acordo com os europeus, grande parte do biodiesel sai da Argentina, em direção aos Estados Unidos. Mas o Brasil também pode sofrer, já que uma expansão da exportação ao mercado americano nos próximos anos poderá ser freada. No Itamaraty, o sdentimento é de que os europeus tem “certa razão”em impor as barreiras, já que os americanos estariam fazendo uso de praticas desleais.
Segundo uma investigação preliminar dos europeus, a importação de produtos americanos causou prejuízos para as empresas da UE. Entre 2005 e 2008, a mergem de lucro das empresas de biocombustíveis caiu em 18% para menos de 6%. O retorno de investimentos recuou 80%. A pressão criada pela importação no mercado europeu não permitiu que a indústria local estabelecesse seus preços de venda de acordo com as condições de mercado, é o que foi afirmado pela Comissão Europeia.
Pela proposta que será votada em 3 de março de 2009, a empresa Archer Daniels Midland (ADM) pagará uma sobretaxa de € 26 por cada 100 quilos de biodiesel exportado. A Cargill pagará € 27, enquanto a Imperium Renewables pagará € 29 e a Green Earth Fuels, € 28. Já a Peter Cremer North America pagará € 41 por 100 quilos exportados.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Líder religioso saudita condena uso de álcool até em carros

Advertência é destinada à população saudita vivendo fora dos Emirados Árabes.
O xeque Mohamed Al-Najimi, líder religioso saudita, alertou que o muçulmano que usar o etanol feito de álcool em seus carros estaria cometendo um pecado. Sua alegação é de que o etanol para carros é produzido da mesma forma que o álcool que se consome. Pela lei islâmica, esse consumo é proibido.
Najimi é membro do instituto de estudos de jurisprudência islâmica na Organização da Conferência Islâmica. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) já havia criticado o etanol por estar gerando uma alta nos preços dos alimentos em 2008.
A advertência do xeque foi divulgada nos últimos dias pela rede de TV Al Arabiya, de Dubai, e o público alvo é a população saudita vivendo no exterior, principalmente os jovens que acabam de adquirir seus primeiros carros em países onde o etanol já é uma realidade. Najimi, porém, garante que não estava lançando uma fatwa, equivalente a um pronunciamento legal para esclarecer uma realidade. Mas adverte que o assunto "deve ser estudado religiosamente".
Estudos feitos na Europa concluíram que foram químicos árabes quem trouxeram para o Velho Continente a técnica da destilação. A própria palavra álcool vem do árabe.