sábado, 30 de abril de 2011

Energia Eólica no RN

O governo do Rio Grande do Norte começa a se movimentar para tirar do papel o projeto de instalação do Centro Tecnológico de Energia Eólica, que vai capacitar mão de obra local para suportar os investimentos em parques eólicos no estado. Até o dia 11 de abril, o governo estadual espera apresentar o projeto para o Ministério de Ciência e Tecnologia, conforme definido em reunião entre a governadora Rosalba Ciarlini e o ministro Aloízio Mercadante, este mês.
NO dia 11 de abril, acontecerá uma nova reunião que tem o objetivo de agilizar o processo de instalação do centro tecnológico. “Nós temos várias unidades do Instituto Federal de Educação Tecnológica, a Universidade Estadual com seis campi e vamos promover cursos na área de energia eólica que vem recebendo muitos investimentos. Isso tendo em vista a geração de oportunidades à população”, disse a governadora.
“Nós temos grande interesse na questão das matrizes energéticas, isso terá prioridade”, ressaltou Aloizio Mercadante, que convidou a governadora para acompanhar o encerramento do Ano Brasil-Alemanha 2010/2011, considerado o ano da ciência, tecnologia e inovação, no dia 4 de abril, em Hannover, na Alemanha. Rosalba destacou o interesse de conhecer trabalhos referentes à produção de energia através de fontes renováveis que serão apresentados.
“Sou uma grande entusiasta dos projetos que utilizam energia renovável, especialmente a solar, pois já fiz essa experiência em pequenas comunidades quando fui prefeita”, observou Rosalba (ambienteenergia)

BNDES apoia a construção de mais usinas eólicas

BNDES apoia a construção de mais nove usinas eólicas nas regiões Nordeste e Sul
Financiamento no valor de R$ 790,3 milhões foi aprovado em 02/03/11 pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção de nove usinas eólicas (energia gerada pelos ventos) no país, sendo oito no Ceará, somando capacidade instalada de 211,5 megawatts (MW), e uma no Rio Grande do Sul, com 70 MW. O Parque Eólico Elebras Cidreira 1, em Tramandaí (RS), receberá do banco R$ 227,7 milhões.
O BNDES informou, por meio da assessoria de imprensa, que os novos parques eólicos, no Ceará, vão representar a geração de 1,2 mil empregos diretos durante a construção e 2,5 mil indiretos. Os projetos preveem o aproveitamento da mão de obra local e a capacitação e especialização dos trabalhadores. Os recursos, no valor de R$ 562,6 milhões, serão repassados pela Caixa Econômica Federal.
A usina de Tramandaí está incluída no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), do governo federal. A previsão é que sejam criados 535 empregos diretos durante as obras.
Os 51 parques eólicos que se acham em operação no país totalizam potência instalada de 937 MW. Mais 18 projetos estão em construção, com previsão de entrada em funcionamento ao longo deste ano. Eles totalizam capacidade instalada de mais 500,8 MW. O número inclui a usina de Tramandaí, revelou a assessoria do BNDES.
A carteira de projetos do banco, incluindo operações já contratadas ou em processo de assinatura, entre as quais as duas aprovadas hoje, atinge 51 contratos de financiamento, para implantação de 1.369 MW. O valor das operações é de R$ 4,1 bilhões. O banco tem em análise, ainda, mais 44 operações de financiamento para o segmento eólico, no montante de R$ 3,3 bilhões. (EcoDebate)

Energia eólica crescerá 320% na próxima década

Em 2019, as usinas eólicas poderão somar potência semelhante à das hidrelétricas do rio Madeira
Energia eólica deve crescer 320% na próxima década – Crescimento do setor foi incentivado pela queda nos custos, segundo a Empresa de Pesquisa Energética – Com preço mais baixo, o grande potencial eólico brasileiro finalmente começa a sair do papel.
Projeção da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) aponta que a capacidade instalada das usinas movidas por ventos crescerá 320% ao longo desta década.
Atualmente, as usinas eólicas instaladas somam 930 MW espalhados por 50 parques. As hidrelétricas, principal fonte de geração do país, têm 110.000 MW instalados.
Em 2011, estão previstos mais 510 MW distribuídos por 14 parques eólicos, totalizando 1.440 MW.
Esse potencial é oriundo do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia), que fomentou a demanda no segmento, permitindo queda no preço.
A previsão é que em 2019 essas unidades geradoras terão potência total de 6.041 MW, quase equivalente aos 6.400 MW das usinas de Santo Antônio e Jirau, que estão sendo erguidas no rio Madeira, em Rondônia.
Calcula-se que haja potencial para instalar até 300 mil MW de usinas eólicas.
“O crescimento da energia eólica é um processo irreversível”, comentou Pedro Terrelli, diretor da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).
A ideia do governo é que as termelétricas movidas a gás, óleo ou carvão cedam cada vez mais espaço às eólicas e outras fontes renováveis, bem menos poluentes e que já têm custos competitivos.
As termelétricas são usadas para poupar os níveis dos reservatórios de hidrelétricas em épocas de pouca chuva.
A expansão das eólicas, pelo menos nos próximos três anos, é garantida pela venda de projetos nos leilões voltados para o segmento.
CUSTO COMPETITIVO
O custo da energia eólica baixou e já chega a ser mais vantajoso do que a energia termelétrica, que gira em torno de R$ 140 a R$ 150 por MWh (megawatt-hora).
Nos três leilões feitos até hoje, o custo médio da eólica foi de R$ 140 por MWh. A geração hidrelétrica, a mais barata do mercado, custa, em média, R$ 110 por MWh.
Anteriormente, o custo para gerar pela força dos ventos ultrapassava os R$ 200 por MWh. Praticamente não havia fabricantes no país, e era preciso importar os equipamentos a custos elevados.
“A perspectiva de crescimento está ligada ao fato de o preço ter caído. Sempre tivemos potencial, mas, quando é caro, não dá para construir”, disse o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim.
Até hoje, foram feitos três leilões com participação de 142 empreendimentos eólicos que totalizam 3.852 MW de capacidade instalada.
Essas usinas começam a entrar em operação a partir do ano que vem. A tendência é que os leilões com eólicas sejam mantidos e o mercado se consolide de vez.
“Nos próximos dez anos, é preciso que se adicione 2.500 MW por ano para que a energia eólica se estabeleça de vez”, observa Terrelli. (EcoDebate)

Era do Sol/Vento

A era do petróleo está com os dias (ou anos) contatos. O petróleo e demais fontes fósseis de energia são finitas, não-renováveis e poluidoras. O mundo já está chegando ao pico da exploração do chamado “ouro negro” e nas próximas décadas a participação do petróleo na matriz energética mundial vai declinar continuamente.
Mas não precisamos esperar exaurir as reservas de petróleo, gás e carvão para iniciar uma mudança na matriz energética mundial e brasileira. Podemos desde já iniciar a utilização de fontes energéticas que estão à disposição da humanidade e que são infinitas, limpas e ecologicamente sustentáveis. A idade do petróleo pode acabar antes do fim de suas reservas.
A civilização do petróleo, gás e carvão provocou um grande dano ecológico ao Planeta, como as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Porém, a concentração de gases de efeito estufa vai continuar aumentando, mesmo com a redução da queima dos combustíveis fósseis. Assim, quanto mais rápido for feita a mudança da matriz energética, menores serão os custos de uma catástrofe ambiental.
Felizmente, a natureza é prodiga em fontes alternativas de energia. Estas fontes sempre tiveram disponíveis para todos os seres vivos da Terra. O ser humano fez a opção errada de queimar o carbono que a natureza estocou por milhões de anos nas matérias orgânicas.
Agora está na hora de corrigir o erro e começar uma nova Era, na qual a energia solar e a energia eólica vão se tornar as principais fontes de energia na Terra. A idade da pedra não acabou por falta de pedras. Podemos também abreviar o fim da era do petróleo.
O Prêmio Nobel de Química de 1998, Walter Kohn, em palestra na Sociedade Americana de Química, disse que, na última década, a produção mundial de energia fotovoltaica multiplicou-se por um fator de 90, e a energia eólica por um fator de cerca de 10 vezes. Ele considera que crescimento dessas duas fontes energéticas inesgotáveis e limpas, deve se acelerar ainda mais na atual década, possibilitando o surgimento de uma nova era civilizacional, a “Era do Sol/Vento”.
Esta Era já começou a ser construída. Por exemplo, no discurso sobre o Estado da União, dia 25/01/2011, o presidente Obama colocou como meta, para 2035, os Estados Unidos atingir 80% da produção de eletricidade por meio de energias renováveis. A Costa Rica quer ficar livre das energias fósseis nos próximos 15 anos e a Alemanha no máximo até 2050. A China, apesar da alta poluição interna, é o país que mais investe na produção de energia solar e eólica.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em discurso no Fórum Econômico Mundial 2011 (WEF), de Davos, reforçou a necessidade de se fazer uma revolução na geração de energia para garantir a sustentabilidade ambiental: “Uma revolução global de energia limpa é essencial para minimizar os riscos climáticos, reduzir a pobreza, melhorar a saúde pública e incentivar o crescimento econômico”.
O futuro da humanidade e da biodiversidade na Terra dependem do auto-controle humano. É preciso uma redução das atividades antropogênicas. A maior ameaça do século XXI é o aquecimento global. Mudar o padrão de produção e consumo que polui e degrada o Planeta é uma tarefa urgente. Sem energia renovável até as esperanças se esgotam. Criar a civilização do sol/vento é uma grande contribuição para se evitar o fim da existência de boa parte das espécies de vida na Terra. (EcoDebate)

Energia Eólica: avanço para o Nordeste

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) conclui estudo que define um plano de obras de reforço no sistema de transmissão para suportar a entrada dos parques eólicos no Nordeste, após os leilões de energia realizados nos últimos dois anos. Segundo a EPE, o objetivo do “Estudo para Dimensionamento das ICG referentes às Centrais Geradoras Eólicas do LFA e LER 2010, nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia” é garantir o futuro escoamento da energia contratada e do potencial da região.
O estudo gerou como resultado a definição de um plano de obras necessário para conexão destas usinas ao sistema existente por meio de ICG (Instalações de Transmissão de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada) e suas respectivas subestações coletoras. Para estimar os valores de investimentos em equipamentos e instalações, a EPE considerou um custo marginal de expansão de 113,00 R$/MWh, taxa de desconto de 11% a.a e vida útil dos equipamentos de 30 anos.
O trabalho foi feito no âmbito do Estudo de Suprimento à Região Nordeste até o horizonte de 2020. O grupo de estudos de transmissão regionais de apoio à EPE é formado por empresas transmissoras, distribuidoras e geradoras de energia. Os leilões de energia alternativa e de reservas, realizados pelo governo em 2009 e 2010, permitiram a contratação de 3.854 MW de potência instalada de energia eólica. Além da contratação via leilões, foram adquiridos 1.423 MW através do Proinfa – com 766 MW atualmente em operação, de acordo com a EPE. (ambienteenergia) 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Segurança e eficiência energética

A segurança energética é um fator prioritário para o país e somente aumentará com a diversificação da matriz energética com o uso de fontes energéticas renováveis. Do ponto de vista da produção de energia, segundo a Empresa de Planejamento Energético-EPE, o país tem folga no abastecimento, e pode suprir as necessidades de energia elétrica, com as atuais taxas previstas de crescimento, para os próximos anos. Portanto não existe relação direta entre os atuais apagões, que tem ocorrido frequentemente no país todo, com a necessidade da instalação de mega-hidrelétricas e de usinas nucleares para evitá-los. Como que se os atuais apagões fossem decorrentes do desabastecimento, e novamente repetiríamos 2001/2002.
O fundamento principal para a construção de novas usinas de geração é de que existe uma previsão de crescimento da economia (sem que se questione a natureza do crescimento) e de que, em função disso, há necessidade de se ofertar mais energia para atender a esta demanda, construindo assim novas usinas.
Projeções do consumo futuro de energia dependem do tipo de desenvolvimento e crescimento econômico que o país terá. Existem vários questionamentos sobre os cálculos oficiais que apontam para taxas extremamente elevadas de expansão do parque elétrico brasileiro para atender a uma dada demanda. O que essa previsão esconde é o fato de praticamente 30% da energia elétrica ofertada pelo país ser consumida por seis setores industriais apenas: cimento, siderurgia, produção de alumínio, química, o ramo da metalurgia que trabalha com ferro e papel/celulose. São exatamente estes setores que elevam o consumo da energia elétrica para cima, os chamados setores eletro-intensivos. Precisamos urgentemente discutir no planejamento energético dois pontos: energia para quê? E para quem?
Temos de fugir dessa ideia míope de discutir qual a melhor fonte. A melhor fonte de energia é aquela que não é consumida. Não consumir energia significa ter uma política de aumento da eficiência energética, situação da qual estamos muito longe ainda. Os resultados oficiais apresentados nesta área são pífios.
No Brasil, o consumo de energia per capita ainda é pequeno e é indispensável que cresça para promover o desenvolvimento sustentável. No entanto, nada impede que o uso de tecnologias modernas e eficientes sejam introduzidas logo no início do processo de desenvolvimento, acelerando com isso o uso de tecnologias eficientes (aquecimento solar da água, eletricidade solar, geradores eólicos, geração distribuída,… ). Contrapondo assim ao pensamento de que, para haver desenvolvimento, é preciso que ocorram impactos ambientais, devido à geração, transporte e uso da energia.
A conservação com o uso eficiente de eletricidade reduz o consumo e posterga a necessidade de investimentos em expansão da capacidade instalada, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados aos usuários finais. Exemplos ocorridos em outros países nos anos 80, particularmente nos EUA demonstraram este.
A eficiência energética é, sem dúvida, a maneira mais efetiva de, ao mesmo tempo reduzir os custos e os impactos ambientais locais e globais, suportando assim, conjuntamente com as fontes energéticas renováveis solar, eólica e biomassa; a segurança energética do país. (EcoDebate)

Workshop mostra como medir retorno de projetos

Eficiência energética: workshop mostra como medir retorno de projetos
O Portal Ambiente Energia e o Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE) realizam, no dia 28 de abril, no Rio de Janeiro, o Workshop de Medição & Verificação (M&V) para Projetos de Eficiência Energética. Um dos objetivos do workshop é mostrar como elaborar um plano de M&V, peça fundamental para avaliar a viabilidade financeira de um projeto de eficiência energética para empresas de qualquer setor. Por meio do M&V, é possível quantificar os resultados das ações para reduzir o consumo de energia.
A importância de adotar esta solução fica bem clara, com a sua inclusão no Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf) que o governo pretende divulgar este ano, com a meta de obter uma economia de energia média de 10% até 2030. Com oito horas de duração, o workshop abordará temas como a necessidade da medição dos resultados: quatro procedimentos básicos; equipamentos de medição e seus erros; Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (PIMVP): documento chave para M&V; adesão ao PIMVP;  equação do custo evitado: equação geral de cálculo do custo da energia e demanda economizadas;  custo do M&V e sua relação com o custo de execução do projeto; e estruturação dos procedimentos: Plano de Medição e Verificação.
O workshop terá como instrutores Fernando Milanez, consultor especializado em gerenciamento e elaboração de diagnósticos de usos finais, projetos de geração distribuída com biomassa e treinamento; e Osório de Brito, diretor do INEE e superintendente e principal executivo da Associação Fluminense de Cogeração de Energia (Cogen-Rio), especialistas com larga experiência no desenvolvimento de projetos de eficiência energética para grandes empresas.
O evento tem como público alvo engenheiros, economistas, técnicos e gerentes de administração que trabalhem em distribuidoras de energia elétrica e/ou térmica; em Escos; em empresas de construção e de arquitetura “verdes”; em grandes consumidores de energia; ou, ainda, em empresas de cogeração e/ou fontes alternativas de energia. (ambienteenergia)

Quer Economizar Energia?

Abaixo algumas sugestões de como economizar energia elétrica e bem iluminar.
Pinte o teto e as paredes internas com cores claras, que refletem melhor a luz, diminuindo a necessidade de iluminação artificial, economizando energia elétrica.
Limpe regularmente as luminárias e lâmpadas, pois o acúmulo de pó, com o tempo, reduzirá a iluminação do ambiente.
Oscilações excessivas na rede elétrica podem ocasionar redução na vida média da lâmpada.
As lâmpadas fluorescentes não devem ser utilizadas em circuitos com minuterias ou dimmers (regulador de luz), pois haverá redução na vida média da lâmpada.
As lâmpadas, em sua maioria, devem ser instaladas com proteção a choques térmicos e umidade.
Alguns reatores eletrônicos podem trazer para sua lâmpada fluorescente:
- Maior fluxo luminoso;
- Maior vida média;
- Economia de energia elétrica, entre outras vantagens.
Leia atentamente o rótulo, ou entre em contato com o fabricante, para ter certeza de que o produto que você está comprando possui estas características.
Compare os sistemas de iluminação abaixo, com lâmpadas de mesmo consumo:
Tipos - Incandescente – Fluorescente
Modelos - Standard – Regular
Potência - 40 W - 40 W
Fluxo Luminoso - 495 Lm – 2.700 Lm
Vida Média – 1.000 hs – 12.000 hs
Eficiência – 12.4 Lm/W – 68.0 Lm/W
Utilizem em luminárias embutidas ou spots as lâmpadas incandescentes refletoras (SYLVASPOT), que possuem o facho de luz dirigido, com maior aproveitamento da luz produzida e direcionando o calor gerado para o facho de luz, não causando superaquecimento na luminária.
Outra opção seria utilizar lâmpadas fluorescentes compactas sem o reator integrado, para melhor aproveitamento físico da luz produzida, ficando sobre o forro, o reator.
Para locais de difícil acesso, procure instalar lâmpadas com maior vida média, exemplo:
Produto - Vida Média
Incandescente Standard - 750 e 1.000 hs
Incandescente Longa Vida - 1.500 e 2.000 hs
Fluorescente Compacta - 3.000 a 10.000 hs
Fluorescente Regular 20 W - 7.500 hs
Fluorescente Regular 40 W - 12.000 hs
Para uma melhor escolha da lâmpada na hora da compra verifique a tonalidade ou a temperatura de cor.
A lâmpada poderá possuir temperatura de cor que basicamente são de:
6.500K (aparência de cor FRIA, branca-azulada).
Lâmpadas com aparência de cor azulada, passam a sensação de ambiente frio, dinâmico e limpo. Indicado para locais como: cozinha, banheiros, ambientes hospitalares e outros.
4.000K (aparência de cor NEUTRA, branca-neutra).
Lâmpadas com aparência de cor branca, iluminam o ambiente de forma natural, sem influenciar na aparência de cor do local.
2.000K (aparência de cor QUENTE, branca-amarelada).
Lâmpadas com aparência de cor branca-amarelada, passam a sensação de ambiente quente, aconchegante e calmo. Indicado para locais como: sala de estar, quartos, hall e outros.
Em sua próxima compra, verifique e prefira lâmpadas de alta eficiência luminosa (Lm/W), ou seja, lâmpadas que produzem mais luz com menor consumo de energia elétrica, veja gráfico abaixo: 
Em locais como lojas de departamentos, gráficas, indústrias têxteis ou áreas onde a reprodução da cor do objeto iluminado é importante, utilize lâmpadas com alto IRC (Índice de Reprodução de Cores), ou seja, lâmpadas que irão reproduzir corretamente a cor dos objetos por ela iluminados. Veja abaixo o IRC de cada família de lâmpada:
Lâmpada – IRC
Incandescente – 100
Halógena - 100
Fluorescente Compacta – 85
Fluorescente Série Designer – 85
Vapor Metálico – 70 a 90
Fluorescente Regular – 72
Vapor de Mercúrio – 45
Vapor de Sódio – 20
Apresentamos algumas alternativas corretas, na troca de lâmpadas para a economia de energia:
(sylvania.com.br)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Energia eólica valoriza terras no RN

Investidores compram ou alugam áreas para instalações dos parques; valorização deve crescer, pois em maio ocorrerá leilão de energia.
A valorização das áreas produtivas no Rio Grande do Norte, surge, principalmente, com a instalação dos parques de energia eólica. A avaliação é do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama. "Temos um investimento previsto de R$ 8 milhões em energia eólica. São 79 parques com energia já medida e confirmada para capacidade de produção. Essas áreas de implantação dos parques estão se valorizando. Os investidores compram ou alugam os terrenos", disse.
Gama destacou que a tendência é de uma valorização ainda maior, já que em maio ocorrerá um leilão de energia eólica.
Se na energia eólica a tendência é de valorização maior, na carcinicultura (criação de camarões) a expectativa de aumento das vendas dos terrenos é frustrada pela dificuldade que os empresários têm de conseguir licenciamentos e financiamentos para produção. Embora o setor esteja voltando a crescer, o aumento das vendas não se reflete na valorização dos terrenos.
O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão, Itamar Rocha, explicou que essa manutenção dos preços das áreas se deve as dificuldades encontradas pelos produtores para conseguir financiamentos bancários e licenciamento ambiental. "Veja que no ano de 2010 não saiu nenhum financiamento para produtores do Rio Grande do Norte", destacou. Rocha observou ainda que as licenças ambientais emperram muito a chegada de novos negócios.
Enchentes
Além das dificuldades de legalização do negócio e liberação de recursos para atividade, os carcinicultores também enfrentam o problema das enchentes. Na época de chuvas mais intensas, as fazendas de camarão sofrem alagamentos.
A expectativa do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão é que o setor retome o mercado conquistado antes da crise. Em 2010, no Rio Grande do Norte, um dos principais estados produtores, foram 20 mil toneladas de camarão. No entanto, apenas 1,6 mil toneladas foram para o mercado exportador. "Chegamos a exportar 20 mil toneladas, mas ano passado foram apenas 1,6 mil. Ainda bem que o mercado interno se aqueceu para absorver a produção que caiu devido ao câmbio (valorização do real perante o dólar)", disse Rocha.
Empurrados pelo vento
A necessidade de áreas para a instalação de parques de energia eólica valorizam terras no Nordeste do Brasil. (OESP)

A energia eólica está em ascensão

A energia eólica está em ascensão no mundo inteiro
Parques eólicos offshore são a mais nova tecnologia em energia eólica na Europa
Os cata-ventos já giram em 82 países do planeta – e a tendência é aumentar. Países emergentes e em desenvolvimento ainda dão os primeiros passos.
Para Dom Quixote, os moinhos de vento eram criaturas ameaçadoras, cheias de braços e nas quais não de podia confiar. Do século 17 para cá, a imagem dos cata-ventos melhorou muito, e hoje, mais do que moer farinha, eles fornecem quantidades generosas de energia limpa. Segundo dados do Relatório Mundial de Energia Eólica, o vento gerou cerca de 340 terawatts-hora de energia no mundo em 2009, o suficiente para abastecer a Itália durante um ano.
A maioria das turbinas eólicas sempre se concentrou na Europa, onde desde cedo houve tecnologia e vontade política para investir em tecnologias limpas. Mas o potencial está se esvaindo. Atualmente, apenas 27% dos novos cata-ventos foram instalados na Europa, deixando o continente em terceiro lugar no ranking de energia eólica.
O crescimento mais acelerado é verificado na Ásia. O continente assumiu a dianteira na produção eólica mundial e em 2009 foi responsável por 40% de todos os novos cata-ventos instalados. A maioria deles está na China, onde o número de turbinas duplicou pelo quarto ano consecutivo. “O governo reconheceu que a energia eólica é barata, renovável e limpa”, explica Stefan Gsänger, secretário-geral da Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA). Além disso, a tecnologia pode ser facilmente exportada. Hoje a China está entre os cinco maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo.
Além de grandes parques eólicos, na Ásia também são instalados microparques eólicos, especialmente em zonas rurais sem acesso à rede elétrica. Pequenos cata-ventos com geração de até 2KWh custam de 800 a mil euros e podem abastecer um vilarejo inteiro. Já existem cerca de 400 mil microssistemas como esse. E como na China muitos milhões de pessoas ainda vivem sem energia, esse número pode aumentar para mais de um milhão em um futuro próximo, estima a WWEA.
Concorrência “verde”
Na América do Sul, a utilização de energia eólica se desenvolve mais lentamente. “Isso acontece, entre outros motivos, porque a América Latina tem grande parte de sua matriz abastecida por energia hidroelétrica, e assim dispõe também de energia comparavelmente limpa”, explica Trudy Könemund, da Sociedade Alemã de Cooperação Técnica (GTZ) no Chile. Apenas 2% das novas instalações eólicas são construídas na América Latina.
Para Ralf Heidenreich, porta-voz da desenvolvedora de projetos Juwi, os problemas estão principalmente na implantação. Embora haja potencial, “as condições para construir novas usinas ainda precisam melhorar um pouco”. A opinião é compartilhada por Stefan Gsänger. Muitos projetos no passado teriam sido adiados por causa de corrupção e porque o setor energético tradicional trabalharia contra os projetos de energia renovável. Mesmo assim, existem cada vez mais usinas eólicas na América Latina, 44 delas no Brasil. O México quintuplicou o número de turbinas em 2009. O Chile está em terceiro lugar, com seis usinas já construídas e outras 20 em planejamento.
Energia eólica para a África
No continente africano quase não há turbinas eólicas. A taxa de crescimento nos últimos anos é insignificante. O principal motivo é a falta de infra-estrutura, explica Ralf Heidenreich. “A energia precisa ser canalizada de alguma forma”. Esse problema pode abrir caminho para os pequenos cata-ventos, como os que existem na Ásia, espera Stefan Gsänger da WWEA. Além disso, o continente africano sofre com a falta de tecnologia e, principalmente, recursos.
Egito e Marrocos são os principais produtores de energia eólica no continente. No Egito já existem empresas que fabricam componentes para turbinas. “É importante desenvolver uma cadeia produtiva no próprio país”, explica Gsänger. “Assim as usinas eólicas podem ter uma vantagem em relação ao petróleo”.
De acordo com a WWEA, a potência gerada pelas usinas eólicas no mundo duplica a cada três anos. Um desenvolvimento que com certeza deixaria Dom Quixote de cabelo em pé. Mas no mundo real do século 21, esse é o caminho para um mundo sem combustíveis fósseis. (EcoDebate)

Eólica offshore em alta na Europa

A capacidade instalada de usinas eólicas offshore na Europa registrou, em 2010, um crescimento recorde de 51% em relação ao ano anterior, com a entrada de mais 308 turbinas. Segundo a European Wind Energy Association (EWEA), as unidades acrescentaram um total de 883 megawatt (MW), totalizando um investimento de cerca de 2,6 bilhões de euros. Com a instalação de nove parques eólicos em cinco países, a base instalada de eólicas offshore atingiu a marca de 2.964 MW.
A EWEA destacou que a atual base instalada fornece energia elétrica para 2,9 milhões de condomínios da União Europeia. No total, são 1.136 turbinas implantadas, que em um ano de vento em condições normais seriam capazes de produzir 11,5 terawatts-hora (TWh) de eletricidade. O ranking é liderado pelo Reino Unido com 1.341 MW, seguido pela (854 MW), Holanda (249 MW), Bélgica (195 MW), Suécia (164 MW), Alemanha (92 MW), Irlanda (25 MW), Finlândia (26 MW) e da Noruega 2,3 MW.
“O crescimento registrado em 2010 estabelece um novo recorde para a energia eólica offshore na Europa. Os 29 novos modelos de turbinas offshore anunciados no ano passado mostram o compromisso desta indústria para combater as alterações climáticas, criar empregos verdes, exportar, reduzindo nossa dependência do combustível importado”, analisa Christian Kajaer, chefe executivo da EWEA. Nos últimos dois anos, chegaram ao mercado 44 novos modelos de turbinas.
As previsões da associação apontam para a continuidade do crescimento em 2011, com a capacidade ficando entre 1 mil MW e 1.500 MW. Hoje, 10 fazendas eólicas estão em construção, somando 3 mil MW. De acordo com a EWEA, outros 19 mil MW de capacidade eólica offshore já foram autorizados. Se os projetos saírem do papel, vão representar a geração de 66,6 TWh, suficientes para abastecer 14 das maiores capitais europeias. (ambienteenergia)

Navio movido a energia eólica

Navio movido a energia eólica traz equipamento para usinas no CE
Força dos ventos move os motores do E-Ship 1, da Enercon, que traz ao País pás e aerogeradores para usinas eólicas.
Como no período das grandes navegações, uma embarcação movida pelos ventos acaba de aportar no Nordeste. Nesse caso, a força do vento não enfuna as velas, mas fornece energia para os motores do E-Ship 1, navio de cargas desenvolvido pela Enercon GmbH, uma das principais fabricantes mundiais de usinas eólicas. A embarcação híbrida - tem também propulsão a diesel - atracou ontem no Porto de Pecém, no Ceará, carregada com pás e aerogeradores para usinas eólicas.
Os equipamentos se destinam às usinas que a Wobben, unidade brasileira da Enercon, com sede em Sorocaba, interior de São Paulo, constrói no País. Entre os projetos a serem beneficiados estão sete usinas da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e quatro da Petrobrás, projetadas pela Wobben no Rio Grande do Norte. O navio, que ontem mesmos seguiu para o Rio Grande do Sul, também traz equipamentos para a ampliação das usinas da empresa de energia Ventos do Sul, em Osório.
O navio, com 130 m de comprimento, 22,5 m de largura e peso de 12,8 mil toneladas, foi preparado para reduzir em até 40% o consumo de combustível fóssil e as emissões de CO2 em comparação a uma embarcação convencional do mesmo porte. O superintendente comercial da Wobben, Eduardo Leonetti Lopes, diz que o projeto é inovador. "A proposta da Enercon e da Wobben é mostrar que a energia eólica pode ter muitas aplicações, incluindo a navegação", diz. O navio pode ser o piloto de uma frota que a transnacional passará a usar no abastecimento de seus mercados. (OESP)

Impactos da Energia Eólica

A energia eólica é a energia obtida pelos ventos que são o ar em movimento. É uma abundante fonte de energia, renovável, limpa e disponível em todos os lugares.
Os moinhos de vento foram inventados na Pérsia no século V AC. Foram usados nesta época para bombear água para irrigação. Os mecanismos básicos de um moinho de vento não mudaram desde então. O vento atinge uma hélice que ao movimentar-se gira um eixo que impulsiona um gerador de eletricidade.
Os ventos são gerados pelas diferenças de temperatura entre a terra e as águas, planícies ou montanhas, tanto nas regiões equatoriais quanto nos polos do planeta Terra.
A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com as estações do ano e as horas do dia. A topografia e a rugosidade do solo também tem grande influência na distribuição de frequência de ocorrência dos ventos e de sua velocidade em um local.
As usinas eólicas não queimam combustíveis fósseis, mas são de grande porte e por isso alteram as paisagens com suas torres e hélices. O maior impacto que causam é interferir nas rotas dos pássaros migratórios, que costumam voar em formações e não tem boa capacidade de visão. Os bandos de pássaros se movimentam por mecanismos instintivos e aproveitam as correntes convectivas ascendentes do ar para se movimentarem, principalmente quando estão em grandes formações.
A instalação das usinas ou fazendas eólicas exige grandes estudos dos ecossistemas locais, pois as zonas que concentram ventos também são frequentemente as rotas principais das aves migratórias pelos mesmos motivos.
Além disso, as usinas ou fazendas eólicas emitem um certo nível de ruído de baixa freqüência, que podem causar desconforto e interferir em transmissão de televisão ou outros tipos de ondas provenientes de radiações eletromagnéticas.
O custo dos geradores eólicos é elevado, porém o vento é uma fonte inesgotável de energia. E as plantas eólicas têm uma retorno financeiro a um curto prazo.
Mas as plantas eólicas não são consideradas como uma fonte de energia “firme”, pois dependem da existência de ventos que por sua vez depende de variações de temperatura e outros fatores. Nas regiões muito afetadas por chuvas ocorre desperdício energético muito elevado nesta fonte de geração.
Por isso, normalmente se utiliza a energia produzida por usinas ou fazendas eólicas apenas para adição aos sistemas integrados de geração energética, uma vez que em certos momentos, a produção proveniente desta geração pode ser relativamente reduzida.
Mas sem dúvida, a energia eólica se soma a energia solar como duas das fontes de alto potencial em nosso país. A estruturação de uma matriz energética que contemple a integração da geração a partir destas fontes alternativas é de extrema importância.
Existem registros bibliográficos que demonstram que em alguns países europeus, como Espanha e Alemanha, a geração a partir de fontes eólicas, bem planejada e integrada com os demais tipos de geração energética, tem grande importância e corresponde a percentuais relevantes da geração destes países. (EcoDebate)

Eólica: 3 milhões de empregos em 2030

Além de projetar que a energia eólica fornecerá um quinto da geração de energia elétrica mundial em 2030, o estudo “Panorama Global da Energia Eólica – GWEO 2010”, divulgado pelo Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC) e o Greenpeace International, aponta outro benefício desta expansão: a geração de empregos, que, segundo as estimativas, serão 3 milhões, em todo o mundo, daqui a 20 anos.
Hoje, o número de trabalhadores nesta indústria chega a 600 mil, entre empregos diretos e indiretos.
Atualmente, um novo aerogerador é instalado a cada 30 minutos, sendo que em cada três uma é colocada na China. (ambienteenergia)

Energia eólica: 2,3 mil GW em 2030

A energia eólica seguirá, nos próximos anos, uma tendência de crescimento na matriz energética mundial. O estudo “Panorama Global da Energia Eólica – GWEO 2010″, elaborado pelo Conselho Mundial de Energia Eólica e o Greenpeace Internacional, projeta que a fonte atenderá 12% da demanda elétrica do mundo em 2020, subindo para 22% em 2030.
Segundo as estimativas do estudo, a capacidade instalada daqui a 10 anos chegará a 1 mil GW instalados e em operação.
Outro ganho virá pelo lado a diminuição de gases de efeito estufa, com uma redução de 1,5 bilhão de toneladas de CO2 por ano. O estudo projeta ainda que, no ano 2030, um total de 34 bilhão de toneladas de CO2 poderão ser evitados pelas 2.300 GW de capacidade eólica instalada no mundo.
Estas reduções representarão entre 50% e 75% do total das reduções nas emissões acumuladas que foram compromisso assumido para o ano 2020, nas metas de 2010 indicadas pelas nações industrializadas para o ano 2020, conforme seus “compromissos de Copenhagen para 2020”, aponta o estudo.
“Energia eólica pode fazer uma contribuição maciça e limpa para a produção mundial de eletricidade e para a descarbonização da geração elétrica, mas será necessário um comprometimento político para que isto venha a ocorrer”, comentou Steve Sawyer, Secretário Geral do GWEC. “A tecnologia de produção eólica dá aos governos uma alternativa viável e econômica para enfrentar os desafios atuais e, ainda, para tomarem uma parte ativa na revolução energética de que nosso planeta necessita”.
A energia eólica é a principal fonte de desenvolvimento de geração de energia em muitos países e, hoje, sua aplicação está espalhada em mais de 75 países ao redor do mundo. “Muito interessante é que, hoje, uma grande proporção do crescimento da eólica está ocorrendo fora do mundo industrializado,” informou Klaus Rave, presidente Mundial do GWEC. “Em 2030 nós temos a expectativa de que mais de metade dos parques eólicos instalados no mundo estarão localizados em países em desenvolvimento e em economias emergentes.” (ambienteenergia)

domingo, 24 de abril de 2011

Energia eólica será fator de desenvolvimento?

Energia eólica poderia ser fator de desenvolvimento no Brasil
O Brasil começa, timidamente, a admitir usinas eólicas em sua matriz elétrica. Mas está longe de ter uma política efetiva para energias renováveis alternativas.
Os últimos leilões específicos para energia eólica permitirão um avanço modesto, mas significativo, na capacidade instalada de geração eólica. A base desse crescimento é mínima, meros 650 MW em 2009. Hoje a geração está em torno de 930 MW. Nos leilões de 2009 e 2010 foram contratados 3,8 mil MW para entrega até 2013. Já é um volume mais significativo, mas muito pequeno, tanto em relação ao nosso potencial, quanto em relação ao que se faz na China, no EUA, na Alemanha ou na Espanha. Vários desses países têm potencial eólico menor e de mais difícil exploração que o nosso e geram muito mais.
Com essa evolução ainda muito moderada, começam a aparecer os primeiros especialistas em eólica e vai se formando um pequeno núcleo de interesses empresariais no mercado. O surgimento desses novos atores permite articular melhor as demandas e necessidades do setor.
Há três providências elementares que precisam ser adotadas para facilitar o desenvolvimento da energia eólica. A primeira é deixar de tratar a energia eólica como uma energia secundária e introduzi-la no centro de nossa matriz elétrica. Contra-senso gritante é que a termeletricidade, que foi admitida como um recurso de emergencial, hoje está no centro da matriz elétrica e tem expansão mais forte, mais subsídios e mais apoio político do que as fontes eólica e solar. O ministro Edson Lobão, que não é exatamente pessoa de notório saber na área, diz repetidamente que a única alternativa viável à hidreletricidade no Brasil é a térmica. Uma afirmação inteiramente destituída de fundamento. é uma afirmação que contraria a realidade mundial e mostra falta de isenção e objetividade ao com a segurança energética e a sustentabilidade do país.
A segunda providência elementar é dar melhor tratamento regulatório à energia eólica, com base em uma política efetiva de desenvolvimento do setor. A expansão de usinas onshore e offshore implicará em uma série de questões sobre uso do vento e localização de instalações, que demandam regulamentação que dê segurança aos investidores.
A terceira é fazer um inventário mais preciso de nossa capacidade eólica onshore e verificar nosso potencial eólico offshore. Não temos sequer boias para monitoramento de ventos no mar em número suficiente. Há algumas estimativas acadêmicas com base em dados de satélite que mostram que temos grande potencial offshore em pelo menos metade da costa brasileira. Mas ainda são resultados estimativos.
Esse inventário do potencial eólico brasileiro completo é uma necessidade elementar e parte de um conjunto mais amplo de pesquisas sobre energia do vento no país. Os poucos agentes do setor demandam, com razão, que o Brasil precisa ter um centro dedicado à pesquisa e desenvolvimento sobre energia eólica. Precisamos também de um centro de testes para testar protótipos de turbinas e novas tecnologias que possam ser lançados comercialmente. Estudar melhor o regime de ventos, em cada região, onshore e offshore são, digamos, o básico primário do programa de pesquisas que precisamos ter. Estamos atrasadíssimos nesse campo. O EUA tem seu centro, a Europa tem vários centros nacionais e a UE tem uma política clara de apoio à pesquisa e desenvolvimento no setor e aqui. A Alemanha tem inciativas importantes de pesquisa e desenvolvimento e instalou um novo centro em 2009. Toronto, no Canadá, também criou um centro de pesquisas em eólica. A China criou também um centro com essa finalidade e tem um forte programa de cooperação para capacitação científica e tecnológica em energia eólica com a Alemanha.
São alguns parâmetros para medir nosso atraso na adoção e no desenvolvimento de energia eólica. A expansão de nosso parque eólico permitida pelos leilões de 2009 e 2010, que é significativa em relação à base instalada, mas pequena em relação a nosso potencial e em comparação à de outros países, será feita com equipamento importado. Foi possível apresentar propostas competitivas com importação total de equipamentos porque a crise econômica reduziu o custo deles e porque estamos em um momento de câmbio favorável aos importadores. Mas é claro que uma política de desenvolvimento da energia eólica supõe a criação de uma indústria competitiva de turbinas. A China se tornou grande exportadora de turbinas eólicas com poucos anos de investimento. Essa é outra vantagem importante da energia eólica (e também da solar) como fator de desenvolvimento. É ainda possível entrar competitivamente na indústria de turbinas e investir no desenvolvimento de novas tecnologias. No EUA e na Europa há vários modelos de turbinas em lançamento que não adotam o design típico dos cata-ventos. Resultado de pesquisas bem sucedidas são mais adaptados a situações específicas como, por exemplo, áreas de ventos muito turbulentos ou determinadas instalações offshore. Pode-se criar toda uma nova cadeia produtiva, nova cadeia de valor no país gerando milhares de “empregos verdes”. Uma oportunidade que as fontes “clássicas” não nos oferecem.
O governo insiste em uma política energética antiquada e inadequada para a realidade do Brasil e do mundo no século XXI. Uma política que é apresentada como necessária à nossa competitividade e ao desenvolvimento sustentado do país. Na verdade, essa política diminui nossa competitividade em geral e no setor energético em particular e não garante o desenvolvimento sustentado. Já uma política de diversificação na matriz elétrica, com mais ênfase em energias eólica e solar (fotovoltaica particularmente) seriam propulsores de crescimento sustentado, não apenas por fornecer insumos para outros setores, mas porque propiciariam a criação de novas cadeias produtivas. Elas fazem sentido em um programa de crescimento sustentado e sustentável. A política atual não faz. É tão obsoleta quanto a forma de escolha e a pessoa escolhida para comandar o setor de energia, que é o mais estratégico, no mundo todo. (Ecodebate)

Investimentos em energia limpa cresceram

Investimentos em energia limpa cresceram 30% no mundo em 2010
Dois relatórios recém-lançados mostram que a energia limpa ganhou mais espaço no mundo na última década, com destaque para as modalidades solar e eólica, mas o esforço para reduzir a predominância dos combustíveis fósseis precisará de políticas mais “agressivas”, que incluem a redução dos subsídios aos derivados de petróleo e o aumento aos incentivos governamentais para a produção de formas de energia menos poluentes. A fundação norte-americana Pew Charitable Trusts, que apresentou no dia 29 de março a edição 2010 do relatório “Who’s Winning the Clean Energy Race?” (Quem está vencendo a corrida da energia limpa?), revela que houve um crescimento mundial dos investimentos do setor de energia limpa de 30% entre 2009 e 2010, atingindo a marca de US$ 243 bilhões.
Total aplicado no setor chegou a US$ 243 bi ano passado. O documento “Clean Energy Progress Report” (Relatório sobre o progresso da energia limpa), divulgado em 6 de abril pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), destaca a importância conquistada na última década por algumas tecnologias de energia renovável, ao ponto de se tornarem mais competitivas que algumas das tecnologias convencionais. Entretanto, a IEA pondera que os custos da maioria das inovações tecnológicas ainda superam aqueles relacionados aos combustíveis fósseis, que receberam US$ 312 bilhões em subsídios em 2009, contra apenas US$ 57 bilhões para energias renováveis.
Para a Agência, uma “revolução da energia limpa” pode ser alcançada com uma ampla política de estímulo. “Ao longo das últimas duas décadas, vários países conseguiram promover alterações dramáticas em seus mercados energéticos. A chave para o sucesso tem sido a criação de uma abordagem estratégica e compreensiva que informe o público sobre segurança energética, crescimento econômico e benefícios ambientais dos investimentos em energia limpa”, informa o texto.
Vice-liderança brasileira entre os emergentes – O Brasil tem conquistado destaque nesse cenário, registrando US$ 7,6 bilhões em investimentos em energia limpa em 2010. Com isso, o País ficou na sexta posição entre os países do G-20 e em segundo lugar entre os emergentes, atrás apenas da China, de acordo com o relatório da Pew Charitable Trusts. Dos recursos destinados para a energia limpa no Brasil, 40% foram para os biocombustíveis, 31% para energia eólica e 28% para outras fontes renováveis.
Combustíveis fósseis receberam US$ 312 bi em subsídios em 2009, contra US$ 57 bi para renováveis O estudo mostra que o País também está na sexta colocação entre os membros do G-20 que tiveram maior crescimento nos investimentos nos últimos cinco anos, com 81%. No entanto, os aportes no Brasil sofreram uma redução de 1,3% entre 2010 e o ano anterior, quando somaram US$ 7,7 bilhões; em 2009, o País ocupava a sétima posição no ranking. O indicador que mede a intensidade de investimentos, relacionando o total aportado com o Produto Interno Bruto (PIB), coloca o Brasil na sétima colocação, com uma proporção de 0,35%. Na Alemanha, o país que mais investe em energia limpa em relação ao PIB, essa proporção foi de 1,4% no ano passado.
Entre os países com maior capacidade instalada de energia limpa, o Brasil, no entanto, figura apenas na nona colocação, somando 13,84 GW, atrás de países como China (1º lugar, com 103,36 GW), Estados Unidos (2º lugar, 57,99 GW) e Alemanha (3º lugar, 48,86 GW). No período de 2005 a 2010, o Brasil foi o oitavo país que mais cresceu em capacidade instalada, com alta de 42%, de acordo com o documento “Who’s Winning the Clean Energy Race?”.
Nova indústria mundial – Para a Pew Trusts, o setor de energia limpa deixou de se restringir a aplicações em nichos específicos para se transformar em uma indústria mundial na primeira década do século 21, chegando a adicionar anualmente mais de 60 GW na produção global de energia. “O rápido crescimento e o tamanho considerável dessa ainda jovem indústria captaram igualmente a atenção dos investidores, inventores e tomadores de decisão”, destaca o relatório. Os 20 países mais ricos do mundo concentraram 90% dos recursos aportados nesse setor no ano passado.
Brasil é o último em percentual de recursos aplicados em energia limpa: gastou 7% dos US$ 2,5 bilhões anunciados pelo governo desde 2009 Com o aumento do interesse sobre as fontes de energia limpas, aumentaram também as iniciativas governamentais de criação de estímulos ao setor, originando novas fontes de financiamento. Além disso, os países têm criado políticas para aumentar a produção e conquistar vantagens competitivas em determinados setores. “Especialmente, está claro que o centro de gravidade para os investimentos em energia limpa está mudando do Ocidente (Europa e Estados Unidos) para o Oriente (China, Índia e outras nações asiáticas).”
Dados levantados pela Pew Trusts mostram que a pesquisa e o desenvolvimento no setor de energia limpa, financiados com recursos públicos e privados, cresceu 24% no mundo em 2010, atingindo o patamar de US$ 35 bilhões. Considerando apenas os países do G-20, houve um crescimento de 27% no financiamento para a área a partir do capital de risco, incluindo venture capital e private equity, no total de US$ 8,1 bilhões.
Liderança europeia nos aportes
Na lista das regiões que mais recebem investimentos nesse setor, a primeira posição é ocupada pela Europa (US$ 94,4 bilhões), seguida pela Ásia (US$ 82,8 bilhões). O continente americano aparece em terceiro lugar, com aumento de 35% no período, para US$ 65,8 bilhões. No ranking dos países, os Estados Unidos continuam sendo o principal destino dos aportes na América, com US$ 34 bilhões em 2010, mas, apesar de os investimentos norte-americanos terem crescido 51% em relação a 2009, o país perdeu a segunda posição no G-20 para a Alemanha (US$ 41,2 bilhões), que teve 100% de crescimento, e ainda está atrás da China (US$ 54,4 bilhões), que cresceu 39%.
Entre as principais fontes de energia limpa, a solar se destacou no G-20 com crescimento dos investimentos do setor privado de 53%, alcançando a marca recorde de US$ 79 bilhões, estimulada principalmente por projetos de pequena escala e residenciais. Apesar da elevação mais modesta de 34% no G-20, a energia eólica continua sendo a que mais recursos recebe entre as fontes limpas, com US$ 95 bilhões – o que representa 48% do total de investimentos.
Recuo dos biocombustíveis – Em âmbito mundial, os biocombustíveis tiveram uma queda em relação a 2009, totalizando investimentos de apenas US$ 4,7 bilhões em 2010 – o nível menor desde 2005. Segundo o relatório da Pew Trusts, isso “reflete o fato de que a capacidade de produção de biocombustíveis de primeira geração excedeu a demanda em uma série de mercados importantes e que a segunda geração de combustíveis não está suficientemente avançada para distribuição comercial em larga escala”.
O relatório da IEA indica, no entanto, que o consumo de biocombustíveis continua crescente no mundo, com destaque para os Estados Unidos e o Brasil, mas ele representa apenas 2,7% do consumo global nos transportes rodoviários. A Agência prevê que seria necessário um crescimento sustentável da produção mundial de dez vezes para se alcançar as metas ambientais sobre mudanças climáticas até 2050, quando se espera que os biocombustíveis respondam por 27% dos transportes rodoviários. Entre 2000 e 2010, a produção mundial de biocombustíveis passou de 16 bilhões de litros para mais de 100 bilhões de litros. “Será particularmente importante que os biocombustíveis avançados alcancem a escala comercial nos próximos dez anos, com um aumento de 30 vezes na capacidade até 2030, conclui a IEA”.
Consolidação chinesa – Chamada no relatório de superpotência global de energia limpa, a China mostra números surpreendentes nos últimos anos. Se em 2005 ela recebeu menos de US$ 3 bilhões em investimentos privados, em 2009 – ano em que tomou a dianteira em escala mundial – foram US$ 39,1 bilhões. Em 2010, os investimentos computados na China foram iguais aos aportes feitos em 2004 em todo o mundo, compara a Pew Charitable Trusts. “Com metas agressivas em energia limpa e clara ambição de dominar a fabricação e geração em energia limpa, a China está rapidamente avançando para a dianteira em relação ao resto do mundo”, explica o relatório.
Em 2010, o país foi responsável pela produção de quase 50% dos módulos solares e turbinas eólicas. No entanto, a China tem uma capacidade instalada de energia solar de apenas 1 GW, o que demonstra que sua produção de painéis e módulos tem visado o mercado externo. Em contrapartida, a energia eólica tem crescido muito dentro do país; com uma meta de atingir 150 GW instalados até 2020, a China instalou, apenas em 2010, 17 GW, ao valor de US$ 45 bilhões, o que representou 47% do aporte global em energia eólica.
Programas de estímulo – Levantamento da Pew Trusts, com base em informações da Bloomberg New Energy Finance, mostra que 12 membros do G-20 adotaram programas para estimular o estratégico setor da energia limpa e para combater os efeitos da crise financeira mundial de 2008/2009. Esses programas de energia limpa totalizaram US$ 194,3 bilhões nos anos de 2009 e 2010, de acordo com o documento. Desse total, 49% ou US$ 94,8 bilhões já foram gastos até o final de 2010. Desde o começo de 2009, a maior parte desses fundos foi empregada nas seguintes áreas: 37% para programas de eficiência energética, 21% para projetos de energia renováveis, 19% para pesquisa e desenvolvimento, e 17% para iniciativas de redes elétricas inteligentes (smart grid).
Diferentemente de países como a França – que já aplicou 100% dos recursos programados – e do Japão – que já gastou mais de 85% -, o Brasil apenas gastou 7% dos US$ 2,5 bilhões anunciados pelo governo desde 2009. O País é o último da lista de percentual de recursos aplicados em energia limpa, perdendo apenas para o Canadá, que também só investiu 17% dos US$ 800 milhões divulgados. (EcoDebate)

Energia limpa precisa crescer

Incentivo à energia limpa precisa crescer, diz agência internacional
Agência Internacional de Energia pede que subsídio dos países à energia fóssil seja realinhado para investimento em energia limpa.
Agência sugere que os subsídios dos países à energia fóssil, da ordem de US$ 312 bilhões em 2009, sejam realinhados para incentivar energias limpas.
Com a demanda por combustíveis fósseis alcançando o crescimento das energias renováveis no mundo, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) sugere que os subsídios dos países à energia fóssil, da ordem de US$ 312 bilhões em 2009, sejam realinhados para incentivar a desenvolver e baratear as energias limpas, como a eólica e a solar.
No mesmo período, as fontes consideradas limpas receberam apenas US$ 57 bilhões em subsídios, segundo o primeiro relatório sobre energias renováveis feito pela IEA.
Apesar do crescimento entre 30% e 40% do investimento em energias renováveis nos últimos anos, a maior parte (47%) das novas fontes de eletricidade instaladas em todo o mundo na última década foi baseada em carvão.
"Precisamos ver políticas mais ambiciosas nesse campo", resumiu Richard Jones, diretor executivo da IEA. (OESP)

Renováveis: A outra energia possível

Você os vê despontar em todos os lugares quando viaja nas rodovias da capital para Munique e o Sul, ou para Hannover ou para o Oeste: com o seu zumbido humilde, as pás dos grandes moinhos eólicos rompem o silêncio da zona rural alemã. Em todos os lugares, nas pequenas casas dos ricos bávaros ou nos grandes palácios pré-fabricados ao estilo soviético que o oeste de Berlim herdou do comunismo, você vê os painéis fotovoltaicos.
A energia renovável voa na Alemanha. Não só na Bolsa, em que, nas últimas horas, os títulos da Solarworld, Q-Cells, Nordex ou do banco de energias limpas da Siemens registraram um salto de 20% a 40%. Você a vê por trás de todos os cantos, tornou-se um fator constitutivo do cotidiano. A Alemanha conservadora de Angela Merkel, que diz “na dúvida, somos a favor da segurança” e para por pelo menos três meses sete dos seus 16 reatores, é também a potência economia que, mais do que qualquer outra, se lançou a pensar e projetar estrategicamente o mundo novo da energia.
“A política ecológica é a política do futuro, também para a economia”, explicou o ministro do Ambiente Norbert Roettgen, democrata-cristão como a chanceler. Os dados oficiais do seu gabinete, que nem as empresas nem os “verdes” contestam, falam claramente: a eficiência no uso das matérias-primas na economia alemã aumentou 46,8% entre 1994 e 2009, isto é, no mesmo período em que o PIB crescia 18,4%. Os custos do sistema econômico da Alemanha caíram 100 bilhões de euros. Justamente enquanto, paralelamente, o percentual de energia nuclear produzida caía de 27,3% em 1991 para uma cifra em torno dos 20% (até o fechamento dos sete reatores, decidido nesta terça-feira), e o das renováveis voava no mesmo arco de tempo de 3,2 para 17%. E só de 2004 a 2009 duplicou.
“O desligamento das sete centrais, decidido pelo governo, não deveria produzir contragolpes nem para a economia, nem para o consumidor, nem um aumento de tarifa, nem problemas de produção de eletricidade”, explica Aribert Peters, da União dos Consumidores de Energia: depois da reviravolta de Merkel sobre a energia nuclear, os mercados, segundo ele, apostam em preços estáveis. Talvez tenham as suas razões: não esperem militantismo para o meio ambiente ou desejo de prados floridos na Bolsa de Frankfurt.
Para o sistema da Alemanha, explicam Dietmar Edler e Marlene O’Sullivan, em um relatório para o instituto econômico DIW, as energias renováveis alternativas tornaram-se um negócio. Assim como com as BMWs e as Mercedes, com os Airbus e os Eurofighters, aqui também o “made in Germany” é o melhor no mercado. De 2007 a 2009, os investimentos nas energias renováveis passaram de 11,4 para 20,4 bilhões de euros. O faturamento do setor, incluindo as exportações, está em 21 bilhões de euros. Portanto, em três anos, cresceu quase 40%. Também durante o 2009 da grande crise econômica e financeira internacional.
Fundos públicos e desagravos fiscais ajudam o crescimento. Uma produção de energia elétrica confiada em 100% nas renováveis é possível até 2050, diz o ministério de Roettgen, e o governo colocou o objetivo de chegar a 80%. “A maioria da centro-direita deveria fazer mais e não só fechar centrais antes de eleições difíceis”, nota Baerbel Hohn, uma das mais ouvidas líderes dos “verdes”. Mas esconde apenas a satisfação sobre como a centro-direita e o establishment estão assumindo os valores constitutivos do movimento ecológico.
Consenso transversal não declarado, em nome dos números: enquanto os reatores nucleares alemães dão trabalho, segundo Gruenen, a cerca de 30 mil pessoas, os ocupados no setor das renováveis aumentou de 277 mil em 2007 aos cerca de 340 mil atuais. E continuarão a crescer longamente, antes que o setor se torne saturado como a siderurgia automobilística. “O adeus à energia nuclear poderá ser um processo longo – discutimos abertamente se serão precisos 10 ou 20 anos ou mais – mas é possível”, pensa o líder dos “verdes” europeus, Daniel Cohn-Bendit. (EcoDebate)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Novo coquetel para produção de biocombustível

Pesquisadores testam novo coquetel para produção de biocombustível
Instituto de Física de São Carlos, da USP, quer otimizar processo de fabricação do etanol.
Uma pesquisa feita pelo Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC/USP) está desenvolvendo um coquetel para aumentar o aproveitamento da cana-de-açúcar na produção de etanol e utilizar novas matérias-primas no processamento de biocombustíveis.
De acordo com a Agência USP, o coquetel contém fungos que produzem enzimas e, uma vez injetado em biomassas específicas para a produção de combustíveis (como o bagaço de cana), torna-as mais maleáveis, o que otimiza a obtenção do etanol.
Segundo o coordenador da pesquisa, o professor Igor Polikarpov, no processo de produção de etanol a partir da cana, o caule da planta é cortado e transportado para a usina, onde será esmagado. Aproveita-se o líquido para a fabricação de açúcar e o resto é queimado. Mas é possível utilizar esse bagaço para obter etanol. “Por esse novo processo, pode-se aumentar a produção em pelo menos 150%”, explica.
As pesquisas também visam ao aproveitamento de biomassa geral, onde se incluem como matérias-primas gramíneas e galhos e folhas de árvores. “É claro que precisamos conservar as florestas, mas também é preciso pensar uma maneira de aproveitar aquilo que está jogado na natureza”.
O Brasil figura como um dos maiores produtores de etanol no mundo, ao lado dos Estados Unidos. Juntos, os dois países são responsáveis pelo abastecimento de 75% do consumo mundial do combustível. (revistagloborural)

Liderança na produção de biocombustíveis na AL

Brasil, Argentina e Colômbia lideram produção de biocombustíveis na América Latina
Brasil, Argentina e Colômbia são os únicos países latino-americanos a figurarem entre os principais produtores de bioetanol e biodiesel do mundo, segundo um estudo entregue em 29/03/11 pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).
Segundo o organismo das Nações Unidas, os biocombustíveis podem ser elaborados com uma ampla gama de produtos agrícolas e florestais. Desde 2000, a produção no mundo cresceu a um ritmo anual de 10%, totalizando 90,187 bilhões de litros em 2009. Desse total, 82% corresponde a bioetanol e 18% a biodiesel, especifica o documento regional sobre economia dos biocombustíveis.
O Brasil é o segundo produtor de bioetanol do mundo, com 33,2% de participação no mercado, atrás dos Estados Unidos, responsáveis por 54,7% da produção mundial, segundo dados de 2009.
Em relação ao biodiesel, a Argentina é o segundo produtor mundial, com 13,1% do mercado, também depois dos Estados Unidos, que lideram com 14,3%. O Brasil fica em quinto lugar, com 9,7% de participação, acrescenta o estudo da Cepal.
A pesquisa aborda as políticas e regulamentações dos países em relação aos biocombustíveis, às oportunidades e aos riscos associados e os vínculos com o ambiente e a segurança alimentar. O documento também alerta governos que queiram começar a produzir: é preciso realizar análises profundas sobre o potencial do país e identificar os possíveis impactos ambientais e sociais, assim como os vínculos com a segurança alimentar. (revistagloborural)

Biocombustível suprirá 27% das necessidades

Biocombustível pode suprir 27% dos transportes até 2050
Uso em ampla escala pode reduzir emissão de CO2, mas produção precisa ser mais barata e eficiente.
A participação dos biocombustíveis na matriz energética dos transportes pode subir de 2% neste ano para 27% em 2050 se a eficiência do processo de produção for melhorada, segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE).
Os biocombustíveis feitos a partir de amido, açúcar e oleaginosas podem substituir volumes significativos de diesel e querosene de aviação, produzidos a partir de combustíveis fósseis, além de evitar a emissão de uma enorme quantidade de dióxido de carbono anualmente, se usado em ampla escala.
Atingir o nível de 27%, no entanto, exigiria 100 milhões de hectares de plantações, o que gera um grande desafio quando se leva em consideração a competição por terrenos e matérias-primas resultante da demanda crescente por alimentos e fibras, segundo o relatório da AIE.
Para que o prognóstico seja cumprido, as tecnologias de produção de biocombustíveis precisam ser mais eficientes, mais baratas e sustentáveis. A agência estima que esses combustíveis renováveis poderão competir em termos de preço com os fósseis até 2030. (revistagloborural)

Princípios dos produtores de biocombustíveis

Estudo pede que europeus devem exigir princípios éticos de produtores de biocombustíveis
Usina de etanol nos EUA
A adoção de metas de uso de biocombustíveis por parte dos países europeus vem estimulando práticas antiéticas e a expansão ”rápida e insustentável” da produção mundial de biocombustíveis.
Essas são as conclusões de um estudo realizado ao longo de 18 meses pela entidade britânica Nuffield Council on Bioethics.
A União Europeia e a Grã-Bretanha possuem uma série de metas de promoção de biocombustíveis, como, por exemplo, a Diretiva de Energia Renovável da Comissão Europeia de 2009, que especifica que fontes de energia renovável devem responder por pelo menos 10% de todo o petróleo e diesel utilizado na União Europeia, em 2020. Já os britânicos determinaram que 5% de todo o combustível de transporte do país devem provir de fontes renováveis até 2013.
Mas o estudo afirma que as metas europeias e nacionais de produção de biocombustíveis devem ser substituídas por ”uma estratégia mais sofisticada baseada em alvos específicos”.
De acordo com o documento, as metas que substituíram as atuais devem “levar em conta a proteção dos direitos humanos e do meio ambiente, a realização de avaliações detalhadas sobre emissões de gases poluentes, a adoção de princípios de comércio justo e de esquemas de acesso e compartilhamento de benefícios”.
Princípios
Segundo o Nuffield Council on Bioethics, ”a União Europeia deveria dar apoio e assessoria a países que se esforcem para certificar que os biocombustíveis que produzem seguem tais princípios”.
O documento se debruçou ainda sobre três modelos de produção de combustíveis renováveis – o brasileiro, o americano e o malaio.
Em relação à produção brasileira, por exemplo, o documento afirma que o programa de produção de etanol a partir da cana de açúcar, ”apesar de saudado por muitos como um dos mais bem-sucedidos programas de biocombustíveis em larga escala, vem sendo criticado por contribuir para o desmatamento em áreas de habitats ricos, levando a um declínio da biodiversidade”.
O texto afirma ainda que há preocupações com o fato de a produção de etanol no país estar por vezes ligada a abusos contra os direitos dos trabalhadores.
Em relação ao modelo americano de produção de etanol – feito a partir do milho – o documento lembra que ele foi parcialmente responsável pelo aumento do preço de milho e outros grãos em países em desenvolvimento. E também que há controvérsias quanto ao fato de este modelo de produção ser ou não menos poluente do que combustíveis fósseis. (EcoDebate)