terça-feira, 30 de julho de 2013

Testes do novo mini veículo elétrico da Honda

Honda anuncia testes de novo mini veículo elétrico
Micro Commuter Prototype β será um veículo para pequenas distâncias.
Projeto é desenvolvido em parceria com a cidade de Saitama, no Japão.
Micro Commuter Prototype β será testado no Japão
A Honda Motor iniciará, a partir de setembro, testes de campo do mini protótipo elétrico Micro Commuter Prototype β. Segundo a montadora, o modelo é uma nova proposta de mobilidade urbana sustentável e ecológica para o consumidor japonês.
A plataforma do veículo foi projetada para que componentes importantes como bateria e motor se adequassem a uma cabine compacta. Se produzido, ele vai concorrer com o francês Renault Twizy.
Micro Commuter Prototype β será um veículo para curtas distâncias
Os testes serão feitos em parceria com a cidade de Saitama, no Japão, e têm como objetivo estudar padrões de uso que permitam aprimorar os produtos compactos de mobilidade e assim contribuir com a solução de problemas de transporte, especialmente em áreas urbanas.
“Os estudos iniciais serão focados principalmente no uso do veículo para curtos deslocamentos, programas de compartilhamento de transporte, usos comerciais e por casais com crianças”, diz a Honda.
Além disso, em contribuição com o projeto chamado E-KIZUNA, conduzido pela cidade de Saitama para avaliar maneiras de reduzir o aquecimento global, o mini veículo será testado como bateria para uso em residência. (G1)

Mini da Honda, novo conceito de mobilidade

Mini da Honda aponta novo conceito de mobilidade urbana
Marca testa mini carro elétrico com objetivo de contribuir para solução de problemas de transporte nas cidades.
A Honda está testando no Japão um mini carro elétrico que tem uma proposta de mobilidade urbana sustentável. O objetivo da empresa é contribuir para a solução dos problemas de transporte em áreas urbanas, onde o espaço é pequeno e o volume de carros é grande, não apenas nas grandes cidades japonesas, mas nos centros urbanos de todo o mundo.
O carro pretende atender o consumidor que precisa fazer trajetos curtos, rápidos, no dia a dia, e também deverá servir para compor com outros tipos de transporte: ônibus, metrô e carros tradicionais.
O novo mini da Honda servirá para atender o sistema de compartilhamento de transporte nas grandes cidades, além de uso comercial para pequenas entregas e prestação de serviço por profissionais liberais.
No uso particular, o mini deve atender situações pontuais, como pessoas que vivem sozinhas, casais sem filhos ou para a mãe levar o filho para a escola.
Enfim, um transporte adequado pra necessidade do cidadão que não precisa de um carro grande pra rodar por aí sozinho, gastando além da conta e poluindo sem necessidade.
A bateria usada no carro é de pequena capacidade, mas tem a vantagem de poder ser carregada em tomada de força comum, porque é semelhante à bateria residencial.
A Honda faz os testes do seu novo mini veículo elétrico em parceria com a cidade japonesa de Saitama, que desenvolve um projeto para avaliar maneiras de reduzir o aquecimento global. (yahoo)

domingo, 28 de julho de 2013

Geradores energético e a JMJ

Jornada Mundial da Juventude teve geradores movidos com B20
Os geradores que alimentaram os palcos nos quais o Papa Francisco fez suas aparições durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ) foram movidos com B20. O sumo pontífice chegou em 22/07/13 ao Brasil onde permaneceu até o dia 28. 
A utilização de biodiesel no evento é fruto de uma parceria entre os projetos Estrada Sustentável e Bioplanet. 
Os geradores integram a infraestrutura do local onde se realizou a missa celebrada pelo Papa Francisco. O biocombustível misturado ao diesel movimentou os equipamentos foi fabricado a partir de óleo de cozinha usado. A expectativa é que foram utilizados 30 mil litros de combustível o que representa aproximadamente 6 mil litros de biodiesel puro.
O biodiesel utilizado durante a JMJ foi fabricado no Arranjo Produtivo Local mantido pelo projeto Bioplanet no Polo Industrial de Sustentabilidade na Zona Norte da capital fluminense. (biodieselbr)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Desastre nuclear é esquecido em Fukushima

Desastre nuclear esquecido: Operadora de Fukushima admite vazamento de água radioativa no mar
Usina de Fukushima, após o desastre nuclear – Em 11 de março de 2011, o mundo soube da tragédia de Fukushima: um fortíssimo terremoto e um tsunami de grandes proporções, a que se seguiu a explosão de uma usina nuclear com todas as consequências de um acidente nuclear: a difusão de radioatividade, que permanecerá ativa durante anos, ameaçando muitas gerações.
A Tokyo Electric Power (TEPCO), operadora da central de Fukushima, palco de um grave acidente nuclear em 2011, admitiu ter detectado pela primeira vez o vazamento de água radioativa dos porões da usina ao mar.
“Queremos oferecer nossas mais sinceras desculpas. Fizemos todo o possível para impedir que a água tóxica saísse da usina”, detalhou um porta-voz da companhia, em declarações publicadas em 23/07/13 pelo jornal “Nikkei”.
Apesar de seu anúncio, a TEPCO considera que a quantidade de água radioativa despejada no mar é muito limitada e ocorreu na zona do porto situado frente às unidades da central, isolada do mar aberto.
Neste sentido, a elétrica não espera que a detecção desta água contaminada no mar provoque um impacto significativo para o meio ambiente.
A TEPCO começou a suspeitar da possibilidade que estivesse vazando água radioativa ao mar após detectar líquido contaminado nos poços de observação situados entre as unidades nucleares e o porto da central com até 9 mil becquereles por litro de césio-134 e 18 mil becquereles por litro de césio-137.
Nesta linha, no início do mês, a Autoridade de Regulação Nuclear do Japão já anunciava sua “firme suspeita” que a água radioativa concentrada nos porões da acidentada usina nuclear estava vazando ao solo e ao mar.
Atualmente, a principal preocupação nos trabalhos para desmantelar a usina é o acúmulo de água contaminada no subsolo dos edifícios que abrigam os reatores nucleares, líquido que aumenta diariamente pelo vazamento de água subterrânea proveniente das zonas contíguas.
Para isolá-lo, a elétrica conta dentro do complexo nuclear com cerca de mil contêineres nos quais armazena este água radioativa, parte da qual utiliza, uma vez retirada o sal e as partículas radioativas, para esfriar os reatores
Após o acidente nuclear de Fukushima em 2011, o pior desde Chernobyl em 1986, cerca de 3,5 mil trabalhadores lutam diariamente na central japonesa para dar por concluída a crise atômica, um trabalho que pode se prolongar durante os próximos 30 ou 40 anos. (EcoDebate)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mapeamento de potencial de geração termossolar

Atenta às perspectivas de expansão da energia solar no Brasil, a Eletrobras Eletrosul se prepara para estudar o potencial de geração termossolar em grande escala, no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. A empresa abriu licitação para aquisição e instalação de quatro estações solarimétricas para estudos de viabilidade técnica e financeira de plantas comerciais na região.
Com essa iniciativa, a Eletrobras Eletrosul se torna uma das primeiras empresas do setor elétrico brasileiro a prospectar investimentos em usinas solares de concentração – tecnologia difundida especialmente nos Estados Unidos e Espanha.
“A Eletrosul vem pesquisando e incentivando o desenvolvimento tecnológico da geração de energia a partir do sol há quase dez anos. Começamos com a fotovoltaica e, agora, queremos analisar a viabilidade de outras alternativas tecnológicas de geração, como a termossolar”, adiantou o diretor de Engenharia e Operação da Eletrobras Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, lembrando que os investimentos da empresa no segmento solar, em projetos já realizados e em andamento, somam mais de R$ 30 milhões.
Diferente da fotovoltaica, que faz a conversão direta da radiação em energia, a tecnologia termossolar ou CSP (sigla em inglês para energia solar concentrada) funciona nos moldes de uma usina térmica, usando o sol como combustível.
As estações solarimétricas serão instaladas junto de empreendimentos da Eletrobras Eletrosul. Uma delas ficará na área da usina hidrelétrica Passo São João, em Roque Gonzales, outra junto da conversora Uruguaiana, no município de mesmo nome, ambas no Rio Grande do Sul, e outra na área da usina hidrelétrica São Domingos, em Água Clara, no Mato Grosso do Sul. O quarto local de instalação ainda será definido.
Além da irradiação, a escolha das áreas para as estações levou em conta a disponibilidade de linhas de transmissão, de sistema próprio de telecomunicação de alta capacidade (para envio dos dados das medições) e de recursos hídricos (a usina solar de concentração depende de água para seu funcionamento).
Cada estação solarimétrica reunirá equipamentos para medição da radiação (direta, total e difusa), além de outras variáveis que podem interferir na produtividade de uma usina fotovoltaica ou solar concentrada, como, por exemplo, direção e intensidade dos ventos, temperatura ambiente e regime de chuvas. As estações terão, ainda, painéis fotovoltaicos ligados a um banco de baterias para autonomia na alimentação de energia.
Os dados coletados nas estações solarimétricas serão armazenados em um dispositivo eletrônico (datalogger) e transmitidos para a sede da Eletrobras Eletrosul, em Florianópolis, em Santa Catarina, onde os técnicos farão, com ajuda de um software, o processamento e leitura das informações.
Ainda não há no Brasil nenhuma norma que estabeleça o tempo de medição necessário para viabilizar uma usina de geração solar. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) colocou o tema em consulta pública, em maio, para obter subsídios e definir as condições e procedimentos para autorizar a implantação de centrais geradoras desse tipo.
Pesquisas e investimentos – A primeira iniciativa da Eletrobras Eletrosul no segmento de geração solar ocorreu em 2004, quando a empresa participou de pesquisa desenvolvida pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) para montagem de painéis fotovoltaicos com tecnologia nacional. Em seguida, implantou em sua sede, em Florianópolis, um projeto-piloto de geração fotovoltaica (12 kilowatts), que serve como uma planta de demonstração e estudos. A produção de energia elétrica atende parte do consumo do edifício. Atualmente, a Eletrobras Eletrosul está implantando, também em sua sede, o Projeto Megawatt Solar (1 megawatt) – a primeira usina fotovoltaica de grande porte integrada a um prédio público, com investimento de R$ 9 milhões.
O início da operação está previsto para o segundo semestre. (ambienteenergia)

Sol no morro

Com apoio do Greenpeace, jovens de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, inauguram placas solares instaladas no Morro dos Macacos para iluminar centro comunitário.
“O Sol nasceu para todos. Também quero aproveitar.” Criados há setenta anos, os versos de Noel Rosa nunca foram tão atuais. Em 25/06/13 cerca de vinte jovens do Morro dos Macacos, em Vila Isabel – berço do sambista carioca –, celebram o fruto de dois meses de trabalho com o Greenpeace: a partir de agora, a comunidade vai usar a luz do sol para gerar energia elétrica.
A inauguração dos painéis solares no Centro Comunitário Lídia dos Santos (Ceaca-Vila) é resultado do projeto Juventude Solar. Em encontros semanais, voluntários do Greenpeace mobilizaram jovens moradores para ensinar como gerar energia elétrica a partir do sol.
As reuniões, porém, foram além da parte técnica: “Foi muito importante participar do projeto. Antes, eu não entendia nada sobre consumo de energia, e agora sei de que forma posso gerar energia limpa e contribuir para um mundo mais sustentável”, diz, animada, Joyce Moreira Barbosa, que mora no local.
Com os vinte painéis fotovoltaicos instalados no telhado do Ceaca-Vila, os cursos de dança, inglês, computação e outros oferecidos pelo centro comunitário vão funcionar com geração de energia limpa. Mas também barata: estima-se que a geração local de energia – que está começando a ser regularizada no Morro dos Macacos – possa reduzir a conta de luz do Ceaca em até 60%. (greenpeace)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Na área de energia, mudanças animadoras

Com o panorama nacional na área de energia ainda parecendo confuso e contraditório, em razão de omissões e ações discutíveis de órgãos reguladores federais, felizmente surgem informações alentadoras, principalmente em setores das chamadas energias “alternativas”, dentro e fora do País.
Pode-se começar pela notícia de que o governo federal decidiu (Folha de S. Paulo, 5/7) incluir usinas eólicas no leilão de novas fontes que fará em outubro – depois de o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) haver declarado que não poderia incluí-las porque certamente ganhariam e não dariam oportunidade a outras fontes (Estado, 26/5). Elas serão entregues em três anos, para se somarem à fração da matriz energética que já representam. Outra boa notícia é de que o governo resolveu (Agência Brasil, 3/7) desligar todas as usinas termoelétricas a óleo combustível e diesel, ligadas desde outubro de 2012 (34 no total), com a alegação de que o nível dos reservatórios das hidrelétricas estava “muito baixo”. A economia será de R$ 1,4 bilhão por mês. Mas permanecerão outras usinas, inclusive a carvão.
Também alvissareira é a informação (EcoD, 3/7) de que estudos do Ministério de Minas e Energia preveem que o custo de usinas movidas a energia solar “deve cair” quase 50% até 2018 – a ponto de os leilões a partir de 2016 já incluírem esse tipo de usina, assim como as que queimam resíduos sólidos (estas, discutíveis). Até de outros cantos vêm boas notícias, como a do Instituto Socioambiental de que os 10 mil moradores de 90 comunidades da área Raposa-Serra do Sol, em Roraima, vão instalar três torres para medir a intensidade de ventos e a possibilidade de terem usinas eólicas. As perspectivas são tão boas que uma grande empresa vai instalar aqui (Estado, 29/6) uma fábrica de aerogeradores, tendo em vista a expansão prevista, para 5.500 MW até 2017.
Mas nem de todas as controvérsias nossas autoridades do setor desistem: vão leiloar usinas térmicas a carvão, gás natural e biomassas em agosto. E o pretexto é o habitual: “demora” (ou incompletude?) dos estudos de impactos ambientais. Nem de novas usinas nucleares – tanto que a Eletronuclear vai responder ao pedido de impugnação de construtoras na área de Angra 3, prevista para operar em 2018. Mas a direção da Empresa de Pesquisas Energéticas descarta a possibilidade de outras usinas nucleares em curto prazo (O Globo, 5/7).
O alto potencial de usinas solares e eólicas pode ser visto, por exemplo, no levantamento da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, onde está dito que a irradiação solar em qualquer região brasileira supera os valores encontrados na maioria dos países europeus e é semelhante à das “grandes áreas referenciais do Nordeste brasileiro” – além de possibilitar custos reduzidos de transmissão e distribuição. Uma “oportunidade incontornável”, escreve ali o secretário José Aníbal. Cada metro cúbico pode gerar, em um ano, energia equivalente à de 56 metros quadrados de área inundada por reservatórios de hidrelétricas, 66 litros de diesel, 55 quilos de gás. O plano paulista é ter 1.000 MW de usinas solares até 2020. O potencial é tão alto que, segundo o estudo, 0,01% da radiação solar total equivalem a toda a energia consumida no mundo.
Mas não é só a energia solar. O Atlas Eólico paulista prevê chegar a 2020 com 69% de energia “limpa” no Estado, incluindo o aproveitamento da energia dos ventos. Com estes a velocidade média superior a 6,5 metros por segundo, há várias regiões favoráveis no Estado, principalmente nas regiões de montanhas da Serra do Mar, no sul do Estado, e no entorno de Jaú. Com altitudes favoráveis, acima de 100 metros, há outras áreas onde os ventos chegam a 7 e 8 metros por segundo. Ao todo, o potencial do Estado nessa área é de 4.734 MW.
O mundo vai-se transformando nessas direções. Na Inglaterra, no estuário do Rio Tâmisa, está sendo implantada a maior usina eólica offshore, com 175 turbinas e potência de 630 MW, que poderá subir para 870 MW. Suas pás de mais de 120 metros ficarão 480 metros acima do mar. Lancaster, na Califórnia, quer ser a “capital da energia fotovoltaica”, com painéis solares em todos os telhados de casas e estacionamentos de veículos. Los Angeles quer instalar painéis solares nos telhados de 30 mil casas e pagar aos investidores pela energia que sobrar e for para a rede de distribuição. E os Estados Unidos já têm 8 usinas eólicas e 24 solares. A Europa instalou 124 solares e 33 eólicas em uma década. A China quer chegar com as alternativas a 40% da matriz em cinco anos. Já é o país líder nessa área, seguido dos Estados Unidos. E já há até conflitos comerciais entre a China e a Alemanha (Estado, 7/6), porque o país europeu sobretaxou a compra de equipamentos chineses nesse setor.
A França, por sua vez, aprovou resolução nacional que obriga edifícios não residenciais a apagar suas luzes durante a noite e evitar a emissão de 250 mil toneladas de carbono na geração de energia. Uma das poucas exceções é a Torre Eiffel (CicloVivo, 7/7).
Por aqui, ainda estamos na promessa do governo federal de reduzir o consumo de energia em 17% até 2020. Porque continuamos a importar gás natural para geração de energia (mais 77% este ano), petróleo e derivados (mais 11%). O déficit na conta dessa área é de US$ 11 bilhões, segundo a jornalista Miriam Leitão (9/6). E parte do gás se destina a termoelétricas.
Mas com tecnologias já disponíveis poderíamos atender a 10% da demanda total com energia eólica e solar. O potencial inexplorado é de 340 GW, três vezes mais que a capacidade total instalada (professor Heitor Scalambrini Costa, da Universidade Federal de Pernambuco, 25/6).
Ainda que o cenário pareça sombrio em certos momentos, a mudança está ocorrendo – para melhor. (EcoDebate)

sábado, 20 de julho de 2013

O esgotamento do modelo energético mundial

Há uma forte analogia entre a inquietação da sociedade que se manifesta hoje nas ruas das cidades brasileiras, na Turquia e em outros países com o que está acontecendo na área de energia.
Característica geral dessas manifestações é o inconformismo com a estagnação do progresso, a indignação com a transformação da política em balcão de negócios e vantagens pessoais e a ausência do otimismo que galvaniza as pessoas em tomo dos seus governos. Problemas análogos ocorrem há anos no setor de energia baseado no uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), que permitiram um desenvolvimento técnico e econômico sem precedentes na História da humanidade, mas, após mais de um século de grandes avanços, dá claramente sinais de exaustão.
As razões para tal são basicamente as seguintes:
• O esgotamento progressivo dos combustíveis fósseis. Exemplo desse fato é o que está acontecendo com os poços petrolíferos da Bacia de Campos depois de 25 anos de produção. Essa é uma característica geral da exploração do petróleo e do gás natural em todos os países produtores, com a exceção dos do Oriente Médio.
• As reservas excepcionais de petróleo e gás dessa região aumentaram a dependência mundial das exportações da Arábia Saudita, do Iraque, do Irã e outros, criando graves problemas geopolíticos que têm dado origem a instabilidades políticas e até guerras.
• A poluição ambiental que tem origem no uso dos combustíveis fósseis e sufoca as grandes cidades da China, do México e outras. Não se trata apenas de poluição local, mas também da emissão de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global. Esse é um problema que afeta a todos, mesmo fora dos locais e das cidades onde se origina.
Diversos governos têm procurado, ativamente, soluções novas que lhes permitam enfrentar essas questões.
Os Estados Unidos estão atacando os problemas de duas maneiras. A primeira delas é a busca frenética por gás de xisto para produzir mais energia, apesar das inquietações a respeito de que o sucesso dessa tecnologia não seja uma solução duradoura. Tanto é assim que outros países – como a França, por exemplo – não estão apostando nessa opção. Por outro lado, o presidente Barack Obama decidiu enfrentar a oposição republicana no Congresso e poderosos grupos econômicos e está tomando medidas administrativas para reduzir as emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis, principalmente do carvão mineral.
Na Europa é a adoção de metas – e um calendário para cumpri-las – de redução das emissões de gases-estufa, quer por meio de maior eficiência no uso de energia ou no uso de energias renováveis, que tem sido amplamente beneficiado por instrumentos fiscais.
Na China é um amplo programa de redução da poluição, que deve ser incorporado no próximo plano quinquenal. O problema nesse pais é que a maior parte da eletricidade é gerada em usinas termoelétricas que queimam carvão de baixa qualidade. Ao melhorar a eficiência dessas usinas ou optar por gerar eletricidade com energias renováveis, pode resolver dois problemas: o da poluição local, que é muito sério na China, e o da poluição global.
E o que está fazendo o governo brasileiro para enfrentar esses problemas?
Ação mais visível do governo federal ocorre no setor de petróleo, com a exploração do pré-sal, no qual o governo está jogando todas as suas fichas, apesar dos enormes desafios técnicos e econômicos envolvidos. Pior ainda, desperdiçou cinco anos sem a realização de leilões que poderiam atrair sócios estrangeiros que dividiriam os investimentos e os riscos com os quais a Petrobras não consegue arcar sozinha.
No setor de eletricidade, o sistema adotado de leilões – baseado numa duvidosa teoria de “modicidade tarifária” – pode ser atraente como diretriz política para conseguir popularidade e votos, mas não é racional. Diferentes formas de energia têm custos e características diferentes e devem ser tratadas de maneira distinta. Se isso fosse feito corretamente, milhões de quilowatts de energia elétrica estariam sendo produzidos usando bagaço das usinas de açúcar e álcool. Como isso não foi feito, a eletricidade passou a ser gerada usando gás e carvão, com custos elevados que, na prática, tomam inviável a tentativa de baratear o custo da energia elétrica. Este verdadeiro “tiro no pé” acabou por, praticamente, inviabilizar também a Eletrobrás, cujas ações despencaram em queda livre. Além disso, o gerenciamento dos parques de geração eólica demonstraram falhas, bem como a construção de usinas hidrelétricas sem reservatórios.
O governo cogita agora de estimular o uso do carvão em usinas termoelétricas – na contramão do que estão fazendo a China e os Estados Unidos – e até energia nuclear!
O fato de os Estados Unidos e a China – que juntos emitem mais de 50% dos gases poluentes – decidirem unilateralmente adotar medidas para reduzir tais emissões prenuncia um acordo entre eles, que vai deixar o Brasil isolado na sua política climática, a qual tem sido sempre a de se recusar a tomar medidas sérias nessa área, usando o argumento de que elas impediriam o crescimento econômico do País.
Exceto pela redução do desmatamento na Amazônia, a política climática brasileira está paralisada. Até mesmo a liderança que o Estado de São Paulo assumiu nessa área está encontrando resistências da indústria, que assim adia mais ainda a sua modernização e o aumento da produtividade, essenciais para competir no mercado internacional.
Antes que seja tarde seria bom que se ouvisse, nessas questões, a voz de técnicos independentes, que neste caso representa a “voz das ruas”, para evitar repetir o que está acontecendo em outras áreas. (EcoDebate)

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Procel com mais economia

A Eletrobras lançou o Relatório de Resultados do Procel – ano base 2012. As ações executadas pelo Programa Nacional de conservação de Energia Elétrica (Procel) em 2012 proporcionaram uma economia de energia elétrica de 9,097 bilhões de kWh. O programa do Governo Federal é executado pela Eletrobras desde 1985, sob coordenação do Ministério de Minas e Energia.
O resultado de 2012 equivale a aproximadamente 2,03% do consumo total de energia elétrica no Brasil, no período, e corresponde à energia fornecida, durante um ano, por uma hidrelétrica com capacidade de 2.182 MW. O montante de energia que não precisou ser gerada evitou a emissão de 624 mil toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera, o que representa a quantidade liberada por 214 mil veículos em um ano.
O aumento verificado de mais de 36% na energia economizada, em relação ao ano anterior, pode ser creditado à melhoria na eficiência energética de equipamentos com Selo Procel, bem como ao aumento nas vendas desses equipamentos. Nesse ano houve ainda a inclusão de mais quatro categorias de equipamentos ao portfólio do Selo Procel Eletrobras, sendo estendido para 36. As novas categorias inseridas foram Circulador de ar; Ventilador de Coluna; Ventilador de Mesa e Ventilador de Parede.
Anualmente, o programa de governo elabora e divulga à sociedade seus relatórios de avaliação e divulga no Portal Procel Info. (ambienteenergia)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Parque paulista com energia solar

O governador Geraldo Alckmin anunciou o início das obras do Parque Cândido Portinari, que terá geração de energia solar. Com orçamento de R$ 13 milhões, o projeto fotovoltaico tem capacidade de cerca de 1.000 quilowatts e prevê uma estação geradora, seguidores solares, microcentrais de geração ligadas à rede elétrica e uma estação solarimétrica.
O governador Geraldo Alckmin destacou que o local deve abrir 20 mil árvores em uma área de 120 mil metros quadrados, que era até então um depósito do Metrô. A estação geradora de energia solar vai funcionar sobre o estacionamento do novo local. “Haverá energia suficiente para iluminar todo o parque e mais 350 casas”, explicou o governador.
“O Brasil é um dos países que mais tem luz solar no mundo”, afirmou Alckimin, lembrando ainda que as casas da CDHU são construídas com aquecedores solares.
“Quero saudar a CESP e o conjunto de empresas que vão nos ajudar a empreender essa obra da Secretaria de Energia, um projeto desafiador para poder mostrar à população que vai frequentar o parque como se constrói um planeta sustentável”, afirmou o subsecretário de Energias Renováveis, Milton Flávio, que representou o secretário José Aníbal no evento.
O estado tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 56% de energias renováveis. São Paulo também pretende alcançar a meta de chegar a 69% até 2020, como prevê o Plano Paulista de Energia.
Uma parte do projeto deve ser entregue em julho, quando está previsto também o início das obras da estação geradora. A entrega do Parque Cândido Portinari deve acontecer até o fim de 2013. (ambienteenergia)

domingo, 14 de julho de 2013

São Paulo solar

O governo de São Paulo lançou o estudo “Levantamento do Potencial da Energia Solar Paulista”, um atlas com 25 mapas elaborados com dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e análise técnica da Secretaria de Energia, que mostra a potencialidade da produção solar em grande escala no estado.
Segundo esse estudo, São Paulo, considerando apenas a melhor faixa de incidência solar anual, tem potencial energético de 12 TWh/ano, suficiente para abastecer 4,6 milhões de residências, ou seja, 30% do consumo residencial do estado.
O governador Geraldo Alckmin anunciou também o decreto que concede diferimento e suspensão de impostos para a cadeia de insumos usados nos setores solar, para aquecedores, e eólico.
Alckmin afirmou que já pediu à Secretaria da Fazenda uma análise para estender o benefício à geração fotovoltaica, por isonomia. “Uma maneira de estimular as energias renováveis é pela redução de impostos”, disse ele.
Para o secretário José Aníbal, “todas as questões sobre energia merecem atenção especial de São Paulo”, já que o estado é o maior centro consumidor do país. Ele reiterou que o governo preza a manutenção de uma matriz energética renovável. “São Paulo tem 56% de energias renováveis e pretende chegar em 2020 com 69%, por isso, precisamos pensar em fontes alternativas para avançar nessa meta.”
Aníbal também lembrou que a Secretaria de Energia, em dezembro do ano passado, com o intuito de estimular o desenvolvimento de São Paulo, já havia lançado o “Atlas Eólico do Estado de São Paulo”.
Biocombustíveis - Na semana passada, o governo de São Paulo também divulgou decreto que cria o Programa Paulista de Biocombustíveis, cujo objetivo é incentivar e ampliar a participação de combustíveis renováveis em órgãos, autarquias e fundações do estado de São Paulo.
De acordo com a determinação, fontes renováveis, como o etanol, biodiesel e biometano, terão preferência para abastecer a frota de veículos – contratada ou própria – e geradores de emergência das instituições vinculadas ao estado.
Alckmin, durante o 1º. Seminário Internacional sobre Biomassa, Biogás e Eficiência Energética, destacou a importância da biomassa para a geração de energia em São Paulo. “O estado é o maior produtor de cana no mundo”, lembrou. (ambienteenergia)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Energias renováveis contra o aquecimento global

O aquecimento do planeta é uma realidade e, se nada for feito, ele trará consequências catastróficas para a biodiversidade e para o ser humano.
Por isso, pressionamos empresas e governos a abandonarem fontes fósseis de geração de energia, como o petróleo e o carvão, e substituí-las pelas novas renováveis, como solar e eólica.
Essa é uma estratégia não só para reduzir as emissões de gases-estufa, mas para consolidar um crescimento econômico baseado em tecnologias que não prejudicam o planeta. (greenpeace)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Solar e eólica desbancam nuclear

Solar e eólica desbancam nuclear e mudam setor alemão de energia

O esforço de US$ 710 bilhões da Alemanha para produzir energia limpa está reduzindo a geração dos reatores nucleares, as unidades em grande escala mais lucrativas do país, uma vez que os preços atingiram o menor patamar em seis anos.
A proporção das horas em que a energia elétrica foi negociada a menos de € 30 (US$ 39) o megawatt-hora, nível no qual, segundo o UBS, os reatores começam a perder dinheiro, subiu para 50% no ano mês passado, o maior índice desde 2007 e 92% maior que há um ano, segundo mostram dados da bolsa Epex Spot. A RWE reduziu a produção de sua usina de Gundremmingen, perto de Munique, 31 vezes no primeiro semestre, período em que houve um grande aumento na geração de energia solar e eólica, em comparação a 18 vezes em 2012, segundo dados compilados pela Bloomberg.
As reduções, que geralmente ocorrem por períodos de algumas horas a cada vez, mostram como o plano da premiê Angela Merkel de substituir a energia atômica por energias renováveis no prazo de uma década está ganhando força à custa dos lucros de empresas geradoras como a RWE e a EON. O boom da energia limpa, juntamente com a menor demanda em dez anos, derrubou a margem operacional de 15 companhias europeias tradicionais de energia, segundo dados da Bloomberg.
“Veremos mais situações parecidas, quando a produção renovável estiver muito alta, a ponto de os preços no mercado à vista entrarem em colapso, ficando abaixo do nível de custo para as usinas nucleares”, disse Patrick Hummel, analista do UBS em Zurique. “Isto realmente é um golpe duplo para as geradoras de energia. Menos horas em operação significa que menos energia é vendida, e isso acontece quando o preço está baixo.”
A energia vendida com um dia de antecedência ficou em média em € 37,40 no primeiro semestre na Epex de Paris, o menor nível desde 2007. Na sexta-feira, energia com um dia de antecedência foi vendida a € 26,24 em um leilão.
Em 16/06/13, as usinas geradoras de energia solar e eólica forneceram 60% da demanda da Alemanha, um recorde segundo o instituto de pesquisas International Forum for Renewable Energies, de Münster, forçando as operadoras de usinas nucleares RWE, EON e EnBW (Energie Baden-Wuerttemberg) a reduzir a geração depois que os preços caíram abaixo de zero. Este é o nível em que as usinas precisam pagar aos consumidores para distribuir energia.
“Os atuais preços baixos nas bolsas têm consequências dramáticas para as operadoras de usinas convencionais”, afirmou Hildegard Mueller, presidente do conselho administrativo do entidade lobista BDEW de Berlim. “Elas ficam imaginando como vão ganhar dinheiro com suas usinas. As companhias agora enfrentam a questão de como vão desenvolver seu modelo de negócios no futuro.”
Em 16 de junho, a RWE, com sede em Essen, reduziu a produção na usina Gundremmingen-C em 58%, para cerca de 550 megawatts, e a produção em Gundremmingen-B em 54%, para 600 megawatts por cerca de duas horas, segundo dados compilados pela Bloomberg.
No mesmo dia, a EON reduziu a produção em seu reator nuclear de Grohnde, com capacidade de 1.360 megawatts, para menos de 1.200 megawatts durante 15 horas, e também a geração no reator Isar-2, com capacidade de 1.400 megawatts, por três horas, segundo a Genscape, de Louisville, Kentucky, nos Estados Unidos, que monitora a produção de energia em 13 países da Europa. O maior reator da EON – Brokdorf, com capacidade de 1.410 megawatts – operou por quatro horas abaixo dos 1.200 megawatts.
A capacidade da unidade Neckarwestheim-2 da EnBW, de 1.395 megawatts, caiu para abaixo dos 1.200 megawatts por 18 horas naquele mesmo dia, segundo a Genscape.
Friederike Eggstein, porta-voz da EnBW, de Karlsruhe, Alemanha, e Petra Uhlmann, uma porta-voz da EON, de Dusseldorf, não responderam a dois telefonemas e dois e-mails da Bloomberg para comentar o assunto.
Segundo a Genscape, a utilização total de capacidade em 16 de junho caiu para 60% em nove reatores alemães, em comparação a 64% em 15 de junho. Um dia depois, ela subiu para 65%. “Nossas usinas nucleares não são mais aquelas geradoras contínuas de caixa que alguns ainda pensam ser”, afirmou Bernhard Guenther, diretor financeiro da RWE, em uma conferência telefônica com jornalistas em 15 de maio.
As energias renováveis estão se destacando tanto na rede elétrica da Alemanha que as usinas movidas a gás natural não registram lucros há 17 meses, segundo um cálculo da Bloomberg que leva em conta os preços da energia e os custos do combustível e das emissões. A operação dos reatores é mais barata que a das usinas movidas a linhito, carvão e gás na base do custo marginal, segundo Chris Rogers, analista da Bloomberg Industries em Londres.
A produção de energia solar atingiu o pico de 23.203 megawatts em 16 de junho, quase 13 vezes a média dos últimos 12 meses, segundo dados da EEX. Os preços para o mesmo dia chegaram a ficar € 225 negativos entre as 5h e as 8h no horário de Berlim naquele dia, e os contratos mudaram de mãos a menos € 100 das 14h às 16h, segundo informações da Epex.
A premiê Angela Merkel decidiu em 2011 fechar oito usinas nucleares alemãs e desativar as demais até 2022, depois do desastre na usina japonesa de Fukushima.
O apoio da opinião pública alemã ao plano de € 550 bilhões de expansão da energia eólica e solar vem aumentando, mesmo depois de os subsídios do governo para a “Energiewende”, ou mudança de energia, terem aumentado as contas de luz. Em pesquisa feita pelo instituto Forsa para a revista “Stern”, em abril, 59% apoiaram o fim da energia nuclear na Alemanha, em comparação a 54% um ano antes.
A energia nuclear representou 16% de toda a energia gerada pelo país no ano passado, número que foi de 18% em 2011, segundo dados da BDEW.
A margem operacional média em 15 usinas europeias foi de 12% no ano passado, a menor desde 2002, segundo a Bloomberg. No caso da EON ela caiu para 3,7%, em comparação a 23% há dez anos. Na RWE, a margem caiu de 14% em 2003 para 7,3%.
O lucro líquido da RWE ajustado para 2012 caiu 27% em comparação a 2008, enquanto que na EON a queda foi de 25% no mesmo período, segundo mostram os relatórios anuais das duas companhias.
À medida que a Alemanha avança em direção à meta de Merkel, de obter 35% da energia consumida pelo país de fontes renováveis até 2020, em comparação aos atuais 22%, aumentam muito as negociações intradiárias nas bolsas. No mês passado, contratos futuros cobrindo um período de entrega de até 15 minutos subiram 9%, para o total sem precedentes de 260.668 megawatts-hora em comparação a maio, segundo a Epex.
“Precisamos promover nossas usinas mais e mais nos mercados intradiário e de um dia de antecedência, por causa do avanço das energias renováveis”, diz Joerg Stockhecke, que trabalha na unidade de análise de mercado e otimização de usinas da Stadtwerke Bielefeld e está no mercado há 19 anos. “Isso basicamente nos transformou em operadores intraday”, acrescentou.
Ele comercializa cerca de 330 megawatts de capacidade de produção. Seu portfólio inclui 227 megawatts da usina de Grohnde, com capacidade de 1.360 megawatts e localizada no norte da Alemanha. Ela é majoritariamente controlada pela EON.
A Alemanha acrescentou 344 megawatts à sua capacidade de geração de energia solar em maio, elevando-a para 33.877 megawatts, ou 19% da capacidade instalada, segundo a autoridade reguladora do setor elétrico do país. Os parques eólicos, localizados principalmente em terra firme, representam 17%.
A produção total de energia solar e eólica caiu 6,4% no primeiro semestre deste ano, para 22,4 terawatts-hora, segundo dados do International Economic Forum for Renewable Energies.
“Quando o verão finalmente começar na Alemanha e a geração de energia solar render tudo o que pode, a energia solar apresentará uma reação, depois de um primeiro semestre fraco”, afirmou Paolo Coghe, analista do Société Générale em Paris. “Se isso acontecer, então haverá uma boa chance de os preços caírem ainda mais.” (EcoDebate)

Bahia tem vítima do Programa Nuclear Brasileiro

Denúncia: Bahia tem mais uma vítima do Programa Nuclear Brasileiro
Enquanto fazia uma ronda (26/06/2013), Gilson Fraga cochilou e acabou caindo em uma das bacias do sistema de produção de concentrado de urânio na unidade minero-industrial das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Caetité, acerca de 750 km de Salvador, capital baiana.
No momento da queda, a bacia, quase lotada, tinha 20 mil metros cúbicos de liquido radioativo, contendo urânio, ácido sulfúrico e outros produtos químicos, usados no sistema de beneficiamento do urânio.
Acontece que o trabalhador, que fazia a vigilância noturna da planta da usina, está sendo submetido a uma estafante jornada de 12 hs de trabalho diário e, por mais incrível que possa parecer, numa indústria que opera a mais de 13 anos, as bacias de liquido radioativo não tem guarda-corpo em volta, o que teria evitado o mergulho do vigilante em liquido altamente ácido. É importante registrar que há muito tempo a CIPA vem cobrando a colocação dos protetores em volta das bacias e, como tantas outras reivindicações de proteção do trabalhador, esta também nunca foi atendida.
Este é mais um exemplo da falta de segurança que caracteriza o meio ambiente do trabalho nas instalações vinculadas ao Programa Nuclear Brasileiro. E também uma prova da falta de vigilância dos órgãos reguladores e fiscalizadores da atividade atômica, no Brasil. Sabe que tipo de assistência à saúde é assegurada a este trabalhador? Nem uma. (EcoDebate)

Desastre nuclear ‘esquecido’

Desastre nuclear ‘esquecido’: Radioatividade é encontrada na água subterrânea de Fukushima
Usina de Fukushima, após o desastre nuclear – Em 11 de março de 2011, o mundo soube da tragédia de Fukushima: um fortíssimo terremoto e um tsunami de grandes proporções, a que se seguiu a explosão de uma usina nuclear com todas as consequências de um acidente nuclear: a difusão de radioatividade, que permanecerá ativa durante anos, ameaçando muitas gerações.
Altos níveis de elementos radioativos tóxicos foram detectados novamente nas águas subterrâneas acumuladas ao pé da central nuclear de Fukushima, acidentada em março de 2011, segundo um comunicado publicado no sábado pela operadora Tepco.
Segundo a Tokyo Electric Power Co (Tepco), as análises permitiram detectar a presença de níveis de trítio dez vezes superiores ao limite tolerado.
“Segundo as amostras analisadas no dia 5 de julho (…) detectamos um nível recorde de 600.000 becquerels por litro” de trítio, dez vezes superior às recomendações governamentais, que são de 60.000 becquerels por litro, disse a Tepco.
No fim de junho, a Tepco anunciou que havia medido um nível de 3.000 becquerels por litro de elementos radioativos que produzem raio beta, como o estrôncio 90, no líquido extraído de uma região situada entre os reatores e o mar. Naquele momento, constatou que os níveis de trítio eram oito vezes superiores ao autorizado.
Estas substâncias radioativas vazaram dos reatores da central de Fukushima Daiichi, fortemente danificada pelo terremoto e pelo tsunami de 11 de março de 2011 no nordeste do arquipélago, e contaminaram as águas subterrâneas que levam ao mar com o consequente risco de afetar a vida aquática e os produtos marinhos consumidos pela população. (EcoDebate)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Informações do desperdício de energia eólica

MPF busca informações sobre desperdício de energia eólica
Tema foi tratado em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
O procurador da República André Bueno da Silveira participou em 12/06/13 da audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, para debater a questão do desperdício de energia eólica por falta de linhas de transmissão em alguns estados do Nordeste – especificamente, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
De acordo com o procurador, o papel do Ministério Público Federal (MPF) nessa audiência foi o de colher mais informações sobre o tema. Na Bahia já há um expediente extrajudicial instaurado para avaliação desses casos.
Uma das informações solicitadas pelo procurador da República foi a questão da alocação do risco de atraso na construção de linhas de transmissão – “porque o risco tem um valor econômico”, alertou. Quem assume a atividade tem que arcar com o respectivo risco; e quando o empreendimento é muito grande, ele envolve valores substanciais. “Eu gostaria de conhecer mais o raciocínio que foi feito para que não fosse transferido para as geradoras de energia o risco de atraso da construção das linhas de transmissão”, disse André Silveira. De acordo com a Aneel, optou-se pela não transferência do risco para as geradoras para que esse custo não fosse repassado ao consumidor a ponto de afetar o caráter módico da tarifa.
A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) demonstrou-se que havia conhecimento de que exigências ambientais, arqueológicas e paleontológicas, entre outras, poderiam causar atrasos na construção das linhas de transmissão, além de outros problemas de planejamento. Mesmo assim, os representantes da companhia afirmaram que a Chesf assumiu o risco.
Esteve presentes também na audiência pública o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho; o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino; o presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco Almeida; o representante da Renova Energia, Ney Maron de Freitas; e a vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Rosana Santos. (EcoDebate)

sábado, 6 de julho de 2013

Limitações ao uso da energia eólica no Brasil

Falta de planejamento e de linhas de transmissão limitam uso da energia eólica no Brasil
Série de entraves limita uso da energia eólica no Brasil
Críticos afirmam que governo toma apenas medidas imediatas para lidar com problemas emergenciais no setor energético.
De qualquer lado que se olhe, o setor eólico no Brasil é um dos mais promissores na área energética, segundo analistas e levantamentos recentes.
As condições de clima e relevo e os avanços tecnológicos fizeram com que o Global Wind Energy Council, que agrupa organizações e empresas do setor, elegesse o Brasil como um dos países de maior potencial na geração de energia pelo vento.
Sua participação na matriz energética brasileira deve obter o maior crescimento entre as diversas fontes de energia, saltando dos atuais 2% para 8% em oito anos, segundo Maurício Tolmasquim, presidente Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Além disso, o uso do vento para gerar energia no país cresceu 73% em 2012, beneficiando 5 milhões de brasileiros por mês.
E a discussão sobre as fontes eólicas ganharam ainda mais fôlego no início do ano, quando, diante de baixos níveis de reservatórios nas hidrelétricas, o país passou pelo risco de novos apagões ou racionamento. Para lidar com o problema, o governo usou as termoelétricas em caráter emergencial.
No entanto, esse recurso foi criticado por ser uma fonte de energia fóssil, por isso não renovável, poluente e de geração mais cara. Segundo um levantamento feito pela ONG ambiental Greenpeace na época, cada real gasto para operar as usinas térmicas poderia fornecer cinco vezes mais de energia se ela fosse gerada em campos eólicos.
Mas apesar dos argumentos ambientais e econômicos favoráveis, uma série de entraves continuam limitando a expansão da energia eólica e deixam seu aproveitamento no país muito aquém de todo seu potencial.
Confira alguns dos empecilhos:
Falta de planejamento a longo prazo
Mudanças em cima da hora, medidas imediatas apenas para lidar com problemas emergenciais e falta de transparência para as determinações futuras são alguns dos temores dos envolvidos na área de energia renováveis.
“O setor eólico é uma indústria nascente, precisa de fôlego, não pode ser algo que começa e depois é interrompido, pois isso pode ser fulminante”, afirmou Elbia Melo, presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) à BBC Brasil.
Para ela, sem sinais claros do governo, o investimento a longo prazo vai arrefecer. “E isso poderia fazer esse indústria morrer antes mesmo de seu nascimento para valer.”
Na opinião do professor Ildo Luis Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, o potencial competitivo da energia eólica no Brasil é desperdiçado justamente por uma falta de planejamento e coordenação do governo.
“Um mapeamento eólico detalhado, por exemplo, organizaria melhor os investimentos e se criaria escala”, afirma o engenheiro, que foi diretor de Gás e Energia da Petrobras entre 2003 e 2007. “Mas o planejamento hoje é volátil e volúvel, além de termos uma estrutura pouco funcional, como órgãos demais atuando sobre o mesmo setor.”
Em nota enviada à BBC Brasil, o Ministério de Minas e Energia afirmou que “O Centro de Pesquisas de Energia Elétrica tem trabalho na revisão do Atlas Eólico existente”.
Insuficiência nas linhas de transmissão
Para especialistas, energias renováveis recebem menos investimentos para pesquisa do que temas ligados a petróleo
Depois de ser gerada nos campos eólicos, a energia depende de linhas de transmissão para chegar aos consumidores. O que, na prática, parece lógico, na teoria não é tão claro assim. Atualmente, essas redes não são de responsabilidade das mesmas empresas que mantém os parques em si. E isso vem gerando uma falta de sincronia nos prazos de entrega.
“O problema das linhas de acesso é um enorme entrave. O prazo de três anos para um empreendimento (estipulado em muitos leilões) acaba sendo curto, já que com todos os trâmites, o tempo real de construção acaba sendo menor que três anos”, afirma Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Um bom exemplo desse cenário ocorre no Nordeste, onde três usinas estão prontas, mas sem gerar energia há quase um ano por falta de linhas. Essa falta de sincronia na região – que abriga 60 das 92 usinas eólicas – provoca um desperdício de energia que, por sua vez, representa um prejuízo para o governo que já ultrapassou os R$ 260 milhões, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse é o valor que o governo já pagou às empresas, uma vez que elas entregaram o empreendimento no prazo.
Além disso, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) essa produção desperdiçada seria suficiente para abastecer, por mês, cerca de 3,3 milhões de habitantes.
Questionado, o Ministério de Minas e Energia afirmou que vai implementar alterações nesse modelo no próximo leilão do setor, que está marcado para agosto. “No intuito de promover a redução de incertezas quanto ao escoamento da geração eólica contratada no Ambiente Regulado, o Leilão de Reserva apresentará consideráveis mudanças na sistemática adotada”, afirma a nota do ministério, esclarecendo que o trâmite agora será feito em duas fases, atrelando às concessões à capacidade de distribuição.
Baixo investimento em pesquisas e desenvolvimento tecnológico
“Depois da descoberta do pré-sal, o investimento não apenas em eólica, mas em todas as outras energias renováveis diminuiu no país”, afirma o professor do departamento de energia da Unesp José Luz Silveira. “Também não há subsídio do governo, especialmente aos pequenos produtores, como acontece na Europa.”
Baitelo, do Greenpeace, concorda que a prioridade é para o petróleo, se compararmos como qualquer outra área do campo energético.
“Na academia, se vê uma produção maior em temas ligados ao pré-sal do que à energia eólica ou fotovoltaica”, afirma, acrescentando que mais investimentos nesse setor poderia, por exemplo, desenvolver turbinas mais apropriadas para os ventos brasileiros.
Escolhas por carvão
De acordo com os especialistas ouvidos pela BBC, o governo indicou no início do ano que gostaria de ter mais termoelétricas para complementar sua matriz e garantir o abastecimento.
“Pudemos ver que o lobby do carvão se organizou e nessa ocasião acabou conseguindo o que queria”, afirma Baitelo.
“Esse é o momento de equilibrarmos a matriz e darmos mais espaço para as térmicas”, disse Tolmasquim, da EPE, ao anunciar no mês passado a contratação de usinas termoelétricas no leilão que contratará a demanda das distribuidoras a partir de 2018.
O anúncio causou euforia no setor das carvoarias. Uma das empresas líderes neste mercado, a Tractebel, divulgou que estudaria incluir seus projetos no leilão. (EcoDebate)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ônibus elétrico-híbrido

O Ônibus elétrico-híbrido (português brasileiro) ou Autocarro elétrico-híbrido (português europeu) é um ônibus que utiliza tecnologia similar a de um trólebus. A diferença é que ele é capaz de gerar sozinho (com a ajuda de um motor a diesel) a energia necessária para se locomover, diferente dos trólebus que necessitam de uma rede elétrica.
A tecnologia utilizada nos híbridos para controlar a aceleração, a velocidade e o sistema de freios é mais moderna. A partida é dada utilizando um motor a diesel, e depois disso o ônibus utiliza o motor elétrico para se locomover, e também para fazer funcionar o restante dos equipamentos do veículo. A emissão de fumaça é 90% menor em relação aos ônibus tradicionais. O principal empecilho na aceitação destes veículos por proprietários de empresas de ônibus é o valor. Eles são 40% mais caros do que os ônibus comuns, porém a vida útil destes ônibus pode ultrapassar os 25 anos. (wikipedia)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Geração a partir do lixo em questão

Representantes do governo federal e do setor privado se reuniram, este mês, em São Paulo (SP), para debater a viabilidade técnica e econômica da implantação, no Brasil, de uma usina de geração de energia elétrica a partir da incineração de resíduos sólidos urbanos – tecnologia conhecida como mass burning. As discussões foram baseadas em dados iniciais de um estudo contratado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que mostra como esse tipo de tecnologia é usado em outros países, o possível modelo de negócio nacional e o arcabouço legal necessário.
Um dos pontos cruciais do debate é o custo de instalação e manutenção do empreendimento. “Uma usina como essa tem capacidade para, através da incineração, converter os resíduos em vapor, por onde é gerada a energia elétrica. Além disso, ela opera com filtros destinados ao tratamento dos gases efluentes da combustão, antes que eles sejam dispersos na atmosfera. Segundo o estudo, realizado pela Proema Engenharia e Serviços Ltda, toda a estrutura envolve um investimento estimado em 140 milhões de euros, além do custo de manutenção, que pode ficar em 29 milhões por ano”, conta Junia Motta, coordenadora da Área de Química da ABDI.
Por outro lado, frente aos altos custos desse tipo de recuperação energética estão os impactos ambientais dos aterros sanitários, principal forma de tratamento utilizada no Brasil e que envolve alto risco de contaminação do solo no longo prazo. “O grande destaque do projeto que estamos desenvolvendo aqui é a definição de um modelo técnico-econômico que torne viável a instalação de uma usina de mass burning no Brasil. Por meio do estudo e da colaboração de diversas instâncias envolvidas, estamos adequando esse objetivo à realidade do país e, com isso, tornando-o possível”, afirma o gerente de projetos da ABDI, Miguel Nery.
A versão final do documento deve ser apresentada em julho, mas empresas como Braskem, Foz do Brasil/Odebrecht, Foxx e Proema já estão inseridas no debate e participaram do encontro. Também estiveram presentes representantes do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP).
Entre os dados mostrados no evento está o crescente uso do mass burning em países como Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, França e, principalmente, Alemanha. “Vemos que essas nações promovem cada vez mais a incineração, ainda que também realizem outros tipos de tratamento de resíduos, como reciclagem, compostagem e aterros sanitários. A Alemanha se destaca por promover os mass burning desde 1965 – em 2009, o país já tinha cerca de 70 usinas – e por já não possuir aterros, seguindo a diretriz da Comissão Europeia de eliminar todos os aterros sanitários até 2020”, descreve Maria Helena Orth, diretora da Proema. (ambienteenergia)

Usina de biogás vai transforma lixo em Energia

RJ: Usina de biogás vai transformar o lixo de Gramacho em Energia
Usina vai transformar o lixo de Gramacho em energia limpa – Transformar o lixo em energia limpa é um desafio que virou realidade com o início das atividades da Usina de Biogás do Aterro Metropolitano de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Instalada no antigo lixão, a primeira usina de gás verde do país vai atender à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras.
A usina tem capacidade para suprir 10% da demanda energética da Reduc, com uma produção anual de 70 milhões de metros cúbicos (m³) de gás verde. A obra durou quatro anos e teve investimentos de R$ 240 milhões, com parceria da prefeitura do Rio e apoio da Petrobras.
O biogás é gerado a partir da decomposição da matéria orgânica do Aterro de Gramacho e em seguida é captado por 301 poços de coleta distribuídos na região. Depois, o produto é transportado por tubulações até a usina de coleta e processamento, onde passa por várias etapas de purificação até atingir o padrão de qualidade exigido pelas especificações técnicas da Petrobras.
O biogás purificado, que será comercializado com a marca registrada Gás Verde, é então bombeado para a Reduc por meio de um gasoduto exclusivo, com seis quilômetros de extensão. A proposta para o futuro é que o biocombustível possa ser produzido para atender o consumo residencial, comercial e veicular.
De acordo com o diretor do Consórcio Novo Gramacho, que integra as empresas Biogás, Synthesis e a construtora J. Malucelli, Paulo Tupinambá, entre as vantagens do biogás estão a inibição de gás carbônico na natureza, as receitas geradas com créditos de carbono, além de benefícios para os municípios do Rio e de Duque de Caxias.
“O biogás é composto por 50% de gás carbônico e 50% de metano gerado da decomposição da matéria orgânica aterrada em Gramacho, o chorume. Se esse gás vai para a atmosfera, o impacto é 24 vezes pior do que o efeito estufa. A usina trata, queima e purifica o biogás que será vendido à Reduc. Ganha o ambiente e ganha a Petrobras, que passa a ter um excedente de gás limpo,” explicou.
Durante 35 anos, o Aterro de Gramacho foi o principal destino de cerca de 80 milhões de toneladas de lixo do Rio de Janeiro e de municípios vizinhos, tendo se transformado no maior aterro da América Latina. Às margens de um manguezal na Baía de Guanabara, o local foi uma fonte de trabalho para centenas de catadores. O aterro fechou em junho de 2012 e a partir daí o lixo passou a ser levado para a Central de Tratamento de Resíduos de Seropédica, na região metropolitana do Rio.
O projeto de aproveitamento energético do biogás do Aterro Gramacho foi aprovado recentemente pela UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change) e registrado em maio de 2013 para fins de certificação de créditos de carbono, que serão comercializadas no futuro. (EcoDebate)