sábado, 30 de maio de 2015

Governo estímula energia solar em residências e empresas

Governo Federal planeja forte estímulo para energia solar em residências e empresas
Uma ação coordenada do Governo Federal em várias frentes, com o estímulo do Ministério de Minas e Energia, deverá mudar nos próximos anos o cenário da geração de energia solar das grandes cidades brasileiras. Até 2024, cerca de 700 mil consumidores residenciais e comerciais deverão ter instalado em seus telhados e coberturas painéis fotovoltaicos, que transformarão a luz solar em energia elétrica. Quando houver excedente, a energia de sobra será vendida para a distribuidora, ajudando a reduzir a conta de luz do domicílio.
A estimativa é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que prevê um potencial de 2 GW de potência instalada com essa modalidade de geração distribuída nesse período, com foco neste momento na energia solar fotovoltaica. Esse mesmo conceito de geração distribuída comporta outras formas de geração próximas do consumidor, como a eólica, ou até mesmo a de geradores. Outra estimativa de mais longo prazo, elaborada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), prevê que até 2050 cerca de 13% do abastecimento das residências no País deverá ser proveniente dessa fonte.
“Na energia solar, temos um elenco de ações para alavancar a fonte, seja pela microgeração, seja pela geração distribuída, seja por leilões de fontes alternativas. Você pode até ter casos de cogeração com a mesma subestação e a mesma linha, o que está acontecendo muito na Bahia. E também os flutuadores com fotovoltaica nas hidrelétricas”, avalia o ministro Eduardo Braga.
Entre as medidas estimuladas pelo Ministério estão a simplificação nas regras para a geração em casas e prédios comerciais; mudança na tributação da energia produzida; e fomento ao investimento industrial no setor. Um convênio levado ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), e já firmado pelos estados de São Paulo, Goiás e Pernambuco na semana passada, prevê que o consumidor não pagará o tributo estadual (ICMS) sobre a energia que ele próprio gerar, mas apenas sobre o excedente que ele consumir da rede de distribuidoras. Por exemplo, uma família que consome 200 kWh ao mês e que produza 120 kWh, recolherá ICMS apenas sobre 80 kWh.
Esse convênio, que deverá ser firmado também por outros estados, é o ponto de partida para que a União também reduza a tributação do PIS/Cofins sobre esse tipo de geração, informou o ministro Braga:
“Esse é um passo importante. Agora nós vamos partir para dentro do governo para fazer a desoneração do PIS e do Cofins. Esperamos que, com isso, possamos colocar de pé nossa proposta de geração distribuída e geração microdistribuída solar no País”, afirmou Braga.
Na terça-feira (05/5), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também deu novo passo para simplificar e acelerar os processos de geração de energia com painéis solares, com a revisão da Resolução Normativa nº 482. A Aneel abriu audiência pública para debater o assunto. Segundo a Agência, a revisão deverá reduzir as barreiras que ainda dificultam a conexão dos micro e mini geradores às distribuidoras. Desde a publicação da resolução em 2012 até março deste ano, foram instaladas 534 centrais geradoras, sendo 500 solar fotovoltaica, e a mudança deve estimular novos projetos.
Com a isenção, a instalação de projetos de geração de energia pelas residências ou prédios comerciais se torna mais atraente, com maior retorno sobre o investimento. Segundo estudo elaborado pela EPE no final de 2014, a capacidade instalada de geração distribuída fotovoltaica projetada em 2013 era de 835 MWp. Com a eliminação da tributação do ICMS sobre a compensação de energia, as projeções seriam alteradas para uma potência instalada de 1,3 GWp, ou seja, quase 60% maior.
FOMENTO A CRIAÇÃO DE INDÚSTRIA BRASILEIRA DE PLACAS – No âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a novidade veio com a redução do Imposto de Importação (II) de módulos fotovoltaicos para suprir o mercado interno e exportações. O tributo cairá de 14% para 2%, até 31 de dezembro de 2015, e foi determinado nesta semana pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), conforme a Resolução n.º 29, de 29/04/2015, publicada em 30/04/2015.
Residências podem gerar 5 mil MW médios, estima EPE
Atualmente, a energia solar contribui com 0,2% da matriz energética. De acordo com o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, estudos indicam que os painéis fotovoltaicos instalados em residências podem atingir cerca de 5 mil MW médios em 2050, decorrentes de uma potência instalada de 33 mil MW, com a adoção de medidas pelo governo que incentivam a instalação dos painéis em residências, como a isenção do ICMS para consumidores que geram a própria energia, assim como há planos para incentivar o aumento do uso dessa fonte pela indústria.
De acordo com projeções da EPE, o Brasil poderá contar em 2050 com 78 mil MWp de potência instalada em energia solar, sendo 33 mil MW das residências; 29 mil MWp do setor comercial; 13 mil MWp gerados nas indústrias e 3 mil MWp oriundos do poder público.
Com objetivo de estimular o uso da energia fotovoltaica também em empreendimentos comerciais, como shoppings e supermercados, a EPE encaminhou para avaliação do Ministério de Minas e Energia a proposta de criação de um preço específico para a venda de energia por esses estabelecimentos às distribuidoras.
Além dessas frentes, o governo continuará a promover leilões de energia solar fotovoltaica, destinados a geradores de maior porte, como o realizado com sucesso no ano passado. O resultado do leilão de outubro de 2014 vai garantir a entrada de quase 900 MW de capacidade instalada de energia solar no sistema a partir de 2017. Este ano, o governo vai realizar dois leilões com participação de energia solar, em agosto e novembro.
A renovação da concessão das empresas distribuidoras, prevista para este ano, poderá conter também medidas de estímulo à geração fotovoltaica. Uma das possibilidades é estimular as distribuidoras a fazerem uma parceria com o consumidor que tiver interesse em instalar os equipamentos em sua casa. A medida reduziria um dos empecilhos atuais, que é o custo inicial dos equipamentos.
“Concluída a questão de renovação das concessões das distribuidoras, entraremos em uma fase em que as distribuidoras poderiam ser a grande alavanca da geração distribuída. O que estamos querendo é abrir para as distribuidoras participarem da microgeração e da geração distribuída, principalmente de solar. Isso significaria que o cidadão, que não tem a expertise do negócio de energia, entra com o telhado e a distribuidora entra com a geração de energia solar no telhado dele e o remunera”, explicou Braga. (ambienteenergia)

Bicicleta movida a energia solar

Dinamarqueses criam bicicleta movida a energia solar
Qualidade de vida e o uso de fontes limpas de energia já andam de mãos dadas. Criada na Dinamarca por Jesper Frausig, um novo modelo de bicicleta proporciona o consumidor a produzir energia enquanto pedala.
A Solar Bike, uma bicicleta elétrica, retira energia do sol para manter autonomia durante a pedalada. O produto possui células de energia solar nas rodas, e é reabastecida quando está parada e armazena energia em uma bateria interna.
O motor da bike chega a 30 mph de velocidade máxima e cerca de 70 km quando totalmente carregada. (ambienteenergia)

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Soluções para problema de roubo de energia

Como solucionar o problema do roubo de energia no Brasil
Um dos maiores problemas que a atual gestão no Brasil deverá lidar é com a crise energética, que por si só já tem vários desafios, além do já conhecido com as perdas comerciais, ou furto de energia. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), incluindo os impostos, hoje o furto de energia representa um prejuízo de mais de R$8 bilhões por ano ao país, ou 13,5% do total da energia gerada. Se analisarmos regionalmente, encontramos dados ainda mais alarmantes: na Light, que atende o Rio de Janeiro e região metropolitana, as perdas registradas na última medição (2013-2014) foram de 22,57%. Num cenário onde o preço da energia elétrica deve subir 38,3% neste ano, de acordo com estimativa divulgada em março pelo Banco Central, o fantasma que assola o setor é de que, com esta correção de tarifa, aumente ainda mais o índice de perdas comerciais não técnicas, os chamados “gatos”.
Enquanto o estimulo à economia de energia ainda é feito, as tarifas seguem aumentando, resultado dos custos repassados ao consumidor das usinas termelétricas que foram acionadas devido ao período de estiagem, e que representam uma energia mais cara para ser produzida. Ainda de acordo com o Banco Central, a estimativa de alta no preço da energia elétrica é também reflexo do repasse às tarifas do custo de operações de financiamento que foram contratadas em 2014 – ao todo, a Aneel autorizou o reajuste das tarifas de 58 das 63 distribuidoras de energia do país. O reajuste que chegou ao consumidor nas contas de energia, no fim de março, deve fazer aumentar a inadimplência e, consequentemente, também o roubo de energia a partir da segunda metade de 2015, época quando os inadimplentes passarão a ter seu fornecimento de energia suspenso.
Pensando em solucionar o problema de roubo de energia em uma das cidades mais populosas do mundo, bem como construir uma plataforma para Smart Grid que possibilite o uso de outras aplicações, a Silver Spring Networks foi escolhida pela Comisión Federal de Electricidad (CFE) para o projeto ‘Reducción de Perdidas de Energía en Distribución (Projetos de redução de perdas na distribuição) de redes inteligentes no Distrito Central da Cidade do México. De acordo com a CFE, quase 15% de sua produção total de eletricidade em 2013 foi perdida devido a furto ou inadimplência, e, em algumas áreas da Cidade do México, essa taxa aumenta para até 35%.
Para ajudar a superar esses desafios, a Silver Spring está introduzindo uma solução de rede e software no nível do gabinete e uma rede IPv6 multisserviços com suíte de software UtilityQ® para conectar e gerenciar os medidores individualmente nos gabinetes. Isso permitirá à CFE reduzir perdas não técnicas, aumentar a precisão do faturamento, implantar operações remotas de corte e religamento, ajudando a garantir a entrega segura do abastecimento de energia para seus clientes.
No Brasil, algumas distribuidoras já iniciaram a implementação de uma solução similar para perdas com uso de medição centralizada e externalizada, porém ainda com algumas limitações de funcionalidades e na tecnologia de rede. Certamente, um programa semelhante pode ser a resposta aos problemas de roubo de energia no Brasil, principalmente em um cenário com os mencionados aumentos nas tarifas e a tendência de aumento na inadimplência e fraude. A adoção proativa para assegurar o correto uso da energia elétrica é de suma importância, uma vez que não combater estas práticas significa não evitar que os estes indicadores afetem ainda mais o setor. A implantação de uma rede de gerenciamento inteligente e avançada, associada à qualidade da tecnologia, permitiria funções mais avançadas, como suporte à implantação de tarifas horárias e sistemas de pré-pagamento, aplicações de automação da distribuição e automação da iluminação pública incluindo a medição da energia efetivamente consumida e mecanismos de detecção remota e alarme de problemas. A plataforma IP robusta e escalável para grandes quantidades introduziu as referidas aplicações na área da medição, incluindo funções para cliente pré-pago e pós-pago, permitindo a gestão de energia sob demanda, além de melhorar o centro operacional ao detectar automaticamente problemas na rede elétrica, até a operacionalização da tarifa branca – que permitirá ao consumidor uma redução na sua conta de energia elétrica, mudando seus hábitos de consumo.
Também a implementação de uma rede inteligente poderá permitir a supervisão e o controle necessários à adoção de micro ou mini geração distribuída através de fontes renováveis, como painéis solares, de forma a buscar alternativas de equilíbrio entre a constante ampliação do consumo e os desafios para implantação das gerações de grande escala.
Todas estas melhorias devem beneficiar não somente as empresas energéticas a conter perdas, mas também e principalmente os consumidores, uma vez que são eles os principais onerados pela energia que é roubada. No final, tudo se resume a melhorar a qualidade e disponibilidade da energia entregue ao consumidor e a eficientização de seu uso, com o objetivo final para um bem maior: evitar que a energia venha nos faltar. (ambienteenergia)

Proposta da Aneel trata da mini e microgeração de energia

Aneel discutirá proposta que trata da mini e microgeração de energia
A Diretoria da ANEEL aprovou, durante Reunião Pública, audiência pública para discutir proposta de revisão da Resolução Normativa nº 482/2012, que trata da mini e microgeração de energia distribuída. A norma reduziu as barreiras para instalação de geração distribuída de pequeno porte, que incluem a microgeração, com até 100 KW de potência, e a minigeração, de 100 KW a 1 MW. Ela criou o Sistema de Compensação de Energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A regra é válida para geradores que utilizem fontes incentivadas de energia (hídrica, solar, biomassa, eólica e cogeração qualificada).
Desde a publicação da Resolução em 2012 até março deste ano, já foram instaladas 534 centrais geradoras, sendo 500 com a fonte solar fotovoltaica, 19 eólicas, 10 híbridas (solar/eólica), 4 biogás e 1 hidráulica.
Os objetivos principais da revisão do regulamento são: reduzir as barreiras ainda existentes à conexão dos micro e minigeradores à rede das distribuidoras; compatibilizar as regras do sistema de compensação de energia elétrica com as Condições Gerais de Fornecimento; aumentar o público alvo e realizar aperfeiçoamentos na regra. A seguir, destacam-se os pontos mais relevantes:
-Ampliar as fontes de energia participantes do sistema de compensação: fontes renováveis e cogeração qualificada.
-Redefinição dos limites de potência para microgeração (75 kW) e minigeração (3MW – hidráulica e 5 MW- outras fontes).
-Permitir que consumidores localizados em áreas contíguas (ex: condomínios residenciais e comerciais) possam participar do sistema de compensação.
-Melhorar as informações constantes das faturas de energia para os consumidores, de forma a melhorar o entendimento sobre o sistema de compensação.
-Não cobrar o custo de adequação da medição.
-As cargas associadas ao sistema auxiliar da central geradora não poderão ser usadas para comprovar a carga instalada da unidade consumidora do grupo B. O objetivo é garantir que a geração esteja junto à carga, situação em que os benefícios para a rede são maiores.
-A energia excedente injetada por consumidor do Grupo A e utilizada para compensar a energia em outra unidade do Grupo B deverá observar a relação entre a soma das componentes da tarifa em R$/MWh (TUSD e TE), exceto para unidades consumidoras localizadas em áreas contíguas.
-Corrigir distorções no faturamento.
-Padronizar e simplificar as informações e documentos que o consumidor deve apresentar à distribuidora para solicitar o acesso da micro ou minigeração.
-Reduzir o tempo e o custo do consumidor para se conectar a micro ou minigeração.
A expectativa é que aproximadamente 700 mil consumidores residenciais e comerciais instalem microgeração solar fotovoltaica até o ano de 2024, totalizando 2 GW de potência instalada. (ambienteenergia)

Itaipu completa 31 anos com 100% de eficiência

Usina de Itaipu completa 31 anos com 100% de eficiência
A Usina de Itaipu Binacional comemorou em 05/05/15 31 anos de operação estabelecendo uma nova marca: 100% de índice de eficiência, o melhor desempenho operacional de todos os tempos, superando até mesmo o ano de 2014, quando a produtividade foi de 99,3%.
Outro marco importante ao longo desses anos é a produção acumulada histórica, um total de 2.253.747.068 de megawatts-hora (2,25 bilhões de MWh). Dificilmente outra usina do mundo conseguirá um dia superar essa geração.
Embora a produção anual tenha caído em 2014, em função da estiagem, quando gerou 87,6 milhões de megawatts MWh, Itaipu tem tido um aproveitamento excepcional do recurso hídrico para a geração de energia elétrica limpa e renovável.
“Permanecer com 100% de performance na gestão de vertimentos turbináveis evitados durante todo o ano não é fácil, pois são muitas variáveis a serem atendidas e alinhadas”, diz o superintendente de Operação, Celso Torino. E completou: “Mas se fecharmos 2015 com um número próximo ao recorde histórico de 99,3%, estabelecido em 2014, já será um excelente resultado. Esse é um processo contínuo que tem sido construído com investimentos e o empenho de todas as equipes”.
“Os 100% de índice de eficiência aliados aos sucessivos recordes de produção reafirmam uma vez mais o papel importante de Itaipu para a infraestrutura energética, para a integração e para o desenvolvimento do Brasil e do Paraguai”, comenta o diretor técnico executivo, Airton Dipp.
O diretor lembra que para Itaipu permanecer nesse patamar “será preciso garantir a saúde dos equipamentos, que operam ininterruptamente há 31 anos, com investimentos constantes na manutenção e, onde isso for possível, também na atualização tecnológica”.
Produtividade
O alto índice se explica pelo bom desempenho do Rio Paraná, que, graças às mais de 45 usinas a montante de Itaipu, mantém um fluxo de água superior a 8.000 m3/s durante mais de 90% do tempo.
Mas há também outros fatores. Entre os mais importantes, estão o bom projeto da usina, a gestão técnica e administrativa eficiente e o perfeito entrosamento entre as equipes da área técnica de Itaipu e da usina com as empresas da cadeia de suprimento de energia do Brasil e do Paraguai (Eletrobras, ONS, ANDE, Copel e Furnas, especialmente).
Produção
Na última década, a usina de Itaipu produziu, em média, 92 milhões de megawatts-hora (MWh), volume muito superior à energia garantida, prevista no Tratado que deu origem à binacional: 75 milhões de MWh. Em 2013, superou o próprio recorde mundial de produção anual, que era de 2012, e estabeleceu a marca de 98.630.035 megawatts-hora (98,63 milhões de MWh) – superada em 2014, por Três Gargantas.
O recorde mundial em produção acumulada continua a ser de Itaipu. Desde a entrada em operação efetiva da primeira unidade geradora, em 05/05/1984 – nove anos depois do início das obras da usina –, Itaipu gerou um total acumulado de 2,25 bilhões de MWh, energia suficiente para abastecer o mundo inteiro por 38 dias. (ambienteenergia)

terça-feira, 26 de maio de 2015

Carros ecológicos: o futuro agradece

A cada dia que passa, a tecnologia é mais desenvolvida, novos carros são criados e o preço de automóveis no mercado diminui, possibilitando que uma parcela maior da população obtenha seu veículo próprio.
Como o transporte público não é eficiente e não consegue atender de forma objetiva à maioria da população, comprar um carro não é luxo para abonados, mas necessidade primária para quase qualquer trabalhador.
Esses são os principais motivos para que as metrópoles tenham, literalmente dia após dia, suas ruas mais cheias de carros que poluem o meio ambiente, despejando gás carbônico e consumindo petróleo, um recurso não renovável.
Pensando nisso, existem já no mercado alternativas de carros sustentáveis, ou seja, que trazem menor impacto negativo ao meio ambiente e podem gerar economia a seus proprietários com o passar do tempo.
Os carros elétricos são normalmente adaptações dos já existentes e tem um custo elevado para a transição. São movidos por motores elétricos, impulsionados por baterias recarregáveis e que dispensam a utilização de gasolina. Eles são também mais silenciosos que os carros convencionais.
O marcador de combustível é igual nos dois tipos de veículos e se a bateria começa a ficar fraca, precisando de nova carga, o medidor do carro elétrico aponta para baixo, assim como a falta de gasolina, normalmente.
Fazendo uma média matemática, um quilômetro em um carro elétrico custa sete centavos, enquanto em um carro movido à gasolina vinte centavos. Aproximadamente três vezes mais barato. No entanto, as baterias duram por cerca de 30 mil km custam quatro mil reais.
Por tanto, na média final, o carro elétrico consome 22 centavos por quilômetro, dois a mais que os carros tradicionais. Porém, há de se considerar que o meio ambiente agradece a utilização de veículos ecológicos e que a tecnologia pode ainda ser mais desenvolvida, gerando menor consumo energético e tornando os carros elétricos mais interessantes também economicamente.
Existem ainda os carros movidos a biocombustíveis como cana-de-açúcar (o mais famoso), mamona, soja, mandioca e babaçu. Até mesmo montadoras de luxo como Ferrari e Lamborghini estão investindo na adoção de modelos sustentáveis que chegam a emitir 18% menos poluentes, no caso da Ferrari, e 35% no caso da Lamborghini. (atitudessustentaveis)

Carro ecológico em marcha lenta

Mercado de carros elétricos e híbridos está longe de ser realidade no Brasil.
Modelo elétrico Nissan Leaf já é táxi em Tallinn, Estônia (foto) e agora também está em São Paulo.
Limpos, econômicos e inteligentes, os carros ecológicos são a nova fronteira da indústria automobilística. A preocupação em preservar o meio ambiente e os recursos naturais do planeta – como o petróleo, matéria prima dos combustíveis para os veículos convencionais – alavancam essa evolução.
Cada vez mais comuns nos Estados Unidos, Europa e Japão, esses veículos ainda não são vendidos ou produzidos em larga escala no Brasil. As razões são a alta carga tributária, que encarece a importação dos carros e desestimula as montadoras a investirem em pesquisa e fabricação por aqui, além do lobby das companhias petrolíferas.
Entretanto, interesse por parte dos consumidores não falta. Na América do Norte e Europa, as vendas crescem a cada ano, ainda que na base de pesados subsídios fiscais. O governo chinês traçou uma meta ambiciosa: quer 65 milhões de veículos ecológicos nas ruas até 2020. Esse número equivale a metade da frota do gigante asiático.
 
Modelo híbrido Toyota Prius, o “carro verde” mais vendido no mundo (foto) integra frota paulistana de táxis desde janeiro.
Obstáculos no caminho
O consumidor brasileiro, em geral não teria preconceito quanto aos carros elétricos. Mas: “o mercado só se desenvolverá se o consumidor não tiver que arcar com a diferença de preços presente entre um veículo elétrico e um movido à combustão interna”, explica Sergio do Monte Lee, head da consultoria Maksen.
Ocorre que um carro híbrido, como o Toyota Prius, não sai por menos de R$ 120 mil. Já o modelo elétrico Nissan Leaf, ainda sem previsão para chegar ao país, pode vir a custar entre R$ 80 mil e R$ 110 mil. E a tendência é que até 2020, o preço desse tipo de veículo fique de duas a três vezes maior que os de gasolina.
Essa estimativa faz parte do estudo realizado pela Maksen, em parceria com o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e a MBA Lisbon sobre a viabilidade do carro elétrico no Brasil, divulgada em janeiro. O resultado é nada animador: o mercado de carros elétricos é inviável.
As razões são as mesmas que prejudicam a venda dos carros híbridos: mercado focado em veículos de baixo valor e grande parcela de financiamento, além da falta de subsídios para consumo e produção, visto que componentes como o motor e as baterias elétricas, feitas de lítio, custam caro e isso influi no preço final do automóvel.
Monte Lee aponta também a matriz energética do Brasil como fator. “Trata-se de um dos países com menores emissões de CO2 na atmosfera, devido a matriz energética limpa e renovável e não possui dependência externa de petróleo [bruto] e irá reduzir a dos refinados”.
São essas razões que motivam a Nissan a realizar iniciativas como a dos táxis elétricos. “A intenção é entender melhor o mercado, construir a imagem do veículo de emissão zero, tentando usar esses veículos para conseguir os objetivos fiscais e apoio governamental”, explica Anderson Suzuki.
O representante da montadora japonesa afirma que esse incentivo “não é para sempre”. “Essa ajuda que a gente precisa a nível governamental é para os primeiros três e cinco anos, para você mudar a mentalidade do consumidor. Nos EUA já é uma realidade hoje e é o que queremos aqui”, completa.
Projeto de alunos da FEI, carro elétrico X17 (foto) atinge 135 km/kWh e foi premiado na Maratona de Eficiência Energética.
Zerados em tecnologia
Parece que a demanda das montadoras será atendida em breve. O Governo Federal, por meio do programa Inovar-Auto, promete injetar R$ 50 bi no mercado, por meio de incentivos fiscais, com o objetivo de incentivar a produção de carros ecológicos, mas principalmente a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis no setor automobilístico, uma área que carece de avanços.
Na opinião de Edson Esteves, a razão fundamental para isso está na indústria petrolífera, que joga pesado em defesa dos seus interesses. “Se ganha muito dinheiro com o petróleo. Só vamos caminhar pra uma mudança quando houver interesse de investimentos, redução do tamanho das baterias, fabricação de mais motores elétricos. Tem que haver essa migração”.
Edson sustenta ainda que, em matéria de pesquisa, o Brasil está “zerado” em relação a países como a China. “O que vi aqui foi investimento em adaptação de um projeto feito em outro país para o Brasil. A geração de tecnologia, expertise, formação de profissionais, sermos donos do projeto e não pagar, nós ainda estamos engatinhando”.
Perguntado sobre a formação de engenheiros, Esteves, professor da FEI, uma das instituições renomada na área de engenharia automobilística, foi taxativo: “hoje a academia trabalha a matéria prima para ir ao mercado e ao que precisa. Nós temos o curso de engenharia voltado para pesquisa e inovação, mas a gente é muito claro que aqui eles vão enfrentar o problema da produção. Não temos uma raiz de projeto”.
Não existe raiz de projeto, mas o Brasil, ainda assim, é terreno fértil para o desenvolvimento de uma nova indústria automobilística, livre de paradigmas antiquados e antenada com os desafios atuais do planeta. Mais que dinheiro, se necessita de mentalidade arrojada para darmos uma arrancada em direção ao futuro. (ambientelegal)

Veículos autônomos são o futuro do automóvel

Veículos autônomos são o futuro do automóvel, segundo Google
Carros que não precisam de motoristas permitirão reduzir os acidentes de trânsito.
Apresentação de carro autônomo do Google em 02/02/15 na Califórnia.
Os veículos sem motorista representam o futuro da indústria automobilística e permitirão reduzir os acidentes de trânsito, afirmou Ray Kurzweil, especialista do Google em inteligência artificial.
"A tecnologia funciona e não está tão distante", disse Kurzweil na conferência anual da sociedade americana de engenheiros de automóveis em Detroit (Michigan).
Kurzweil, que chegou ao Google em 2012, trabalha atualmente em um veículo sem condutor chamado de "Google Car".
"Os Google Car já percorreram cerca de um milhão de milhas (1,6 milhão de quilômetros) sem acidentes. Um dia um veículo autônomo terá um acidente e isto provocará grandes manchetes, mas enquanto estamos falando várias pessoas morrem em acidentes de trânsito".
Segundo Kurzweil, os automóveis sem motorista "salvarão milhões de vidas", em um mundo no qual morrem anualmente 1,2 milhão de pessoas em acidentes de trânsito.
"Eles também permitirão um uso mais eficiente das estradas e dos locais de estacionamento. Há muitas vantagens", declarou Kurzweil, afirmando que os carros sem motorista só chegarão ao mercado quando forem "totalmente seguros... muito além da tecnologia que vão substituir".
Além do Google, montadoras de automóveis já desenvolvem veículos autônomos, como Ford, Mercedes-Benz, Volkswagen e Nissan.
O engenheiro do Google prevê um futuro onde os serviços de táxi utilizarão veículos autônomos, e destacou que a indústria automobilística está, no momento, à margem da revolução tecnológica.
Kurzweil lembrou que o sucesso de um produto se baseia essencialmente na adequação entre os preços e a tecnologia disponível.
Em relação ao uso da eletricidade nos automóveis, Kurzweil estimou que "veremos baterias com maior autonomia quando chegarmos a uma fase posterior do desenvolvimento da nanotecnologia, na qual a matéria será manipulada ao nível de átomos, no prazo de 10 a 15 anos".
Kurzweil destacou que outras tecnologias se desenvolverão mais rapidamente do que o previsto, como a solar, que segundo ele já se equipara com as energias fósseis em algumas regiões do mundo. (yahoo)

domingo, 24 de maio de 2015

Smart Grids CPFL

CPFL moderniza sistema elétrico com redes inteligentes.
A CPFL Energia iniciará neste ano o projeto de modernização do sistema de medição de consumo entre os clientes de baixa tensão, incluindo os residenciais. O projeto prevê a instalação de 2 milhões de medidores inteligentes em um prazo de cinco a sete anos.
Com o investimento, que gira em torno de R$ 700 milhões, a CPFL planeja melhorar os indicadores de serviços prestados e dar início à oferta de outros serviços, como, por exemplo, o acionamento automatizado de aparelhos elétricos. A iniciativa também é a segunda etapa da implantação do Smart Grid nas áreas atendidas pelas concessionárias do grupo, entre elas a Paulista, a Piratininga e a RGE. De 2012 até o final do ano passado, a nova tecnologia foi adotada em 100% dos clientes do chamado grupo A, indústrias e comércios atendidas com alta e média tensão.
Com a nova tecnologia de redes inteligentes o monitoramento ao serviço prestado será aperfeiçoado, uma vez que eventuais desligamentos são identificados no mesmo momento e o restabelecimento do sistema pode ser executado remotamente. A prestação de serviços diferenciados, além da oferta de energia a preços reduzidos são outras vantagens de um sistema inteligente. (ambienteenergia)

SP começa a receber iluminação de LED

Bairros de São Paulo já começam a receber iluminação de LED
O programa “São Paulo Mais Iluminada” está levando para as ruas da metrópole a tecnologia LED. A expectativa é que ainda neste semestre, as lâmpadas tradicionais que iluminam bairros da zona sul de São Paulo sejam substituídas por modelos LED.
Lugares como a Avenida 23 de Maio, a Marginal Tietê, o Viaduto do Chá, e os entornos da Biblioteca Mário de Andrade e do Estádio Itaquerão estão entre os pontos que já receberam iluminação em LED. O Bairro de Heliópolis foi o escolhido para se tornar o primeiro bairro a ser totalmente iluminado por lâmpadas de LED.
A iluminação do bairro deve preceder a PPP (Parceria Público-Privada) da Iluminação Pública, cujo edital de licitação será lançado em breve. A manutenção de toda a rede de iluminação pública da cidade será expandida e modernizada com o projeto, que planeja instalar cerca de 580 mil pontos de luz. (ambienteenergia)

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Países que mais empregam em energia renovável

China é o país que mais emprega na indústria de energia renovável, com quase 3,9 milhões de postos de trabalhos ligados à energia solar, eólica e outras fontes verdes.
Isso é mais de 40% dos cerca de 7,7 milhões de empregos diretos e indiretos registrados no setor em todo o mundo, em 2014, segundo um novo estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena).
O número de empregos na área cresceu 18% no ano passado comparado a 2013, quando 6,5 milhões de pessoas estavam empregadas.
No ranking de países que mais empregam em energias renováveis, o Brasil aparece em 2º lugar, com mais de 934 mil postos de trabalho, seguido dos Estados Unidos, com 724 mil postos.
De acordo com o estudo, a área da indústria de energia renovável que mais emprega em todo o mundo é a solar fotovoltaica, com 2,5 milhões de pessoas.
Ela é seguida pela indústria de biocombustíveis líquidos, com 1,8 milhão de pessoas empregadas. Em terceiro, aparece a eólica, fonte que, pela primeira vez, passou a marca de um milhão de empregos.
No Brasil, a indústria de bioenergia é a que mais gera empregos entre as renováveis, com 845 mil postos de trabalho, o que torna o país o empregador líder em biocombustíveis no mundo.
Sua indústria eólica também está crescendo rapidamente e já soma 35,8 mil postos (segundo a contagem de 2014), um aumento de 12% comparado ao ano anterior.
Países que mais empregam em renováveis
N° de empregos
China
3.390.000
Brasil
934.000
Estados Unidos
724.000
Índia
437.000
Alemanha
371.000
Indonésia
223.000
Japão
218.000
França
176.000
Bangladesh
129.000
Colômbia
97.600
Ásia lidera criação de postos
A maior parte dos novos empregos no setor de energia renovável está surgindo na Ásia, onde estão cinco dos 10 países do mundo com mais postos de trabalho (China, Índia, Indonésia, Japão e Bangladesh).
Com isso, União Europeia e os Estados Unidos agora representam 25% dos empregos globais de energia renováveis, em comparação com 31% em 2012.
"A energia renovável firma-se como um grande empregador global, gerando fortes benefícios econômicos e sociais em todo o mundo", disse o diretor-geral da IRENA Adnan Z. Amin em nota.
Esse aumento está sendo impulsionado, em parte, pelo declínio dos custos de tecnologia de energia renovável, o que cria mais postos de trabalho em instalação, operação e manutenção.
Mas, segundo o executivo, essa expansão também é moldada por mudanças regionais, realinhamentos da indústria, crescente concorrência e os avanços nas tecnologias e processos de fabricação. (abril)

Brasil investiu US 7,6 bilhões em energia renovável

Brasil investiu US 7,6 bilhões em energia renovável em 2014
China, Japão e EUA puxaram investimentos no setor no ano passado. Em todo o mundo, energia renovável recebeu 17% mais investimentos, segundo um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e parceiros.
A expansão das instalações solares na China e no Japão e os investimentos recordes em projetos eólicos na Europa ajudaram a impulsionar os investimentos globais em energias renováveis em 2014, alcançando o marco de US 270 bilhões  investidos – um aumento de 17% em relação aos US 232 bilhões investidos em 2013.
Os dados estão no relatório “Tendências Globais de Investimentos em Energia Renovável”, lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) por meio do Centro de Colaboração Escola de Frankfurt-PNUMA para o Financiamento de Energias Sustentáveis e Clima, com apoio da empresa Bloomberg New Energy Finance.
Este foi o primeiro aumento anual em dólares investidos em energia renovável – excluindo os grandes projetos hidroelétricos – em três anos, e apenas 3% menor que o recorde de 2011. As quedas nos valores nos últimos anos são atribuídas em parte aos preços mais baixos das tecnologias de energia renovável, devido à economia de escala.
O documento destaca também a “rápida expansão” das energias renováveis nos novos mercados dos países em desenvolvimento. O investimento neste grupo de países chegou a US 131,3 bilhões, um aumento de 36% em relação ao ano anterior. Este é o índice mais próximo observado em relação às economias desenvolvidas, que alcançaram US 138,9 bilhões – os países desenvolvidos tiveram um aumento de apenas 3% ao ano.
Apesar de a China liderar de longe estes investimentos – foram US 83,3 bilhões em 2014, aumento de 39% –, o Brasil aparece logo depois, contribuindo para o crescimento dos países em desenvolvimento. O país sul-americano investiu, segundo o relatório do PNUMA, US 7,6 bilhões no ano passado, seguido de perto pela Índia (US 7,4 bilhões) e pela África do Sul (US 5,5 bilhões). Estes três países aparecem entre os dez países que mais investiram em energias renováveis em todo o mundo. Além disso, mais de US 1 bilhão foram investidos, separadamente, na Indonésia, Chile, México, Quênia e Turquia.
A capacidade de geração de 103 gigawatts (GW) adicionada em todo o mundo fez de 2014 o melhor ano em termos de capacidade recém-instalada, de acordo com o relatório. Para se ter uma ideia, essa capacidade de geração é equivalente à de todos os 158 reatores de usinas nucleares nos Estados Unidos.
9,1% da geração de eletricidade global
Uma queda contínua e acentuada nos custos de tecnologia, particularmente em energia solar, mas também na eólica, significa que cada dólar investido em energia renovável trouxe significativamente mais capacidade de geração em 2014.
Estima-se que a energia renovável contribuiu para 9,1% da geração de eletricidade global em 2014 , acima dos 8,5% em 2013. Isso ajudou para que a emissão do sistema elétrico mundial no ano – 1,3 gigatoneladas de CO2 – não fosse ainda maior.
“Mais uma vez, em 2014, fontes de energia renovável foram responsáveis por quase metade da capacidade de energia adicionada em todo o mundo”, disse Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do PNUMA. “As tecnologias energéticas não prejudiciais ao clima são agora um componente indispensável ao esquema global de energia, importância que só vai aumentar à medida que o mercado amadurece, os preços de tecnologia continuam a cair e a necessidade de controlar as emissões de carbono torna-se cada vez mais urgente”, acrescentou.
Apesar da melhora, muitos desafios ainda existem – como o desgaste na confiança do investidor, causado pela crescente incerteza em torno das políticas governamentais que apoiem a energia renovável. A queda no preço do petróleo também foi encarado como um empecilho. Entretanto, de acordo com o presidente da Escola de Finanças e Gestão de Frankfurt, Udo Steffens, o preço do petróleo só deve abalar a confiança dos investidores em partes do setor, como a energia solar em países exportadores de petróleo, bem como biocombustíveis na maior parte do mundo.
O investimento global em energias renováveis atingiu um total de US 2,02 trilhões desde 2004, desconsiderando o ajuste da inflação. (ecodebate)

quarta-feira, 20 de maio de 2015

RN ultrapassa os 2GW de energia eólica

RN ultrapassa a barreira dos 2GW de energia eólica
O Rio Grande do Norte ultrapassa a marca de dois gigawatts de energia produzida a partir dos ventos, graças ao início da operação comercial do parque eólico Morro dos Ventos II, que fica no município de João Câmara.
A partir de agora a produção de energia eólica do estado do estado supera vários países europeus como Grécia, Bélgica e Noruega, se equiparando aproximadamente a Irlanda e Áustria.
Além disso, o RN supera também o montante de potência instalada de todos os países da América do Sul juntos, com exceção do Brasil. O parque eólico Morro dos Ventos II colocou em funcionamento 18 aerogeradores, somando a produção 29,1 megawatts. (ambienteenergia)

Turbina eólica sem hélices será mais eficiente

Turbina eólica sem hélices promete ser mais eficiente, barata e segura.
A Vortex Bladeless é uma turbina eólica que não possui hélices. O modelo, criado pela empresa espanhola de mesmo nome, promete ser mais eficiente e ambientalmente correta do que os tradicionais, que possuem forma semelhante a um cata-vento.
De acordo com a fabricante, o conceito se baseia em um efeito aerodinâmico conhecido como “vorticidade”, que por anos atormentou arquitetos e engenheiros. Como o vento ignora as estruturas fixas, as mudanças de fluxo geram um padrão cíclico de vórtices. Essas forças são suficientes para fazer uma estrutura fixa oscilar e entrar em ressonância com as forças laterais do vento.
As turbinas Vortex Bladeless aproveitam esta instabilidade aerodinâmica para gerar energia. Ao invés de combater a força dos ventos, a tecnologia maximiza a oscilação, para que a eletricidade seja gerada a partir deste movimento. Com o formato de uma torre, o dispositivo é composto por um mastro fixo, um gerador de energia e um cilindro oco de fibra de vidro.
“Nosso gerador de energia eólica não tem partes móveis em contato, o que elimina a necessidade de lubrificação e reduz o desgaste. Além disso, sabe-se que uma estrutura só pode ter certa frequência de oscilação, o que limita o número de horas de trabalho. No entanto, graças ao sistema de acoplamento magnético de auto ajusta, a Vortex pode operar numa gama mais ampla de velocidades de vento”, explicou David Suriol, um dos fundadores da empresa, em entrevista ao site Renewable Energy Magazine.
Até o momento o protótipo foi testado e aprovado apenas em experiências realizadas em túneis de vento. No entanto, a empresa já prepara testes ao ar livre, para garantir a eficiência esperada para o projeto. A expectativa é de que a primeira turbina lançada tenha 12,5 metros de altura e seja capaz de produz quatro quilowatts de energia, podendo ser aplicada para o uso residencial e comercial.
A empresa explica que o Vortex coleta 30% menos energia na mesma área que as usinas tradicionais, mas a estrutura é tão mais barata que os custos para a mesma produção seria 40% menor. Além disso, as despesas operacionais do sistema também são 50% mais baratas. Para o futuro, a companhia pretende acoplar placas solares às turbinas, para maximizar a produção e criar modelos para a produção eólica offshore.
Além dos benefícios em termos financeiros, o modelo tem sido aprovado por ambientalistas, por não oferecer perigo às aves, como acontece com as turbinas equipadas com pás. (ciclovivo)

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Especialistas propõem novo modelo para o setor elétrico

É comum culparem a natureza pela atual crise energética que passa o País. De fato, a estiagem prolongada atinge diretamente a produção da principal matriz brasileira, que é a hídrica. No entanto, mirar apenas no céu para tentar explicar o quadro só ajuda a encobrir os problemas que ocorrem em terra firme. Especialistas alertam para a necessidade de novos rumos para o planejamento do setor e mudanças na mentalidade de consumo e geração. A maior diversificação da matriz energética é um exemplo de um conselho que, se tivesse sido seguido pelas autoridades há alguns anos, deixaria hoje o Brasil numa situação de maior segurança energética. A própria geração hidrelétrica segue um modelo que também precisa ser reformulado, segundo especialistas que se dedicam a estudar o tema. Por outro lado, o risco de racionamento poderia ser algo descartado, se houvesse maior combate ao desperdício.
Erik Rego, diretor executivo da consultoria Excelência Energética, propõe uma mudança conceitual. Para ele, o atual modelo do setor elétrico tem como principal erro “precificar” pura e simplesmente o kWh, sem levar em consideração a capacidade no fornecimento e os prazos de conclusão de usinas e redes de transmissão. Sem contar que, mesmo quando a geração é mais barata, a distância entre as vazantes das represas e os polos de consumo muitas vezes pode elevar o custo final. Um exemplo dessa distorção está na supremacia alcançada pela Eletrobrás nos leilões de linhas transmissoras, sem que a estatal tivesse real capacidade de entregar no prazo as instalações. O descompasso ficou claro quando parques eólicos do Nordeste e a hidrelétrica de Teles Pires (MT) ficaram prontos sem a necessária ligação com o sistema. “Temos que adequar o planejamento de acordo com a realidade. Não adianta o setor estatal ganhar os leilões com preço menor, se não tem condições de cumprir os prazos. No final, acaba saindo mais caro”, argumenta Rego. Ele também critica a ênfase dada à construção de grandes usinas na Amazônia, que acarretam fortes impactos ambientais e a instalação de redes extensas para transportar energia para o Sudeste. “Escolhemos um modelo de concentração de riscos”, afirma o especialista.
A lógica até parece simples. Se a Amazônia concentra a maior parte da água doce do território brasileiro, logo é para lá que devem se destinar os projetos de geração hídrica. Mas na prática o silogismo é falho. O primeiro entrave está nos conflitos provocados com as populações amazônicas. Belo Monte, no Pará, acabou virando um ícone desses problemas, ao mobilizar até a classe artística contra o projeto. Roberto D’Araújo, diretor do Instituto Ilumina, acredita que a construção de usinas menores e mais próximas dos centros de consumo traria maior racionalidade ao sistema. O especialista elenca uma série de vantagens para esses projetos no tocante à aceitação pelas comunidades de seus entornos. O uso dos reservatórios para pesca, transporte ou lazer são algumas delas. Ele também defende uma participação maior das usinas eólicas e da microgeração solar na matriz brasileira. “O preço da energia eólica cairia se o Brasil também produzisse a parte eletrônica das torres e não somente suas pás. Por outro lado, temos que dar subsídios para as pessoas instalarem painéis fotovoltaicos nos telhados”, aconselha o especialista.
Se a crise aumenta o calor da discussão, também favorece um maior entendimento entre governo e sociedade. Pelo menos é o que garante o presidente da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia (Abrate), Mário Dias Miranda. De acordo com ele, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está mais “sensibilizada” e buscando avanços para evitar fracassos em leilões e atrasos na conclusão das linhas transmissoras. Miranda diz que as empresas têm se queixado da demora na concessão de licenciamento ambiental das instalações que atravessam diferentes estados e que caberia à esfera federal. O setor também procura um alinhamento entre os editais de leilão e as condições de financiamento. “É preciso atuar na causa e não no efeito. Defendemos uma maior sincronia entre os leilões de geração e de transmissão e maior atenção às mudanças de conjuntura. Os leilões têm que refletir as condições da conjuntura econômica, como a taxa Selic e a margem de participação do BNDES nos financiamentos”, afirma Miranda. Segundo ele, as empresas do setor garantem índice de disponibilidade de quase 99,94%, apesar de 48% dos equipamentos estarem com a vida útil vencida. O monitoramento constante de linhas e transformadores garantiriam a segurança desse sistema, mas não elimina a necessidade de fortes investimentos daqui para frente.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, um erro grave cometido pelo governo na condução da política energética foi a edição da Medida Provisória 579, em 2012. Na época, as contas dos consumidores residenciais caíram quase 20%, o que levou parte da população a se exceder no consumo. Se praticar tarifas mais realistas pode frear esse desperdício, os aumentos elevados que estão sendo previstos tenderiam, segundo ele, a estimular outro fator de risco para o sistema. “Pode ocorrer um aumento da inadimplência e do furto de energia”, alerta Pires. “Temos que buscar um novo modelo que não deixe de lado a segurança de abastecimento”. Em suma, o que está em jogo, segundo os especialistas, não é apenas a capacidade de o País gerar quantidade maior de energia. Um novo modelo precisa ser alinhavado para se garantir a segurança e a estabilidade do sistema.
A necessidade da adoção de noções de consumo consciente e os riscos de racionamento ou de apagões serão tema da próxima reportagem da série Crise Energética: soluções para geração, segurança e eficiência. (ambienteenergia)

sábado, 16 de maio de 2015

Usina hidrelétrica a fio d’água

As usinas hidrelétricas a fio d’água não como possuem lago, também não necessitam de nenhuma barragem para armazenamento da água.
Usina hidrelétrica a fio d’água são aquelas que não dispõem de reservatório de água, ou que têm pequenos reservatórios. Esse tipo de usina as vezes trabalha em combinação com uma (ou mais) usina de grande reservatório situada no curso superior da bacia hidrográfica (a montante), para garantir uma geração relativamente constante, ou sofre com uma variação na geração de energia elétrica durante o ano.
Os custos ambientais, sociais e financeiros necessários para a construção de grandes reservatórios tem elevado a tendência à construção desse tipo de usina hidrelétrica. (wikipedia)[

Usinas hidrelétricas “a fio d’água”

Usinas hidrelétricas “a fio d’água” são aquelas que não dispõem de reservatório de água, ou o têm em dimensões menores do que poderiam ter. Optar pela construção de uma usina “a fio d’água” significa optar por não manter um estoque de água que poderia ser acumulado em uma barragem. Esta foi uma opção adotada para a construção da Usina de Belo Monte e parece ser uma tendência a ser adotada em projetos futuros, em especial aqueles localizados na Amazônia, onde se concentra grande potencial hidrelétrico nacional. Aliás, as usinas Santo Antonio e Jirau, já em construção no rio Madeira, são exemplos dessa tendência.
Deve-se considerar que a energia “gerada” por uma hidrelétrica resulta da transformação da “força” do movimento da água. Transforma-se, assim, em energia elétrica, a energia cinética decorrente da ação combinada da vazão de um rio e dos desníveis de relevo que ele atravessa. Desse modo, não restam dúvidas de que, para o processo, guardar água significa guardar energia.
Os sistemas de captação e adução levam a água até a casa de força, estrutura na qual são instaladas as turbinas. As turbinas são equipamentos cujo movimento giratório provocado pelo fluxo d’água faz girar o rotor do gerador, fazendo com que o deslocamento do campo magnético produza energia elétrica. O vertedouro, por sua vez, permite a saída do excesso de água do reservatório, quando o nível ultrapassa determinados limites. Outros aspectos e outros equipamentos são, também, importantes, mas, em qualquer caso, estaremos diante de uma busca por queda e vazão – a primeira, fixa, e a segunda, variável.
Nesse processo de transformação, a geração de energia elétrica é limitada pelo produto entre vazão e altura de queda, pois a energia obtida é diretamente proporcional ao resultado dessa conta. A barragem interrompe o curso d’água e forma o reservatório, regulando a vazão. Em uma usina com reservatório, essa variável pode ser controlada pelos administradores da planta. Em uma usina a fio d’água, fica-se refém dos humores da natureza, ainda que com menor dependência que as eólicas. Hidrelétricas com reservatórios próprios são capazes de viabilizar a regularização das vazões. Devido à sua capacidade de armazenamento (em períodos úmidos) e deplecionamento (em períodos secos), elas atenuam a variabilidade das afluências naturais.
Deve-se considerar, também, que esse mesmo efeito pode ser obtido com a construção de usinas “rio acima” – ou “a montante”, conforme o jargão técnico. Hidrelétricas instaladas em um mesmo curso hídrico podem atuar de forma integrada. Usinas localizadas “rio acima” – a montante, no jargão técnico – podem usar seus reservatórios para regular o fluxo de água utilizado pelas usinas localizadas “rio abaixo” – a jusante.
A usina binacional Itaipu, por exemplo, por ser a última rio abaixo – a jusante, no jargão técnico – da Bacia do Rio Paraná, é considerada como a fio d’água. Ocorre que se a gigantesca hidrelétrica pode utilizar toda a água que chega ao reservatório, mantendo apenas uma reserva mínima para garantir a operacionalidade, tal diferencial se deve, direta ou indiretamente, à existência de dezenas de barragens a montante.
Em geral, usinas a fio d’água têm baixos “fatores de capacidade”. O fator de capacidade é uma grandeza adimensional obtida pela divisão da energia efetivamente gerada ao longo do ano – em geral, medida em MWh/ano – pela energia máxima que poderia ser gerada no sistema. Trata-se, portanto, de uma medida da limitação da usina no que diz respeito à sua capacidade de gerar energia. (usinabaixoiguacu)

Matriz energética precisa voltar a considerar usinas com reservatórios

Alexei Vivan, da ABCE: Expansão da matriz precisa voltar a considerar usinas com reservatórios
Executivo, que participa do Enase em 27 e 28/05, fala ainda sobre os impactos da política da modicidade tarifária, do GSF e das mudanças no licenciamento ambiental.
A expansão da matriz elétrica brasileira precisa voltar a considerar a implantação de novas usinas com reservatório. Segundo Alexei Vivan, presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica, todas as fontes de geração de energia são importantes e devem ser incentivadas, “mas o potencial hidrelétrico brasileiro, com a segurança sistêmica proporcionada pelas usinas com reservatórios, não pode ser desconsiderado”.
Em entrevista à Agência CanalEnergia, o executivo falou da importância de se garantir a segurança jurídica e regulatória, para que a percepção de risco do negócio diminua no setor elétrico. Taxas de remuneração menores refletem em custo menor para o consumidor final de energia elétrica, explicou Vivan, que estará presente na 12ª edição do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico – ENASE, co-promovido pelo Grupo CanalEnergia e 18 associações do setor, a ser realizada nos dias 27 e 28/05/15, no Rio de Janeiro. Confira a seguir os principais trechos da entrevista:
Agência CanalEnergia  - Há alguns anos o governo apoia a expansão da matriz elétrica na modicidade tarifária. Em sua opinião, a conjuntura atual fez o governo abandonar essa premissa?
Alexei Vivan - Não houve abandono dessa premissa, mas a realidade tem mostrado que pesar demais a balança para o lado da “modicidade tarifária”, à custa da redução excessiva da taxa de remuneração do empreendimento está impactando os investimentos. O Governo percebeu e está revisando para maior essas taxas de retorno dos projetos, em razão do desinteresse verificado em se investir no setor elétrico.
Agência CanalEnergia  - Qual o caminho para seguir diversificando a matriz e ao mesmo tempo preservar a segurança operativa do sistema?
Alexei Vivan - O caminho é o que está sendo trilhado pelo Governo, que dispõe de técnicos competentes e capacitados. Importante é garantir segurança jurídica e estabilidade de regras, para que a percepção de risco do negócio diminua e, assim, as taxas de remuneração sejam menores, bem como o custo final ao consumidor. Todas as fontes de geração de energia são importantes e devem ser incentivadas, mas o potencial hidrelétrico brasileiro, com a segurança sistêmica proporcionada pelas usinas com reservatórios, não pode ser desconsiderado.
Agência CanalEnergia - Qual a sugestão da ABCE para equacionar a questão do GSF?
Alexei Vivan - Não se pode atribuir somente ao “risco do negócio” o fator GSF enfrentado pelas geradoras de energia. Desta forma, é importante encontrar uma maneira de minimizar esse custo bilionário e dividir a conta. A solução não é fácil e requer contínua interlocução entre governo e agentes afetados. Uma das possíveis alternativas a ser estudada seria um financiamento às geradoras em condições razoáveis.
Agência CanalEnergia  - Qual a importância da elevação da taxa de remuneração dos segmentos de transmissão e distribuição para a saúde do setor elétrico?
Alexei Vivan - É essencial para atrair investimentos e garantir a expansão do sistema para suportar novas cargas e manter a qualidade do transporte e do fornecimento de energia elétrica. A receita das distribuidoras está por demais reduzidas, em prol da modicidade tarifária. Da mesma forma, as transmissoras sofreram com a MP 579, de renovação das concessões, e muitas delas ainda aguardam a adequada indenização de seus ativos não amortizados e não depreciados. A taxa de remuneração baixa afastou interessados nos leilões de transmissão, mostrando a necessidade de melhor remunerar para atrair investimentos na infraestrutura do setor elétrico. Deve se encontrar outras formas de reduzir tarifas, como a desoneração tributária da energia elétrica.
Agência CanalEnergia  - Os agentes constantemente atribuem os atrasos nos projetos ao processo de licenciamento. Por que essa questão é tão difícil de se resolver?
Alexei Vivan - São vários os órgãos envolvidos no licenciamento ambiental, especialmente como intervenientes. Apesar de o IBAMA ser o condutor da maioria dos processos de licenciamento, muitas vezes evita-se desconsiderar recomendações improcedentes ou extemporâneas dos órgãos intervenientes, o que atrasa e dificulta o processo. Há também casos de projetos mal elaborados pelos empreendedores, que precisam estar mais cuidadosos. De qualquer forma, o Governo tem adotado medidas para enfrentar esses atrasos e recentemente editou regramentos novos sobre licenciamento ambiental que acreditamos melhor definirá as competências dos entes envolvidos, dará maior liberdade e protagonismo para os órgãos licenciadores agilizarem os processos de licenciamento que tanto têm atravancado obras importantes no setor elétrico, especialmente em geração. (canalenergia)