terça-feira, 30 de junho de 2015

Leitores questionam veracidade de moto movida a água

A reportagem "Moto que anda até com água do Tietê faz 500 km por litro", publicada pelo UOL em 25/06/15, gerou uma grande repercussão entre os leitores do portal. Muitos deles, inclusive, questionaram a veracidade da história e outros indicaram, através de comentários, a impossibilidade científica de o invento ser real.
Entre as contestações dos leitores, a mais comum é que a quantidade de hidrogênio conseguida através da eletrólise não seria suficiente para gerar energia a ponto de manter uma moto em movimento.
"A eletrólise é feita com aditivos e por isso conseguimos um rendimento até 350% superior ao da eletrólise comum", afirmou o químico Gabriel Azevedo, que ajudou o pai, Ricardo Azevedo, na adaptação da moto. "Achamos que podemos chegar a resultados ainda mais expressivos, porque o projeto não está finalizado. Ao longo de seis meses, testamos uma série de componentes químicos e chegamos a um sistema que é viável financeiramente e que apresenta efetiva economia", disse. Gabriel não quis revelar quais produtos utilizou para fazer a eletrólise, pois disse se tratar de um projeto que pode ser vendido ou patenteado.
Embora ressalte que não seja capaz de avaliar o sistema desenvolvido por Azevedo, o professor de Química Ernesto Gonzalez, que atua desde a década de 1970 na USP (Universidade de São Paulo) em São Carlos, confirma que o cenário descrito por Gabriel é possível. "Existe uma série de aditivos químicos que podem ampliar o processo da eletrólise". O cientista está na lista dos mais citados do mundo em sua área e pesquisa o desenvolvimento de novos combustíveis.
Gabriel ressaltou que, embora a adição dos aditivos torne o sistema desenvolvido por ele mais caro do que se houvesse a realização de eletrólise simples, o custo-benefício da utilização deles ainda é compensador. "Por isso buscamos um investidor, justamente para aprimorar o que já desenvolvemos", contou.
Armazenamento do hidrogênio
Muitos leitores também contestaram o fato de o hidrogênio não ser armazenado no tanque de combustível original da moto. Segundo Ricardo Azevedo, isso não foi proposto no sistema porque a ideia original era permitir que a motocicleta também andasse com gasolina.
"Não trabalhamos com armazenamento do hidrogênio, apenas com o consumo imediato. Além disso, a adaptação permite que ela rode tanto com gasolina quanto com hidrogênio", explica.
Outra suposta incoerência apontada pelos leitores foi o fato de o hidrogênio passar pela combustão no mesmo motor que equipa as motos originais, sem adaptações. De acordo com o professor Gonzalez, entretanto, o sistema de combustão original da moto pode ser utilizado para a queima do hidrogênio sem nenhum problema.
Segundo o especialista, acontece com o hidrogênio a mesma forma de combustão utilizada parra carros convertidos funcionarem com gás de cozinha nos anos 1980 e 1990. "O modelo de combustão desses combustíveis é bem similar. A forma de o motor trabalhar é praticamente a mesma, por isso não existe a necessidade de modificar o motor", disse.
Água do Tietê e Recarga
Outro ponto de contestação dos leitores diz respeito à utilização da água do rio Tietê como fonte de combustível. Azevedo reconhece que ela não é ideal para o uso, mas ressalta que tentou mostrar que é possível que ela seja utilizada, embora com perdas de eficiência. "Evidente que é melhor utilizar uma água destilada, enriquecida. Isso altera os resultados, evidentemente. Mas foi uma forma de destacar que é possível", conta.
Já sobre a recarga e os custos eventuais de energia elétrica, Azevedo informa que, embora recargas adicionais possam ser necessárias, o sistema desenvolvido por ele trabalha com recuperação de energia de outros sistemas da moto, como freios, capazes de utilizar a energia para carregar a bateria. "É um sistema parecido com o KERS utilizado na Fórmula 1. Armazenamos essa energia, que abastece a bateria. Mas não posso revelar mais do que isso sem expor os segredos do sistema que criamos", disse. Questionado sobre a autonomia do sistema, Azevedo informou que ainda não terminou de fazer as quantificações, mas que, em pequenos deslocamentos urbanos, o sistema é capaz de manter a bateria por até uma semana sem a necessidade de recarga externa. (uol)

Moto anda até com água do Tietê e faz 500 km/l

Moto que anda até com água do Tietê faz 500 km por litro
Um sistema desenvolvido pelo funcionário público Ricardo Azevedo, 56, é capaz de fazer com que motocicletas utilizem o hidrogênio como combustível. A moto é abastecida com água e o hidrogênio é retirado da molécula dela.
Azevedo, que já foi mecânico e preparador de motos de corrida, desenvolveu seu produto na garagem de casa, em Itu (SP), onde mora, em momentos de folga, especialmente nas madrugadas. Ele explica que o sistema é composto por um reservatório de água, colocado na parte traseira da moto. Esse reservatório é ligado, por um cano, a um recipiente que fica ao lado da roda traseira onde Azevedo acoplou uma série de placas metálicas negativas e positivas, com canais de diferentes diâmetros e ranhuras intercalados.
Embora tenha ressaltado que a utilização de água destilada dá maior eficiência ao sistema, Azevedo informa que qualquer fonte de água pode ser utilizada. Ele afirma que já chegou a abastecer a moto com água do rio Tietê (foto), que corta a cidade em que mora, Itu (SP).
Entre os diferenciais do sistema está a não emissão de poluentes, já que apenas o vapor d'água é eliminado pelo escapamento. Além disso, a economia em relação à gasolina é outro diferencial, já que Azevedo relata que é possível fazer até 500 quilômetros com um único litro de água. As motos convencionais raramente fazem mais de 50 quilômetros por litro.
Andar até 500 quilômetros sem uma gota de gasolina. E, ao reabastecer, conseguir encher o tanque de graça, em qualquer torneira. Não, não se trata do sonho de um motoboy. Esse é o resultado de um sistema, desenvolvido pelo funcionário público Ricardo Azevedo, 56, capaz de fazer com que motocicletas utilizem o hidrogênio obtido através da água como combustível.
Diversos leitores escreveram para o UOL duvidando que o experimento seja verdadeiro.
Nomeado Moto Power H2O, o sistema utiliza os princípios da propulsão por hidrogênio, já conhecido da indústria automobilística. A inovação foi fazer o sistema ser acoplado a uma motocicleta. "Essa tecnologia pode ser adaptada em caminhões, ônibus, carros, enfim, qualquer veículo. E é muito eficiente", ressalta ele. 
Azevedo, que já foi mecânico e preparador de motos de corrida, desenvolveu seu produto na garagem de casa, em Itu (SP), onde mora, em momentos de folga, especialmente nas madrugadas. Ele explica que o sistema é composto por um reservatório de água, colocado na parte traseira da moto. Esse reservatório é ligado, por um cano, a um recipiente que fica ao lado da roda traseira onde Azevedo acoplou uma série de placas metálicas negativas e positivas, com canais de diferentes diâmetros e ranhuras intercalados.
As placas são alimentadas por uma bateria de carro, acoplada próximo à roda traseira. Com a eletricidade, ocorre a separação do hidrogênio da molécula de água. Através de um outro cano, o hidrogênio, altamente explosivo, é enviado a um outro recipiente, acoplado por Azevedo próximo ao reservatório, que envia o combustível para o carburador da moto, onde ocorre a combustão.
"Eu utilizei um craqueador, que separa as partículas de hidrogênio e de oxigênio da água. O hidrogênio vai para o carburador e, de lá, é utilizado pelo motor como combustível. Já o oxigênio é liberado para a atmosfera", disse ele, ressaltando que o hidrogênio tem um poder de combustão quase três vezes superior ao da gasolina.
O inventor explica ainda que, embora o hidrogênio seja um gás com alto poder de combustão, o fato de a produção de hidrogênio ser utilizada imediatamente pela moto, sem o armazenamento, diminui a chance de explosão.
De acordo com o professor de Química Ernesto Gonzalez, professor da USP (Universidade de São Paulo) em São Carlos e cientista que está na lista dos mais citados do mundo em sua área, o sistema desenvolvido pelo inventor de Itu se baseia no processo de eletrólise. "Com a bateria de carro, ele consegue efetivamente separar, pela eletricidade, o hidrogênio da água. A quantidade gerada pode realmente fazer um veículo como uma moto se movimentar. É um sistema relativamente simples", informa.
Gonzalez ressaltou ainda que o processo de utilização do hidrogênio no sistema desenvolvido por Azevedo é similar ao que ocorria com carros convertidos para funcionar, irregularmente, com gás de cozinha nos anos 1980 e 1990. "O modelo de combustão desses combustíveis é bem similar. A diferença, nesse caso, é que o sistema consegue extrair o combustível, que é o hidrogênio, da água. Mas a forma de o motor trabalhar é praticamente a mesma", disse.
Diferenciais
Entre os diferenciais do sistema está a não emissão de poluentes, já que apenas o vapor d'água é eliminado pelo escapamento. Além disso, a economia em relação à gasolina é outro diferencial, já que Azevedo relata que é possível fazer até 500 quilômetros com um único litro de água. As motos convencionais raramente fazem mais de 50 quilômetros por litro.
Segundo Azevedo, ele gastou, até o momento, R$ 6 mil no projeto, que começou a ser desenvolvido há seis meses. Ele informou ainda que, para uma possível utilização industrial, o projeto ainda precisa de adaptações, mas que considera que "70% do produto está desenvolvido". "Mas usei muita coisa que quebrou, materiais que, se fosse fabricar hoje, não seriam usados. O custo para fazer um sistema desses, hoje, seria bem menor", disse.
Azevedo conta ainda que esperou um estágio adequado de evolução de suas pesquisas para divulgar os resultados que conseguiu. "Eu testei na minha moto, uma NX 200 cilindradas, e ando com ela sem problemas. Trabalho em São Paulo, e viajei todos os dias com essa moto, movida a água, durante o desenvolvimento do produto", conta.
Desenvolvimento
O sistema foi desenvolvido em parceria com o filho dele, Gabriel, que é químico. "Eu cuidei da parte de mecânica e meu filho acrescentou conhecimentos de química que eu não tinha. Fizemos tudo com um grande embasamento científico", disse.
Azevedo informa ainda que não precisou modificar o motor da motocicleta, que pode funcionar, também, com gasolina. "Pode rodar só com a água ou um híbrido, que aceita os dois combustíveis. A estrutura do motor é a mesma, não altera, só muda o combustível", disse.
Recarga da bateria
Já sobre a recarga e os custos eventuais de energia elétrica, Gabriel Azevedo informa que, embora recargas adicionais possam ser necessárias, o sistema desenvolvido por ele trabalha com recuperação de energia de outros sistemas da moto, como os freios. "É um sistema parecido com o KERS utilizado na Fórmula 1. Armazenamos essa energia, que abastece a bateria. Mas não posso revelar mais do que isso sem expor os segredos do sistema que criamos", disse.
Questionado sobre a autonomia do sistema, Azevedo informou que ainda não terminou de fazer as quantificações, mas que, em pequenos deslocamentos urbanos, o sistema é capaz de manter a bateria por até uma semana sem a necessidade de recarga externa.
Qualquer água
Embora tenha ressaltado que a utilização de água destilada dá maior eficiência ao sistema, Azevedo informa que qualquer fonte de água pode ser utilizada. Ele afirma que já chegou a abastecer a moto com água do rio Tietê, que corta a cidade.
"Toda água, por mais poluída que seja, é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Então, a moto pode ser abastecida em qualquer torneira", disse.
Azevedo informou ainda que está à procura de investidores que possam se interessar em participar do projeto. "Eu faço isso de acordo com minhas possibilidades, e sou funcionário público. Claro que um parceiro poderia acelerar muito o desenvolvimento", disse. (uol)

Brasileiro cria tanque que anda 500 km com 1l de água

Sistema inovador que não polui foi criado para motos e agora só espera um investidor para ser produzido em larga escala.
Esse é o Brasil que dá certo.
Brasileiro cria sistema que faz moto andar 500 km só com um tanque de água.
Já pensou em pegar sua moto e andar 500 quilômetros sem gastar uma gota de gasolina? E, melhor ainda, abastecer de graça em qualquer torneira? Parece sonho, mas é o sistema criado pelo brasileiro Ricardo Azevedo, que aos 56 anos chegou a um aparelho que faz com que motos utilizem hidrogênio obtido através da utilização da água como combustível.
O sistema ganhou o nome de Moto Power H2O e utiliza a propulsão de hidrogênio, já conhecida pela indústria de automóvel, para funcionar. O reservatório de Azevedo é colocado atrás da moto e ligado por um cano a um recipiente colocado ao lado da roda traseira. Lá fica uma série de placas metálicas negativas e positivas, alimentadas por uma bateria de carro.
A eletricidade faz o papel de separar o hidrogênio da molécula de água, seguindo por outro cano onde ele, altamente explosivo, é enviado a um novo recipiente que fica próximo ao reservatório e tem a função de enviar o combustível para o carburador da moto, obtendo assim a combustão necessária para que a motocicleta entre em movimento.
O sistema criado pelo morador de Itu, no interior paulista, ainda não emite poluente, já que apenas vapor d’água sai pelo escapamento. Isso ainda é somado ao fato de que o sistema faz com que a moto rode 500 quilômetros por litro, dez vezes mais do que faria com gasolina — e isso pegando uma motocicleta extremamente eficiente. Ele ainda avisa que qualquer água pode ser utilizada, mas que quanto mais pura e tratada ela for, melhor.
O projeto inovador, agora, procura investidores que possam fazer com que ele passe a ser produzido em larga escala. Funcionário público, Azevedo afirma não ter dinheiro para fazer com que seu sistema de abastecimento seja produzido para mais pessoas sem a ajuda de dinheiro vindo de investidores. (yahoo)

domingo, 28 de junho de 2015

Carro autônomo e sem volante do Google

Conheça o carro autônomo e sem volante do Google em 10 fotos
O carro anunciado pelo Google não tem volante, pedais, nem motorista. Veja mais detalhes dele em 10 imagens.
O piloto sumiu
Nesta semana, o Google apresentou o protótipo de seu carro. Ele não tem volante, pedais, câmbio e nem motorista.
Repleto de sensores e câmeras, o carro é o primeiro automóvel autônomo sem volante do mundo. Conheça mais detalhes do carrinho nas próximas dez imagens.
Demonstração
O carro do Google em funcionamento. O visual dele é bem simpático e simples. Ele é cheio de sensores e câmeras que fazem o reconhecimento do ambiente enquanto o carro se movimenta.
Sem chave
Não foram dados muitos detalhes sobre funcionamento do carro. Pelo vídeo do Google, ele tem dois botões no seu interior. Um prateado e pequeno (que deve ser o responsável por dar a partida) e outro grande e vermelho (que deve ser um botão de emergência, para parar o veículo).
Elétrico
Além de ser completamente autônomo, o carro do Google ainda esbanja mais tecnologia. Ele é completamente elétrico e, por isso, amigável ao meio ambiente.
Conceito
Na foto ao lado, um membro da equipe analisa uma imagem conceito do interior do carro. A foto mostra os dois bancos, além dos pequenos botões em uma espécie de painel e um espaço de porta-copos.
Adeus, painel
Com a ausência de um painel na parte da frente do carro, sobra bastante espaço. No vídeo de apresentação do automóvel, uma senhora entra com um cão da raça labrador dentro do carro.
Produção
Imagem do carro do Google em produção. Um papel marca o número 007, nele. De acordo com a empresa, cerca de uma centena de protótipos do carro serão fabricados para que eles sejam aperfeiçoados.
Porta-trecos
Com espaço consumido pelo painel, a parte frontal do carro virou uma espécie de porta-trecos. De acordo com Sergey Brin, co-fundador do Google, poucos segundos depois de entrar no carro, ele já fazia outras tarefas, como checar seus e-mails enquanto o carro andava sozinho.
Desenvolvimento
Na imagem, parte da equipe do projeto olha para esboços do carro. À direita, é possível ver imagens de outros possíveis visuais do carro. Fotos de robôs feitas em computador, assim do sensor de fumaça da Nest (empresa comprada pelo Google), estão à vista.
Sensores
Imagem do sensor que fica no teto do carro autônomo do Google. Ele fica em rotação constante, mapeando todo o entorno do carro. Ele é capaz de analisar o ambiente em 360 graus. (abril)

Carros do Google dirigem sozinhos em vias de EUA

Carros do Google já dirigem sozinhos em vias públicas nos EUA
Até então, apenas modelos modificados da Lexus eram testados.
Google pretende vender o carro elétrico até 2020.
Google já testa seu próprio carro nas ruas da Califórnia.
Os carros autônomos da Google já circulam em condições reais nas estradas do Vale do Silício, na Califórnia (oeste dos Estados Unidos), mais precisamente na cidade de Mountain View, sede da gigante da internet.
Por razões de segurança, a velocidade máxima é de 40 Km/h, a fim de limitar os custos caso o carro saia da pista ou colida com algum obstáculo.
"Durante esta fase do nosso projeto, teremos 'motoristas de segurança' à bordo com acesso a um volante, acelerador e freio que lhes permitem tomar o controle, se necessário", informou o Google nesta quinta-feira.
Estes mecanismos foram as exigências impostas pelas autoridades da Califórnia para permitir avançar para a fase de experimentação em vias públicas. A empresa norte-americana obteve sinal verde da Califórnia em maio.
Carro elétrico do Google leva 2 pessoas.
Até agora, a empresa de Mountain View só tinha o direito a circular alguns carros modificados Lexus, marca premium da Toyota.
Revelado há um ano, o Google Car é um pequeno carro elétrico de desenho simples - uma espécie de Smart mais arredondado - que acomoda até duas pessoas.
Ao embarcar em vias públicas, o Google espera conseguir mais dados para melhorar esta tecnologia, especialmente quando se trata de acontecimentos inesperados e ocasionais (desvios, calçadas, comportamento dos outros motoristas, etc.), para tornar o veículo capaz de ajustar sua trajetória e velocidade.
Google pretende comercializar o Google Car até 2020.
Carro autônomo do Google dirige pelas ruas da Califórnia (EUA). (g1)

Carros do Google circulam em vias públicas

Carros autônomos do Google já circulam em vias públicas
Por razões de segurança, a velocidade máxima é de 40 Km/h, a fim de limitar os custos caso o carro saia da pista ou colida.
O carro autônomo do Google é visto em Mountain View, Califórnia, no dia 2 de fevereiro de 2015.
Os carros autônomos da Google já circulam em condições reais nas estradas do Vale do Silício, na Califórnia (oeste dos Estados Unidos), mais precisamente na cidade de Mountain View, sede da gigante da internet.
Por razões de segurança, a velocidade máxima é de 40 Km/h, a fim de limitar os custos caso o carro saia da pista ou colida com algum obstáculo.
"Durante esta fase do nosso projeto, teremos 'motoristas de segurança' à bordo com acesso a um volante, acelerador e freio que lhes permitem tomar o controle, se necessário", informou o Google nesta quinta-feira.
Estes mecanismos foram as exigências impostas pelas autoridades da Califórnia para permitir avançar para a fase de experimentação em vias públicas. A empresa norte-americana obteve sinal verde da Califórnia em maio.
Até agora, a empresa de Mountain View só tinha o direito a circular alguns carros modificados Lexus, marca premium da Toyota.
Revelado há um ano, o Google Car é um pequeno carro elétrico de desenho simples - uma espécie de Smart mais arredondado - que acomoda até duas pessoas.
Ao embarcar em vias públicas, o Google espera conseguir mais dados para melhorar esta tecnologia, especialmente quando se trata de acontecimentos inesperados e ocasionais (desvios, calçadas, comportamento dos outros motoristas, etc.), para tornar o veículo capaz de ajustar sua trajetória e velocidade.
Google pretende comercializar o Google Car até 2020. (yahoo)

Boeing realiza 1° voo usando diesel renovável

Boeing realiza primeiro voo usando diesel renovável
A fabricante norte-americana de aviões, Boeing, realizou em 17/06/15 o primeiro voo de teste usando misturas de querosene de aviação e diesel renovável.
O anúncio ocorreu em 19/06 junto com informações sobre a nova fase do seu programa ecoDemonstrator 757 que acelera o desenvolvimento de tecnologias focadas na melhora da performance ambiental das aeronaves.
Há um novo ator de peso de olho no nicho de combustíveis renováveis para o setor de aviação: a Neste Oil.
No final de 2014, a Boeing completou com sucesso o primeiro voo do mundo com uma aeronave – um jumbo 787 – usando 15% do biocombustível fabricado pela petrolífera finlandesa. (biodieselbr)

sexta-feira, 26 de junho de 2015

UE deve atingir meta de renováveis

UE deve atingir meta de renováveis, mas patina segmento de transportes
Apesar de alguns percalços, a União Europeia (UE) está a caminho de cumprir a meta de chegar em 2020 usando 20% de energia renovável assumida em 2009 com a aprovação da Diretiva de Energias Renováveis (RED).
De um modo geral essa é a mensagem da mais nova edição do Relatório de Progresso de Energias Renováveis publicado pela Comissão Europeia. (biodieselbr)

Finlândia quer chegar a 40% de combustíveis renováveis

Finlândia quer chegar a 40% de combustíveis renováveis em 15 anos
Para reduzir sua dependência em relação ao petróleo importado, governo finlandês quer aumentar a porção de combustíveis renováveis usados pelo país.
A meta é cerca de 40% dos combustíveis usados pelo setor de transportes venham de fontes limpas até 2030.
Atualmente, os biocombustíveis representam apenas 8% do mix de energia consumido pelo segmento. (biodieselbr)

Finlândia e a diversidade em transporte mais sustentável

Finlândia aposta em diversidade para tornar transporte mais sustentável
Até 2020, a Finlândia tem como objetivo se tornar uma referência em transporte sustentável.
Para isso o país está investindo em um novo conceito, o TransSmart, que visa à integração de diversos modais, como ônibus, metrô, bicicleta, percurso à pé e carro, para tornar o transporte mais limpo e adaptado às necessidades de cada passageiro.
Segundo o Centro de Pesquisas Técnicas da Finlândia (VTT), que está desenvolvendo o sistema, o futuro do transporte limpo é uma fusão de eficiência em veículos, sistemas e serviços; fontes de energia sustentável; tecnologia avançada; alternativas de mobilidade e novas formas de operação.
“Ajustar os veículos ou desenvolver combustíveis renováveis simplesmente não será suficiente em longo prazo. Todo o sistema precisa de renovação. Você não tornará o mundo um lugar melhor simplesmente enchendo Helsinque de carros elétricos, por exemplo. Eles ocuparão tanto espaço quanto carros convencionais a gasolina ou diesel”, observou Nils-Olof Nylund, professor do VTT e gestor do programa TransSmart.
A meta é alcançar a tríade: reduzir a necessidade de locomoção; reduzir o consumo de energia da locomoção através da mudança de modal para uma forma diferente de transporte, como de bicicleta ou à pé; e reduzir a intensidade de carbono da energia do transporte através do uso de energias renováveis.
Na prática, significa oferecer mais opções para o passageiro se deslocar e para trocar de modal com facilidade.
“As soluções de transporte inteligente criam uma viagem mais eficiente – e cadeias logísticas e uma visão geral do estado do sistema de transporte em tempo real”.
A ideia é que os passageiros sejam capazes de selecionar diversas opções de serviço e combiná-las facilmente em cadeias de transporte sustentáveis: carro privado, à pé, bicicleta, ônibus, taxi, carona solidária, uso conjunto de carro e transporte público, metrô, trem ou avião”, comentou Raine Hautala, líder do setor de Serviços de Transporte do TransSmart.
“Isso levaria a uma menor necessidade de ter carro ou da construção de estacionamentos e ruas. O cerne da ideia é atingir o aumento no fluxo, a facilidade de uso e a acessibilidade das formas de viagem. A acessibilidade do serviço também abrange um pagamento seguro e sem problemas”, continuou Hautala.
Metas
Entre as metas individuais para cada modal, está aumentar a porcentagem de carros elétricos na venda total de automóveis para entre 10% e 15% até 2020, favorecendo também os híbridos. O programa visa igualmente à eletrificação do sistema de ônibus, que já está em andamento.
Até 2020, espera-se que 100 ônibus elétricos estejam circulando pela área metropolitana de Helsinque.
Além disso, novas usinas de produção de biocombustíveis sustentáveis já entraram em funcionamento no país, e vários acordos estão sendo feitos, como a fabricante finlandesa de papel, madeira e celulose UPM, que assinou um convênio com a especialista em biocombustíveis North European Oil Trade (NEOT) para distribuir o diesel renovável BioVerno.
Para completar, a Finlândia havia estabelecido uma meta para reduzir o consumo de energia no setor de transportes em 20% até 2020, objetivo que já foi alcançado. (meioambientenews)

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Energia não renovável e a participação na matriz energética

Energia não renovável amplia sua participação na matriz energética brasileira
Além de informações sobre energia e reciclagem, os 11 indicadores da dimensão econômica abordam dados relacionados ao PIB, endividamento do país e rejeitos radioativos.
O consumo final de energia per capita apresentou crescimento constante ao longo do período 2000-2012, com exceção apenas para 2009, tendo passado de 41,5 GJ/habitante em 2000 para 53,3 GJ/hab, em 2012. A população cresceu 1,2% ao ano em média, enquanto o consumo de energia exibiu um crescimento de 3,3% ao ano. A queda em 2009 (47,8 GJ/hab) possivelmente se deveu à crise mundial de 2008. O maior acesso da população aos bens de consumo essenciais e aos serviços de infraestrutura acarretou aumento do consumo de energia, o qual, por sua vez, causa impactos sobre a população e o meio ambiente.
A participação da energia não-renovável na matriz energética brasileira apresentou crescimento (de 56,1% em 2003 para 57,6% em 2012), principalmente na oferta de petróleo e derivados, que passou de 36,7% para 39,2%, entre 2008 e 2012. Os combustíveis fósseis continuam a dominar a matriz energética brasileira (57,6%), mas, analisando-se a distribuição das diferentes fontes renováveis, percebe-se que os derivados de cana-de-açúcar e carvão vegetal estão perdendo participação, em parte devido ao aumento relativo das fontes alternativas (solar, eólica, biomassa, biogás etc.). A participação destas fontes na matriz energética passou de 2,8% em 2003, para 4,1% em 2012. Já participação da lenha e do carvão vegetal caiu de 13,2% para 9,1%, entre 2004 e 2012. Embora considerados fontes renováveis, nem sempre são produzidos de forma sustentável, ou seja, a partir de florestas plantadas para tal.
Tabela – Distribuição percentual da oferta interna de energia, segundo as fontes de energia Brasil – 2003/2012.
Fontes de Energia
Distribuição % da oferta interna de energia (%)
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Energia não renovável
56,1
56,0
55,3
54,8
53,9
53,9
52,7
54,9
56,0
57,6
Petróleo e derivados
40,2
39,3
38,8
37,9
37,5
36,7
37,9
37,8
38,6
39,2
Gás natural
7,7
8,9
9,4
9,6
9,3
10,3
8,8
10,2
10,2
11,5
Carvão mineral e derivado
6,4
6,3
6,0
5,7
5,7
5,5
4,6
5,4
5,7
5,4
Urânio e derivados
1,8
1,5
1,2
1,6
1,4
1,5
1,4
1,4
1,5
1,5
Energia renovável
43,9
44,0
44,7
45,2
46,1
46,1
47,3
45,1
44,0
42,4
Hidráulica e eletricidade (1)
14,7
14,5
14,9
14,9
14,9
14,1
15,2
14,0
14,7
13,8
Lenha e carvão vegetal (2)
12,9
13,2
13,1
12,7
12,0
11,6
10,1
9,7
9,5
9,1
Derivados da cana-de-açúcar
13,5
13,5
13,8
14,6
15,9
17,0
18,1
17,5
15,7
15,4
Outras fontes primarias renováveis
2,8
2,8
2,9
3,0
3,2
3,4
3,9
3,9
4,1
4,1
Fonte: Balanço Energético Nacional 2013. Ano base 2012. Rio de Janeiro: Empresa de Pesquisa Energética – EPE, 2013.
Disponível em: Acesso em: mar. 2015.
(1) Conversão de energia elétrica segundo o equivalente térmico teórico – primeiro princípio da termodinâmica (1 KWh = 860Kcal).
(2) Fontes consideradas renováveis embora nem toda a produção de lenha e carvão vegetal se dê de modo sustentável. (ecodebate)

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Parque eólico milionário está abandonado

Parque eólico milionário que aliviaria demanda por energia está abandonado
Torres de parque eólico que deveriam aliviar a pressão por geração de energia no rio São Francisco custaram uma fortuna e nunca acenderam uma lâmpada. Viraram um “enfeite” monumental na paisagem.
Erguidas no sertão baiano a 100 metros de altura, 30 torres com turbinas de vento para gerar energia elétrica se tornaram grandes guarda-sóis para aplacar o calor de rebanhos de cabras. As estruturas monumentais com hélices metálicas gigantescas são parte do Parque Eólico de Casa Nova, no Norte da Bahia. Deveriam ter começado a gerar eletricidade há dois anos, mas nunca deram sequer um giro completo. Um monumento ao desperdício de dinheiro público, que, quando começou a ser implantado, chegou a ser louvado por ambientalistas e por integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF). Representariam, acreditava-se então, menor dependência do setor elétrico em relação aos reservatórios – já que o modelo atual tem obrigado o Rio da Integração Nacional a conviver com alternâncias de vazões que prejudicam os demais usos, como a irrigação, a piscicultura, o abastecimento humano e de rebanhos.
O investimento até então foi de R$ 240 milhões e o valor do contrato, de R$ 635,4 milhões, mas, devido a uma série de erros, atrasos em cumprimento de licenças e à falência de empresas que deveriam construir a planta para a Companhia de Hidro Eletricidade do São Francisco (Chesf), nenhum funcionário trabalha mais na estrutura. Os equipamentos que seriam usados para implantar as torres, geradores, linhas de alta tensão e estações ficaram abandonados no meio do sertão. Nas caixas de madeira, o pó e a umidade trouxeram ferrugem a equipamentos elétricos. Cabos de aço, vergalhões e bobinas também sofrem com a exposição ao tempo. Tudo espalhado em cinco canteiros de obra abandonados, entre torres de mistura de concreto e moldes vazios. Apenas um segurança solitário vigia o patrimônio esquecido, sendo substituído a cada 12 horas por um companheiro. Mas ambos dizem que não há mais perigo de furto, porque por aquelas estradas hoje só passam bodes, pescadores e colonos.
A grande ironia é que o Parque Eólico de Casa Nova foi instalado próximo ao Lago de Sobradinho. Este, para manter funcionando as turbinas, que têm potência instalada de 1.050 megawatts, chegou a baixar ao nível útil em 17,8% neste ano. Atualmente, opera com média de 22% da capacidade. A seca é tanta que as águas do lago recuaram mais de cinco quilômetros, afastando-se das torres de geração que ficavam praticamente à beira da represa. Do outro lado do espelho d’água, é possível ver outro parque eólico, o de Sobradinho, onde as hélices giram e produzem energia elétrica.
Os parques de Sobradinho e Casa Nova, em conjunto com o de Sento Sé, constituem um dos maiores complexos de geração de energia eólica do Brasil, que deveria contar com 120 torres e gerar até 180 megawatts, o que daria para atender a uma cidade com 600 mil habitantes – maior que Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, que tem 550 mil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Baiano de Casa Nova, Fábio dos Reis, de 37 anos, foi um dos operários que trabalharam na construção do parque eólico hoje inoperante. Ele conta que, no início, parecia que as oportunidades finalmente estavam chegando por aquelas bandas, onde só moravam donos de roças humildes e criadores de cabras. “Uma porção de gente se interessou, porque as companhias que estavam construindo a planta alugavam pequenos terrenos e pagavam por mês para que a torre ficasse lá. Mas a obra atrasou pagamento. Fizemos até greve, só que as empreiteiras resolveram tirar os engenheiros. Ficou tudo abandonado”, conta.
Mudança indispensável
Na avaliação do coordenador do Projeto Manuelzão,  Marcus Vinícius Polignano – responsável pelo programa de revitalização do Rio das Velhas, localizado em Minas Gerais e um dos principais afluentes do Rio São Francisco – o paque eólico abandonado é mais um caso de boa iniciativa que não tem execução bem feita. “É, literalmente, mais um caso de dinheiro público jogado ao vento. Quantas obras assim, pulverizadas e feitas sem qualquer planejamento sequencial, vemos pelo Rio São Francisco? Uma usina dessas beneficiaria não apenas a Bahia, mas toda a bacia hidrográfica. Seria um alívio para o rio”, lamenta. O lago de Três Marias, na Região Central de Minas, também gera eletricidade, mas sua principal função tem sido manter o fluxo de água para Sobradinho. O reservatório chegou a 2,8% de seu volume útil em outubro do ano passado e neste mês está em 37%.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, afirma que, para que o rio atravesse a seca de 2015 e supere outros desafios, é imprescindível que o setor elétrico passe por “uma mudança de postura”. Para ele, o Velho Chico não tem mais como sustentar a geração de energia e essa atividade, por si só, vem reduzindo a vazão do manancial, o que afeta a própria produção de energia. “A mudança é necessária. E deve ser uma mudança de modelo, seja usando formas alternativas de eletricidade, como a biomassa, os espelhos solares, neste que é um dos países com maior incidência solar do mundo, ou a energia eólica”, disse. (em)