quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Consumo elétrico nacional se manterá estável em 2016


Consumo elétrico nacional deverá se manter estável em 2016
Para os setores industrial e comercial, ano será oportuno para reduzir custos em um momento crítico de perda de competitividade.
O consumo nacional de energia elétrica do próximo ano deverá se manter muito perto do realizado em 2015, frustrando as previsões dos órgãos de governo que apontavam para um crescimento de até 2,6%. O baixo consumo de energia reflete o cenário macroeconômico do Brasil, com PIB em retração e inflação descontrolada. Por outro lado, o menor consumo deve aumentar a oferta de energia barata no mercado em 2016, criando uma oportunidade para que consumidores dos setores industrial e comercial reduzam custos com eletricidade em um momento crítico de perda de competitividade.
Anova revisão quadrimestral da carga, divulgada pela EPE e ONS em dezembro, aponta que o Sistema Interligado Nacional deverá atingir 63,9 mil MW médios em 2015, retração de 1.255 MW médios ou 1,9% inferior à carga verificada em 2014. Para 2016, a expectativa era de um aumento da carga de 2,4%, mas a nova atualização indica que a carga ficará apenas 1% maior que em 2015, atingindo 64.573 MW médios. Segundo o ONS e a EPE, a nova previsão de carga considera a atualização nas projeções de PIB, refletindo cortes nos gastos públicos; manutenção da taxa de juros elevada; reprogramação de investimentos; elevação das tarifas; campanhas de racionalização do uso da energia; e postergação da interligação do sistema Boa Vista de outubro de 2017 para março de 2018.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica informou que a carga neste ano ficará em 63.974 MW médios, retração de 1.259 MW médios (-1,9%) em relação a 2014. Para 2016, a expectativa até o momento é de recuperação, com crescimento de 2,6% em relação a 2015, atingindo 65.610 MW médios. O gerente de Preços da CCEE, Rodrigo Sacchi, já havia infomado que, devido ao comportamento da carga nos últimos meses, o crescimento do consumo no próximo ano deverá ser menor que os 2,6% estimados anteriormente, muito por conta da conjuntura econômica. "A realização de consumo tem sido um pouco abaixo do que era previsto anteriormente, isso deve impulsionar para que a previsão de carga seja um pouco menor", disse. "Pode ser que o mercado livre tenha um desempenho negativo, mas o cativo deve ter um crescimento positivo", completou.
A projeção da GV Energy & Associados aponta para uma queda no consumo de 2,1% em 2016 na comparação com 2015, atingindo pouco mais que 59 mil MW médios. Segundo Pedro Machado, sócio diretor da consultoria, o processo de sazonalização realizado pelos agentes do mercado livre em dezembro dá uma dimensão atualizada das curvas de mercado para o próximo ano. "Estamos vendo as carteiras de todos os consumidores livres oscilando de forma muito mais pessimista em 2016", disse. A expectativa é que haja uma redução de até 6% no consumo do mercado livre em 2016, assim como aconteceu ao longo de 2015.
Nos últimos meses, as afluências têm se comportado mais próxima da média histórica, o que sinaliza uma melhora na condição hidrológica. Mantido esse comportamento durante o período úmido, de dezembro a abril, deve-se haver uma redução nos custos de operação do sistema elétrico. Uma melhora no desempenho da geração hidrelétrica resultará em uma provável redução do despacho térmico por segurança energética ainda no primeiro semestre de 2016.
Esse cenário mudaria o sinal da bandeira tarifária de vermelha para amarela ou verde, o que representaria um alivio de 8% no valor das tarifas do mercado cativo. Há também uma tendência de queda do Preço de Liquidação das Diferenças, com possiblidade do indicador bater no mínimo no final deste período chuvoso. Sacchi acredita que o alívio na tarifa cativa e no preço do mercado spot podem dar um impulso para que clientes cativos e livres retomem o consumo a partir de 2016.
A partir de maio deste ano, o PLD iniciou uma trajetória decrescente, saindo do teto regulatório de R$ 388,48/MWh no primeiro trimestre para uma média de R$ 203/MWh em novembro. A queda do PLD é explica pela influência de três fatores combinados: redução no consumo; menor despacho térmico; e melhora na condição hidrológica.
A redução do consumo de eletricidade no mercado livre acontece por conta da baixa atividade econômica do país, fazendo com que os setores do comércio, serviços e indústria desacelerem o ritmo de produção. O boletim Focus do Banco Central divulgado em dezembro projetou uma retração de 3,5% no PIB brasileiro para este ano e de -2,31% para 2016.
No mercado cativo, a redução do consumo acontece por conta da escalada das tarifas de energia, que praticamente dobraram na média nacional em 2015. A energia é a principal vilã da inflação, estimada em 10,44% para este ano e em 6,70% para 2016. "Essa condição de tarifas mais altas e inflação provoca uma série de condições para que se tenha uma queda no consumo", disse Ricardo Matos, sócio diretor da consultoria Simple Energy. "O consumidor de um modo geral passa adotar uma postura mais moderada em termos de consumo."
O consumo no ano que vem também terá uma queda por conta do clima, que deverá apresentar temperaturas mais moderadas na comparação com este ano, o que reduz o uso de equipamentos de refrigeração. "Este ano tivemos a influência do El Niño e por isso tivemos temperaturas mais altas do que vamos registrar no ano de 2016”, afirmou Patrícia Madeira, diretora de Meteorologia da Clima Tempo. “Em particular, janeiro de 2015 foi muito quente por conta de um bloqueio que diminuiu a chuva e aumentou a temperatura. Em janeiro 2016 o bloqueio deve ser mais curto do que em 2015, por isso a temperatura sobe menos. No entanto, a previsão ainda é de calor acima da média, porém menos intenso do que em 2015”, detalhou a especialista em clima.
A melhora na condição hidrológica nos últimos meses e a expectativa de uma afluência dentro da média para o período húmido indica que haverá uma recuperação dos reservatórios. A tendência é que haja uma redução da geração térmica, o que reduz os custos de operação do setor elétrico. Para o ano que vem, ainda está previsto a entrada de 9.022 MW de energia nova.
Todos esses fatores contribuem para que haja uma oferta maior de energia barata, o que é positivo para os consumidores livres. "O viés positivo disso é que no meio de uma crise pela qual passa o país no setor industrial e comercial, essa oferta de energia já está possibilitando que contratos que atravessam os anos de 2016, 2017 e 2018 estejam semanalmente caindo, gerando oportunidade de economia para os consumidores", disse Machado. "Não à toa os consumidores cativos que podem ser livres estão praticamente todos fazendo estudos de migração para o mercado livre", completou. Há 700 consumidores com pedidos de migração, segundo a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica.
Segundo Leonardo Lopes, sócio diretor da Simple Energy, a expectativa é que os preços de energia fiquem abaixo de R$ 150/MWh no ACL, podendo cair para R$ 120/MWh em alguns momentos. "O que no fundo não traz uma realidade relativa ao custo de expansão dos sistemas. A gente sabe que os preços nesses níveis são insustentáveis para novos investimentos", lamentou.
Para Machado, da GV Energy, os preços no mercado livre podem chegar a R$ 100/MWh em 2016. Segundo ele, é a primeira vez que uma curva de preços de energia se apresenta com valores mais baixos no primeiro ano. "Desde o mês de julho deste ano e mais agressivamente nos últimos 30 dias, os preços de energia já cruzaram patamares de -30% em relação ao cativo", informou. "Em resumo, tudo isso vai gerar redução do preço no mercado livre e liquidez de oferta. É uma grande oportunidade de reduzir custos em um momento crítico de perda de competitividade."
Para ele, a grande oportunidade é justamente para os clientes que ainda não migraram para o mercado livre. A notícia ruim é que a redução do consumo obrigará alguns agentes a liquidarem energia a preços bem menores que os contratados. "Que vai perder também são comercializadoras de energia que compraram no passado grandes lotes de energia no longo prazo e que ficaram ao longo do ano de 2015 segurando esses contratos de venda aguardando o circo pegar fogo. O gerador que guardou energia esperando preço melhor em 2016 também terá perdas.", analisou Machado.
Para o ACR, a tendência é que a tarifa média A-4 passe de R$ 498/MWh em 2015 para R$ 502 em 2016, chegando a R$ 574/MWh em 2019, isso sem considerar os tributos e a inflação do período, segundo cálculos da Thymos.

(especial2015.canalenergia)

Trilema energético

 
O relatório “Trilema da Energia Mundial 2015” tem o objetivo de discutir as dificuldades do setor energético e contribuir para o debate dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – aprovados na Assembleia da ONU de setembro de 2015 – e com as discussões da 21ª Conferência das Partes (COP21) de dezembro de 2015.
Tendo em vista a necessidade de acelerar o processo de transição para uma economia global de energia limpa e de baixo carbono, o Conselho Mundial de Energia propõe medidas e estudos para garantir os três pilares do trilema da energia: segurança energética, equidade energética e sustentabilidade ambiental. Equilibrar estes três pilares é uma tarefa de alta complexidade.
Trilema é um termo utilizado quando se tem uma proposição formada de três lemas contraditórios ou que reúnem uma escolha difícil entre três opções conflitantes. O relatório identifica cinco pontos chave para lidar com o trilema energético:
1. Enfrentar as barreiras à transferência de tecnologia, tais como as tarifas sobre bens e serviços ambientais, ou a falta de proteção dos direitos de propriedade intelectual.
2. A definição de um preço global sobre o carbono, estabelecendo um sinal claro para o mercado e para os investidores no sentido de reorientar os investimentos para projetos de baixo carbono.
3. Enviar sinais corretas para incentivar políticas de financiamento para o setor, apoiando um acordo de transição para energia limpa, atraindo mais capital privado e demais projetos.
4. Melhorar a gestão da demanda de energia, bem como o fornecimento e a eficiência energética.
5. Priorizar investimentos em inovação de energia, especialmente em relação às energias renováveis e tecnologias de eficiência.
O relatório reconhece que conciliar segurança energética, equidade e sustentabilidade ambiental não é uma tarefa simples, especialmente se for para conseguir fazer igual progresso em todas as três áreas ao mesmo tempo.
O interessante é que a indústria energética está buscando formas de enfrentar os três desafios e garantir um diálogo global com os atores que participam dos acordos internacionais sobre o desenvolvimento sustentável (ODS) e as conferências do clima. Porém, é preciso incluir a sociedade civil neste diálogo, pois a democratização e a descentralização da produção de energia é uma tarefa essencial para o processo de transição para uma economia de baixo carbono. (ecodebate)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Novas regras estimulam geração de energia pelos consumidores

Uma das novidades é possibilidade de instalação de geração distribuída em condomínios
Tornar mais atrativas medidas que produzam energia, como instalação de painéis solares fotovoltaicos, foram aprovadas pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na prática, a agência criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, por meio de aprimoramentos na Resolução Normativa nº 482/2012.
Além dos painéis solares fotovoltaicos, as medidas estimulam o uso de microturbinas eólicas para gerar sua própria energia, por meio da troca de energia com a distribuidora local com objetivo de reduzir o valor da fatura de energia elétrica.
A Aneel prevê que até 2024 cerca de 1,2 milhão de unidades consumidoras passem a produzir sua própria energia, totalizando 4,5 gigawatts (GW) de potência instalada.
Sobre a resolução
A modernização da resolução se insere nas medidas coordenadas pelo Governo Federal para que cada vez mais brasileiros gerem sua energia. Além da alteração da resolução, o Ministério de Minas e Energia (MME) também estimulou a mudança na tributação da energia produzida.
Segundo as novas regras da resolução, que começam a valer a partir de 01/03/16, será permitido o uso de qualquer fonte renovável para a micro e mini geração distribuída, enquadrando nesse conceito central geradora com potência instalada até 75 quilowatts (KW). Já a minigeração distribuída será aquela com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW (sendo 3 MW para a fonte hídrica).
Um convênio levado ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e já firmado pelos Estados de São Paulo, Goiás e Pernambuco prevê que o consumidor não pagará o tributo estadual (ICMS) sobre a energia que ele próprio gerar, mas apenas sobre o excedente que consumir da rede de distribuidoras. Por exemplo, uma família que consome 200 kWh ao mês e que produza 120 kWh, recolherá ICMS apenas sobre 80 kWh.
De acordo com a resolução, quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes. De acordo com as novas regras, o prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses, sendo que eles podem também ser usados para abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, desde que na área de atendimento de uma mesma distribuidora. Esse tipo de utilização dos créditos foi denominado “autoconsumo remoto”.
Outra inovação da norma diz respeito à possibilidade de instalação de geração distribuída em condomínios (empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras). Nessa configuração, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores.
A Aneel criou ainda a figura da “geração compartilhada”, possibilitando que diversos interessados se unam em um consórcio ou em uma cooperativa, instalem uma micro ou minigeração distribuída e utilizem a energia gerada para redução das faturas dos consorciados ou cooperados.
Com relação aos procedimentos necessários para se conectar a micro ou minigeração distribuída à rede da distribuidora, a Aneel estabeleceu regras que simplificam o processo: foram instituídos formulários padrão para realização da solicitação de acesso pelo consumidor.
O prazo total para a distribuidora conectar usinas de até 75 kW, que era de 82 dias, foi reduzido para 34 dias. Adicionalmente, a partir de janeiro de 2017, os consumidores poderão fazer a solicitação e acompanhar o andamento de seu pedido junto à distribuidora pela internet. (ecodebate)

Lançado pacto global pela inovação em energia

Nem bem foi aberta em 30/11/15 e a 21ª Conferência das Partes (COP 21) já contabiliza seu primeiro grande anúncio – ou melhor dois – que pretende acelerar o ritmo das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para energias renováveis.
Um grupo de 20 nações – entre os quais a brasileira – anunciou a meta de dobrar seus orçamentos dedicados à pesquisa do tema dentro dos próximos cinco anos.
De quebra, um grupo de 28 pesos-pesados do setor privado mundial firmou uma carta de princípios que deverá orientar seus futuros investimentos na área contribuindo para reduzir o tempo para que novas tecnologias cheguem ao mercado. (biodieselbr)

sábado, 26 de dezembro de 2015

Programa de estimulo a geração de energia solar pelos consumidores

Governo lança programa para estimular a geração de energia solar pelos consumidores
A geração de energia solar pelos próprios consumidores deverá movimentar mais de R$ 100 bilhões em investimentos até 2030. A estimativa é do Ministério de Minas e Energia, que lançou em 15/12/15 o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), que tem como objetivo estimular e ampliar a geração distribuída com fontes renováveis em residências, indústria, comércio, além de universidades e hospitais.
Com a geração distribuída, os consumidores que instalarem equipamentos para gerar a energia para seu próprio consumo, com placas solares, por exemplo, podem vender o excedente para a distribuidora de energia local. Os créditos podem ser utilizados em até cinco anos para diminuir a conta de luz em outros meses, quando o consumo for maior. O consumidor também poderá usar o crédito para abater a fatura de outros imóveis sob sua titularidade.
Os condomínios que quiserem instalar equipamentos para gerar a sua própria energia poderão repartir a energia entre os condôminos. Outra possibilidade é a formação de consórcios ou cooperativas para a instalação de sistemas de geração distribuída. O ministério estima, até 2030, a adesão de 2,7 milhões de unidades consumidoras e a geração de 48 milhões de mwh, que é a metade da geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Para o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, “O Brasil tem uma característica que é única: os nossos ventos e a nossa irradiação solar acontecem exatamente no período seco, não no período úmido. Então o nosso balanço energético será complementar”.
O consumidor que optar pela instalação de equipamentos para geração de energia distribuída terá isenção de ICMS sobre a energia que for fornecida para a rede da distribuidora. A energia que for lançada na rede pelo consumidor também ficará isenta de PIS/Pasep e COFINS.
Os bens de capital destinados à produção de equipamentos de geração solar terão a alíquota do Imposto de Importação reduzida de 14% para 2% até o fim de 2016. Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar os projetos de eficiência energética e de geração distribuída em escolas e hospitais públicos com recursos a taxas diferenciadas.
Outras medidas previstas no programa são a criação e expansão de linhas de crédito e financiamento de projetos de sistemas de geração distribuída; o incentivo à indústria de componentes e equipamentos e o fomento à capacitação e formação de profissionais para atuar no setor. Também está prevista a capacitação e formação de recursos humanos para atuar na cadeia produtiva das energias renováveis.
Exemplo
O Ministério de Minas e Energia vai instalar placas fotovoltaicas para a geração de energia solar, que irá complementar o suprimento de energia elétrica do prédio. O primeiro sistema de geração distribuída da Esplanada dos Ministérios vai permitir uma economia de R$ 70 mil por ano em energia elétrica, e será feito em parceria com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo o secretário de Energia Elétrica do MME, Ildo Grüdtner, a medida poderá ser adotada nos demais prédios da Esplanada dos Ministérios.
Também foi anunciada a implantação de sistemas de geração de energia solar em lagos de usinas hidrelétricas. Serão instaladas estruturas flutuantes nos reservatórios de Sobradinho (BA) e Balbina (AM), com investimentos de R$ 100 milhões em recursos da Chesf e Eletronorte. (ecodebate)

Painéis solares é a energia barata a comunidades vulneráveis

Painéis solares oferecem alternativa de energia a baixo custo a comunidades vulneráveis
Após o pagamento inicial a eletricidade é livre para o novo proprietário
Na África Subsaariana, uma das regiões mais vulneráveis do mundo, o querosene é o combustível mais acessível para o consumo de energia das famílias, porém o recurso causa um forte impacto na saúde dos habitantes e ainda tem o custo de cerca de US$ 8 por quilowatt-hora (kWh). Para mudar esse quadro, a empresa Azuri Technologies apresentou um modelo de Pay-As-You-Go (repartição) para kits solares. Além de posicionar essa fonte energética renovável como alternativa promissora, a companhia também busca tornar esses equipamentos mais acessíveis à população.
As empresas Azuri, Angaza e M-KOPA oferecem o serviço em todo o continente africano.
O modelo de repartição visa permitir que os clientes paguem uma taxa inicial de cerca de US$ 10 por um kit carregador solar, com potência de dois a cinco watts, que inclui um controle capaz de acionar luzes e dispositivos como telefones celulares e lâmpadas LED. Após o pagamento, o novo proprietário pode usar a eletricidade livremente. 
A repartição é semelhante aos modelos já existentes na África, que permitem que centenas de milhões de africanos comprem minutos de telefonia móvel e querosene de forma incremental - em vez de pagar US$ 2 a US$ 3 por semana para obter o combustível, há a possibilidade de pagar menos da metade para a energia solar.
A empresa Azuri não está sozinha. Outras duas instituições, Angaza e M-KOPA, também oferecem esses serviços em todo o continente. A Azuri tem mais de 21 mil clientes em dez países, a M-KOPA 30 mil e a Angaza está no caminho certo para alcançar dez mil nos próximos nove a 12 meses.
No Brasil
Em território brasileiro também há projetos de energia solar para comunidades vulneráveis. Representantes da Eletrobras Amazonas Energia e de empresas internacionais já avaliaram formas de geração e distribuição de energia renovável para tirar famílias da região amazônica do 'isolamento elétrico'. 
Segundo a diretoria de distribuição do sistema Eletrobras, Elaine França Fonseca, há grandes desafios e dificuldades enfrentados na região amazônica, porém as ideias são capazes de vencer os obstáculos existentes. "Um exemplo é o projeto de P&D no valor de R$ 22 milhões que está sendo executado no município de Parintins. Trata-se de um programa de demonstração que pode ser aplicado em outros municípios", explicou a diretora. (ecodesenvolvimento)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Energia hidrelétrica

A energia hidrelétrica obtém energia através do potencial hidráulico de um rio.
A energia hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso.
A força da água em movimento é conhecida como energia potencial, essa água passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica.
Normalmente as usinas hidrelétricas são construídas em locais distantes dos centros consumidores, esse fato eleva os valores do transporte de energia, que é transmitida por fios até as cidades.
A eficiência energética das hidrelétricas é muito alta, em torno de 95%. O investimento inicial e os custos de manutenção são elevados, porém, o custo do combustível (água) é nulo.
Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo.
Atualmente, as usinas hidrelétricas são responsáveis por aproximadamente 18% da produção de energia elétrica no mundo. Esses dados só não são maiores pelo fato de poucos países apresentarem as condições naturais para a instalação de usinas hidrelétricas. As nações que possuem grande potencial hidráulico são os Estados Unidos, Canadá, Brasil, Rússia e China.
No Brasil, mais de 95% da energia elétrica produzida é proveniente de usinas hidrelétricas.
Apesar de ser uma fonte de energia renovável e não emitir poluentes, a energia hidrelétrica não está isenta de impactos ambientais e sociais. A inundação de áreas para a construção de barragens gera problemas de realocação das populações ribeirinhas, comunidades indígenas e pequenos agricultores. Os principais impactos ambientais ocasionados pelo represamento da água para a formação de imenso lagos artificiais são: destruição de extensas áreas de vegetação natural, matas ciliares, o desmoronamento das margens, o assoreamento do leito dos rios, prejuízos à fauna e à flora locais, alterações no regime hidráulico dos rios, possibilidades da transmissão de doenças, como esquistossomose e malária, extinção de algumas espécies de peixes. (brasilescola)

Itaipu 2015 superará em 1,5% a de 2014

Produção de Itaipu e, 2015 deverá superar em 1,5% a do ano passado
A menos de 20 dias para encerrar o ano, Itaipu caminha para fechar 2015 com uma produção um pouco acima dos 89 milhões de megawatts-hora (MWh) ante 87,8 milhões de MWh em 2014. Toda a energia produzida pela binacional em 2015 poderia atender o consumo de eletricidade da cidade de São Paulo durante três anos ou, ainda, o Brasil inteiro por dois meses e uma semana.
A diferença em relação ao ano passado deve ficar em aproximadamente 1,3 milhão de MWh, ou 1,5% a mais. Só essa quantidade daria para abastecer uma cidade de 600 mil habitantes, como Londrina, no Norte do Paraná. Ou, ainda, 30% de uma cidade do porte de Curitiba. Em 14/12/15 a produção de Itaipu chegou, às 9h30, a 84.708.676 MWh.
Vital para o setor
A energia de Itaipu continua sendo preponderante para o setor elétrico. O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chip, disse que, a exemplo do que ocorreu em 2014 e 2015, a usina de Itaipu e as demais hidrelétricas do Sul do Brasil vão assegurar o abastecimento de energia no País em 2016, sem risco de colapso. O ONS é o órgão que coordena toda a operação do setor elétrico brasileiro.
Segundo Hermes Chipp, Itaipu, principalmente, será fundamental para amenizar os efeitos da seca na bacia do Rio São Francisco, na Região Nordeste. O reservatório de Sobradinho zerou o volume útil em novembro deste ano. Com base nas previsões meteorológicas, Chipp afirmou que “em 2016, não haverá uma condição climática favorável do baixo São Francisco, de Sobradinho até a foz do rio, ao contrário do cenário em Itaipu". E completou: “Vamos transferir o excedente de energia de Itaipu para o Nordeste, pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), e não teremos problema nenhum no abastecimento”.
Brasil e Paraguai
Para o diretor técnico executivo de Itaipu, Airton Dipp, a declaração de Hermes Chipp confirma que Itaipu vem trabalhando de forma sustentável para garantir o suprimento de energia dos sistemas elétrico do Brasil e do Paraguai.
“Os dados de 2015 - tanto de produção, quanto de produtividade -, quando o Brasil mais uma vez enfrentou escassez hídrica, mostram que o modelo de gestão adotado em Itaipu este ano foi um sucesso”, disse Dipp. E será adotado também em 2016, mas com uma expectativa ainda melhor do que neste ano, já que o El Niño, em relação às condições hidrológicas, deve trazer um primeiro semestre na região melhor do que em 2015. Isso significa mais chuva e, portanto, mais água de forma permanente.
Média de 93 milhões de MWh
Apesar da escassez hídrica do biênio 2014-2015, a média de produção da Itaipu dos últimos cinco anos está acima dos 93 milhões de MWh. Em 2013, com condições hidrológicas mais favoráveis, excelente desempenho da usina e consumo excepcional - Itaipu bateu seu próprio recorde e estabeleceu como marca anual 98,6 milhões de MWh.
Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, a boa performance de Itaipu comprova que investir em hidrelétrica é um bom negócio para o presente e para o futuro. “O mundo inteiro vem discutindo formas para reduzir os impactos e emissões de gases efeito estufa apontando com uma das saídas o investimento em energias renováveis. O Brasil tem feito isso”, afirmou.
A geração de eletricidade, no País, é uma das mais limpas do planeta. Do total da capacidade instalada, de 135 mil megawatts, apenas 26 mil correspondem à energia produzida por usinas de termeletricidade, menos de 20% do total. A hidroeletricidade corresponde a 66% da matriz elétrica brasileira. Quando se verifica as usinas mais frequentemente despachadas, as que efetivamente são utilizadas, este percentual se eleva ainda mais.
Produtividade
Além da produção, Itaipu teve outro ponto de destaque em 2015: a produtividade. O bom desempenho é baseado em três indicadores, explica o superintendente de Operação, Celso Torino. O primeiro ponto foi que, a exemplo de 2014, a disponibilidade das 20 unidades geradoras deve ficar este ano acima dos 96%. Já a indisponibilidade forçada das mesmas máquinas, índice que mede o percentual de falhas técnicas ou humanas que não permitiram que as unidades geradoras produzissem, ficará abaixo de 0,1%, considerada uma marca excepcional.
Por último, o Fator de Capacidade Operativa, indicador que mede o grau de aproveitamento da água na produção de energia, “apesar da indesejável volatilidade dos volumes de água deste ano, ficará mais uma vez acima dos 97%”, diz Torino.
O superintendente de Operação conclui que “a combinação desses indicadores reafirma a excelente performance operacional da hidrelétrica, resultado da qualidade do seu projeto, da construção, da manutenção e da operação interna e coordenada com seus principais parceiros, a empresa paraguaia Ande e as brasileiras Eletrobras, Furnas e ONS”.
Produção acumulada
Em 12/12//15  Itaipu chegou à marca histórica de 2,3 bilhões de MWh de produção acumulada e, ao final de 2015, atingirá 2,31 bilhões de MWh, volume que a mantém como líder mundial em produção de energia limpa e renovável.
Toda essa energia foi produzida durante 31 anos e sete meses, a contar de maio de 1984, quando a usina binacional começou a operar. Essa energia daria para abastecer o consumo de eletricidade do mundo inteiro por 38 dias e dez horas. Esse volume seria suficiente, também, para atender o consumo de energia elétrica do Brasil por quatro anos e dez meses e a demanda elétrica de uma cidade do porte de São Paulo por 78 anos.
Maior em produção
Os 2,31 bilhões de MWh mantêm Itaipu como a maior geradora de energia elétrica limpa e renovável do planeta. Em segundo lugar, em produção acumulada, aparece Guri, na Venezuela. Com início de operação em 1978, a usina venezuelana produziu até hoje 1,3 bilhão de MWh. Na terceira posição vem Grand Coulee, nos Estados Unidos, que opera desde 1941, com 1,2 bilhão de MWh.
O quarto lugar é ocupado pela hidrelétrica russa Sayano-Shushenskaya, que desde 1978 produziu 0,9 bilhão de MWh. No ranking, aparece na mesma posição a canadense Churchill Falls, que desde 1971, produziu 0,9 bilhão de MWh. E a chinesa Três Gargantas, maior do mundo em capacidade de equipamentos de geração instalados, que iniciou operação em 2006, também gerou até agora 0,9 bilhão de MWh.
Participação no mercado
Itaipu responde atualmente por 16% de toda a energia elétrica consumida no Brasil e atende mais de 75% do mercado paraguaio de eletricidade. Para Brasil e Paraguai, sócios da usina, a produção de Itaipu é fundamental para a infraestrutura energética, para a integração e para o desenvolvimento dos dois países.
Cenários extremos em 2015
Em 2015, Itaipu viveu cenários extremos, com períodos em que o reservatório recebeu água abaixo da média seguidos de duas grandes cheias. Nas duas situações foi necessário agir com precisão e agilidade otimizando todos os recursos humanos e técnicos à disposição. Assim ocorreu no período de escassez e depois quando a chuva chegou.
Graças à boa gestão de cheias, por exemplo, a primeira em julho e a segunda nos dois últimos meses, foi possível formar um volume de espera no reservatório, permitindo o melhor aproveitamento das águas. Mesmo produzindo em carga máxima, Itaipu precisou verter por causa do fenômeno El Niño, que trouxe mais chuvas a toda a Bacia do Rio Paraná.
Nas últimas semanas, a usina está com o reservatório cheio, em condições plenas de atender o consumo de energia dos dois países, sócios do empreendimento. A usina vem mantendo o vertedouro aberto, mesmo suprindo toda a energia pedida pelo setor.
“Outro fato relevante em 2015 foi a capacidade de reação da usina diante de picos de consumo ou de eventuais interrupções não programadas de oferta de geração de outras usinas. A capacidade de potência da Itaipu é impressionante e independente da questão energética”, diz Torino.
Ele explica ainda que a disponibilidade da Itaipu no verão de 2015 foi fundamental para atender a ponta do consumo dos sistemas brasileiro e paraguaio. E complementa: “Contar com a capacidade de resposta de uma usina hidráulica e, portanto, rápida e não intermitente, com uma instalação nominal de 14 mil MW, é um privilégio de poucos sistemas interligados nacionais do planeta”. (jornalbrasil)

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Produção de Itaipu no ano sustentaria o Brasil por 2 meses

Produção de energia em Itaipu no ano sustentaria o Brasil todo por 2 meses
Até agora, a hidrelética já produziu mais de 84 milhões de megawatts/hora.
Quantidade prevista até o fim do ano é 1,5% maior do que em 2014
Diferença de energia produzida entre 2015 e 2014 abasteceria cidade 600 mil habitantes, por exemplo.
A produção de energia na Usina de Itaipu, no Rio Paraná, deve ultrapassar os 89 milhões de megawatts-hora (MWh) em 2015, segundo balanço divulgado em 14/12/15. Até agora, a hidrelétrica já produziu mais de 84 milhões de MWh.
A quantidade prevista para o fim do ano sustentaria o país inteiro por pouco mais de dois meses, sem qualquer outro tipo de abastecimento, de acordo com estimativa da própria Itaipu. A cidade de São Paulo, com a mesma quantia, teria consumo garantido por três anos.
A produção do ano é 1,5% maior do que em 2014, quando a hidrelétrica fechou com 87,8 milhões de megawatts-hora produzidos. A diferença abasteceria uma cidade com 600 mil habitantes, por exemplo.
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chip, disse que, a exemplo do que ocorreu em 2014 e 2015, a usina de Itaipu e as demais hidrelétricas do sul do Brasil vão assegurar o abastecimento de energia no país em 2016, sem risco de colapso. O ONS é o órgão que coordena toda a operação do setor elétrico brasileiro.
Segundo Hermes Chipp, Itaipu, principalmente, será fundamental para amenizar os efeitos da seca na bacia do Rio São Francisco, na Região Nordeste. O reservatório de Sobradinho zerou o volume útil em novembro deste ano.
"Em 2016, não haverá uma condição climática favorável do baixo São Francisco, de Sobradinho até a foz do rio, ao contrário do cenário em Itaipu. Vamos transferir o excedente de energia de Itaipu para o nordeste, pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), e não teremos problema nenhum no abastecimento”, afirmou Chipp, com base em previsões meteorológicas.
Em 12/12/15 a Itaipu chegou à marca histórica de 2,3 bilhões de MWh de produção acumulada e, ao final de 2015, atingirá 2,31 bilhões de MWh, volume que a mantém como líder mundial em produção de energia, conforme estimativa da própria hidrelétrica.
Toda essa energia foi produzida durante 31 anos e sete meses, a partir de maio de 1984, quando a usina binacional começou a operar. Essa quantidade daria para abastecer o consumo de eletricidade do mundo inteiro por 38 dias e dez horas. (g1)

Produção de Itaipu será 1,5% maior em 2015

Usina fechará o ano com uma produção de 89 milhões de MWh, 1,3 milhão de MWh a mais que em 2014.
A hidrelétrica de Itaipu caminha para fechar 2015 com uma produção de 89 milhões MWh ante 87,8 milhões de MWh em 2014. A diferença em relação ao ano passado deve ficar em aproximadamente 1,3 milhão de MWh, ou 1,5% a mais. Toda a energia produzida pela binacional em 2015 poderia atender ao consumo de eletricidade da cidade de São Paulo durante três anos ou, ainda, o Brasil inteiro por dois meses e uma semana. Em 14/12/15 a produção de Itaipu chegou, às 9h30, a 84.708.676 MWh.
A energia de Itaipu continua sendo preponderante para o setor elétrico. O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chip, disse que, a exemplo do que ocorreu em 2014 e 2015, a usina de Itaipu e as demais hidrelétricas do Sul do Brasil vão assegurar o abastecimento de energia no país em 2016, sem risco de colapso.
Segundo Chipp, Itaipu será fundamental para amenizar os efeitos da seca na bacia do Rio São Francisco, na Região Nordeste. Com base nas previsões meteorológicas, Chipp afirmou que “em 2016, não haverá uma condição climática favorável do baixo São Francisco, de Sobradinho até a foz do rio, ao contrário do cenário em Itaipu". E completou: “Vamos transferir o excedente de energia de Itaipu para o Nordeste, pelo Sistema Interligado Nacional, e não teremos problema nenhum no abastecimento”.
Para o diretor técnico executivo de Itaipu, Airton Dipp, a declaração de Hermes Chipp confirma que Itaipu vem trabalhando de forma sustentável para garantir o suprimento de energia dos sistemas elétrico do Brasil e do Paraguai. “Os dados de 2015 - tanto de produção, quanto de produtividade -, quando o Brasil mais uma vez enfrentou escassez hídrica, mostram que o modelo de gestão adotado em Itaipu este ano foi um sucesso”, disse Dipp. E será adotado também em 2016, mas com uma expectativa ainda melhor do que neste ano, já que El Niño, em relação às condições hidrológicas, deve trazer um primeiro semestre na região melhor do que em 2015. Isso significa mais chuva e, portanto, mais água de forma permanente.
Apesar da escassez hídrica do biênio 2014-2015, a média de produção da Itaipu dos últimos cinco anos está acima dos 93 milhões de MWh. Em 2013, com condições hidrológicas mais favoráveis, excelente desempenho da usina e consumo excepcional - Itaipu bateu seu próprio recorde e estabeleceu como marca anual 98,6 milhões de MWh.
Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, a boa performance de Itaipu comprova que investir em hidrelétrica é um bom negócio para o presente e para o futuro. “O mundo inteiro vem discutindo formas para reduzir os impactos e emissões de gases efeito estufa apontando com uma das saídas o investimento em energias renováveis. O Brasil tem feito isso”, afirmou.
A geração de eletricidade, no País, é uma das mais limpas do planeta. Do total da capacidade instalada, de 135 mil megawatts, apenas 26 mil correspondem à energia produzida por usinas de termeletricidade, menos de 20% do total. A hidroeletricidade corresponde a 66% da matriz elétrica brasileira. Quando se verifica as usinas mais frequentemente despachadas, as que efetivamente são utilizadas, este percentual se eleva ainda mais.
Produtividade
A UHE Itaipu teve outro ponto de destaque em 2015: a produtividade. O bom desempenho é baseado em três indicadores, explica o superintendente de Operação, Celso Torino. O primeiro ponto foi que, a exemplo de 2014, a disponibilidade das 20 unidades geradoras deve ficar este ano acima dos 96%. Já a indisponibilidade forçada das mesmas máquinas, índice que mede o percentual de falhas técnicas ou humanas que não permitiram que as unidades geradoras produzissem, ficará abaixo de 0,1%, considerada uma marca excepcional. Por último, o Fator de Capacidade Operativa, indicador que mede o grau de aproveitamento da água na produção de energia, “apesar da indesejável volatilidade dos volumes de água deste ano, ficará mais uma vez acima dos 97%”, diz Torino.
O superintendente de Operação conclui que “a combinação desses indicadores reafirma a excelente performance operacional da hidrelétrica, resultado da qualidade do seu projeto, da construção, da manutenção e da operação interna e coordenada com seus principais parceiros, a empresa paraguaia Ande e as brasileiras Eletrobras, Furnas e ONS”. (canalenergia)

domingo, 20 de dezembro de 2015

USP desenvolve célula de combustível alimentada com glicerina

Pesquisadoras do Laboratório de Eletroquímica e Eletrocatálise da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP encontraram um novo uso para a glicerina coproduto de biodiesel. Ou melhor, dois novos usos: elas não apenas geram eletricidade pela oxidação da substância como, ainda, o convertem num produto de alto valor agregado, a dihidroxiacetona.
Com o uso da técnica de oxidação para a produção de eletricidade, as cientistas demonstraram que a glicerina é uma opção viável para alimentar as chamadas células de combustível (CC) – um tipo de bateria de alta eficiência que pode ser alimentada rapidamente. Enquanto uma bateria convencional de íons de lítio – como as usadas em celulares e notebooks – pode precisar de horas na tomada até estar 100% carregada, as células de combustível possuem um tanque acoplado que pode ser reabastecido em questão de minutos. “Quando se esgota o ‘combustível’ do tanque, é só reabastecê-lo”, afirma Lívia Martins da Palma, uma das pesquisadoras responsáveis pelo projeto.
Trata-se de um processo de queima parecido com o que ocorre no motor de um carro convencional, mas, ao invés de gerar calor e movimento, ele gera eletricidade que pode ser usadas para alimentar qualquer tipo de aparelho elétrico como, por exemplo, um motor. Empresas como Honda e Toyota já vêm pesquisando essa tecnologia há algum tempo.
Valor agregado
Mas a surpresa positiva surgiu quando as pesquisadoras verificaram que obtiveram como dihidroxiacetona como subproduto. Essa substância é utilizada na fabricação de bronzeadores artificiais, por vinícolas e, também, na preservação do sangue em soluções fora do organismo e pode chegar a ser vendida a R$214,00 o grama.
Esse resultado pode ajudar a tornar a geração de energia com a queima do glicerol – que já era vantajosa por se tratar de um subproduto da produção de biodiesel – ainda mais interessante.
Energia
A célula a combustível é feita em duas partes. No ânodo, o combustível – no caso, o glicerol – é oxidado e gera elétrons que atravessam o circuito. Na segunda parte, os elétrons vão para o outro polo, chamado cátodo, onde o oxigênio será reduzido. “A reação de oxigênio é mais rápida em meio alcalino”, afirma a pesquisadora.
A equipe liderada por Lívia empregou ligas de a platina e o paládio como catalizadores no processo de oxidação do glicerol dentro das células. Para a obtenção de energia na célula é necessário que o combustível oxide por completo pelo catalisador, porém, isto muitas vezes não ocorre. “Quando a oxidação não se completa, formam-se os produtos intermediários, reduzindo a quantidade de energia obtida”, diz Lívia.
Alto custo
A maior dificuldade para a popularização das células de combustível está em no custo dos materiais empregados – a platina e o paládio são metais nobres de elevado custo. Outra dificuldade vem do fato da maioria das pesquisas se concentrar sobre o hidrogênio o que, segundo Lívia, requer o uso de tanques pressurizados que tornam o abastecimento mais difícil. O uso de combustíveis líquidos poderia reduzir essa barreira, garante a pesquisadora.
O que diz respeito aos custos do sistema, as pesquisadoras da USP festejam o grande diferencial obtido com a dihidroxicetona. “A vantagem é usar um sistema consorciado, onde se gera energia e, concomitantemente, produtos de maior valor a partir de um subproduto do biodiesel. Assim, não teremos desperdício, muito pelo contrário, teremos mais lucro”, afirmam.
A próxima etapa do trabalho é diminuir a quantidade de platina/paládio a ser empregada nos eletrodos para baratear e viabilizar o uso da tecnologia.
Os resultados obtidos por Lívia estão descritos em sua tese de doutorado Desenvolvimento de células a combustível de álcoois direta: produção de protótipos de alta potência, defendida em maio deste ano. (biodieselbr)

O biodiesel brasileiro marca presença na COP21

Embora seja uma gota num oceano muito maior, o biodiesel está marcando presença na 21ª Conferência das Partes (COP 21) que está acontecendo nesse exato momento Paris. Organizado pela ONU, o encontro reúne de lideranças de todo o planeta para tentar chegar a um acordo capaz de limitar o aumento das temperaturas médias do mundo em 2ºC, considerados menos impactantes ao planeta. Para ter uma ideia mais clara do que está acontecendo por lá, BiodieselBR.com conversou com o presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel, deputado federal Evandro Gussi.
A grande esperança é que, pela primeira vez, os governos de todos os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas consigam costurar um acordo capaz de limitar seriamente as emissões globais dos gases do efeito estufa (GEEs). “Ainda pairam dúvidas sobre se o acordo final será ou não vinculante ou se teremos só um protocolo de intenções e essa, naturalmente, é uma questão fundamental. Devemos ter uma definição mais concreta sobre esse ponto ao longo dessa semana”, comentou o parlamentar brasileiro.
Apesar dessa indefinição nos fundamentos, Gussi vê o processo que está se desenrolando em Paris com uma dose de otimismo. “Para além do acordo da COP 21, os países perceberam que a discussão [sobre as mudanças climáticas] chegou num outro nível. Está claro que a pressão interna dentro de cada país está se intensificando e vai ser uma constante”, opina.
Biocombustíveis
Embora não se ouça falar muito sobre o biodiesel – ou mesmo os biocombustíveis, de forma mais geral – nos debates de Paris, Gussi diz ter percebido uma mudança relevante no panorama internacional na direção de uma maior receptividade sobre o assunto.
Na virada do milênio, os biocombustíveis entraram no cenário como uma das grandes soluções para reduzir no curto para médio prazos a dependência global em relação ao petróleo. Esse entusiasmo esfriou quando os preços das commodities alimentares dispararam a partir da segunda metade da década passada, [veja gráfico] o que criou dúvidas sobre se os biocombustíveis não teriam parte da culpa na concorrência por recursos agrícolas relativamente escassos e que seriam melhor alocados produzindo alimentos.
“Combustíveis versus alimentos é uma coisa que não tenho ouvido aqui e que eu ouvia bastante em eventos anteriores”, lembra Gussi. Hoje, já ficou mais claro de que essa competição entre biocombustíveis e a produção de alimentos não existe. “Há vários anos que essa questão [da competição entre alimentos e biocombustíveis] estava sempre colocada e dificultava bastante a vida das propostas sobre biocombustíveis. Ela, agora, me parece superada porque temos dados mais robustos mostrando que essa competição não acontece” comemora.
Liderança brasileira
Esse é um desdobramento positivo para o Brasil uma vez a que a bioenergia e os biocombustíveis são parte integral da pretendida Contribuição Nacionalmente Determinar (iNDC, na sigla em inglês) apresentada pela presidente Dilma Rousseff no começo de outubro. O documento é uma espécie de proposta inicial do que cada governo colocaria na mesa durante nas negociações em Paris.
O Brasil, aliás, é um dos players mais influentes no que diz respeito à agenda ambiental discutida na COP 21. O país arrança elogios tanto por sua matriz energética diversificada e relativamente limpa em relação à média mundial, como por ter apresentado uma iNDC considerada relativamente forte em comparação com os demais participantes. “O Brasil é um dos países mais citados em todos os eventos paralelos”, afirma Gussi.
Para reforçar esse posicionamento, a Embaixada Brasileira em Paris vem promovendo uma série de diálogos com técnicos, cientistas e autoridades nos quais a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira tem tomado parte ativa. Esses encontros, de acordo com Gussi, reforçaram o papel do Brasil no contexto dos debates. Ainda de acordo com o deputado, esse espaço dá a oportunidade possa discutir questões relativas ao biodiesel com a representação brasileira nos debates oficiais da ONU onde garante estar encontrando boa receptividade.
Ainda assim ele diz que é relativamente difícil entender qual será o espaço que o processo oficial das Nações Unidas vai abrir para as diferentes opções tecnológicas. “Muitas das propostas que os países trouxeram nos iNDCs são bastante genéricas e ainda estão sendo consolidadas”, destaca.
Paralelos
Mas nem tudo se resume ao processo oficial da ONU. Os eventos paralelos são igualmente importantes e é onde a força do protagonismo do Brasil pode ser mais sentida.
Entre os espaços paralelos que poderão gerar impactos reais, Gussi destaca a reunião da Globe International – um fórum mundial de parlamentares – que trouxe delegações de 67 países para acompanhar os acontecimentos em Paris.
“Eu também tive a oportunidade de falar com um grupo de senadores franceses durante um café da manhã onde expliquei o que o biodiesel tem representado ao Brasil”, conta. Essa semana haverá um diálogo com membros do parlamento europeu no qual o biodiesel será, mais uma vez, debatido.
“Acho que precisamos ir além da agenda negativa de não desmatar ou não usar mais fósseis, claro que isso é importante, mas temos que falar mais de uma agenda positiva. Acho que é isso que o Brasil tem feito de diferente em relação ao mundo”, finaliza. (biodieselbr)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Produção brasileira de biodiesel crescerá 25% em 2015

Produção de biodiesel deve crescer 25% no Brasil em 2015
Reação do setor, que teve recuo em 2014, é alicerçada na supersafra de soja, principal matéria-prima, e na lei que ampliou adição de biocombustível no diesel.
Rio Grande do Sul é o estado que mais produz biodiesel no Brasil.
Após amargar o abandono de investimentos no início do ano passado, o setor de biodiesel brasileiro, que tem o Rio Grande do Sul como maior expoente, agora vê um futuro promissor. A aprovação de lei que ampliou para 7% a adição de biocombustível no diesel, em setembro passado, faz a Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) projetar um aumento de 25% na produção em 2015.
Há um ano, o cenário era árido para o setor. Tida como o mercado do futuro em 2004, quando o governo federal lançou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), com a meta de incentivar a produção do combustível verde no país, a indústria viveu momentos de incerteza e abandono de investimentos no último ano.
Com a mistura obrigatória de biodiesel no diesel estagnada em 5% desde 2010, o país ingressou 2014 com uma ociosidade industrial de 56%. A demanda estável e a falta de competitividade para exportar fizeram pelo menos 20 indústrias que produziam biocombustível fecharem as portas ou migrarem de setor.
- As empresas passaram anos sem ter conhecimento da demanda de biodiesel a longo prazo e houve sobreoferta. Então, algumas não conseguiram manter os investimentos que fizeram — explica Leonardo Botelho Zilio, assessor econômico da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Passo a passo, saiba como o biodiesel é produzido:
Soja, principal matéria-prima do biodiesel, chega às indústrias em caminhões.
 Na empresa, os grãos são descarregados e classificados.
 Depois, os grãos são armazenados para serem usados conforme a demanda da produção.
O processo de produção de biodiesel começa com o esmagamento da soja, onde é separado o óleo e o farelo.
 Com o óleo da soja, é produzido o biodiesel, por meio de um processo químico.
 O processo é monitorado eletronicamente.
 Durante a produção, o biodiesel passa por um controle de qualidade, feito por meio de testes laboratoriais.
Pronto, o biodiesel é distribuído em caminhões ou trens. A comercialização é feita por leilões da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O alento para o setor só veio em 2014, quando uma lei ampliou a mistura para 6% em setembro e, a partir de novembro, para 7%. Além disso, outros dois fatores contribuíram: o bom desempenho no campo, que favorecerá a oferta de matéria-prima, e a desistência da Petrobras em construir duas refinarias, que abrirá espaço no mercado de combustíveis. Diante do novo cenário, a previsão é de que a ociosidade das empresas diminua para 44%.
- A ociosidade demonstra a necessidade de programas de longo prazo para o setor. Lutamos pelo aumento da mistura para 10% nos próximos dois anos e medidas que deixem o mercado competitivo internacionalmente — afirma o presidente da Aprobio, Erasmo Carlos Battistella.
Na linha do tempo, confira os altos e baixos do biodiesel no Brasil:
2003
Primeiros estudos
Tiveram início os primeiros estudos concretos para a criação de uma política do biodiesel no Brasil, conforme o Ministério de Minas e Energia.
2004
Programa de incentivo é lançado
Governo lançou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), com objetivo de introduzir o biodiesel na matriz energética brasileira.
2005
Início da produção no Brasil
País começa a produzir biodiesel, mas apenas em quatro estados. No Rio Grande do Sul, a indústria de biodiesel BSBIOS, é instalada em Passo Fundo, no Norte.
2007
Início da produção no RS
Rio Grande do Sul começa a produzir biodiesel e passa a ser o quarto estado com maior produção no país
2008
Mistura obrigatória de 2% é instituída
Governo instituiu que todo o diesel comercializado no Brasil deveria conter uma mistura de 2% de biodiesel e criou a Petrobras Biocombustível. No mesmo ano, o Rio Grande do Sul passa a ser o maior produtor de biodiesel do país.
2009
Biocombustível puro é usado em ônibus
Prefeitura de Curitiba, capital do Paraná, adotou a utilização de biocombustível puro (chamado B100) em coletivos urbanos. O combustível é fornecido pela gaúcha BSBIOS.
2010
Governo aumenta mistura para 5%
Governo instituiu que todo o diesel comercializado no Brasil deve conter uma mistura de 5% de biodiesel, o que impulsionou o setor.
2011
Produção nacional chega a 2,5 bilhões de litros
Produção de biodiesel no país saltou de 69 milhões de litros em 2006 para 2,5 bilhões de litros em 2011. No final do ano, 56 indústrias estavam autorizadas a produzir e a comercializar o combustível, com capacidade de 6 bilhões de litros/ano. Inicia luta das empresas por aumento da mistura.
2013
Primeira exportação de biodiesel
Primeira exportação de biodiesel do país é realizada pela BSBIOS, que levou 8 mil toneladas do produto para a Holanda. Segue indefinição sobre aumento da mistura.
2014
Após recuo de mercado, governo aumenta mistura para 7%
Devido à indefinição sobre aumento da mistura, mais de 20 empresas que produziam biodiesel tinham fechado as portas ou parado de trabalhar com o produto em fevereiro. O alento para o setor só veio em setembro, quando uma lei federal instituiu o aumento da mistura para 6% e, a partir de novembro, para 7%.
2015
Produção deve crescer 25%
Com aumento da mistura, a produção de biodiesel deve crescer 25% este ano. A expectativa da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) é que produção salte de 3,4 bilhões de litros em 2014 para 4,3 bilhões de litros este ano.
Além de benéfico para o ambiente e para a saúde humana, o biodiesel também favorece a balança comercial brasileira. Battistella explica que, com o aumento da mistura, o país precisará importar menos diesel. Ao produzir 3,42 bilhões de litros de biodiesel em 2014, o país economizou US$ 2,59 bilhões em importação de diesel no ano, de acordo com levantamento da Aprobio.
No cenário de preços atual, a tendência é de que o maior uso de biodiesel torne o diesel mais barato no país, aponta Luiz Fernando Gutierrez Roque, consultor da Safras & Mercado. No entanto, caso o valor do grão tenha alta, ele pondera que as indústrias terão dificuldades para comprar sua principal matéria-prima, e o valor do diesel subirá. Apesar do risco de oscilações, Roque avalia o aumento da mistura como positivo para a economia, já que incentiva o suprimento da demanda interna por combustível com a produção nacional.
Indústria pede incentivo para exportar
Em um país onde a produção de biodiesel depende do consumo interno, a exportação seria uma saída para diminuir a ociosidade industrial. Graças a incentivos tributários, hoje só a Argentina e a Indonésia exportam o produto, conforme a Aprobio. O biocombustível desses países representa apenas uma parte do consumo da Europa, mercado que as indústrias brasileiras sonham em conquistar.
Primeira indústria do país a exportar biodiesel, a gaúcha BSBIOS, instalada em Passo Fundo, no norte do Estado, levou cerca de 40 mil toneladas do produto para a Holanda nos dois últimos anos. Atualmente, porém, reclama da falta de incentivos para a venda no Exterior.
- Estamos sempre de olho no mercado internacional, mas os custos de produção no país tornam a exportação inviável — afirma Erasmo Carlos Battistella, diretor-presidente da BSBIOS e presidente da Aprobio.
Para que o produto brasileiro se torne competitivo, o governo precisa dar incentivos tributários às empresas e melhorar a logística, observa o assessor econômico da Abiove Leonardo Botelho Zilio.
BIODIESEL NO BRASIL
O Brasil é o 2º maior produtor e consumidor de biodiesel do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2014, o país produziu e consumiu 3,4 bilhões de litros, enquanto os EUA produziram e consumiram 4,8 bilhões de litros.
No país, o Rio Grande do Sul é o estado que mais produz biodiesel, com cerca de 30% da produção nacional.
Matéria-prima usada na produção de biodiesel
Óleo de soja – 75%
Gorduras animais – 21%
Óleo de algodão – 2%
Outras – 2%
Capacidade de produção - 7,74 bilhões de litros ao ano é a atual capacidade de produção do Brasil.
56% foi a ociosidade média das indústrias em 2014. A estimativa é que, com o aumento da produção, a ociosidade média seja de 44% em 2015.
INDÚSTRIAS
59 indústrias estão autorizadas a produzirem biodiesel atualmente no país, nove delas o RS.
R$ 6,4 bilhões foi o que essas indústrias faturaram em 2014.
86 mil empregos diretos e indiretos foram gerados pelo setor de biodiesel no país em 2011, conforme estudo da Universidade de São Paulo.
132 mil postos de trabalho devem ser gerados devido ao aumento da mistura do biocombustível no diesel de 5% para 7%. (zh.clicrbs)