sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Guerra contra desperdícios através da eficiência energética


Guerra contra os desperdícios no setor de saneamento através da eficiência energética
As empresas de saneamento enfrentam duplo combate para evitar prejuízos. O primeiro é jogar duro contra as perdas de água tratada no país, provocadas, sobretudo, por vazamentos e ligações clandestinas. A outra guerra é contra o desperdício de energia elétrica, item que, geralmente ocupa o segundo lugar na planilha de despesas. Com as tarifas de energia elétrica nas nuvens nos últimos anos, investir em ações que barrem o desperdício virou prioridade para todas as empresas.
O cenário torna o setor de saneamento um grande alvo para emprego de soluções voltadas para eficiência energética. Segundo dados do plano nacional de eficiência energética, potencial técnico de recuperação de energia elétrica no setor de saneamento chega a 4,7 TWh. Ou seja, um bloco de energia que corresponde à cerca de 34% de seu consumo de energia elétrica em 2015.
“O setor de saneamento tem buscado implementar ações de combate ao desperdício de água e energia elétrica, por meio de melhoria da gestão administrativa, como o controle de faturas e a contratação da demanda, e operacional, como o emprego de equipamentos mais eficientes e novas tecnologias”, aponta Marcus Paes Barreto, engenheiro civil e sanitarista da Eletrobrás.

Motobomba e outros como solução de eficiência energética.
“As soluções na busca pela eficiência energética possuem relação com a melhoria da gestão operacional das empresas, com a realização de manutenções preventivas e preditivas nos sistemas, bem como a realização de intervenções tecnológicas, a fim de atingir a máxima economia de energia elétrica” destaca Barreto.
Segundo o engenheiro da Eletrobrás, as soluções mais usuais são a troca de equipamentos padrões por outros de alto rendimento, reabilitação de tubulações, dispositivos de partida de conjunto de motobomba, setorização dos sistemas, instalação de dispositivo para regularização da pressão na rede de implementação de um sistema de gerenciamento de energia, como a ISO 50.001.
Conjunto motobomba para água, o aliado perfeito.
O equipamento mais utilizado para bombeamento de água é o conjunto de motobomba com bomba do tipo centrífuga e motor tanto elétrico, este mais utilizado, como a explosão: Diesel ou Gasolina.
Nós da Hidro Sistemas fornecemos uma ampla linha de conjuntos motobombas distintas para água.  Do fabricante IMBIL, temos: a linha ITAP, INI K e INI O (para sólidos), E e EP (Re-autoescorvantes para esgotos e sólidos , não precisando de válvula de pé), BEW (multiestágio), BP (bipartida) entre outras.


Aplicações de algumas das motobombas faladas acima
# ITAP: Usinas de açúcar, destilarias, indústrias químicas e petroquímicas, fábricas de papel e celulose, irrigação, saneamento básico, sistemas de combate a incêndio, refrigeração, ar condicionado, na construção civil, na pecuária, indústrias têxteis e outras inúmeras aplicações na indústria e agroindústria.
# INI: Bombeamento de líquidos em saneamento, irrigação, indústrias químicas e petroquímicas, usinas de açúcar, destilarias, indústrias de papel e celulose, esgotos brutos, caldo com bagacilho, circulação de óleo térmico, condensados, etc.
# E e EP: De uma diversificada gama de aplicações, por possuir características e concepções de projeto diferenciadas, as bombas re-autoescorvantes IMBIL concentram-se em estações elevatórias de tratamentos de esgoto, e ainda cumpre seu fundamental papel como o coração de vários sistemas de bombeamento como, por exemplo em: Industrias químicas, estações de tratamento de efluentes químicos, massa de papel e celulose, petroquímicas, captação de água bruta, adutoras de água para abastecimento público, agricultura, sistemas de Arrefecimento Industrial. (hidrosistemas)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Mudança de hábito garante benefícios em eficiência energética

Mudanças de hábito podem garantir benefícios na Eficiência Energética
Mudar de hábito é muito mais do que as pessoas possam imaginar. Deixar antigos costumes para trás é totalmente necessário quando preciso.
O conceito de Eficiência Energética a cada dia que passa está fazendo mais parte das nossas vidas, mas muitos brasileiros ainda desconhecem o seu significado e seus benefícios. Através desse artigo, saiba o que é a Eficiência Energética e quais são os benefícios que ela pode trazer para as nossas vidas!
O que é Eficiência Energética?
Através de análises e estudos, a Eficiência Energética é caracterizada como uma maneira de economizar em uma forma inteligente de consumo de energia, sempre buscando obter melhores resultados com menor custo ou podemos afirmá-la como qualquer atividade em uma sociedade moderna que faz o uso intensivo de uma ou mais formas de energia.
Para a explicação ficar mais clara, tomamos como exemplo uma lâmpada incandescente de 60W, que ilumina o mesmo que uma lâmpada com a tecnologia LED de 7W, possui a mesma capacidade de iluminação, mas consumindo 53W/h, representando quase 90% de economia. É possível economizar uma quantidade significativa de energia (e dinheiro) através de um objeto tão simples. Pequenos costumes fazem toda a diferença!
Os benefícios que a Eficiência Energética podem trazer para as nossas vidas.
No mundo empresarial, podemos notar que hoje em dia, algumas empresas que consomem menos energia produzindo a mesma quantidade que outras tornam-se muito mais competitivas. Isso é dado pelo poder de tornar o preço do produto mais atrativo para o consumidor e investir em outras áreas da empresa. É economizar de um lado e aplicar em outro!
Somos capazes de adotar a Eficiência Energética em nossas casas, por exemplo. Trocando lâmpadas incandescentes para as lâmpadas dos tipo LED ou retirando das tomadas os aparelhos que não utilizamos na maior parte do dia, como por exemplo o aparelho de DVD que sempre fica ligado na nossa estante ou até mesmo o carregador que já fica plugado para a nossa praticidade, esses objetos, mesmo não estando em utilização acabam consumindo energia, você sabia disso?
O desperdício não está na moda
Vale a pena ressaltar que outra fonte de desperdício procede do uso errôneo dos aparelhos e sistemas. Voltando ao exemplo da lâmpada, ela acesa em uma sala sem ninguém também é um desperdício, porque a luz não serve ao seu propósito de iluminação.
A Eficiência Energética é um hábito ambientalmente correto, justamente porque evita a emissão de CO2 produzida por fontes de energia tradicionais e a construção de novas plantas de geração de energia.
E você, vai adotar esse método que pode ajudar a sua vida, não só economizando como também poupando a vida do nosso planeta?
Nos conte se a Eficiência Energética dá certo para você! (austerenergy)



segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Itaipu aposta em eficiência e chega aos 100 milhões de MWh

Itaipu chega perto dos 100 milhões de MWh apostando na eficiência.
Usina binacional desbanca a chinesa Três Gargantas, a maior hidrelétrica do mundo em capacidade instalada. Marca histórica deve ser batida esta semana.
A hidrelétrica de Itaipu (14.000MW) já produziu 98,8 milhões de MWh, com a expectativa de atingir a marca inédita de 100 milhões. A previsão da companhia é fechar 2016 com uma produção superior a 102 milhões de MWh. Para fins de comparação, a chinesa Três Gargantas, a maior hidrelétrica do mundo em capacidade instalada (22.500 MW), fechou novembro com a geração em torno de 83 milhões de MWh e prevê uma produção total de 90 milhões de MWh em 2016. Confirmadas as projeções, a vantagem final de Itaipu será de mais de 10 milhões de MWh, o equivalente a mais de um mês de geração.
Para o diretor técnico da companhia, Airton Dipp, o título de maior produtora de energia hidrelétrica do mundo não representa apenas um status para Itaipu, mas significa que a usina traz ainda mais benefícios ao Brasil e ao Paraguai. A produção maior deste ano fez com que aumentasse a participação de Itaipu nos mercados do setor elétrico brasileiro e paraguaio. “Hoje, Itaipu responde por 18% do consumo nacional, quatro pontos percentuais a mais do que o registrado no ano passado, e por 82% da demanda do Paraguai, ante 76% em 2015”.
O aumento da produção também se reflete em mais royalties (indenização pela exploração do uso da água para a geração de energia elétrica), pagos ao Brasil e ao Paraguai. Como o cálculo é feito com base na variação do dólar – e como a moeda americana se valorizou frente ao real -, o repasse de royalties a partir da produção deste ano será 15% maior. Desde o início do pagamento, em 1985, a soma dos royalties pagos pela Itaipu para os dois países passa de US$ 10 bilhões.
Além da disponibilidade de água, outros três fatores são determinantes para que uma hidrelétrica produza energia: unidades geradoras em condições operacionais, linhas de transmissão idem e consumo. “Água e consumo são variáveis que não controlamos. Então, nosso papel é atuar no sentido de que as unidades geradoras e os sistemas de transmissão não sejam fatores limitantes para a produção. Se temos sucesso, para o consumidor, é como se esses fatores fossem infinitos”, explica o superintendente de Operação da Itaipu, Celso Torino.
Para maximizar a disponibilidade de suas unidades geradoras, a Itaipu aprimorou, a partir de 2011, seu modelo de gestão operacional, que incorpora princípios da Engenharia de Produção e que pressupõe um maior entrosamento entre as equipes de Engenharia, Obras, Manutenção e Operação da usina. A ideia é aproveitar da melhor forma possível toda água que chega ao reservatório. Os resultados desse modelo de gestão ficam claros se observada a evolução da produção e dos índices de produtividade da usina. Em 2008, por exemplo, ano em que a Itaipu estabeleceu um recorde mundial com 94,6 milhões de MWh, a Itaipu registrou um aproveitamento de 97,6% de seus recursos hídricos. Ou seja, de toda água do rio Paraná que chegou à usina e poderia ser transformada em energia, 97,6% foram realmente utilizados, um desempenho excepcional até então.
A partir de 2012, esse índice tem sido sempre superior a 96%, tendo chegado a 99,3% em 2014. Para este ano, em que a usina está registrando novo recorde mundial com mais de 100 milhões de MWh, o índice deverá novamente ultrapassar os 96%. Alguns fatores externos contribuíram para esse número não ter sido ainda melhor como, por exemplo, a retração da economia, que impacta sobre a demanda por energia.
O modelo de gestão operacional foi batizado internamente de “dança com as águas”, o que já dá uma ideia de seu conceito. Tudo começa pela área de Hidrologia, que mantém um acompanhamento ininterrupto do comportamento do reservatório, seus afluentes e das chuvas na bacia hidrográfica do Paraná. Os dados fornecidos por essa área são determinantes para as tomadas de decisão das demais áreas ligadas à produção de energia, que dentro de determinados princípios e limites têm a missão de providenciar o melhor uso da água.
Por incorporar princípios de engenharia de produção, a água é tratada como um recurso dentro de uma cadeia de suprimento. “Dentro dos fatores determinantes para a produção, o consumidor é mais previsível. Se está fazendo calor, há mais consumo. Aos domingos e durante as madrugadas, a demanda cai. Então, se buscamos a eficiência na produção, nossas ações devem se pautar a partir do comportamento da água”, completa Torino.
O departamento de hidrologia emite boletins diários, com dados que abrangem desde as próximas horas até previsões para 10 dias. “O cenário para os dias seguintes é diariamente atualizado e aperfeiçoado. E a operação pode estimar se poderá contar com a água que está chegando ou se terá que usar do estoque do reservatório”, afirma Rafael de Souza Favoreto, gerente da Divisão de Programação e Estatística. O cenário também é estimado com o conhecimento das condições previstas e futuras dos sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai que podem impactar em Itaipu.
Os dados são captados automaticamente por cerca de 40 estações do chamado Sistema de Telemetria Hidrometeorológica (STH) e enviados a uma estação central. A usina utiliza ainda dados de sistemas meteorológicos, como imagens de satélite, imagens de radar e localização de descargas elétricas, por meio de convênios com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e Dirección Nacional de Aeronáutica Civil (Dinac), do Paraguai.
A experiência de quase 33 anos de geração da Itaipu, soma-se um aperfeiçoamento contínuo dos modelos que projetam o comportamento e a propagação da água na bacia hidrográfica. “Quanto mais preciso é o boletim hidrometeorológico, melhor é o planejamento da produção para os dias seguintes”, resume Alberto de Araújo Bastos, gerente do Departamento de Operação do Sistema.
A previsão vai para a área de planejamento da operação que, por sua vez, recebe da Ande (no Paraguai), e da Eletrobras e do Operador Nacional do Sistema (no Brasil) a previsão de demanda por energia nos dois países. A operação busca, então, adequar o aproveitamento máximo da água aos horários de maior consumo. Paralelamente, são também adequadas as ações de manutenção e obras que possam envolver parada de máquinas. Estas costumam ocorrer em datas mais adequadas e dentro de determinados limites, e podem ser adiantadas ou postergadas em função do melhor aproveitamento da água.
Normalmente, a Itaipu opera com a disponibilidade de 19 unidades geradoras e uma em manutenção. Das 20 unidades, 10 estão no setor de 50 Hertz e 10 no de 60 Hertz. A flexibilidade adotada pela usina também implica em utilizar mais água em um ou outro setor, conforme o cenário. “Se a previsão de consumo da Ande não se confirma, por exemplo, isso significa que há mais energia disponível para o Brasil ou vice e versa, e os ajustes são feitos em tempo real, na Sala de Despacho de Carga”, exemplifica Rodrigo Gonçalves Pimenta, da Divisão de Operação do Sistema. Outras variáveis que influenciam na gestão da produção vêm das equipes que supervisionam o funcionamento das máquinas e toda a usina na Sala de Supervisão e Controle Central. As unidades geradoras dispõem de uma série de sensores que podem disparar alarmes, sinalizando algum tipo de mau funcionamento, como uma elevação anormal da temperatura.
As equipes, então, têm de avaliar se se trata de uma anomalia que precisa ser resolvida na hora, com desligamento da máquina, ou se pode ser consertada sem interrupção da geração. Ou, ainda, se pode ser momentaneamente conviver com a anomalia e programar a intervenção para um momento de baixo consumo. Porém, antes de manter as máquinas em operação, há três pilares básicos que norteiam a tomada de decisão: se implica em algum risco para os trabalhadores ou para o meio ambiente; ou se há risco para os equipamentos ou ativos da usina; ou, ainda, se a própria produção de energia pode ser colocada em risco.
É uma análise de risco que podem envolver pessoas comprometidas e capacitadas de pelo menos três áreas da técnica: operação do sistema, operação da usina e manutenção. “Algumas ações de manutenção, obras ou montagens são feitas com as máquinas operando. É como se consertássemos um avião em pleno voo”, compara o Douglas Teixeira Barreto, da Divisão de Operação da Usina e Subestações.  “Uma decisão errada pode levar, no mínimo, a uma perda de eficiência na produção”, completa Paulo Zanelli Júnior, da mesma área. A comparação com a aeronáutica guarda outro paralelo em relação à solução de panes. Assim como pilotos são treinados para uma série de procedimentos que são adotados em situações críticas, a gestão da produção hidrelétrica também adota sequências de comandos específicos para emergências.
Conforme explica Rui Jovita Godinho Correa da Silva, gerente da Divisão de Estudos Elétricos e Normas, a Itaipu promoveu ao longo dos anos uma série de estudos que permite à operação saber o que deve ser feito quando surgem imprevistos, como a queda de linhas de transmissão, por exemplo. “Hoje, a grande maioria das ocorrências está prevista e os operadores sabem as medidas que precisam ser adotadas”, garante.
A evolução da gestão de crise também permitiu diminuir eventuais gargalos na transmissão. Em eventos extremos, como, por exemplo, a realização da Copa do Mundo, das Olimpíadas ou de uma visita papal, em que o setor elétrico precisa operar dentro de uma faixa mais restritiva em prol da extrema segurança a disponibilidade de carga da Itaipu para o Brasil costumava ser reduzida dos habituais 7 mil MW para 3 mil MW.
Com a evolução dos procedimentos de operação da usina, essa carga hoje é restringida em 4,9 mil MW, o que, além do ganho de potência, representa também maior confiabilidade para o sistema. Da mesma forma, estudos e ações de médio e longo prazo são adotados por todas as áreas da Diretoria Técnica da Itaipu, para que as restrições de produção sejam sistematicamente evitadas ou eliminadas. (canalenergia)

sábado, 24 de dezembro de 2016

Eficiência energética x desperdício

Qualquer atividade em uma sociedade moderna só é possível com o uso intensivo de uma ou mais formas de energia.
Dentre as diversas formas de energia interessam, em particular, aquelas que são processadas pela sociedade e colocadas à disposição dos consumidores onde e quando necessárias, tais como a eletricidade, a gasolina, o álcool, óleo diesel, gás natural, etc.
A energia é usada em aparelhos simples (lâmpadas e motores elétricos) ou em sistemas mais complexos que encerram diversos outros equipamentos (geladeira, automóvel ou uma fábrica).
Estes equipamentos e sistemas transformam formas de energia. Uma parte dela sempre é perdida para o meio ambiente durante esse processo. Por exemplo: uma lâmpada transforma a eletricidade em luz e calor. Como o objetivo da lâmpada é iluminar, uma medida da sua eficiência é obtida dividindo a energia da luz pela energia elétrica usada pela lâmpada.
Da mesma forma pode-se avaliar a eficiência de um automóvel dividindo a quantidade de energia que o veículo proporciona com o seu deslocamento pela que estava contida na gasolina originalmente.
Outra fonte de desperdício deriva do uso inadequado dos aparelhos e sistemas. Uma lâmpada acesa em uma sala sem ninguém também é um desperdício, pois a luz não serve ao seu propósito de iluminação.
Também um veículo parado em um engarrafamento está usando mais energia do que a necessária por conta do tempo que fica parado no congestionamento.
Outros fatores mais sutis explicam muitos desperdícios. Um construtor barateia a construção não isolando o “boiler” e os canos de água quente, pois quem pagará pelo desperdício será o consumidor.
Vale notar que esses efeitos se multiplicam à medida que a energia vai migrando por todos os setores da economia.
Por que se desperdiça energia?
Uma lâmpada incandescente comum tem uma eficiência de 8% (ou seja, 8% da energia elétrica usada é transformada em luz e o restante aquece o meio ambiente). A eficiência de uma lâmpada fluorescente compacta, que produz a mesma iluminação, é da ordem de 32%.
Como o preço da lâmpada eficiente é entre 10 a 20 vezes mais caro do que a comum, a decisão de qual delas comprar dependerá de fatores econômicos que consideram a vida útil de cada uma e a economia proporcionada na conta de luz.
Os cálculos para tomar a decisão acima não são triviais. Exigem o domínio de ferramentas de matemática financeira desconhecidas pela maioria dos consumidores.
A seleção de equipamentos e sistemas mais complexos pode ser mais difícil ainda. Esta é a razão pela quais muitos consumidores usam inadequadamente todas as formas de energia. (sejagreen)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Desperdício de energia e os de negócios em eficiência energética


Desperdício de energia dá o tamanho do potencial de negócios em eficiência energética

Uma estimativa aponta que o Brasil desperdiçou cerca de 60 mil GWh de energia no ano de 2015, esse volume é equivalente a 13% do consumo nacional. Esse é o tamanho de um mercado cujo potencia ainda é incerto, o de eficiência energética. O que é possível de se mensurar é o custo que um determinado tipo de consumidor pode ter ao não tomar medidas para melhorar o seu perfil de consumo de energia.
De acordo com o diretor da Comerc Esco, Marcel Haratz, os dois principais focos de potenciais ganhos estão em climatização e iluminação que podem variar de 10% a 50% e de 30% a 60%, respectivamente.
Segundo um levantamento feito pela empresa, um shopping center cuja a conta de energia mensal é de R$ 1 milhão apresenta potencial do chamado ‘não fazer’ de R$ 135 mil e de R$ 180 mil por mês. “Isso significa que esse consumidor tem um custo que poderia ser reduzido em R$ 315 mil reais, uma economia de mais de 30% somente com esses dois itens”, comentou o executivo. Nessa conta, foram incluídas ainda a indicação de retorno do investimento simples nesses casos, que ficaria entre 26 e 72 meses em termos de ar condicionado e de 18 a 42 meses para o item iluminação.
Dados de outros perfis de consumidores como hotéis e edifícios comerciais, redes de varejo, supermercados e indústria também foram levantados na pesquisa. Nesses dois últimos há itens que são adicionados ao cálculo, como refrigeração para o primeiro e ar comprimido e motores elétricos para o segundo. Estes, segundo o estudo, são os itens que possuem maior impacto na fatura de energia, sendo de 35% nos supermercados e de 20% e 55% no caso industrial.
A pesquisa também mostra que seria possível alcançar um potencial de economia de 10% a 40% em refrigeração. No segmento industrial que esse potencial é de 15% a 30% para o item ar comprimido e de 15% a 40% em motores elétricos. Haratz lembrou que o Brasil assumiu compromissos com a redução de emissões de gases de efeito estufa durante a COP 21 de Paris, no ano passado. E que a eficiência energética é um dos temas a serem atacados, pois há a necessidade de que o país aumente a sua eficiência energética em 10% até 2030. (crnbio)

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

State Grid facilita crédito internacional na CPFL Renováveis


State Grid poderá facilitar acesso a crédito internacional na CPFL Renováveis.
Consulta preliminar indica que bancos veem de forma positiva a chegada dos chineses e geradora pode acelerar a consolidação de mercado com dinheiro externo.
A chegada dos chineses na State Grid no capital social da CPFL Renováveis ainda depende de aprovações da Aneel no que diz respeito à CPFL Energia e o resultado da oferta pública de ações que será feita aos acionistas minoritários. Contudo, em consulta a bancos, a geradora já vê uma sinalização preliminar positiva por parte desses credores caso se confirme a entrada da chinesa em seu controle. Com isso a empresa ganharia mais fôlego para captação de recursos no exterior e assim tocar sua estratégia de crescimento com mais vigor.


O plano de expansão da CPFL Renováveis é visto pelos chineses como um modelo de perspectivas interessantes. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Gustavo Sousa, que também acumula o cargo de diretor presidente interino já houve algumas interações feitas com os chineses para a apresentação dos números da companhia. Mas ainda sem algo mais direcionado, porém classificou como possível ter acesso a mercados internacionais de crédito com os chineses no controle da geradora.
O diretor de Novos Negócios da geradora, Alessandro Gregori Filho, destacou que a companhia tem em sua estratégia de expansão duas frentes a de desenvolvimento de projetos dentro da própria geradora e outro viés por meio de aquisições. Ele comentou que há 4,3 GW em capacidade de geração em análise. Desses, a maioria está em operação comercial, o que reduz riscos. A maior parte dos projetos eólicos estão no Nordeste, principalmente, na região próxima a João Câmara, onde a empresa conseguiria obter sinergias com os complexos Campos dos Ventos e São Benedito. Mas ainda citou empreendimentos que estão localizados em outros estados dependendo de sua fonte de geração.


“Esse portfolio de projetos está em operação, são várias as fontes, inclusive a solar, pois há muitas pequenas empresas com dificuldades econômicas para captação de recursos, ainda mais nesse momento, para realizar projetos”, comentou o executivo durante o evento da marca de 2 GW em operação comercial da empresa. Contudo, não é a qualquer preço que a empresa deverá crescer. Segundo Sousa, a geradora procura balancear a rentabilidade e o risco, como os empreendimentos em análise estão em operação, tende a ter menos risco de execução, então tem oportunidade. “Mas não paramos de fazer desenvolvimento pra o crescimento orgânico”, acrescentou. Diante da proximidade do próximo leilão de energia de reserva, a CPFL Renováveis afirmou que está satisfeita com a participação do BNDES nos financiamentos. E avaliou ainda que os preços do leilão estão refletindo os riscos atuais do mercado.
Os parques do Complexo de São Banedito e que marcam o alcance de 2 GW contaram com financiamento do BNDES para o mercado livre. A CPFL Renováveis fechou contrato com a comercializadora do grupo, a CPFL Brasil por 20 anos o que assegurou o empréstimo do banco estatal ao valor de R$ 760 milhões. (canalenergia)

domingo, 18 de dezembro de 2016

Londres anuncia restrições ao uso de diesel

Londres também anuncia restrições ao uso de diesel
Restrições a circulação de veículos à diesel parece estar se tornando uma tendência mundial entre grandes cidades.
Há uns poucos dias, cidades como Atenas, Cidade do México, Paris e Madri anunciaram de forma conjunta que pretendem banir seu uso até 2025.
Agora é a vez de Londres anunciar medidas nesse sentido. (biodieselbr)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Cidades pelo mundo se articulam para banir veículos a diesel

Em 02/12/16 os prefeitos de Atenas, Cidade do México, Paris e Madri anunciaram conjuntamente que vão banir veículos a diesel de seus perímetros urbanos até o ano de 2025.
Os presidentes dos municípios de Paris, Madrid, Atenas e Cidade do México chegaram a acordo para banir os veículos a diesel das "suas" cidades até 2025.
Esta proposta tem como principal objetivo melhorar a qualidade do ar reduzindo o óxido nítrico e dióxido de nitrogénio (NOx) e as emissões de partículas dos motores a diesel.

Esta questão sempre esteve presente nos últimos anos, mas saltou para as manchetes dos jornais de todo o mundo quando o escândalo do Dieselgate "rebentou".
Em causa está o software desenvolvido pela Volkswagen que manipulava as emissões dos motores a diesel no momento em que eram sujeitos a testes.




Mas esta é apenas uma parte da história.
É que para além das suspeitas que o "dieselgate" levantou, os motores a diesel têm sido alvo de um enorme escrutínio desde que se descobriu que existem pequenas partículas de fuligem durante a combustão que não ficam retidas nos filtros de partículas.
E além de provocarem uma poluição visível, está provado que estas partículas conseguem penetrar nos pulmões e despoletar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O anúncio foi feito durante a cimeira C40, onde 40 cidades debatem estratégias para combater as alterações climáticas, mas os presidentes de câmara das quatro cidades não adiantaram quando é que esta proibição terá início nem em quantas fases poderá ser dividida.
Os presidentes dos municípios de Paris, Madrid, Atenas e Cidade do México chegaram a acordo para banir os veículos a diesel das "suas" cidades até 2025.
Esta proposta tem como principal objetivo melhorar a qualidade do ar reduzindo o óxido nítrico e dióxido de nitrogénio (NOx) e as emissões de partículas dos motores a diesel.
Esta questão sempre esteve presente nos últimos anos, mas saltou para as manchetes dos jornais de todo o mundo quando o escândalo do Dieselgate "rebentou". Em causa está o software desenvolvido pela Volkswagen que manipulava as emissões dos motores a diesel no momento em que eram sujeitos a testes.
Mas esta é apenas uma parte da história.
É que para além das suspeitas que o "diesel Gate" levantou, os motores a diesel têm sido alvo de um enorme escrutínio desde que se descobriu que existem pequenas partículas de fuligem durante a combustão que não ficam retidas nos filtros de partículas.
E além de provocarem uma poluição visível, está provado que estas partículas conseguem penetrar nos pulmões e despoletar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O anúncio foi feito durante a cimeira C40, onde 40 cidades debatem estratégias para combater as alterações climáticas, mas os presidentes de câmara das quatro cidades não adiantaram quando é que esta proibição terá início nem em quantas fases poderá ser dividida.
"A fuligem dos veículos diesel está entre os maiores contribuintes para as doenças e para o aquecimento global", afirmou Helena Molin Valdés, diretora da secretaria da coalizão do clima e do ar limpo das Nações Unidas.
Giorgos Kaminis, presidente da Câmara de Atenas, acredita que esta posição "é apenas o primeiro passo rumo à proibição total dos carros nas cidades".
Os números são impressionantes – a publicação inglesa "The Guardian" garante que cerca de três milhões de pessoas morrem prematuramente todos os anos por culpa das partículas produzidas pelos veículos a diesel – e já toda a gente percebeu que terão de ser tomadas medidas radicais.
Recorde-se que a cidade de Paris é pioneira neste tipo de medidas "anti-diesel", uma vez que já proibiu automóveis construídos antes de 1997 de circular na cidade.
E o caso parisiense é mesmo dos mais graves da Europa e já obrigou a que fossem tomadas medidas excepcionais, como a circulação alternada.
Esta terça-feira apenas os automóveis com o número de matrícula par podem circular nas ruas da capital francesa e nos seus subúrbios (com exceção feita aos híbridos, elétricos, veículos de emergência, táxis, autocarros escolares, camiões refrigerados e veículos com três ou mais pessoas a bordo), sendo que os responsáveis da cidade tornaram os transportes públicos gratuitos durante o dia de hoje para que as pessoas tenham uma alternativa válida ao automóvel.
E se esta medida não é uma novidade (também já foi adoptada em Lisboa), é certo que se tornará mais comum nos próximos anos.
E se Lisboa seguisse o exemplo?
A capital portuguesa, à imagem do que acontece no resto do mundo, tem vindo a registar elevados níveis de poluição nos últimos anos, sobretudo no que ao dióxido de azoto diz respeito.
E no ano passado Lisboa surgiu na penúltima posição num ranking de 23 cidades europeias que avalia o empenho na redução dos níveis poluentes.
São "cartões de visita" que a capital portuguesa não deseja nem precisa, pelo que é seguro afirmar que mais tarde ou mais cedo Lisboa também vai colocar um travão ao diesel.
Ainda assim, este é um assunto que não será discutido antes das próximas eleições autárquicas. (aquelamaquina)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A revolução da energia renovável e suas limitações


O mundo precisa superar a era dos combustíveis fósseis e avançar na revolução da energia renovável. O ambientalista Lester Brown e seus colegas do Instituto de Políticas da Terra (EPI ) estão otimistas com o que eles chamam de transição da energia fóssil e nuclear para as “energias limpas”, a partir do fortalecimento da produção de energia solar, eólica e outras fontes renováveis. O livro: “The Great Transition Shifting from Fossil Fuels to Solar and Wind Energy”, sem dúvida, é uma contribuição para a análise da mudança da matriz energética.

Segundo Lester Brown, a transição mundial dos combustíveis fósseis para as fontes renováveis ​​de energia está em curso: “Uma nova economia energética mundial está emergindo com base na emergência da energia solar e eólica, em função da redução da disponibilidade de combustíveis fósseis e da piora da poluição do ar”. No capítulo 1 do livro, Lester Brown apresenta algumas tendências otimistas:

“O preço dos painéis solares fotovoltaicos (PV) declinaram 99% nos últimos quatro décadas, a partir de US$ 74 por watt em 1972 para menos de US$ 0.70 por watt em 2014”. Entre 2009 e 2014, os preços de painéis solares caíram por ¾, ajudando as instalações globais de PV crescerem 50% ao ano.

Ao longo da última década, a capacidade mundial de energia eólica cresceu mais de 20% ao ano, devido ao aumento impulsionado por características atraentes, pelas políticas públicas de apoio à sua expansão e por custos decrescentes. Até o final de 2014, a capacidade mundial de geração eólica totalizou 369 mil megawatts, o suficiente para abastecer mais de 90 milhões de lares.

Políticas nacionais e subnacionais em todo o mundo estão mudando para apoiar as energias renováveis ​​e colocar um preço sobre o carbono. Estes incluem 70 países com tarifas feed-in; duas dezenas de países com padrões de portfólios renováveis ​​(RPS); 37 países com apoio fiscal ao investimento em energias renováveis; 40 países implementando ou planejando precificação do carbono.

O uso do carvão dos EUA está caindo – caiu 21% entre 2007 e 2014 – e mais de um terço das centrais a carvão do país já fechando ou anunciaram planos para fechamento futuro. Enquanto isso, o Índice Global de Carvão Stowe – um índice composto de empresas de todo o mundo, cujo principal negócio envolve carvão – caiu 70% entre abril de 2011 e setembro de 2014.

Para o mundo como um todo, a geração de energia nuclear atingiu o pico em 2006 e caiu em quase 14% em 2014. Nos EUA, o país com o maior número de reatores, a geração nuclear atingiu o pico em 2010 e está agora também em declínio.

“Na China, a produção de eletricidade a partir de centrais eólicas já ultrapassa aquelas a partir de usinas nucleares, enquanto o uso de carvão chegou ao pico”.

Segundo Lester Brown e colegas: “Inicialmente, esta transição energética foi impulsionado por incentivos do governo, mas agora ela também está sendo impulsionada pelo mercado. Com os preços de hoje favorecendo tanto a energia solar, quanto eólica, em muitos locais, a transição está em aceleração, movendo-se muito mais rápido do que o previsto anteriormente”. O gráfico abaixo mostra a distribuição e o avanço da energia solar fotovoltaica até 2014.


O banco de investimento UBS também tem uma expectativa otimista da evolução da energia solar:
1) mais de 10% da energia do mundo poderia ser gerada a partir do sol dentro de uma década;
2) a energia solar poderá ser a “tecnologia padrão do futuro”, substituindo definitivamente o carvão e a energia nuclear. (Walton, 2015).
Sem dúvida o avanço da energia renovável substituindo os combustíveis fósseis é uma necessidade urgente para a estabilização da economia e do clima (Alves, 2014 e 2015). Contudo, todo este otimismo não é compartilhado por outros analistas.
Kurt Cobb considera que a revolução energética, se acontecer na escala necessária, não deve ocorrer de maneira tão rápida e nem com tantos resultados positivos sobre o clima. Ele diz: “Mesmo com todos os esforços a transição energética atual, embora cada vez mais urgente, ainda levaria um longo tempo. E não está claro a dimensão dos resultados positivos no que diz respeito às alterações climáticas”.
Gail Tverberg (2014), no artigo: “Ten Reasons Intermittent Renewables (Wind and Solar PV) are a Problem”, relaciona dez problemas que dificultam a superação dos combustíveis fósseis e a mudança da matriz energética mundial para fontes renováveis.
Richard Heinberg, analisando o crescimento da energia renovável no artigo “Renewable Energy Will Not Support Economic Growth” (2015), chega à seguinte conclusão: “Em suma, há muito mais desafios associados à transição da energia renovável do que oportunidades. Há possíveis soluções para todos os problemas que identificamos. Mas a maioria dessas soluções envolvem custos mais elevados ou a funcionalidade do sistema reduzida”.


Não resta dúvidas de que a economia internacional precisa reduzir significativamente os subsídios e a dependência dos combustíveis fósseis e aumentar o peso das energias renováveis no conjunto da produção energética, a despeito das dificuldades que precisam ser superadas. Para tanto é preciso que as diversas nações criem políticas públicas para incentivar a utilização das energias renováveis e que haja incentivo para que o mercado, as famílias e as comunidades invistam na mudança da matriz energética. Também é preciso construir redes de transmissão inteligentes para controlar a sazonalidade da produção de energia eólica e solar, aumentar a eficiência energética e adaptar a produção à demanda.
Portanto, os investimentos em energia eólica e solar devem vir acompanhados de uma mudança no modelo de produção e consumo que degrada a natureza e aumenta a pegada ecológica. O mundo precisa se livrar dos combustíveis fósseis, mas também precisa caminhar rumo ao decrescimento das atividades antrópicas, renovando o estilo de desenvolvimento consumista que tem colocado tantas pressões sobre o meio ambiente e a biodiversidade. Como colocado em artigo recente (Alves, 2014): “Somos a primeira geração a sentir o impacto da mudança climática e a última geração que pode fazer alguma coisa para evitar um desastre ecológico global”. A mudança da matriz energética é um primeiro passo. Mas a construção de uma civilização ecológica é um sonho ainda muito distante e que vai requerer muitos esforços. (ecodebate)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Opep discute corte de 4,5% na produção de petróleo


Representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reunidos em 22/11/16 discutiram um plano que redundaria no corte de 4,5% da produção dos países membros, disseram pessoas próximas às negociações.
Trabalhador em refinaria de petróleo: proposta final foi votada em Viena.


Se confirmada, a meta seria superior a que tem sido ventilada pelo cartel, que ficaria entre 2% e 4%. No entanto, essas mesmas pessoas afirmaram que o Iraque e o Irã ainda estão relutantes em concordar com um corte dessa magnitude. (biodieselbr)



sábado, 10 de dezembro de 2016

País investirá em biocombustíveis de aviação e reduzirá emissões

País deve investir em biocombustíveis de aviação para reduzir emissões
A concretização do plano de longo prazo para o desenvolvimento dos biocombustíveis no Brasil – a ser lançado pelo governo federal sob o nome de RenovaBio 2030 – pode gerar investimentos de até R$ 5 bilhões em refinarias para produção de bioquerosene com a geração de 60 mil postos de trabalho nos próximos anos. A estimativa foi apresentada pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) ao diretor de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Miguel Ivan Lacerda, em 29/11/16.
Segundo o diretor de Biocombustíveis de Aviação da Ubrabio, Pedro Scorza, o investimento no desenvolvimento da cadeia de bioquerosene se justifica ambiental e socioeconomicamente. Scorza, que também representa a GOL Linhas Aéreas, explicou que o bioquerosene é uma solução efetiva para o cumprimento das metas de redução das emissões de gases de efeito estufa e que a companhia aérea tem interesse em comprar o biocombustível, desde que haja paridade de preço com o fóssil.
“Tornar o setor aeronáutico mais sustentável é um desafio que pode ser superado com o desenvolvimento de cadeias de biomassa para produção do combustível renovável de aviação. Há quatro anos, a Ubrabio e a GOL vêm trabalhando na estruturação de uma cadeia para o bioquerosene, em conjunto com diversos stakeholders”, conta.
Segundo o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski, a necessidade de investir na produção de bioquerosene como parte do esforço para evitar o aumento da temperatura global foi discutida também durante a Conferência Mundial do Clima (COP 22), no Marrocos. “No céu não tem tomada. O bioquerosene se mostra como a alternativa mais viável para substituir o querosene fóssil e é a opção que pode atender mais rapidamente essa necessidade do setor de aviação”, aponta Tokarski.
No início de novembro, o Brasil participou da COP 22, que culminou com a Declaração de Marrakech, onde chefes de Estado e de delegações de todos os países envolvidos com o Acordo de Paris confirmaram o compromisso de redução das emissões de gases do efeito estufa como forma de conter o aquecimento global. No Acordo, o governo brasileiro comprometeu-se oficialmente a cortar as emissões do país em 37% até 2025, e em 43% até 2030, tendo como base o ano de 2005.
Paralelamente, o setor de aviação internacional – que representa cerca de 2% das emissões globais, com perspectivas de amplo crescimento até 2050 – firmou um acordo para neutralizar as emissões a partir de 2020. O documento, definido na 39ª Assembleia da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) estabelece que, a partir de 2021, empresas aéreas com voos partindo ou chegando dos países signatários reduzam ou compensem as emissões que ultrapassem os níveis de 2020.
Para o representante da Embraer Marcelo Gonçalves, os biocombustíveis de aviação são “uma baita oportunidade para o Brasil”. “Esse mercado vai ser necessário. Quem pratica voos internacionais vai ter que mitigar emissões. A solução é o biocombustível aeronáutico”. Marcelo destacou ainda os benefícios sociais e econômicos de investir nessa indústria. “A indústria vai requisitar mão de obra qualificada e exigir modelos de formação interdisciplinares”.
RenovaBio
Já o diretor de Biocombustíveis do MME, Miguel Ivan Lacerda, destacou que o Brasil acerta ao apostar nos combustíveis renováveis e que a proposta da plataforma RenovaBio 2030 é chamar os elos da sociedade e da indústria para construção de uma agenda transparente e estratégica, para que o setor possa crescer com “previsibilidade, tranquilidade e segurança”, conforme as palavras do ministro Fernando Coelho Filho.
Rede de Bioquerosene
Durante o encontro também foi articulada a estruturação de uma Rede Brasileira de Pesquisa em Bioquerosene.
A iniciativa é fruto do diálogo entre os pesquisadores Donato Aranda (UFRJ/Ubrabio), Nataly Albuquerque dos Santos (UFPB) e Amanda Duarte Gondim (UFRN), o MME e os representantes da iniciativa privada presentes na reunião. (biodieselbr)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Chernobil deixará de ser perigosa

Chernobyl pode deixar de ser um perigo no próximo século
O quarto maior reator da usina nuclear ucraniana de Chernobyl, causador da maior catástrofe atômica da história em 1986, deixou de ser uma ameaça.
Chernobyl deixa de ser um perigo pelo próximo século.
O quarto maior reator da usina nuclear ucraniana de Chernobyl, causador da maior catástrofe atômica da história em 1986, deixou de ser uma ameaça pelos próximos cem anos, agora que recebeu um sarcófago novo, gigantesco e confiável.
“O reator de Chernobyl foi coberto com sucesso 30 anos depois da catástrofe de 1986, como resultado de uma incrível façanha de engenharia”, anunciou o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, que garantiu o financiamento para o trabalho.
A estrutura em forma de arco, de 110 metros de largura, 150 de altura e 256 de comprimento, e um peso de mais de 30.000 toneladas, foi construída a 180 metros do reator danificado, protegida por um sarcófago de concreto, fabricado imediatamente após o acidente nuclear.
O novo sarcófago, construído pelo consórcio francês Novarka tem um custo estimado de 1,5 milhão de euros e foi colocado sobre o quarto reator através de um exclusivo sistema ferroviário.
Em seu interior, o novo sarcófago possui guindastes movidos a controle remoto, que, no próximo ano, ajudarão a remover o teto do antigo, que, segundo os especialistas, está em mau estado e pode desabar.


"Essa é a maior estrutura móvel já construída pela humanidade”, disse o Presidente da Ucrânia, Petró Poroshenko, em uma cerimônia que teve lugar na usina de Chernobyl, para comemorar a instalação do novo sarcófago.

O chefe de Estado assinalou que “uma coalizão de 28 países ofereceu suporte à Ucrânia no projeto, fornecendo pouco mais de 1,4 milhão de euros para a construção”.

“Muitos não acreditaram… Mas parabéns, queridos amigos. Nós conseguimos”, ele exclamou. Poroshenko salientou que “hoje, todo o mundo poderá ver o que a Ucrânia e o mundo podem fazer quando se unem, como podemos defender o mundo da ameaça nuclear.”

Ele não desperdiçou a oportunidade de informar que a Ucrânia tem sido vítima de agressões militares por parte da Rússia, que, de acordo com Kiev, opera com armas e tropas separatistas nas regiões orientais de Donetsk e Lugansk.

“Ninguém poderia imaginar que a tragédia de Chernobyl não seria o pior que a Ucrânia precisaria suportar. Tivemos que construir o novo sarcófago em condições de guerra, enquanto nos defendemos da Rússia.”


Ele agradeceu a solidariedade internacional para com a Ucrânia desde o desastre nuclear de Chernobyl e apelou às nações que mantivessem essa solidariedade em prol da paz no país.
No fim da cerimônia, transmitida ao vivo pela televisão e pelas redes sociais, Poroshenko premiou vários participantes da construção do sarcófago.
O pior acidente nuclear da história, Chernobyl, ocorreu a 120 quilômetros de Kiev, liberando 50 milhões de curies de radiação por vastas áreas do país, da Bielorrússia e da Rússia.
A “zona de exclusão”, criada ao redor da central danificada, foi evacuada por mais de 135.000 pessoas após o acidente, das cidades de Pripiat, que tinha 50.000 habitantes, Chernobyl, com 12.000, e várias outras vilas nas proximidades.


A radiação afetou mais de 5 milhões de pessoas, principalmente na Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Mais de 600.000 pessoas participaram do trabalho de lidar com a catástrofe e suas consequências. Em apenas 206 dias, um total de 90.000 homens construíram, em meio a condições adversas, um cubo com 400.000 m3 de concreto e 7.000 toneladas de estrutura metálica do reator danificado, que agora está coberto pelo sarcófago. (yahoo)