quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Brasil inicia construção de usina solar associada a parque eólico

CGN Brasil inicia construção de usina solar associada a parque eólico.

Com previsão de início de operação em 2026, o projeto solar LDB Associado totalizará 44 MW de capacidade instalada, integrado ao Complexo Eólico Lagoa do Barro, inaugurado em 2018 e atualmente em operação com 295 MW.
A CGN Brasil Energia iniciou a construção do projeto LDB Associado, uma usina solar fotovoltaica localizada em Lagoa do Barro do Piauí (PI), a 580 quilômetros de Teresina, com capacidade instalada de 44 MW. O empreendimento será integrado ao Complexo Eólico Lagoa do Barro, inaugurado em 2018 e atualmente em operação com 295 MW, formando assim um complexo renovável híbrido que reúne geração solar e eólica.

Com previsão de início de operação em 2026, o projeto consolidará o Complexo Lagoa do Barro como um dos ativos mais estratégicos da CGN no país, ampliando sua capacidade total instalada para mais de 1,5 GW.

Essa associação de fontes renováveis complementares permitirá a otimização da infraestrutura já existente, maior eficiência operacional e redução da intermitência das fontes. Ao compartilhar recursos como subestações e linhas de transmissão, o modelo diminui custos e contribui para um fornecimento mais estável de energia limpa.

O LDB Associado contará com a instalação de mais de 90 mil painéis solares, gerando cerca de 300 empregos diretos e indiretos.

“Este projeto representa mais um passo importante na nossa estratégia de ampliar a participação de fontes renováveis na matriz energética brasileira, unindo inovação tecnológica, responsabilidade ambiental e desenvolvimento socioeconômico local”, afirma Silvia Rocha, diretora jurídica e de compliance da CGN Brasil.

Projeto inovador de geração híbrida de fontes eólica e solar.

Segundo Silvia, a integração de usinas solares e eólicas no mesmo complexo “mostra que é possível unir eficiência e sustentabilidade”. Ela acrescenta que “essa combinação aproveita o melhor de cada fonte de energia, garantindo alto desempenho com menor impacto ambiental”. (pv-magazine-brasil)

Resort em Penha/SC terá usinas fotovoltaicas para gerar 15 mil kWh/mês

Resort em Penha (SC) contará com usinas fotovoltaicas para gerar cerca de 15 mil kWh por mês.
Um novo resort no estilo amazônico chamado Amazon Parques & Resorts está a ser construído em Penha (SC) e contará com miniusinas solares distribuídas em suas três torres para gerar aproximadamente 15 mil kWh por mês, o suficiente para abastecer cerca de 75 residências. Este projeto de energia limpa é parte de uma estratégia mais ampla de sustentabilidade que também inclui reuso de água da chuva e tratamento de esgoto, visando transformar a experiência turística em uma vivência integrada com a consciência ambiental, conforme apurado em matéria da revistaespeciais.com.br.

Detalhes do projeto de energia:

Localização: Penha, Santa Catarina.

Nome do empreendimento: Amazon Parques & Resorts, inspirado na Amazônia.

Sistema de energia: O resort utilizará miniusinas solares distribuídas em suas três torres, com um total de 230 placas fotovoltaicas.

Capacidade de geração: A estimativa é de que o sistema gere cerca de 15 mil kWh por mês.

Impacto: A energia gerada será suficiente para abastecer o equivalente a 75 residências.

Contexto da sustentabilidade:

Este investimento em energia limpa é um dos pilares da iniciativa de sustentabilidade do resort, que também integra outras tecnologias e práticas ambientais.

As ações incluem o reuso da água da chuva e uma estação própria de tratamento de esgoto.

O projeto de paisagismo também utilizará espécies da Amazônia.

Gestão e afiliação:

O empreendimento será administrado pela Wyndham Hotels & Resorts, a maior rede de franquias hoteleiras do mundo.

A afiliação à RCI, principal rede global de intercâmbio de férias, oferecerá aos proprietários de cotas acesso a milhares de resorts em diversos países.

O Amazon Parques & Resorts, complexo turístico no modelo de multipropriedade fica localizado ao lado do parque Beto Carrero World, conta com sistemas de energia solar com 230 módulos em suas três torres, além de sistema de reuso da água da chuva, reflorestamento e estação própria de tratamento de esgoto.

Amazon Parques & Resorts

Em construção em Penha, Santa Catarina, ao lado do parque Beto Carrero World, o Amazon Parques & Resorts será o primeiro complexo turístico e hoteleiro do mundo com temática amazônica, além de miniusinas solares distribuídas em suas três torres. Com 230 módulos fotovoltaicos, o sistema terá capacidade para gerar cerca de 15 mil kWh por mês, equivalente ao consumo de 75 residências. Outras soluções adotadas estão o sistema de reuso da água da chuva, reflorestamento com mais de 2 mil mudas nativas, estação própria de tratamento de esgoto.

Projetado no modelo de multipropriedade, o empreendimento nasce com foco em sustentabilidade e tecnologias de baixo impacto ambiental desde a fase da obra.  Com mais de 20 mil m² de área construída e 9 mil m² de lazer, o resort vai reunir conforto, arquitetura inspirada na Amazônia e eficiência energética em um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil.

“O Amazon Parques & Resorts nasceu com o propósito de redefinir como o turismo é pensado no Brasil. Além de ser um resort temático, criamos um modelo que alia respeito ao meio ambiente, integração com a cultura amazônica e compromisso com práticas responsáveis desde a fundação. Investimos em estudos ambientais, tecnologias sustentáveis e soluções de energia limpa não apenas para atender às demandas atuais, mas para deixar um legado. Acreditamos que o turismo do futuro será aquele que conseguir oferecer experiências marcantes sem renunciar à consciência ambiental”, afirma Roberto Kwon, CEO do empreendimento.

O Amazon Parques & Resorts será administrado pela norte-americana Wyndham Hotels & Resorts. (pv-magazine-brasil)

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Austrália financia microrredes solares para substituir diesel em cidades remotas

Austrália tem financiado a instalação de microrredes solares para substituir o uso de diesel em cidades remotas, como um projeto da Horizon Power na Austrália Ocidental, que implementou sistemas de energia solar e armazenamento em várias localidades, com financiamento do governo federal. Esta iniciativa visa reduzir a dependência de combustíveis fósseis e criar um fornecimento de energia mais limpo e confiável para essas comunidades isoladas.

Detalhes da iniciativa:

Objetivo:

Reduzir a dependência de diesel, que é caro e poluente, em comunidades remotas e isoladas.

Tecnologia:

Implementação de microrredes que integram energia solar fotovoltaica com sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS - Battery Energy Storage Systems).

Benefícios:

Criação de um sistema energético mais sustentável, com potencial para reduzir custos e emissões de gases de efeito estufa, além de aumentar a resiliência do fornecimento de energia.

Execução:

A Horizon Power, uma empresa estatal da Austrália, tem sido uma das principais implementadoras desses projetos, que foram financiados pelo governo federal através do programa de energia solar do meio - oeste.

Exemplos de projetos:

Austrália Ocidental:

A Horizon Power concluiu projetos em seis cidades, implementando sistemas solares e de bateria para diminuir o uso de diesel.

Outras regiões:

Há iniciativas semelhantes em outras regiões, como na Austrália do Sul, onde comunidades isoladas também estão a transitar para microrredes baseadas em energia solar e baterias.

Esses projetos demonstram o compromisso da Austrália em aproveitar suas ricas condições solares para promover soluções de energia limpa e sustentável, especialmente em áreas que enfrentam os desafios da geração de energia tradicional.

Três comunidades no extremo oeste isolado da Austrália do Sul estão prontas para fazer a transição da geração a diesel de alto custo para microrredes baseadas em armazenamento de energia solar e de bateria.

O governo australiano anunciou uma nova rodada de financiamento para impulsionar a construção de microrredes baseadas em energia renovável nas comunidades remotas das Primeiras Nações de Yalata, Pipalyatjara e Oak Valley, no sul da Austrália.

A Agência Australiana de Energia Renovável (ARENA) igualará AUD 13 milhões (US$ 8,36 milhões) em financiamento do governo da Austrália do Sul para fornecer microrredes solares e baseadas em baterias de alta penetração em cada uma das três comunidades.

A ARENA disse que os residentes de Yalata, Pipalyatjara e Oak Valley dependem atualmente da geração a diesel e enfrentam alguns dos custos mais altos e a menor confiabilidade no acesso à energia do país.

O projeto de microrrede visa alcançar uma penetração de energia renovável de até 75% em cada comunidade com a integração de armazenamento solar e de bateria para reduzir significativamente o uso de diesel caro. Após a instalação das microrredes, os pagadores de contas de eletricidade nas comunidades pagarão uma tarifa subsidiada de 10c/kWh durante a vida útil das microrredes.

Além da economia de custos, a ARENA disse que o projeto proporcionará uma série de benefícios à comunidade, incluindo contratos de arrendamento de terras, oportunidades de emprego e compras locais e programas de capacitação projetados para apoiar o desenvolvimento econômico de longo prazo.

O CEO da ARENA, Darren Miller, disse que o objetivo é garantir que as comunidades sejam consultadas e ativamente envolvidas na operação e manutenção de seus sistemas de energia.

“Os aborígenes e as ilhas do Estreito de Torres que vivem em comunidades remotas devem poder participar da transição energética e compartilhar os benefícios do futuro renovável da Austrália”, disse ele.

“Este projeto visa elevar as comunidades e apoiar a inclusão e a participação na transição energética, enquanto trabalhamos juntos para reduzir as emissões”.

O projeto da Austrália do Sul, financiado pelo fluxo de Microrredes Comunitárias das Primeiras Nações do Regional Microgrids Program de US$ 125 milhões do governo federal, ocorre depois que a ARENA anunciou US$ 3,6 milhões em financiamento para entregar uma microrrede híbrida para a comunidade de Blackstone, na Austrália Ocidental.

Esse projeto, que recebeu uma contribuição adicional de US$ 9,12 milhões do governo estadual, incluirá até 778 kW de energia solar fotovoltaica, um sistema de armazenamento de energia de bateria de 2 MWh e 400 kW de geração a diesel. A construção deve começar no próximo mês e ser concluída até o final de 2026.

A ARENA também anunciou US$ 1,4 milhão para apoiar o desenvolvimento de um novo modelo de prestação de serviços de energia para as comunidades das Primeiras Nações no Território do Norte.

A empresa de consultoria técnica Ekistica, com sede em Alice Springs, liderará um projeto para desenvolver um modelo padronizado de entrega de microrredes e uma unidade de gerenciamento de energia (EMU) aprimorada projetada para melhorar o desempenho e a confiabilidade do sistema em ambientes remotos. O projeto visa criar um modelo replicável que possa orientar desenvolvimentos futuros em todo o Território. (pv-magazine-brasil)

O mundo avança na produção de energia solar

O mundo está avançando rapidamente na produção de energia solar, com a capacidade global quase dobrando nos últimos 3 anos. A energia solar tem sido a principal fonte de nova geração elétrica e está impulsionando o crescimento geral das energias renováveis. Vários fatores contribuem para esse avanço, incluindo avanços tecnológicos, queda nos custos, maior conscientização ambiental e políticas públicas favoráveis.

Crescimento da Energia Solar:

Expansão global:

A geração de energia solar dobrou em 3 anos, atingindo 2.000 TWh em 2024, conforme relatório da Ember.

Liderança em nova geração:

A energia solar foi a principal fonte de nova geração elétrica pelo terceiro ano consecutivo, com 474 TWh adicionados em 2024.

China em destaque:

A China desempenhou um papel significativo nesse crescimento, respondendo por mais da metade do aumento global na geração solar em 2024 e atendendo a 81% do aumento da demanda do país.

Capacidade instalada:

A capacidade acumulada da energia solar globalmente atingiu 2 TW em 2024, dobrando em apenas dois anos.

Crescimento de 88%:

O setor de energia solar teve um crescimento de 88% em 2024, superando a energia hidrelétrica e nuclear e se tornando a quarta maior fonte em capacidade instalada globalmente.

Fatores que impulsionam o crescimento:

Avanços tecnológicos:

O desenvolvimento de painéis solares mais eficientes e tecnologias de armazenamento de energia, como baterias, tem impulsionado a produção e o uso da energia solar.

Redução de custos:

O custo da eletricidade gerada por sistemas fotovoltaicos está diminuindo, tornando-a mais competitiva e acessível.

Consciência ambiental:

A crescente preocupação com as mudanças climáticas e o desejo por fontes de energia mais limpas tem impulsionado a demanda por energia solar.

Políticas públicas:

Muitos países estão implementando políticas que incentivam o uso de energias renováveis, incluindo a energia solar.

O futuro da energia solar:

Previsões otimistas:

A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que, até 2026, 37% da geração de energia elétrica mundial virá de fontes renováveis, como a solar.

Maior fonte de eletricidade:

Estima-se que a energia solar se tornará a maior fonte de eletricidade do mundo até 2050, segundo a Insol Energia.

Transição energética:

A energia solar está desempenhando um papel crucial na transição para fontes de energia mais sustentáveis em todo o mundo.

No Brasil:

Crescimento significativo:

O Brasil tem experimentado um crescimento notável na capacidade instalada de energia solar.

Recorde de expansão:

Em 2023, o Brasil bateu recorde de expansão da energia solar, com a maior parte do acréscimo vindo de fontes eólica e fotovoltaica, segundo o GOV.BR.

Investimentos em projetos:

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê investimentos significativos em projetos de geração de energia, com grande parte destinada às fontes renováveis.

O mundo passa por uma crise climática que representa uma ameaça existencial à civilização humana. Os últimos 10 anos foram os mais quentes do Holoceno (últimos 12 mil anos) e os últimos 2 anos só encontram correspondência nas temperaturas de 120 mil anos atrás. Em 2024, a anomalia da temperatura superou 1,5ºC, limite mínimo do Acordo de Paris.

Mitigar o aquecimento global exige corte nas emissões de gases de efeito estufa e avanço da transição energética para descarbonizar a economia. O relatório “Panorama do Mercado Global de Energia Solar 2025-2029” apresenta um cenário positivo do avanço da energia solar, embora o montante produzido ainda seja insuficiente para deter o avanço do efeito estufa.

Segundo o relatório, o ano de 2024 foi um verdadeiro marco para a energia solar. As instalações solares globais atingiram quase 600 gigawatt (GW), sendo que 1 GW contém 1 bilhão de watts. Este foi um impressionante aumento de 33% em relação ao ano anterior – estabelecendo mais um recorde histórico. A energia solar foi responsável por 81% de toda a nova capacidade de energia renovável adicionada em todo o mundo.

Embora continue sendo uma contribuição modesta para a geração total de eletricidade por enquanto, a participação da energia solar aumentou para 7% em 2024 – quase dobrando em apenas três anos.

A energia solar apresentou o crescimento mais rápido entre todas as tecnologias de geração de energia em termos de produção de eletricidade, três vezes mais que a energia eólica, que ficou em segundo lugar.

Como se não bastasse, a capacidade solar instalada global ultrapassou 2 Terawatt – TW em 2024 (1 terawatt corresponde a um trilhão de watts). O mundo levou quase 70 anos para atingir o primeiro terawatt, mas apenas mais dois para dobrá-lo.

Esse progresso foi impulsionado por rápidos avanços tecnológicos que reduziram significativamente os custos, pela versatilidade incomparável da energia solar – desde pequenos sistemas plug-in ou em telhados até instalações em larga escala – e por preços historicamente baixos, impulsionados pelo excesso de capacidade de produção global. Como resultado, a energia solar está cada vez mais superando outras tecnologias de geração de energia em todos os aspectos.

No futuro, no entanto, ainda existem desafios que precisam ser enfrentados para que a energia solar continue a atingir seu potencial. Embora se espere um crescimento contínuo do mercado, projeta-se que o ritmo diminua após vários anos de expansão explosiva.

No cenário mais realista do relatório, se prevê um aumento de 10% nas instalações, para 655 GW em 2025, com taxas de crescimento anuais permanecendo na casa dos dois dígitos entre 2027 e 2029, atingindo 930 GW ao final deste período de previsão. No entanto, atingir a meta aspiracional do Conselho Solar Global de 8 TW até 2030 exigirá um ritmo de implantação significativamente acelerado – cerca de 1 TW de novas instalações por ano, em média.

O gráfico abaixo mostra que as instalações globais de energia solar fotovoltaica atingiram 597 GW – um aumento de 33% em relação a 2023, um montante de 148 GW. Embora a taxa de crescimento anual tenha desacelerado em comparação com o aumento excepcional de 85% em 2023, ainda foi substancial o suficiente para reforçar o domínio da energia solar na expansão global de energia renovável.

Diversos fatores contribuíram para esse impulso sustentado. As melhorias tecnológicas que transformaram a energia solar versátil na tecnologia de geração de energia de menor custo em muitos lugares do mundo, juntamente com os preços recordes dos componentes solares – em grande parte devido ao significativo excesso de capacidade de fabricação ao longo da cadeia de valor da energia solar – tornaram os produtos solares mais acessíveis do que nunca.

Ao mesmo tempo, a energia solar fotovoltaica está sendo cada vez mais reconhecida como uma tecnologia fundamental nas estratégias climáticas, políticas e de segurança energética em todo o mundo. A região da Ásia-Pacífico permaneceu como líder regional indiscutível, respondendo por 70% das adições de capacidade global e um crescimento anual de 37%. A China é o grande destaque, respondendo por mais da metade das novas instalações de energia solar e foram 20 usinas de Itaipu somente em 2024.

As Américas também aumentaram em 40%, atingindo uma participação de mercado de 14%. A Europa também apresentou crescimento, embora em um ritmo mais lento, aumentando em 15%, para 82,1 GW, com uma participação de mercado de 14%. Por outro lado, o Oriente Médio e a África foram as únicas regiões a apresentar um declínio anual em 2024, diminuindo 2% para 14,5 GW e representando 2,4% do mercado global.
A energia solar já se mostrou viável e competitiva. Se os líderes mundiais quiserem genuinamente promover a descarbonização da economia serão necessárias novas medidas para reforçar as prioridades atuais. É preciso rever os subsídios aos combustíveis fósseis e aumentar os investimentos em energias renováveis.

Pela primeira vez, um aumento na produção de energia renovável em 2025 na China levou a uma queda nas emissões de carbono do país, apesar do rápido aumento da demanda por energia. O crescimento da geração de energia limpa ultrapassou o crescimento médio atual e de longo prazo da demanda por eletricidade, reduzindo o uso de combustíveis fósseis. O decrescimento populacional e a transição energética estão contribuindo para o início da descarbonização na China. O tarifaço tresloucado de Donald Trump não parece capaz de evitar a dominância chinesa.

O sol e o vento são recursos naturais abundantes e renováveis, mas, indubitavelmente, não podem fazer milagres e nem evitar o imperativo do metabolismo entrópico, como ensina a escola da economia ecológica. A COP30, de Belém, deveria ter como uma das tarefas centrais impulsionar a transição energética.

Energia solar no espaço? China quer construir usina espacial nos próximos anos

A humanidade já ultrapassou a capacidade de carga do Planeta e o avanço da energia solar deve vir acompanhado do planejamento do decrescimento demoeconômico, promovendo a redução da pegada ecológica e aumentando os investimentos na restauração ecológica. (ecodebate)

sábado, 6 de setembro de 2025

Escola estadual do interior de São Paulo recebe usina fotovoltaica

Escola estadual do interior de São Paulo recebe usina fotovoltaica da EDP.
Energia solar ganha espaço em escolas públicas em todo país

Uma escola estadual no interior de São Paulo recebeu uma usina fotovoltaica. A iniciativa faz parte de um projeto da EDP e contou com investimentos de R$ 351 mil, além de outras ações como oficinas e horta comunitária, envolvendo mais de 140 alunos da Escola Estadual Ernesto Quissak, em Guaratinguetá.

A usina fotovoltaica instalada na escola visa gerar energia limpa e renovável, contribuindo para a redução do consumo de energia elétrica e para a conscientização ambiental dos alunos. Além da usina, o projeto também inclui atividades educativas, como oficinas e a criação de uma horta comunitária, para promover a sustentabilidade e o engajamento dos alunos.

A instalação da usina fotovoltaica na escola faz parte de uma tendência crescente de adoção de energias renováveis em instituições de ensino em todo o estado de São Paulo e no Brasil. Essa iniciativa não apenas gera economia para a escola, mas também educa os alunos sobre a importância da sustentabilidade e do uso de fontes de energia limpa.

Com investimento de R$ 351 mil, iniciativa contou também com outras ações, como oficinas e horta comunitária, envolvendo mais de 140 alunos da Escola Estadual Ernesto Quissak, localizada em Guaratinguetá.

O município de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, recebeu um sistema de energia solar na Escola Estadual Ernesto Quissak, tornando a instituição mais sustentável e trazendo redução com os gastos em energia. Entre maio e julho, a economia foi de cerca de R$ 1.300, recurso que pode ser direcionado pela escola para outras necessidades prioritárias.  O projeto Energia Viva recebeu investimento de R$ 351 mil e abrange outras ações.

A capacitação da comunidade, com foco em mulheres, para poderem atuar nos chamados “empregos verdes” também faz parte do projeto. Visando promover a inclusão social e a geração de renda por meio da entrada no mercado de trabalho, está em andamento a capacitação técnica em Instalação e Manutenção de Sistemas Fotovoltaicos. O curso, realizado em parceria com o Senai, tem carga horária de 160 horas e conta com 25 participantes, sendo 18 mulheres. As aulas tiveram início em julho e a previsão de conclusão é em outubro.

Alunos durante as oficinas para a implantação da horta comunitária.

Em julho, foi concluída, ainda, a horta comunitária. A ação vai ao encontro de um dos objetivos do projeto, de proporcionar educação ambiental e práticas de economia circular, além de incentivar o consumo de alimentos mais saudáveis. Durante alguns meses, alunos e professores do Ensino Médio da Escola Estadual Ernesto Quissak participaram de oficinas teóricas e práticas, conduzidas em parceria com a associação Celebreiros, que abordaram temas como economia de energia, eficiência energética, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), construção e manutenção de horta, técnicas de plantio, economia circular, entre outros.

A implantação da horta comunitária, que utiliza sistema de irrigação para reaproveitar a água da chuva, envolveu cerca de 140 alunos e professores, que puderam aplicar os conceitos vistos durante as oficinas. Pensando em utilizar ainda mais as práticas de economia circular, os alunos criaram composteiras para transformar os resíduos orgânicos gerados na escola em adubo natural a ser utilizado na horta.

“Temos atuado para liderar uma transição energética justa, que seja acessível e inclusiva. Para isso, buscamos promover o desenvolvimento econômico e sustentável nas comunidades onde atuamos, unindo esforços e proporcionando resultados que são um verdadeiro legado para as comunidades, visto que os benefícios permanecem mesmo após o final dos projetos”, finaliza o diretor de ESG da EDP na América do Sul, Dominic Schmal. (pv-magazine-brasil)