terça-feira, 16 de setembro de 2025

Energia solar transforma dejetos humanos em fertilizante

Banheiro biológico é instalado na aldeia Itakupe, no Jaraguá.

Máquina transforma fezes em gás de cozinha e fertilizante em aldeia de SP.

Um aparelho portátil que transforma fezes humanas em gás de cozinha e fertilizante está mudando a vida dos 800 moradores de uma área indígena a 40 minutos do centro de São Paulo.

Dejetos humanos podem ser transformados em fertilizante e também em energia utilizando a tecnologia de biodigestores e sistemas que aproveitam a energia solar para gerar biogás, que é convertido em eletricidade ou combustível, enquanto os resíduos sólidos da compostagem se tornam um fertilizante orgânico de alta qualidade. Essa abordagem não só resolve o problema da gestão de resíduos, mas também melhora a higiene, promove o desenvolvimento sustentável e oferece benefícios econômicos às comunidades.

Como funciona o processo:

1. Coleta e Separação

Dejetos humanos são coletados e separados, muitas vezes utilizando sistemas de vasos que dividem os resíduos líquidos dos sólidos.

2. Tratamento no Biodigestor

Os resíduos são inseridos em um biodigestor, um tanque onde são decompostos por bactérias na ausência de oxigênio (processo anaeróbico).

3. Produção de Biogás e Fertilizante

Durante a biodigestão, são produzidos:

Biogás: Um combustível (rico em metano) que pode ser usado para cozinhar, gerar eletricidade ou aquecimento, usando energia solar para alimentar os sistemas.

Biofertilizante: O material orgânico que sobra da digestão é transformado em um biofertilizante natural, rico em nutrientes, que melhora a produtividade das culturas.

Benefícios: Melhora da Higiene e Saneamento: Reduz o risco de doenças transmitidas por dejetos, especialmente em áreas com acesso precário a saneamento básico.

Recurso Energético: O biogás é uma fonte de energia renovável que pode ser utilizada em casas e comunidades.

Agricultura Sustentável: O biofertilizante substitui os químicos, protegendo o solo e os microrganismos, além de aumentar a produção agrícola.

Benefícios Econômicos: Gera renda para pequenos agricultores e comunidades, além de reduzir os custos com o tratamento de resíduos.

Pesquisadores da Universidade de Stanford construíram um sistema de decapagem eletroquímica fotovoltaica-térmica que extrai nutrientes fertilizantes da urina humana. Eles dizem que o sistema pode fornecer uma alternativa econômica em regiões com acesso limitado a fertilizantes convencionais.

Uma equipe de pesquisa da Universidade de Stanford desenvolveu um protótipo que usa energia solar para extrair nutrientes da urina humana para criar um fertilizante sustentável.

Eles apresentaram o sistema em “Prototyping and modelling a photovoltaic–thermal electrochemical stripping system for distributed urine nitrogen recovery“, disponível na revista de pesquisa Nature Water.

O protótipo usa energia solar por meio de um sistema de decapagem eletroquímica fotovoltaica-térmica para capturar nitrogênio, um componente-chave de fertilizantes comerciais, de resíduos de água humana. O nitrogênio na urina humana globalmente é equivalente a cerca de 14% da demanda anual de fertilizantes.

Os pesquisadores disseram em um comunicado que o sistema separa a amônia, um composto químico composto de nitrogênio e hidrogênio, da urina. Isso é feito por meio de uma série de câmaras separadas por membranas que usam eletricidade solar para conduzir íons e reter a amônia como sulfato de amônio, um fertilizante comum.

Os pesquisadores coletaram o calor residual da parte traseira dos painéis solares por meio de uma placa fria de tubo de cobre anexada para aquecer o líquido usado no processo eletroquímico. Eles descobriram que isso ajudou a acelerar o aquecimento e incentivou a produção de gás amônia, a etapa final do processo de separação.

Descobriu-se que a utilização de calor residual de painéis solares aumenta sua geração de energia em quase 60%, melhorando a eficiência de recuperação de amônia em mais de 20%, em comparação com os protótipos anteriores.

Orisa Coombs, principal autora do estudo, explicou que, apesar de cada pessoa produzir nitrogênio suficiente na urina para fertilizar um jardim, grande parte do mundo depende de fertilizantes importados caros. “Você não precisa de uma fábrica de produtos químicos gigante ou mesmo de uma tomada de parede”, acrescentou Coombs. “Com luz solar suficiente, você pode produzir fertilizantes exatamente onde é necessário e, potencialmente, até armazenar ou vender o excesso de eletricidade”.

A pesquisa também apresenta um modelo projetado para entender como as mudanças na luz solar, temperatura e configuração elétrica afetariam o desempenho do sistema.

Ele descobriu que em regiões como Uganda, o sistema protótipo poderia gerar até US $ 4,13 / kg de nitrogênio recuperado, mais que o dobro dos ganhos potenciais nos Estados Unidos. Isso ajudou os pesquisadores a concluir que seu sistema é uma alternativa viável e econômica aos fertilizantes tradicionais, particularmente em áreas onde o acesso a insumos agrícolas é limitado e onde os fertilizantes permanecem caros.
Produção de biogás a partir da suinocultura gera renda extra para produtores do Paraná

A Universidade de Stanford disse que a remoção de nitrogênio da urina torna o líquido restante mais seguro para descarga ou reutilização para irrigação, o que acrescenta que pode ser um “divisor de águas em muitos países onde apenas uma pequena porcentagem da população está conectada a sistemas de esgoto centralizados”.

“Muitas vezes pensamos em água, alimentos e energia como sistemas completamente separados, mas este é um daqueles raros casos em que a inovação em engenharia pode ajudar a resolver vários problemas ao mesmo tempo”, disse Coombs. “É limpo, escalável e literalmente alimentado pelo sol”. (pv-magazine-brasil)

GWM Brasil e Livoltek selam parceria para amplia infraestrutura de recarga e no Brasil

Os carregadores rápidos de corrente contínua (DC) fornecidos pela Livoltek oferecem potência de até 120kW e serão instalados em toda a rede de concessionárias da GWM no país. A cooperação também prevê suporte técnico e capacitação de equipes.
Buscando fortalecer a mobilidade elétrica no país, a GWM Brasil em uma parceria estratégica com a Livoltek, especialista em soluções de energia solar e infraestrutura de recarga, instalarão carregadores rápidos de corrente contínua (DC) em toda a rede de concessionárias da marca.

“Na GWM, acreditamos que a experiência do cliente vai muito além do veículo. Investir em infraestrutura de recarga em nossa rede de concessionárias é parte essencial da nossa estratégia de liderar a mobilidade elétrica no Brasil. A parceria com a Livoltek garante tecnologia de ponta, rapidez e conveniência, fortalecendo ainda mais nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade”, afirma o Head de Recharge da GWM Brasil, Marcelo Palla.

Com a nova parceria, os carregadores fornecidos pela Livoltek oferecem potência de até 120kW, que carrega a bateria do ORA 03 Skin em até 50 minutos, do Haval H6 PHEV19 em até 40 minutos e do Tank 300 em 50 minutos. As primeiras instalações já estão em andamento em concessionárias de São Paulo e do Paraná, e a expectativa é que, em breve, outras dezenas de pontos de atendimento da marca em todo o Brasil passem a contar com a tecnologia.

GWM e Livoltek União Poderosa para Expandir Infraestrutura de Recarga no Brasil

Além do fornecimento dos equipamentos, a parceria prevê suporte técnico e capacitação de equipes.

A Livoltek, empresa do Grupo Hexing presente em mais de 90 países, é especializada em soluções de energia solar fotovoltaica e mobilidade elétrica. No Brasil, consolida sua atuação com a maior fábrica de inversores fotovoltaicos da América Latina, em Manaus (AM).

Investimentos em recarga

A GWM já vem investindo na mobilidade elétrica desde seus primeiros passos no Brasil. Todas as suas concessionárias receberam pontos de recarga equipados com carregadores rápidos de no mínimo 30 kW, disponibilizados gratuitamente para os clientes da marca. Além disso, a empresa inaugurou estações de carregamento em locais estratégicos, incluindo o Floripa Shopping, em Florianópolis (SC), e o Shopping JK Iguatemi, em São Paulo (SP).

Antes mesmo desses pontos, a primeira estação de recarga de veículos eletrificados da GWM foi instalada no estacionamento do edifício EZ Towers, em São Paulo (SP). Essas iniciativas demonstram o compromisso da marca em oferecer infraestrutura confiável e acessível, preparando o caminho para a expansão da mobilidade eletrificada no país.

GWM Brasil e Livoltek ampliam recarga elétrica nas concessionárias com carregadores rápidos. (pv-magazine-brasil)

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Scania promove turnê europeia para mostrar benefícios dos caminhões elétricos

A Scania anunciou que vai realizar um tour pela Europa para apresentar ao público seus caminhões elétricos. Batizada de “The electric journey: an optimisation” (A Jornada Elétrica: Uma Otimização), a iniciativa levará seis modelos diferentes a 13 cidades entre agosto e dezembro. O percurso terá cerca de 20 mil quilômetros, começando na Dinamarca e terminando na Suécia.

De acordo com a empresa, a proposta é permitir que transportadores e potenciais clientes conheçam de perto veículos voltados a diferentes aplicações, como transporte urbano, coleta de lixo, operações com guindastes e uso como tratores de carga. Ainda segundo a montadora, os caminhões poderão ser testados em diferentes contextos, oferecendo uma visão prática sobre seu desempenho.

Scania terá caravana de caminhões elétricos por várias regiões da Europa

Evento inclui debate sobre recarga

Além da apresentação dos veículos, o tour também terá debates sobre estratégias de recarga. Conforme divulgado pela Scania, a ideia é discutir com operadores se vale mais a pena investir em maior capacidade de bateria ou em configurações otimizadas para trajetos específicos.

Os organizadores vão recarregar os caminhões em pontos de carregamento distribuídos ao longo do trajeto. De acordo com o fabricante, isso deve mostrar como funciona a operação elétrica em condições reais, além de levantar discussões sobre infraestrutura disponível na Europa.

A diretora do segmento de mobilidade elétrica da Scania, Alexandra Österplan, afirmou que a turnê busca responder às dúvidas dos clientes “Muitos operadores ainda têm preocupações sobre o transporte elétrico. Por isso, em vez de esperar que venham até nós, estamos levando os caminhões até onde eles estão".

A Scania encerrou 2024 com um desempenho operacional e financeiro histórico, registrando crescimento de vendas e lucros. Pela primeira vez, a marca ultrapassou a marca de 100 mil veículos entregues, reforçando sua liderança no setor. Além disso, a empresa avançou em sua jornada de descarbonização, reduzindo as emissões operacionais em 47% e consolidando sua estratégia de transporte sustentável. (biodieselbr)

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Período úmido precoce pode atenuar geração solar

Período úmido precoce pode atenuar geração solar, mas fonte segue sendo estratégica para o país.

A possibilidade de armazenar a energia gerada durante o dia, por meio de baterias, permite que sistemas fotovoltaicos operem com mais autonomia, mesmo à noite ou em períodos de baixa irradiação, sendo também uma solução para o curtailment. Essa integração entre geração e armazenamento amplia a confiabilidade do sistema elétrico, reduz a intermitência da fonte solar e permite melhor gerenciamento da oferta energética.
Energias renováveis são a chave para a descarbonização.

Renováveis suprirão 80% do consumo energético mundial em 2050

Relatório da Statkraft aponta que as fontes solar e eólica serão responsáveis por (dois terços) do total.

Após 2 anos com atraso no início da estação chuvosa na Amazônia, que elevou os níveis de irradiância solar em todo o Brasil, as projeções meteorológicas de 2025 indicam um cenário diferente. A expectativa é de um início de período úmido mais precoce ou dentro da média histórica, que se estende de outubro a março, auxiliando na formação de nuvens e pancadas de chuva. A maior cobertura de nuvens pode atenuar os picos de radiação solar observados nos últimos anos, mas sem ocasionar irradiância abaixo dos níveis normais.

No ano passado, a irradiância solar ficou acima da média em grande parte do Sudeste e em Goiás, enquanto as anomalias negativas foram mais concentradas no Oeste, especialmente em Mato Grosso (Figura 1). Para este ano, a tendência é que essas anomalias negativas avancem em direção ao centro do país, ampliando as áreas com desvios abaixo da média. Ainda devem ocorrer regiões com irradiância acima do normal, mas os excessos devem ser mais moderados.

Figura 1: Mapas com o histórico de irradiação solar (à esquerda), média da irradiação solar em setembro/2024 (centro) e anomalia de irradiação solar em setembro/2024 (à direita).

As precipitações serão mais frequentes sobre a porção oeste e noroeste da Amazônia e em parte da Região Sul do Brasil. No Sudeste, espera-se maior quantidade de nuvens e pancadas de chuva de forma mais antecipada do que foi observado nos últimos anos. No Nordeste, a chance de nuvens é menor, especialmente no sertão, mas a expectativa é de que a irradiância diminua com o avanço da primavera, que começará no dia 22 de setembro, às 15h19 de Brasília.

Em 2023 e 2024, as águas mais quentes que o normal no Atlântico Tropical Norte enfraqueceram o transporte de umidade para a América do Sul, atrasando o início do período úmido na Amazônia e favorecendo dias mais ensolarados em setembro. O que gerou um melhor desempenho das placas solares.

Em 2025, embora o Atlântico Tropical Norte siga ligeiramente aquecido, a anomalia é mais fraca. Na região equatorial do oceano, águas mais frias intensificam os ventos alísios, contribuindo para o transporte de umidade para o continente, na direção da América do Sul e do norte do Brasil.

Imagens de satélite (Figura 2), mostram o início da convecção amazônica agora no mês de agosto. Com o aumento da radiação solar sobre a região amazônica e da umidade do ar, começam a se formar nuvens carregadas, responsáveis pelas primeiras pancadas de chuva. Aos poucos, a convecção aumenta e a maior umidade do ar espalha pelo Brasil, iniciando o período úmido.

Figura 2: imagem do satélite Goes do dia 20/08/2025, às 18hs. As áreas em vermelho em Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Amapá indicam a convecção da Amazônia.

Apesar das variações climáticas, a energia solar segue como uma das fontes que mais crescem no Brasil. De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) 2025, a geração solar fotovoltaica somou 70,7 TWh em 2024, um crescimento de 39,6% frente ao ano anterior. A capacidade instalada alcançou 60 GW em agosto/2025, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Esse avanço reflete não apenas o potencial natural do país, com altos níveis de irradiância em quase todas as regiões, mas também os investimentos em inovação, a redução dos custos de equipamentos e o fortalecimento de políticas públicas voltadas à energia limpa.

Neste contexto, o armazenamento de energia passa a desempenhar um papel crucial. A Nota Técnica Conjunta nº 13/2025 da ANEEL, voltada à regulamentação dos Sistemas de Armazenamento de Energia (SAEs) e das Usinas Hidrelétricas Reversíveis (UHRs), sinaliza um novo momento para o setor. A possibilidade de armazenar a energia gerada durante o dia, por meio de baterias, permite que sistemas fotovoltaicos operem com mais autonomia, mesmo à noite ou em períodos de baixa irradiação, sendo também uma solução para o curtailment.

Essa integração entre geração e armazenamento amplia a confiabilidade do sistema elétrico, reduz a intermitência da fonte solar e permite melhor gerenciamento da oferta energética. Além disso, fortalece a segurança energética do país e reduz a dependência de térmica, que é mais cara e poluente.

Com abundância solar, baixa sazonalidade e uma matriz elétrica cada vez mais diversificada, o Brasil tem condições excepcionais para consolidar a energia solar como pilar estratégico do seu desenvolvimento energético. À medida que tecnologias de armazenamento se tornam viáveis e a modernização regulatória avança, a energia solar tende a ocupar um espaço ainda mais relevante, não apenas como fonte complementar, mas como vetor de estabilidade, competitividade e descarbonização da economia. (pv-magazine-brasil)

Aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza apostam em energia limpa

Iniciativa tem o potencial de eliminar 13.000 toneladas de CO2 por ano nos 2 terminais, sendo 7.000 em Porto Alegre/RG e 6.000 em Fortaleza/CE.
Os aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza, operados pela Fraport Brasil, começaram a fornecer energia renovável para aeronaves em solo, através de um sistema desenvolvido pela ENGIE, o que deve reduzir a emissão anual de milhares de toneladas de CO2 em cada terminal. Essa iniciativa, que já está em operação em pontes de embarque nos dois aeroportos, representa uma aposta na descarbonização do setor de aviação e reforça o compromisso com a sustentabilidade e a transição energética no Brasil.

Como funciona a solução

Fornecimento de energia renovável:

A ENGIE instalou sistemas que fornecem energia elétrica 100% renovável às aeronaves em solo.

Localização:

A solução está disponível em oito pontes de embarque no aeroporto de Fortaleza e em nove em Porto Alegre.

Benefícios:

Redução de emissões: A iniciativa tem a expectativa de reduzir 6.000 toneladas de CO2 anuais em Fortaleza e 7.000 toneladas em Porto Alegre.

Eficiência e segurança: A solução também visa aumentar a eficiência e a segurança nos aeroportos, diminuindo a movimentação de equipamentos móveis e o ruído.

Os parceiros da iniciativa

ENGIE:

É a empresa responsável pela geração de energia renovável, que fornece a solução para os aeroportos.

Fraport Brasil:

É a concessionária dos aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza, e é responsável pela gestão dos terminais.

O compromisso com a sustentabilidade

A iniciativa reforça o compromisso da ENGIE em liderar a transição energética e a descarbonização dos aeroportos brasileiros.

O projeto alinha-se com os objetivos de desenvolvimento sustentável e as boas práticas internacionais, promovendo um setor de aviação mais sustentável.
ENGIE e a FRAPORT BRASIL fazem acordo para o fornecimento de energia e ar condicionado 100% renovável em 2 aeroportos.

A ENGIE e a Fraport Brasil firmaram uma parceria estratégica para fornecimento de eletricidade e ar-condicionado 100% renovável nos aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza. A partir deste mês, um sistema de fornecimento de eletricidade e ar-condicionado 100% renovável substituirá equipamentos movidos a diesel, sendo implementado em 9 pontes de embarque em Porto Alegre e 8 em Fortaleza.  A iniciativa tem o potencial de eliminar 13 mil toneladas de CO2 por ano nos dois terminais, sendo 7 mil em Porto Alegre e 6 mil em Fortaleza, marcando um passo significativo na descarbonização da aviação. A solução substitui equipamentos movidos a diesel ou querosene, como o GPU (Ground Power Unit), por uma alternativa 100% elétrica. Além de ser mais sustentável, a solução diminui o consumo de querosene de aviação, resultando em menores custos operacionais para as companhias aéreas.

Aeroporto de Fortaleza

Ela também aumenta a eficiência e a segurança nos aeroportos, diminuindo a movimentação de equipamentos móveis no pátio e o ruído das operações. De acordo com Jacques-Olivier Klotz, diretor-presidente da ENGIE Soluções, a iniciativa reforça o compromisso da empresa em liderar a transição energética. “Nosso objetivo é auxiliar as empresas a descarbonizar seus processos, tornando-se mais sustentáveis e eficientes. Outra vantagem é que as companhias aéreas vão otimizar os custos, já que a energia elétrica tende a apresentar preços mais competitivos”.

Aeroporto de Porto Alegre

Com investimentos consistentes e excelência na operação, a ENGIE já apresenta resultados expressivos em outros aeroportos.  Em Brasília, onde o serviço foi implementado há cinco anos, as 22 pontes de embarque com equipamentos instalados geram anualmente uma redução de cerca de 17 mil toneladas de emissões de carbono. Ainda neste ano, o projeto será ampliado para mais quatro, totalizando 26 pontes, correspondente a 100% dos voos domésticos do terminal.

Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil, disse que: “A Sustentabilidade é de extrema importância para nossa empresa. Temos metas corporativas muito claras de descarbonização, que abrangem não apenas a operação nacional, mas também todo o Fraport Group. Essa parceria representa um avanço relevante na nossa estratégia de sustentabilidade, alinhada às metas globais de redução de emissões de gases de efeito estufa. A iniciativa reforça, mais uma vez, o compromisso da Fraport Brasil com essa agenda, com a garantia da eficiência operacional, da responsabilidade ambiental e do impacto positivo na comunidade”.

A parceria com a Fraport Brasil, somado a outros projetos em desenvolvimento, eleva o potencial total de redução da ENGIE para mais de 80 mil toneladas de CO2 anuais em aeroportos brasileiros, demonstrando o avanço contínuo na busca por operações mais limpas e eficientes. A chegada desta solução aos aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza reforça o compromisso de ambas as empresas com a sustentabilidade e a busca por soluções mais verdes e eficientes no setor de aviação. (petronoticias)