Matriz energética e o impacto ambiental
O entendimento vem com o nível cultural e intelectual de cada pessoa. Aprendizagem, conhecimento e sabedoria surgem da necessidade, da vontade e da perseverança em agregar novos valores aos já existentes.
terça-feira, 4 de novembro de 2025
domingo, 2 de novembro de 2025
Novas usinas solares ajudarão a zerar as contas de energia em Mercedes
Novas
usinas solares vão praticamente zerar as contas de energia pública. A Administração
de Mercedes está ampliando o uso de energia solar para abastecer os prédios
públicos do município. Com novas usinas em implantação, a conta de luz da
Prefeitura, hoje em torno de R$ 60 mil por mês, será praticamente zerada.
Com investimento muito superior aos R$ 1,3 milhão, com parte dos recursos viabilizados pela Itaipu Binacional, cinco novos sistemas fotovoltaicos capacidade de 67 MWh por mês estão sendo instalados no município e abastecerão praticamente todos os prédios públicos, gerando economia de R$ 60 mil na conta de luz todos os meses.
A administração de Mercedes, no extremo oeste do estado do Paraná (PR) e próximo ao Lago de Itaipu Binacional, na fronteira com o Paraguai, está ampliando o uso de energia solar para abastecer os prédios públicos do município. Com novas usinas em implantação, a conta de luz da prefeitura — hoje em torno de R$ 60 mil por mês — será praticamente zerada.
No total, estão sendo instaladas cinco novas usinas de energia solar, com capacidade para gerar cerca de 67 MWh por mês, o suficiente para abastecer praticamente todos os prédios públicos municipais.
Novas usinas solares vão praticamente zerar as contas de energia pública
Projeto
vai gerar economia permanente e tornar os prédios públicos autossuficientes em
energia
Nesta
semana, está sendo instalada uma nova usina sobre a quadra esportiva da
comunidade de São Marcos. Outra unidade já foi concluída no Salão Comunitário
de Novo Rio do Sul, e mais duas serão implantadas na quadra esportiva do Arroio
Guaçu e no novo Parque de Máquinas da Prefeitura, que está em fase de
construção no Loteamento Zancanella. Neste último local, as estruturas serão
montadas sobre o solo, com coberturas que também servirão como estacionamento.
O
projeto representa um investimento superior a R$ 1,3 milhão, com parte dos
recursos viabilizados pela Itaipu Binacional.
“Estamos investindo em energia limpa, que traz economia permanente e reforça o compromisso de Mercedes com o meio ambiente. O que hoje gastamos em contas de luz vai poder ser aplicado em saúde, educação e obras. É um investimento que se paga e deixa um legado para o futuro”, afirmou o prefeito Laerton Weber.
Nova usina solar sobre a quadra esportiva da comunidade da Associação São Marcos. (pv-magazine-brasil)
IEA reduz previsão de crescimento solar de 2025 a 2030
IEA
reduz projeção de aumento das renováveis até 2030 por causa de EUA e China. Mas
a Agência projeta que fontes renováveis vão mais que dobrar até 2030, com
energia solar respondendo por mais de 80% do avanço. As fontes renováveis de
geração de energia elétrica continuam crescendo a passos largos em todo o
mundo.
A International Energy Agency (IEA) cortou sua previsão de energias renováveis para o período em 5%, citando adições solares mais baixas, embora a energia fotovoltaica ainda represente quase 80% do crescimento esperado de 4,6 TW.
Espera-se que cerca de 3,6 TW de energia solar sejam instalados globalmente entre 2025 e 2030, de acordo com a última análise da IEA.
O
relatório de previsão de médio prazo da agência, “Renewables 2025“, prevê que a
energia solar será responsável por quase 80% dos 4,6 TW de energia renovável
que serão adicionados em todo o mundo na segunda metade da década.
O
relatório afirma que baixos custos, licenciamento mais rápido e ampla aceitação
social continuarão a impulsionar a adoção acelerada da energia solar. A análise
ano a ano prevê um ano recorde para adições solares em 2025, aproximando-se de
600 GW de capacidade adicional, em grande parte devido a um aumento nas
aplicações solares distribuídas.
Espera-se que as instalações anuais diminuam ligeiramente entre 2026 e 2028, com a IEA prevendo desacelerações na China e nos Estados Unidos ligadas à evolução dos cronogramas de políticas. A agência estima que mais de 600 GW de energia solar serão adicionados em 2029, antes de se aproximar do limite de 700 GW em 2030.
O último relatório da IEA reduz sua previsão de crescimento de energia renovável para 2025-2030 em 5% em comparação com a publicação do ano passado, correspondendo a uma perda de 248 GW de capacidade renovável.
A
energia solar é responsável por mais de 70% dessa redução absoluta,
principalmente em projetos de grande escala, e se deve na maioria às reduções
previstas na China, equivalente a 129 GW a menos de energia solar, e nos
Estados Unidos.
A
IEA espera que 140 GW a menos de energia solar sejam instalados nos Estados
Unidos até 2030 do que o previsto no ano passado, devido a fatores como
restrições da FEOC e suspensões de licenças em terras federais. O maior impacto
relativo é sobre a energia solar distribuída e, em particular, o mercado
residencial dos EUA, que será o mais afetado pela expiração programada dos
créditos fiscais para energia solar residencial no final deste ano.
Em
contraste, outros mercados viram suas previsões de instalação solar aumentarem.
A IEA revisou ligeiramente a previsão da UE, principalmente para capacidade
solar em escala de utilidade na Alemanha, Espanha, Itália e Polônia. A previsão
da Índia é de quase 10% em todas as tecnologias renováveis, enquanto a
capacidade do Oriente Médio e Norte da África foi revisada para cima em 23%, na
maioria devido a desenvolvimentos mais rápidos do que o esperado na Arábia
Saudita.
O
relatório diz que 80% dos países verão a capacidade de energia renovável
crescer mais rápido entre 2025 e 2030 do que nos cinco anos anteriores. O
diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, destacou a Arábia Saudita, o Paquistão e
vários países do Sudeste Asiático como áreas que devem receber surtos solares.
Os
níveis crescentes de redução e os preços negativos da eletricidade sinalizam a
necessidade de investimentos urgentes em redes, armazenamento e geração
flexível, acrescenta o relatório. A IEA alerta que, embora vários países
estejam começando a responder com leilões de capacidade e armazenamento, muito
mais será necessário para garantir que as energias renováveis variáveis sejam
integradas de maneira econômica e segura.
No início deste ano de 2025, a análise da empresa da consultoria de dados GlobalData, com sede em Londres, previu que o mundo terá implantado 4,8 TW de energia solar até o final de 2030, aumentando para 7,6 TW até 2035.
Capacidade instalada global de energia renovável deve dobrar até 2030
Energia
solar fotovoltaica lidera avanço, respondendo por 80% do crescimento no
período, mostra estudo da IEA. (pv-magazine-brasil)
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Governo Trump corta as verbas para projetos de energia limpa
O
Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) anunciou no início deste mês o
cancelamento de verbas para 321 projetos, avaliados em US$ 7,56 bilhões, a
maior parte deles voltada para energia limpa.
Em
um primeiro momento, o DOE não tornou pública a lista dos projetos afetados,
mas segundo veículos de imprensa que teriam tido acesso à lista, a maioria dos
cortes atingiu estados que votaram em Kamala Harris na última eleição
presidencial, embora alguns projetos em estados que apoiaram Donald Trump,
também tenham sido afetados.
Projetos
de captura direta de carbono (DAC) e hubs de hidrogênio estão entre os mais
atingidos. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, afirmou que entre os
cancelados está um investimento de US$ 1,2 bilhão no hub de hidrogênio do
estado, o Alliance for Renewable Clean Hydrogen Energy Systems. Verbas para
projetos semelhantes no Texas e na Louisiana também foram cortadas.
Ao menos dez outros projetos menores de captura direta de carbono, totalizando US$ 47,3 milhões, foram suspensos, embora iniciativas no Alasca, Kentucky, Louisiana e Dakota do Norte tenham sido mantidas. O setor de petróleo e gás vinha apoiando esses projetos, já que o CO2 capturado pode ser injetado em poços de petróleo com baixo rendimento para aumentar a produção.
O governo Trump vem adotando uma postura abertamente contrária à transição energética. Há alguns dias, o DOE proibiu o uso de termos como “mudança climática” e “emissões” em comunicações internas. Em maio/2025, já havia cancelado US$ 3,7 bilhões em incentivos a projetos de energia limpa e manufatura.
As
decisões vêm gerando uma onda de ações judiciais contra o governo. Embora um
tribunal federal tenha considerado parte dessas medidas “arbitrárias e caprichosas”,
uma instância superior as validou, alegando que demonstram “fiscalização e
gestão adequadas”.
É
difícil entender porque posturas como essas prosperam naquele que é um dos
países mais avançados do mundo. Seriam interesses econômicos de curto prazo? Negacionismo?
Simples vingança contra adversários políticos?
Quaisquer que sejam os motivos, todos seremos prejudicados por essas medidas.
Governo Trump corta US$ 7,5 bi em subsídios para energia renovável em vários estados: impacto em projetos solares, eólicos e política ambiental. (ecodebate)











