sábado, 22 de novembro de 2025

Sítio em São Paulo reduz custos e dependência do diesel com sistema híbrido

Instalação do dia: Sítio em São Paulo reduz custos e dependência do diesel com sistema híbrido.
Sítio em São Paulo instalou um sistema híbrido de energia que integra energia solar, baterias de lítio e um gerador a diesel para reduzir os custos e a dependência do diesel, conforme noticiado por pv magazine Brasil. O projeto, iniciado em 2018, utiliza a energia solar para fornecer eletricidade, enquanto o gerador a diesel é acionado para complementar a demanda em momentos específicos, especialmente durante quedas de energia da concessionária. Essa integração otimiza o uso das fontes de energia, priorizando a solar e utilizando o diesel apenas como alternativa, o que gera economia de combustível.

Como o sistema funciona

Energia Solar: Painéis solares transformam a luz do sol em eletricidade, servindo como a principal fonte de energia para a propriedade.

Baterias de Lítio: Armazenam o excesso de energia gerada, garantindo o suprimento contínuo mesmo quando não há sol.

Gerador a Diesel: Funciona como um backup, sendo acionado em picos de demanda ou quando as outras fontes não são suficientes, como em dias nublados ou durante falhas na rede elétrica.

Vantagens do sistema híbrido

Redução de custos: A energia solar é gratuita e, com a integração de outras fontes, é possível reduzir significativamente os gastos com eletricidade e diesel.

Maior confiabilidade: O sistema evita interrupções no fornecimento de energia, o que é crucial para as operações do sítio.

Sustentabilidade: O uso de energias renováveis e a diminuição do consumo de diesel alinham a propriedade com práticas ambientais mais sustentáveis.

Flexibilidade: A capacidade de alternar entre as fontes de energia permite que o sistema se adapte eficientemente às necessidades da propriedade.

O projeto com potência de 29,04 kW teve início em 2018 e contou com 3 fases, culminando em um retrofit para a integração de baterias de lítio e gerador a diesel com a tecnologia Victron.
Em 2018, um sítio localizado em Engenheiro Marsilac, bairro rural no ponto extremo zona sul de São Paulo, implementou um sistema fotovoltaico trifásico com potência total de 29,04 kWp, baterias de armazenamento e integração com gerador a diesel. O projeto foi conduzido pelo engenheiro eletricista Oscar Makoto Kojima, embaixador da Victron no Brasil, e evoluiu em três fases para atender às necessidades do cliente: reduzir a conta de luz e minimizar o uso do diesel em um local com fornecimento de energia instável.

“Basta uma chuva forte para haver interrupção de fornecimento. O cliente via na energia solar uma forma de economizar tanto na conta de luz quanto na utilização do diesel durante as quedas de energia. Ao longo dos anos, ele continuou investindo na tecnologia fotovoltaica para tornar o sistema autônomo, e a terceira fase foi finalizada há alguns meses”, explica Kojima.

Fase 1: Redução da conta de luz e geração on-grid

Na fase inicial, o objetivo do cliente era reduzir o consumo mensal de cerca de 3.000 kWh, motivado pelo uso de geladeiras, freezers, cervejeiras verticais, câmeras de segurança e internet, comuns em eventos familiares. Para isso, foram instalados dois inversores Fronius Symo Brasil de 12 kW cada e 88 módulos solares Canadian de 330 W, fixados em estrutura de solo construída pelo próprio cliente, que possui uma empresa de estruturas metálicas.

“O consumo dele era na faixa de 3 mil quilowatt-hora, porque ele tem geladeira, freezer, aquelas verticais, câmeras de segurança e internet. Na época, ele fazia muita festa lá para os parentes e amigos. Então ele queria baixar a conta de luz”, detalha Kojima.

Fase 2: Integração com baterias e gerador a diesel

Percebendo o alto custo de operação do gerador a diesel, a segunda fase priorizou maior autonomia e eficiência energética. Foram instalados três inversores Victron de 5 kVA (um por fase) e 2 baterias BYD B-Box de 10,24 kWh cada, totalizando 20,48 kWh de armazenamento. A integração inicial com o gerador era feita via contatoras, acionando-o quando as baterias se esgotavam. Hoje, o Victron gerencia diretamente o acionamento do gerador.

“Naquela época, o Victron já fazia o que os inversores híbridos fazem hoje, mas a gente utilizou um esquema de contatora para garantir que o gerador ligasse quando necessário. Agora, o Victron consegue fazer tudo automaticamente, integrando rede, fotovoltaico, baterias e gerador”, comenta o engenheiro.

Fase 3: Otimização da carga da bateria

Recentemente, o projeto avançou para a terceira fase: adicionar mais 9 painéis solares Jinko de 475W, com controlador de carga independente MPPT 150/60 da Victron, capazes de carregar diretamente as baterias mesmo em períodos prolongados sem energia. Quando o nível de carga atinge entre 6% e 8%, o inversor Victron reinicia o inversor Fronius, retomando a geração e permitindo desligar o gerador a diesel.

“Quando fica vários dias sem energia, o inversor Fronius não consegue carregar as baterias se chegarem a cerca de 5%. Então adicionamos essas 9 placas que funcionam de forma isolada e permitem que o sistema volte a operar sem depender do gerador”, explica Kojima.

Retrofit e parceria Victron-Fronius

O projeto exemplifica um retrofit, em que o sistema on-grid original foi transformado em híbrido com a adição de equipamentos Victron. A compatibilidade entre Victron e Fronius permite comunicação entre inversores, garantindo que o Victron gerencie a geração de energia e otimize o carregamento das baterias.

“Esse tipo de integração permite que o sistema se torne híbrido sem substituir o Fronius. A parceria mundial entre Fronius e Victron garante que eles ‘conversem’ e trabalhem em conjunto de forma eficiente”, afirma Kojima.

Perspectiva e lições para os integradores

Projetos como este demonstram o potencial da energia solar combinada a sistemas de armazenamento e integração com geradores para regiões rurais e de fornecimento instável. Além de reduzir custos, aumentam a autonomia e segurança energética do local. Segundo Kojima, o modelo pode ser replicado em residências, propriedades rurais e até instalações comerciais e industriais que enfrentam problemas de qualidade de energia.

Energia solar rural

“É um projeto que começou pequeno, em 2018, e evoluiu por fases, mostrando que é possível adaptar sistemas existentes, reduzir o uso de diesel e ganhar autonomia. Esse tipo de solução será cada vez mais relevante para clientes em regiões remotas”, conclui o engenheiro. (pv-magazine-brasil)

China expande energia solar rodoviária para agilizar a descarbonização o transporte

China expande energia solar rodoviária enquanto províncias correm para descarbonizar o transporte.

A China segue avançando na instalação de módulos fotovoltaicos ao longo de rodovias, combinando encostas, túneis e áreas de serviço para gerar eletricidade renovável e reduzir as emissões do setor de transporte.
Ao longo da rodovia Jinan-Weifang, na província chinesa de Shandong, um sistema solar de 68 MW agora produz 68 GWh por ano, o que é mais de quatro vezes o consumo de eletricidade da própria rota. A rodovia é anunciada como a primeira rota de carbono zero da China.

Os projetos solares rodoviários se expandiram dos telhados das áreas de serviço para encostas, canteiros centrais e entradas de túneis. No final de 2024, a capacidade instalada atingiu 1,7 GW, representando 76% da energia renovável distribuída no setor de transportes. Dezessete províncias começaram a desenvolver áreas de serviço de carbono quase zero.

Estimativas da Academia Chinesa de Ciências do Transporte sugerem um potencial de 943,7 GW de energia solar ao longo das estradas, mais de 60% das quais poderiam estar em rodovias. O desenvolvimento total pode gerar mais do que o triplo da demanda anual de eletricidade do sistema rodoviário nacional.

O Shandong Hi-Speed Group Co. instalou 668 MW de energia solar rodoviária e planeja ultrapassar 1 GW até o final de 2025, elevando a autossuficiência de eletricidade verde nas rodovias de Shandong para 40%.

“Desenvolvemos uma solução de cenário completo integrando encostas, áreas de serviço e túneis”, disse um funcionário da empresa à mídia estatal, observando que o projeto Jinan-Weifang serve como modelo para implantação em todo o país.

Outras províncias estão se movendo rapidamente na mesma direção. Hunan adicionou 8,2 MW em 2024. Shanxi pretende 278,7 MW até 2025 de acordo com as novas diretrizes de gestão. E o Henan Communications Investment Group lançou uma iniciativa visando a capacidade em escala de gigawatts dentro de 5 anos.
Energia solar e eólica superam termelétricas pela primeira vez na China

Capacidade instalada combinada das 2 fontes renováveis atingiu 1,4 TW no país asiático ao final de março/25.

Desafios técnicos e regulatórios

Procedimentos complexos de arquivamento e restrições aos operadores de rodovias retardaram alguns projetos. As instalações de taludes são frequentemente classificadas como terrenos de transporte, exigindo várias aprovações. As condições adversas da rodovia aceleram a degradação do módulo em 2% a 3% ao ano, reduzindo potencialmente a eficiência para 85% após 5 anos. As inspeções de rodovias de montanha exigem patrulhas manuais, aumentando os custos de manutenção em 30%, e as conexões de rede rural permanecem limitadas pela lenta expansão da subestação.

As autoridades estão aliviando algumas restrições. Shandong oferece um subsídio de CNY 0,10 (US$ 0,014)/kWh para projetos de rodovias com zero carbono; Xangai oferece recompensas de até CNY 2 milhões para instalações qualificadas; e Shanxi agora permite o arquivamento em lote, reduzindo pela metade os tempos de aprovação.

Analistas do setor dizem que a energia solar rodoviária está mudando de um crescimento liderado por políticas para um crescimento impulsionado pelo mercado. O desenvolvimento futuro se concentrará em módulos flexíveis, integração de energia veículo-estrada e modelos de negócios de usinas de energia virtuais e crédito de carbono.

“Com a iteração tecnológica e a inovação do modelo, a energia solar rodoviária desempenhará um papel estratégico crescente na descarbonização do transporte e na segurança energética”, disse Wang Zheng, analista de energia renovável da Huaxin Capital.

As previsões sugerem que as instalações solares rodoviárias anuais na China podem exceder 20 GW em 5 anos, criando o maior mercado solar ligado ao transporte do mundo.

China alcança recorde histórico em energia solar e eólica e reduz incentivo em energia renovável

China lidera o setor de energia renovável no mundo. No entanto, diante de um crescimento acelerado, o governo decidiu reduzir gradualmente os subsídios para projetos de energia solar e energia eólica. (pv-magazine-brasil)

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Comunidade de Guarulhos (SP) recebe instalação de postes de energia solar

Comunidade de Barra de São Miguel, em Guarulhos (SP) recebe instalação de postes de energia solar.

Em parceria com a organização Litro de Luz, a EDP entregou 30 postes de iluminação públicas na comunidade Barra de São Miguel, beneficiando 250 famílias e contribuindo para a segurança e bem-estar dos moradores.
A EDP concluiu a instalação de 30 postes de energia solar nas ruas da comunidade de Barra de São Miguel, em Guarulhos (SP). Nos últimos dias 11 e 12, foram instalados 21 postes, complementando outros nove que já estavam em funcionamento desde junho. A ação foi realizada em parceria com a organização Litro de Luz, com o apoio da Gerando Falcões e do Instituto Sonhar Alto.

Além de levar iluminação sustentável à região, os postes de energia solar contribuem para a segurança e bem-estar dos moradores, aumentando o potencial de comércio e atividades de lazer noturnas. A comunidade possui cerca de 250 famílias. Os postes são produzidos com materiais simples, como garrafa PET e cano PVC, além de placas solares, baterias e LEDs.

EDP instala 30 postes de energia solar na comunidade Barra de São Miguel, em Guarulhos (SP), levando iluminação sustentável, inclusão social e segurança a cerca de 250 famílias. A ação faz parte do programa Comunidade In, que une inovação e responsabilidade socioambiental.

EDP transforma Guarulhos com postes de energia solar e inclusão social: projeto sustentável reforça segurança e impulsiona protagonismo comunitário.

O projeto tem buscado, também, incentivar a participação dos moradores como agentes de transformação da própria comunidade. Um grupo de líderes comunitários participou da formação, ministrada pela organização Litro de Luz, e conduziu as instalações junto aos colaboradores voluntários da EDP.

A iniciativa faz parte do programa Comunidade In, realizado pela EDP em comunidades na sua área de concessão para promover o desenvolvimento integrado e melhorar a qualidade de vida local. Além desta ação, a Escola Amadeu Pereira Lima, localizada na comunidade, está recebendo o Brincando com Pipas, projeto socioeducativo realizado em parceria com a Evoluir, que visa conscientizar sobre os riscos de acidentes com pipas na rede elétrica e promover a brincadeira segura por meio de atividades lúdicas e pedagógicas.

Os postes garantem uma iluminação sustentável à região de energia solar e contribuem para a segurança e bem-estar dos moradores, aumentando o potencial de comércio e atividades de lazer noturnas. (pv-magazine-brasil)

Combustíveis fósseis dominarão uso global de energia após 2050

Combustíveis fósseis dominarão uso global de energia após 2050, diz McKinsey.
A transição energética global confronta a dura realidade

Um novo relatório da McKinsey sugere que, apesar do crescimento das renováveis, os combustíveis fósseis dominarão o uso global de energia após 2050, com projeções indicando que até 55% do mix de energia pode ser formado por eles, segundo a Investing.com Brasil.

Esse cenário se deve ao aumento da demanda por eletricidade (impulsionada por data centers, por exemplo) e a prioridade de governos na segurança e acessibilidade energética, o que pode dificultar o cumprimento de metas como as do Acordo de Paris, aponta o Cenário Energia.

Fatores que sustentam o uso de combustíveis fósseis

Combustíveis fósseis ainda dominam apesar do crescimento das energias renováveis.

Crescimento da demanda por eletricidade: O aumento da demanda por eletricidade, especialmente por data centers e tecnologia digital, supera a capacidade de adoção de fontes renováveis em curto e médio prazo.

Prioridade de segurança e acessibilidade: Governos em todo o mundo estão priorizando a segurança energética e a acessibilidade dos preços, o que favorece o uso de combustíveis fósseis.

Desafios na adoção de renováveis: A adoção de fontes alternativas deve ser limitada até 2040, a menos que haja regulamentações governamentais mais fortes.

Consequências e desafios

Metas de emissões: O uso contínuo de combustíveis fósseis representa um desafio para o cumprimento das metas de emissões líquidas zero de gases de efeito estufa.

Transição lenta: A transição energética, embora necessária, pode ser mais lenta e complexa do que o ideal, considerando os fatores econômicos e geopolíticos.

Petróleo, gás e carvão continuarão a dominar a matriz energética mundial muito além de 2050, já que o aumento da demanda por eletricidade supera a mudança para as energias renováveis, de acordo com um novo relatório da McKinsey.

O uso contínuo de combustíveis fósseis representa um grande desafio para as metas globais de emissões líquidas zero de gases causadores do efeito estufa.

1ª publicação A demanda por eletricidade crescerá principalmente devido a um aumento projetado de 20% a 40% nos setores industrial e de construção até 2050, de acordo com o estudo, sendo que os data centers norte-americanos são vistos como os maiores contribuintes para essa expansão na demanda por eletricidade.

A expectativa é que o uso de gás natural para geração de energia cresça significativamente, enquanto o uso de carvão também pode persistir em níveis mais altos.

A McKinsey espera que os combustíveis fósseis respondam por cerca de 41% a 55% do consumo global de energia em 2050, abaixo dos 64% atuais, mas acima das projeções anteriores.

A demanda de energia relacionada às centrais de processamento de dados dos EUA deve crescer quase 25% ao ano até 2030, enquanto a demanda dos data centers em todo o mundo terá um crescimento médio de 17% ao ano entre 2022 e 2030, especialmente nos países da OCDE.

É improvável que os combustíveis alternativos sejam amplamente adotados antes de 2040, a menos que sejam obrigatórios e as energias renováveis têm o potencial de fornecer de 61% a 67% do mix de energia global em 2050, disse a McKinsey.

“Essa foi provavelmente a nossa maior mudança de pensamento sobre a evolução do sistema energético”, disse o sócio da McKinsey, Diego Hernandez Diaz, à Reuters. Ele acrescenta que a consultoria não espera que a demanda de petróleo se estabilize até a década de 2030.

De acordo com ele, combinado com a economia regional e global de alguns combustíveis fósseis, “isso leva a ver até 55% da pilha global de energia sendo formada por combustíveis fósseis em 2050”.

A perspectiva energética global está sendo moldada pela incerteza geopolítica e pelos governos que priorizam a acessibilidade e a segurança energética em detrimento do cumprimento das metas do Acordo de Paris. (biodieselbr)

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Prefeitura de SP autoriza mais de R$ 23 mi para eletrificação de ônibus

Prefeitura de São Paulo/SP autoriza mais de R$ 23 milhões para eletrificação de frotas da Transppass e Express.
A Prefeitura de São Paulo autorizou o pagamento de R$ 23,7 milhões para subsidiar a aquisição de ônibus elétricos por duas operadoras do sistema de transporte público da capital paulista – a Transppass e a Express. Os valores foram empenhados em 20/10/25 em 2 despachos publicados pela Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte no diário oficial da cidade.

A Transppass que opera linha na zona oeste da capital deverá receber cerca de R$ 10,8 milhões. Já o valor empenhado em nome da Express se aproxima dos R$ 13 milhões. Em ambos os casos para a aquisição de veículos elétricos ainda este ano.

A subvenção cobre a diferença entre o preço de veículos elétricos e o de modelos equivalentes movidos à diesel.

Financiamento

A Prefeitura de São Paulo levantou um total de R$ 5,75 bilhões em recursos junto à bancos de fomento tanto nacionais quanto internacionais para subsidiar a eletrificação das operadoras do sistema municipal de ônibus com o objetivo de cumprir as metas de descarbonização fixadas pela Política de Mudanças Climáticas do Município de São Paulo.

Criada pela Lei Municipal 14.933/2009, a política determina que as emissões do sistema sejam zeradas até 2038. (biodieselbr)