domingo, 2 de novembro de 2025

Novas usinas solares ajudarão a zerar as contas de energia em Mercedes

Novas usinas solares ajudarão a zerar as contas de energia em Mercedes, no Paraná.
Foi concluída a usina solar no Salão Comunitário de Novo Rio do Sul

Novas usinas solares vão praticamente zerar as contas de energia pública. A Administração de Mercedes está ampliando o uso de energia solar para abastecer os prédios públicos do município. Com novas usinas em implantação, a conta de luz da Prefeitura, hoje em torno de R$ 60 mil por mês, será praticamente zerada.

Com investimento muito superior aos R$ 1,3 milhão, com parte dos recursos viabilizados pela Itaipu Binacional, cinco novos sistemas fotovoltaicos capacidade de 67 MWh por mês estão sendo instalados no município e abastecerão praticamente todos os prédios públicos, gerando economia de R$ 60 mil na conta de luz todos os meses.

A administração de Mercedes, no extremo oeste do estado do Paraná (PR) e próximo ao Lago de Itaipu Binacional, na fronteira com o Paraguai, está ampliando o uso de energia solar para abastecer os prédios públicos do município. Com novas usinas em implantação, a conta de luz da prefeitura — hoje em torno de R$ 60 mil por mês — será praticamente zerada.

No total, estão sendo instaladas cinco novas usinas de energia solar, com capacidade para gerar cerca de 67 MWh por mês, o suficiente para abastecer praticamente todos os prédios públicos municipais.

Novas usinas solares vão praticamente zerar as contas de energia pública

Projeto vai gerar economia permanente e tornar os prédios públicos autossuficientes em energia

Nesta semana, está sendo instalada uma nova usina sobre a quadra esportiva da comunidade de São Marcos. Outra unidade já foi concluída no Salão Comunitário de Novo Rio do Sul, e mais duas serão implantadas na quadra esportiva do Arroio Guaçu e no novo Parque de Máquinas da Prefeitura, que está em fase de construção no Loteamento Zancanella. Neste último local, as estruturas serão montadas sobre o solo, com coberturas que também servirão como estacionamento.

O projeto representa um investimento superior a R$ 1,3 milhão, com parte dos recursos viabilizados pela Itaipu Binacional.

“Estamos investindo em energia limpa, que traz economia permanente e reforça o compromisso de Mercedes com o meio ambiente. O que hoje gastamos em contas de luz vai poder ser aplicado em saúde, educação e obras. É um investimento que se paga e deixa um legado para o futuro”, afirmou o prefeito Laerton Weber.

Nova usina solar sobre a quadra esportiva da comunidade da Associação São Marcos. (pv-magazine-brasil)

IEA reduz previsão de crescimento solar de 2025 a 2030

IEA (Agencia energética internacional) reduziu a previsão para energia renovável após mudanças de políticas nos EUA e em leilões da China.

IEA reduz projeção de aumento das renováveis até 2030 por causa de EUA e China. Mas a Agência projeta que fontes renováveis vão mais que dobrar até 2030, com energia solar respondendo por mais de 80% do avanço. As fontes renováveis de geração de energia elétrica continuam crescendo a passos largos em todo o mundo.

A International Energy Agency (IEA) cortou sua previsão de energias renováveis para o período em 5%, citando adições solares mais baixas, embora a energia fotovoltaica ainda represente quase 80% do crescimento esperado de 4,6 TW.

Espera-se que cerca de 3,6 TW de energia solar sejam instalados globalmente entre 2025 e 2030, de acordo com a última análise da IEA.

O relatório de previsão de médio prazo da agência, “Renewables 2025“, prevê que a energia solar será responsável por quase 80% dos 4,6 TW de energia renovável que serão adicionados em todo o mundo na segunda metade da década.

O relatório afirma que baixos custos, licenciamento mais rápido e ampla aceitação social continuarão a impulsionar a adoção acelerada da energia solar. A análise ano a ano prevê um ano recorde para adições solares em 2025, aproximando-se de 600 GW de capacidade adicional, em grande parte devido a um aumento nas aplicações solares distribuídas.

Espera-se que as instalações anuais diminuam ligeiramente entre 2026 e 2028, com a IEA prevendo desacelerações na China e nos Estados Unidos ligadas à evolução dos cronogramas de políticas. A agência estima que mais de 600 GW de energia solar serão adicionados em 2029, antes de se aproximar do limite de 700 GW em 2030.

O último relatório da IEA reduz sua previsão de crescimento de energia renovável para 2025-2030 em 5% em comparação com a publicação do ano passado, correspondendo a uma perda de 248 GW de capacidade renovável.

A energia solar é responsável por mais de 70% dessa redução absoluta, principalmente em projetos de grande escala, e se deve na maioria às reduções previstas na China, equivalente a 129 GW a menos de energia solar, e nos Estados Unidos.

A IEA espera que 140 GW a menos de energia solar sejam instalados nos Estados Unidos até 2030 do que o previsto no ano passado, devido a fatores como restrições da FEOC e suspensões de licenças em terras federais. O maior impacto relativo é sobre a energia solar distribuída e, em particular, o mercado residencial dos EUA, que será o mais afetado pela expiração programada dos créditos fiscais para energia solar residencial no final deste ano.

Em contraste, outros mercados viram suas previsões de instalação solar aumentarem. A IEA revisou ligeiramente a previsão da UE, principalmente para capacidade solar em escala de utilidade na Alemanha, Espanha, Itália e Polônia. A previsão da Índia é de quase 10% em todas as tecnologias renováveis, enquanto a capacidade do Oriente Médio e Norte da África foi revisada para cima em 23%, na maioria devido a desenvolvimentos mais rápidos do que o esperado na Arábia Saudita.

O relatório diz que 80% dos países verão a capacidade de energia renovável crescer mais rápido entre 2025 e 2030 do que nos cinco anos anteriores. O diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, destacou a Arábia Saudita, o Paquistão e vários países do Sudeste Asiático como áreas que devem receber surtos solares.

Em outras partes do relatório, prevê-se que as energias renováveis se tornem a maior fonte global de energia até o final da década, usada para 43% da geração de eletricidade até 2030, com a energia solar ultrapassando a energia hidrelétrica como a maior fonte de energia renovável.
A projeção atual da IEA espera 16.200 TWh de geração de eletricidade a partir de fontes renováveis em 2030, o que é quase 850 TWh a menos do que as estimativas do ano passado. Foi reduzido devido à previsão de capacidade revisada e ao aumento dos níveis de redução solar e eólica.

Os níveis crescentes de redução e os preços negativos da eletricidade sinalizam a necessidade de investimentos urgentes em redes, armazenamento e geração flexível, acrescenta o relatório. A IEA alerta que, embora vários países estejam começando a responder com leilões de capacidade e armazenamento, muito mais será necessário para garantir que as energias renováveis variáveis sejam integradas de maneira econômica e segura.

No início deste ano de 2025, a análise da empresa da consultoria de dados GlobalData, com sede em Londres, previu que o mundo terá implantado 4,8 TW de energia solar até o final de 2030, aumentando para 7,6 TW até 2035.

Capacidade instalada global de energia renovável deve dobrar até 2030

Energia solar fotovoltaica lidera avanço, respondendo por 80% do crescimento no período, mostra estudo da IEA. (pv-magazine-brasil)

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Governo Trump corta as verbas para projetos de energia limpa

O governo Trump vem adotando uma postura abertamente contrária à transição energética

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) anunciou no início deste mês o cancelamento de verbas para 321 projetos, avaliados em US$ 7,56 bilhões, a maior parte deles voltada para energia limpa.

Em um primeiro momento, o DOE não tornou pública a lista dos projetos afetados, mas segundo veículos de imprensa que teriam tido acesso à lista, a maioria dos cortes atingiu estados que votaram em Kamala Harris na última eleição presidencial, embora alguns projetos em estados que apoiaram Donald Trump, também tenham sido afetados.

Projetos de captura direta de carbono (DAC) e hubs de hidrogênio estão entre os mais atingidos. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, afirmou que entre os cancelados está um investimento de US$ 1,2 bilhão no hub de hidrogênio do estado, o Alliance for Renewable Clean Hydrogen Energy Systems. Verbas para projetos semelhantes no Texas e na Louisiana também foram cortadas.

Ao menos dez outros projetos menores de captura direta de carbono, totalizando US$ 47,3 milhões, foram suspensos, embora iniciativas no Alasca, Kentucky, Louisiana e Dakota do Norte tenham sido mantidas. O setor de petróleo e gás vinha apoiando esses projetos, já que o CO2 capturado pode ser injetado em poços de petróleo com baixo rendimento para aumentar a produção.

O governo Trump vem adotando uma postura abertamente contrária à transição energética. Há alguns dias, o DOE proibiu o uso de termos como “mudança climática” e “emissões” em comunicações internas. Em maio/2025, já havia cancelado US$ 3,7 bilhões em incentivos a projetos de energia limpa e manufatura.

As decisões vêm gerando uma onda de ações judiciais contra o governo. Embora um tribunal federal tenha considerado parte dessas medidas “arbitrárias e caprichosas”, uma instância superior as validou, alegando que demonstram “fiscalização e gestão adequadas”.

É difícil entender porque posturas como essas prosperam naquele que é um dos países mais avançados do mundo. Seriam interesses econômicos de curto prazo? Negacionismo? Simples vingança contra adversários políticos?

Quaisquer que sejam os motivos, todos seremos prejudicados por essas medidas.

Governo Trump corta US$ 7,5 bi em subsídios para energia renovável em vários estados: impacto em projetos solares, eólicos e política ambiental. (ecodebate)