quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Mudança crucial para o futuro do Planeta

Do combustível fóssil à energia limpa: Entenda a mudança crucial para o futuro do Planeta.
A transição energética é a mudança gradual de fontes de energia fósseis (como petróleo e carvão) para fontes renováveis e sustentáveis (como solar, eólica e hidrelétrica), impulsionada pela urgência de combater as mudanças climáticas e reduzir a emissão de gases de efeito estufa. No Brasil, essa transição é crucial e oferece oportunidades de investimento e geração de empregos verdes, além de fortalecer sua posição como líder em energia renovável, embora enfrente desafios como a intermitência de certas fontes e a necessidade de modernização da infraestrutura.

O que é

É a substituição de fontes de energia que emitem gases poluentes (fósseis) por alternativas limpas e renováveis.

Envolve a diversificação da matriz energética, com aumento do uso de solar, eólica, biomassa, entre outras fontes.

Busca descarbonizar a economia, melhorar a eficiência energética e mudar padrões de consumo.

Por que é urgente

Combate às mudanças climáticas: A principal motivação é reduzir as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global, conforme acordos como o de Paris.

Segurança energética: Diminui a dependência de combustíveis fósseis, que são finitos e sujeitos a volatilidade de preços.

Impactos sociais e ambientais: Melhora a qualidade do ar e promove o desenvolvimento econômico e social através de novas tecnologias e empregos.

Impactos e situação no Brasil

Vantagens: O Brasil possui uma matriz energética relativamente limpa (cerca de 89% de renováveis na eletricidade), grande potencial em energia solar e eólica, e é pioneiro no uso de biocombustíveis como o etanol. Isso o coloca em uma posição privilegiada para investimentos globais e desenvolvimento sustentável.

Desafios:

Intermitência: A geração de energia solar e eólica depende das condições climáticas, exigindo soluções de armazenamento e uma rede elétrica mais inteligente e resiliente.

Infraestrutura: A necessidade de novas infraestruturas de transmissão e o aprimoramento da rede para suportar as fontes intermitentes são grandes obstáculos.

Descarbonização de setores: Desafios significativos se apresentam em setores com alta dependência de combustíveis fósseis, como o transporte, onde o país tem alta dependência do modal rodoviário.

Oportunidades: A transição pode gerar empregos verdes, impulsionar o desenvolvimento tecnológico e regional, e posicionar o Brasil como um player importante na economia de baixo carbono.
Neste artigo apresentamos a importância e os riscos da transição energética como uma mudança profunda na forma como produzimos e consumimos energia, buscando reduzir as emissões de gases de efeito estufa que causam o aquecimento global e as mudanças climáticas

A transição energética é um dos temas mais importantes e urgentes da atualidade. Trata-se de uma mudança profunda na forma como produzimos e consumimos energia, buscando reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) que causam o aquecimento global e as mudanças climáticas. Mas o que é exatamente a transição energética e por que ela é necessária e urgente?

A transição energética pode ser definida como a passagem de um modelo energético baseado em fontes poluentes, como os combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), para um modelo baseado em fontes renováveis, como a hidrelétrica, a eólica, a solar e a biomassa. Essas fontes são chamadas de renováveis porque se regeneram na natureza ou podem ser cultivadas, ao contrário dos fósseis, que são finitos e levam milhões de anos para se formar.

Também envolve outras dimensões, como a eficiência energética, que significa usar menos energia para obter o mesmo resultado; a economia circular, que significa reaproveitar os recursos e evitar o desperdício; a digitalização, que significa usar tecnologias inteligentes para otimizar a geração, o transporte e o consumo de energia; e a descentralização, que significa aproximar os produtores e os consumidores de energia, reduzindo as perdas e aumentando a autonomia.

A transição energética é necessária porque o atual modelo energético é insustentável do ponto de vista ambiental, social e econômico. A queima de combustíveis fósseis é responsável por cerca de 75% das emissões globais de GEE, que provocam o efeito estufa e alteram o clima do planeta. As consequências disso são graves e já podem ser sentidas: aumento da temperatura média, derretimento das calotas polares, elevação do nível do mar, eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade, escassez de água e alimentos, conflitos e migrações forçadas.

Transição energética é oportunidade para o Brasil exercer liderança global

A transição energética é urgente porque o tempo para evitar esses cenários catastróficos está se esgotando. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão científico da ONU, é preciso limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C até o final deste século para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Para isso, é necessário reduzir as emissões globais de GEE em 45% até 2030 e zerá-las até 2050. Isso implica em uma transformação radical do sistema energético mundial.

Esta transformação não é apenas um desafio, mas também uma oportunidade. Ela pode trazer benefícios para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade. A transição energética pode contribuir para a preservação dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade do ar e da saúde pública, para a geração de empregos verdes e qualificados, para a redução da pobreza e das desigualdades, para a inovação tecnológica e para a segurança energética.

Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), uma transição energética, baseada em 100% de fontes renováveis até 2050, poderia gerar benefícios econômicos globais de US$ 98 trilhões, além de evitar 6 milhões de mortes prematuras por poluição do ar.

A transição energética é um processo complexo e multidimensional, que requer a participação e o comprometimento de todos os atores envolvidos: governos, empresas, organizações da sociedade civil e cidadãos. Cada um tem um papel a desempenhar nessa transformação. A transição energética é uma escolha coletiva e uma responsabilidade compartilhada. É também uma necessidade urgente e uma oportunidade única.

Riscos da transição energética

A transição energética também envolve riscos e desafios para o setor energético e para a sociedade em geral. Alguns desses riscos são:

– A segurança energética: a transição energética pode afetar a disponibilidade, a confiabilidade e a acessibilidade da energia, especialmente em países que dependem de importações de combustíveis fósseis ou que têm infraestrutura inadequada para integrar as fontes renováveis. Além disso, a transição energética pode aumentar a vulnerabilidade a choques geopolíticos, como conflitos armados, sanções econômicas ou ataques cibernéticos, que podem interromper o fornecimento de energia.

– A competitividade econômica: a transição energética pode exigir altos investimentos em tecnologias, infraestrutura e capacitação, que podem afetar a competitividade das empresas e dos países no mercado global. Além disso, a transição energética pode gerar perdas de empregos e de receitas fiscais em setores ligados aos combustíveis fósseis, que podem não ser compensadas pela criação de novas oportunidades em setores emergentes.

– A justiça social: a transição energética pode gerar desigualdades sociais entre países, regiões e grupos populacionais, que podem ter acesso diferenciado aos benefícios e aos custos da mudança. Por exemplo, alguns países podem ter mais recursos naturais ou financeiros para investir em fontes renováveis, enquanto outros podem ficar dependentes de fontes poluentes ou caras. Da mesma forma, alguns grupos podem ter mais facilidade para se adaptar às novas demandas do mercado de trabalho ou às mudanças nos padrões de consumo, enquanto outros podem ficar excluídos ou marginalizados.

Diante desses riscos, é importante que a transição energética seja planejada e implementada de forma coordenada, consistente e participativa, envolvendo governos, empresas, organizações da sociedade civil e consumidores. Além disso, é preciso que a transição energética seja justa e equitativa, garantindo que ninguém seja deixado para trás e que todos possam contribuir e se beneficiar da mudança.
Transição energética: a mudança de energia que o planeta precisa

A transição energética é um desafio coletivo que requer a participação e o compromisso de todos os atores da sociedade: governos, empresas, organizações não governamentais e cidadãos.

Cada um pode contribuir com suas escolhas e ações para acelerar essa mudança necessária e urgente. Afinal, o futuro do planeta depende da forma como usamos a energia hoje. (ecodebate)

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