O
que é
É
a substituição de fontes de energia que emitem gases poluentes (fósseis) por
alternativas limpas e renováveis.
Envolve
a diversificação da matriz energética, com aumento do uso de solar, eólica,
biomassa, entre outras fontes.
Busca
descarbonizar a economia, melhorar a eficiência energética e mudar padrões de
consumo.
Por
que é urgente
Combate
às mudanças climáticas: A principal motivação é reduzir as emissões de gases de
efeito estufa para limitar o aquecimento global, conforme acordos como o de
Paris.
Segurança
energética: Diminui a dependência de combustíveis fósseis, que são finitos e
sujeitos a volatilidade de preços.
Impactos
sociais e ambientais: Melhora a qualidade do ar e promove o desenvolvimento
econômico e social através de novas tecnologias e empregos.
Impactos
e situação no Brasil
Vantagens:
O Brasil possui uma matriz energética relativamente limpa (cerca de 89% de
renováveis na eletricidade), grande potencial em energia solar e eólica, e é
pioneiro no uso de biocombustíveis como o etanol. Isso o coloca em uma posição
privilegiada para investimentos globais e desenvolvimento sustentável.
Desafios:
Intermitência:
A geração de energia solar e eólica depende das condições climáticas, exigindo
soluções de armazenamento e uma rede elétrica mais inteligente e resiliente.
Infraestrutura:
A necessidade de novas infraestruturas de transmissão e o aprimoramento da rede
para suportar as fontes intermitentes são grandes obstáculos.
Descarbonização
de setores: Desafios significativos se apresentam em setores com alta
dependência de combustíveis fósseis, como o transporte, onde o país tem alta
dependência do modal rodoviário.
A
transição energética é um dos temas mais importantes e urgentes da atualidade.
Trata-se de uma mudança profunda na forma como produzimos e consumimos energia,
buscando reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) que causam o
aquecimento global e as mudanças climáticas. Mas o que é exatamente a transição
energética e por que ela é necessária e urgente?
A
transição energética pode ser definida como a passagem de um modelo energético
baseado em fontes poluentes, como os combustíveis fósseis (carvão, petróleo e
gás natural), para um modelo baseado em fontes renováveis, como a hidrelétrica,
a eólica, a solar e a biomassa. Essas fontes são chamadas de renováveis porque
se regeneram na natureza ou podem ser cultivadas, ao contrário dos fósseis, que
são finitos e levam milhões de anos para se formar.
Também
envolve outras dimensões, como a eficiência energética, que significa usar
menos energia para obter o mesmo resultado; a economia circular, que significa
reaproveitar os recursos e evitar o desperdício; a digitalização, que significa
usar tecnologias inteligentes para otimizar a geração, o transporte e o consumo
de energia; e a descentralização, que significa aproximar os produtores e os
consumidores de energia, reduzindo as perdas e aumentando a autonomia.
A transição energética é necessária porque o atual modelo energético é insustentável do ponto de vista ambiental, social e econômico. A queima de combustíveis fósseis é responsável por cerca de 75% das emissões globais de GEE, que provocam o efeito estufa e alteram o clima do planeta. As consequências disso são graves e já podem ser sentidas: aumento da temperatura média, derretimento das calotas polares, elevação do nível do mar, eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade, escassez de água e alimentos, conflitos e migrações forçadas.
Transição energética é oportunidade para o Brasil exercer liderança global
A
transição energética é urgente porque o tempo para evitar esses cenários
catastróficos está se esgotando. Segundo o Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC), órgão científico da ONU, é preciso limitar o
aumento da temperatura global a 1,5°C até o final deste século para evitar os
piores impactos das mudanças climáticas. Para isso, é necessário reduzir as
emissões globais de GEE em 45% até 2030 e zerá-las até 2050. Isso implica em
uma transformação radical do sistema energético mundial.
Esta
transformação não é apenas um desafio, mas também uma oportunidade. Ela pode
trazer benefícios para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade. A
transição energética pode contribuir para a preservação dos recursos naturais,
para a melhoria da qualidade do ar e da saúde pública, para a geração de
empregos verdes e qualificados, para a redução da pobreza e das desigualdades,
para a inovação tecnológica e para a segurança energética.
Segundo
a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), uma transição energética,
baseada em 100% de fontes renováveis até 2050, poderia gerar benefícios
econômicos globais de US$ 98 trilhões, além de evitar 6 milhões de mortes
prematuras por poluição do ar.
A transição energética é um processo complexo e multidimensional, que requer a participação e o comprometimento de todos os atores envolvidos: governos, empresas, organizações da sociedade civil e cidadãos. Cada um tem um papel a desempenhar nessa transformação. A transição energética é uma escolha coletiva e uma responsabilidade compartilhada. É também uma necessidade urgente e uma oportunidade única.
Riscos da transição energética
A
transição energética também envolve riscos e desafios para o setor energético e
para a sociedade em geral. Alguns desses riscos são:
–
A segurança energética: a transição energética pode afetar a disponibilidade, a
confiabilidade e a acessibilidade da energia, especialmente em países que
dependem de importações de combustíveis fósseis ou que têm infraestrutura
inadequada para integrar as fontes renováveis. Além disso, a transição
energética pode aumentar a vulnerabilidade a choques geopolíticos, como
conflitos armados, sanções econômicas ou ataques cibernéticos, que podem
interromper o fornecimento de energia.
–
A competitividade econômica: a transição energética pode exigir altos
investimentos em tecnologias, infraestrutura e capacitação, que podem afetar a
competitividade das empresas e dos países no mercado global. Além disso, a
transição energética pode gerar perdas de empregos e de receitas fiscais em
setores ligados aos combustíveis fósseis, que podem não ser compensadas pela
criação de novas oportunidades em setores emergentes.
–
A justiça social: a transição energética pode gerar desigualdades sociais entre
países, regiões e grupos populacionais, que podem ter acesso diferenciado aos
benefícios e aos custos da mudança. Por exemplo, alguns países podem ter mais
recursos naturais ou financeiros para investir em fontes renováveis, enquanto
outros podem ficar dependentes de fontes poluentes ou caras. Da mesma forma,
alguns grupos podem ter mais facilidade para se adaptar às novas demandas do
mercado de trabalho ou às mudanças nos padrões de consumo, enquanto outros
podem ficar excluídos ou marginalizados.
A
transição energética é um desafio coletivo que requer a participação e o
compromisso de todos os atores da sociedade: governos, empresas, organizações
não governamentais e cidadãos.
Cada
um pode contribuir com suas escolhas e ações para acelerar essa mudança necessária
e urgente. Afinal, o futuro do planeta depende da forma como usamos a energia
hoje. (ecodebate)





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