A
barreira foi superada com a entrega de 60 novos ônibus durante ato que foi
realizado no estacionamento do Estádio do Pacaembu. A cerimônia abriu uma
programação idealizada pela Prefeitura para marcar a COP30 – este ano a
conferência da ONU sobre mudanças climáticas será realizada em Belém (PA) e tem
abertura prevista para 10/11/25.
São
Paulo supera a marca de mil ônibus elétricos. Meta ainda segue muito distante
A capital paulista completa a descarbonização de 7,1% de sua frota, a maior do País. Lei Municipal de Mudança do Clima, prevê 6,8 mil ônibus elétricos até 2028.
Com a nova entrega de 60 veículos e tecnologia inédita de recarga, a capital paulista, que já detinha a maior frota de ônibus do Brasil, com 14 mil veículos, ultrapassa a marca de mil ônibus elétricos. Hoje, dos 1009 coletivos elétricos, 820 são movidos à bateria, além dos 189 trólebus, que somados representam uma redução de 35 milhões de litros de diesel por ano, de acordo com a Prefeitura Municipal.
Em nota à imprensa, a Prefeitura de São Paulo comunicou que a entrega dos novos ônibus faz parte de uma programação especial voltada à sustentabilidade, que acontece nesta semana, antecedendo a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Uma lista completa da programação do executivo municipal sobre a COP 30 está disponível no site da Prefeitura. Veja aqui a agenda completa.
Elétrico X Convencional
Além
dos impactos positivos ao meio ambiente, os ônibus elétricos emitem menos
ruídos, reduzindo a poluição sonora, oferecendo inclusive viagens mais
confortáveis e reduzindo o impacto no entorno. Apesar de não serem tecnologias
exclusivas dos modelos elétricos, os novos veículos anunciados pela Prefeitura
de São Paulo contam também com ar-condicionado, tomadas USB, Wi-Fi e um sistema
de monitoramento integrado ao programa SmartSampa, uma plataforma municipal de
segurança.
Os investimentos fazem parte do Programa de Metas da prefeitura para o período de 2025–2028 e contam com financiamento do BNDES e do Banco do Brasil. Segundo o prefeito Ricardo Nunes, foram mais de R$2,5 bilhões de investimento.
Discurso X realidade
Em
2009 foi sancionada a Lei Municipal de Mudanças Climáticas (Lei nº
14.933/2009), prevendo entre outros pontos, a eletrificação de 50% da frota de
ônibus paulistana, ou aproximadamente 6 mil veículos. Embora a marca de mil
veículos elétricos seja bastante significativa, ainda faltam 5 mil novos ônibus
que deverão ser entregues nos próximos 3 anos, algo realmente difícil de se
concretizar. Vale lembrar que a queima de combustíveis é a principal causa de
emissões de gases de efeito estufa em São Paulo.
E
o Brasil?
Segundo
dados da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), até julho
deste ano apenas 25 dos 5571 municípios brasileiros possuíam ônibus elétricos
em circulação, sendo apenas 6 cidades com mais de 10 veículos do tipo na frota.
A
cidade de Curitiba, geralmente lembrada como exemplo de transporte e
planejamento urbano adquiriu 54 veículos elétricos na sua primeira aquisição,
compondo uma frota de 1189 ônibus. A meta da prefeitura é entregar 138 novos
ônibus elétricos até o final do ano. A meta do Plano Municipal de Mitigação e
Adaptação às Mudanças Climáticas (PlanClima) de Curitiba, no entanto, é
bastante tímida: eletrificar 33% da frota até 2030, ou seja, pelo menos 391
veículos.
Segundo o Ministério das Cidades, já estão em processo de compra cerca de 2,2 mil ônibus elétricos para atender 92 cidades do País, entre elas Florianópolis (SC), Palmas (TO), Campinas (SP) e Niterói (RJ). Impulsionado pela Conferência do Clima, o Pará deverá receber 503 ônibus, sendo 100 elétricos, para a renovação da frota de municípios como Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara, Santa Izabel, Castanhal, Parauapebas, Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos.
Conforme noticiado pelo Mobilize em agosto (Diesel X Elétricos), um estudo recente do ITDP mostra que o Brasil tem capacidade parta trocar cerca de 14 mil ônibus convencionais por elétricos até 2030. (mobilize.org.br)





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