Como
o sistema funciona
Energia
Solar: Painéis solares transformam a luz do sol em eletricidade, servindo como
a principal fonte de energia para a propriedade.
Baterias
de Lítio: Armazenam o excesso de energia gerada, garantindo o suprimento
contínuo mesmo quando não há sol.
Gerador
a Diesel: Funciona como um backup, sendo acionado em picos de demanda ou quando
as outras fontes não são suficientes, como em dias nublados ou durante falhas
na rede elétrica.
Vantagens
do sistema híbrido
Redução
de custos: A energia solar é gratuita e, com a integração de outras fontes, é
possível reduzir significativamente os gastos com eletricidade e diesel.
Maior
confiabilidade: O sistema evita interrupções no fornecimento de energia, o que
é crucial para as operações do sítio.
Sustentabilidade:
O uso de energias renováveis e a diminuição do consumo de diesel alinham a
propriedade com práticas ambientais mais sustentáveis.
Flexibilidade:
A capacidade de alternar entre as fontes de energia permite que o sistema se
adapte eficientemente às necessidades da propriedade.
“Basta
uma chuva forte para haver interrupção de fornecimento. O cliente via na
energia solar uma forma de economizar tanto na conta de luz quanto na
utilização do diesel durante as quedas de energia. Ao longo dos anos, ele
continuou investindo na tecnologia fotovoltaica para tornar o sistema autônomo,
e a terceira fase foi finalizada há alguns meses”, explica Kojima.
Fase 1: Redução da conta de luz e geração on-grid
Na fase inicial, o objetivo do cliente era reduzir o consumo mensal de cerca de 3.000 kWh, motivado pelo uso de geladeiras, freezers, cervejeiras verticais, câmeras de segurança e internet, comuns em eventos familiares. Para isso, foram instalados dois inversores Fronius Symo Brasil de 12 kW cada e 88 módulos solares Canadian de 330 W, fixados em estrutura de solo construída pelo próprio cliente, que possui uma empresa de estruturas metálicas.
“O
consumo dele era na faixa de 3 mil quilowatt-hora, porque ele tem geladeira,
freezer, aquelas verticais, câmeras de segurança e internet. Na época, ele
fazia muita festa lá para os parentes e amigos. Então ele queria baixar a conta
de luz”, detalha Kojima.
Fase 2: Integração com baterias e gerador a diesel
Percebendo o alto custo de operação do gerador a diesel, a segunda fase priorizou maior autonomia e eficiência energética. Foram instalados três inversores Victron de 5 kVA (um por fase) e 2 baterias BYD B-Box de 10,24 kWh cada, totalizando 20,48 kWh de armazenamento. A integração inicial com o gerador era feita via contatoras, acionando-o quando as baterias se esgotavam. Hoje, o Victron gerencia diretamente o acionamento do gerador.
“Naquela
época, o Victron já fazia o que os inversores híbridos fazem hoje, mas a gente
utilizou um esquema de contatora para garantir que o gerador ligasse quando
necessário. Agora, o Victron consegue fazer tudo automaticamente, integrando
rede, fotovoltaico, baterias e gerador”, comenta o engenheiro.
Fase 3: Otimização da carga da bateria
Recentemente, o projeto avançou para a terceira fase: adicionar mais 9 painéis solares Jinko de 475W, com controlador de carga independente MPPT 150/60 da Victron, capazes de carregar diretamente as baterias mesmo em períodos prolongados sem energia. Quando o nível de carga atinge entre 6% e 8%, o inversor Victron reinicia o inversor Fronius, retomando a geração e permitindo desligar o gerador a diesel.
“Quando
fica vários dias sem energia, o inversor Fronius não consegue carregar as
baterias se chegarem a cerca de 5%. Então adicionamos essas 9 placas que
funcionam de forma isolada e permitem que o sistema volte a operar sem depender
do gerador”, explica Kojima.
Retrofit
e parceria Victron-Fronius
O
projeto exemplifica um retrofit, em que o sistema on-grid original foi
transformado em híbrido com a adição de equipamentos Victron. A compatibilidade
entre Victron e Fronius permite comunicação entre inversores, garantindo que o
Victron gerencie a geração de energia e otimize o carregamento das baterias.
“Esse
tipo de integração permite que o sistema se torne híbrido sem substituir o
Fronius. A parceria mundial entre Fronius e Victron garante que eles
‘conversem’ e trabalhem em conjunto de forma eficiente”, afirma Kojima.
Perspectiva
e lições para os integradores
Projetos como este demonstram o potencial da energia solar combinada a sistemas de armazenamento e integração com geradores para regiões rurais e de fornecimento instável. Além de reduzir custos, aumentam a autonomia e segurança energética do local. Segundo Kojima, o modelo pode ser replicado em residências, propriedades rurais e até instalações comerciais e industriais que enfrentam problemas de qualidade de energia.
Energia solar rural
“É
um projeto que começou pequeno, em 2018, e evoluiu por fases, mostrando que é
possível adaptar sistemas existentes, reduzir o uso de diesel e ganhar
autonomia. Esse tipo de solução será cada vez mais relevante para clientes em
regiões remotas”, conclui o engenheiro. (pv-magazine-brasil)






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