Um novo relatório da McKinsey
sugere que, apesar do crescimento das renováveis, os combustíveis fósseis
dominarão o uso global de energia após 2050, com projeções indicando que até
55% do mix de energia pode ser formado por eles, segundo a Investing.com
Brasil.
Esse cenário se deve ao aumento da demanda por eletricidade (impulsionada por data centers, por exemplo) e a prioridade de governos na segurança e acessibilidade energética, o que pode dificultar o cumprimento de metas como as do Acordo de Paris, aponta o Cenário Energia.
Fatores que sustentam o uso de combustíveis fósseis
Combustíveis fósseis ainda
dominam apesar do crescimento das energias renováveis.
Crescimento da demanda por
eletricidade: O aumento da demanda por eletricidade, especialmente por data
centers e tecnologia digital, supera a capacidade de adoção de fontes
renováveis em curto e médio prazo.
Prioridade de segurança e
acessibilidade: Governos em todo o mundo estão priorizando a segurança
energética e a acessibilidade dos preços, o que favorece o uso de combustíveis
fósseis.
Desafios na adoção de renováveis: A adoção de fontes alternativas deve ser limitada até 2040, a menos que haja regulamentações governamentais mais fortes.
Consequências e desafios
Metas de emissões: O uso
contínuo de combustíveis fósseis representa um desafio para o cumprimento das
metas de emissões líquidas zero de gases de efeito estufa.
Transição lenta: A transição
energética, embora necessária, pode ser mais lenta e complexa do que o ideal,
considerando os fatores econômicos e geopolíticos.
Petróleo, gás e carvão
continuarão a dominar a matriz energética mundial muito além de 2050, já que o
aumento da demanda por eletricidade supera a mudança para as energias
renováveis, de acordo com um novo relatório da McKinsey.
O uso contínuo de
combustíveis fósseis representa um grande desafio para as metas globais de
emissões líquidas zero de gases causadores do efeito estufa.
1ª publicação A demanda por eletricidade crescerá principalmente devido a um aumento projetado de 20% a 40% nos setores industrial e de construção até 2050, de acordo com o estudo, sendo que os data centers norte-americanos são vistos como os maiores contribuintes para essa expansão na demanda por eletricidade.
A expectativa é que o uso de gás natural para geração de energia cresça significativamente, enquanto o uso de carvão também pode persistir em níveis mais altos.
A McKinsey espera que os
combustíveis fósseis respondam por cerca de 41% a 55% do consumo global de
energia em 2050, abaixo dos 64% atuais, mas acima das projeções anteriores.
A demanda de energia
relacionada às centrais de processamento de dados dos EUA deve crescer quase
25% ao ano até 2030, enquanto a demanda dos data centers em todo o mundo terá
um crescimento médio de 17% ao ano entre 2022 e 2030, especialmente nos países
da OCDE.
É improvável que os
combustíveis alternativos sejam amplamente adotados antes de 2040, a menos que
sejam obrigatórios e as energias renováveis têm o potencial de fornecer de 61%
a 67% do mix de energia global em 2050, disse a McKinsey.
“Essa foi provavelmente a
nossa maior mudança de pensamento sobre a evolução do sistema energético”,
disse o sócio da McKinsey, Diego Hernandez Diaz, à Reuters. Ele acrescenta que
a consultoria não espera que a demanda de petróleo se estabilize até a década
de 2030.
De acordo com ele, combinado com a economia regional e global de alguns combustíveis fósseis, “isso leva a ver até 55% da pilha global de energia sendo formada por combustíveis fósseis em 2050”.
A perspectiva energética global está sendo moldada pela incerteza geopolítica e pelos governos que priorizam a acessibilidade e a segurança energética em detrimento do cumprimento das metas do Acordo de Paris. (biodieselbr)





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