sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Light estuda ampliar geração hídrica

CEO da Light diz que empresa estuda ampliar geração hídrica.

Segundo Alexandre Nogueira, após resistir à tentação de vender a geração para fazer caixa, a empresa pensa agora em retomar seu DNA de investidora no segmento.
O CEO da Light S.A., holding do grupo Light, Alexandre Ferreira Nogueira, disse, após a solenidade comemorativa dos 100 anos da UHE Ilha dos Pombos, em Carmo (RJ), que a empresa, hoje concentrada em resolver seus problemas de endividamento e sair do processo de recuperação judicial em que se encontra, pretende no futuro investir em ampliar sua capacidade de geração hidrelétrica, característica que, segundo ele, está no DNA da empresa.

Em maio/23 quando pediu e teve aprovado pela Justiça seu processo de recuperação, o mercado especulou que a empresa iria vender a Light Energia, gestora do seu parque gerador de quase 900 MW, como forma de fazer caixa para enfrentar o pagamento das suas dívidas.

Nogueira explica por que a decisão não foi nesse caminho. “A forma mais simples de você resolver o problema seria vender um ativo e a Light tem um parque gerador que foi protagonista da hidroeletricidade no Brasil. A venda poderia resolver o problema momentaneamente, mas não estruturalmente e toda a negociação foi pautada em resolver o problema estruturalmente”, disse.

Concluído com sucesso o processo de renegociação dos débitos da empresa, cuja origem está na distribuidora de energia que atende a maior parte da população do estado do Rio de Janeiro, o executivo entende que, paralelamente aos esforços para cumprir o que foi acordado e para renovar a concessão da distribuidora que vence em 2026, cabe à Light planejar também seu futuro. E nele, Nogueira vê espaço para crescer na geração.

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“Preservando a geração dentro da Light, que é um vetor importante, o que a gente vislumbra pela frente é, não só continuar com esses ativos que temos aqui, mas também uma expansão, porque este é o DNA da Light, voltar a ser a protagonista que ela foi no passado”, avaliou.

Embora a hidroeletricidade seja a marca do parque gerador da empresa, Nogueira não descarta a expansão futura também por meio de outras fontes limpas, ressaltando que a demanda por energia e potência seguirá crescendo no país.

Sobre a prorrogação da concessão da distribuidora, Nogueira disse que o decreto 12.068, que trata do tema, foi amplamente discutido pelo MME com o setor e, do ponto de vista da Light, ele traz particularidades muito importantes, que são o tratamento das chamadas “áreas de risco” e a possibilidade de se ter uma tarifa especial para essas áreas.

“Você não ataca um problema desses se não tiver a reboque uma política pública bem estruturada”, disse. Nogueira não quis afirmar que o desenho proposto no decreto resolve o problema das perdas não técnicas, que é a maior fonte das dificuldades financeiras da empresa.

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“Eu não posso dizer que resolva, mas eu digo que a sinalização de você ter política pública atrelada à regulação e à operação é o tripé necessário para que casos como este possam ter maior sustentabilidade”, concluiu. (brasilenergia)

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