quarta-feira, 30 de abril de 2025

Subsidiária brasileira da Eternit abandona fabricação de energia fotovoltaica

Subsidiária brasileira da empresa belga informa que o Conselho de Administração deliberou e aprovou “a descontinuação da linha de produtos fotovoltaicos”, decisão incluída na decisão dos concorrentes chineses. Setembro/2024 lançou mais novo módulo no mercado.
A subsidiária brasileira da multinacional belga Eternit anunciou a descontinuação de sua linha de produtos fotovoltaicos. Este comunicado aos seus acionistas e ao mercado em geral foi realizado de acordo com a Resolução CVM nº 44 pelo Conselho de Administração, reunido em 11/03/2025.

“Nos últimos anos, a Eternit tem buscado alternativas para tornar sua linha de produtos fotovoltaicos mais competitiva. Essa linha de produtos não se mostrou viável, mesmo depois de todos os esforços investidos nesse objetivo, então, após uma análise cuidadosa, a empresa decidiu descontinuar esse segmento. Essa decisão foi influenciada pela concorrência de painéis fotovoltaicos no mercado chinês”, diz a empresa no comunicado.

Eternit suspende linha de produtos fotovoltaicos

Decisão da empresa foi impulsionada pela crescente concorrência de painéis fotovoltaicas do mercado chinês.

Os impactos financeiros dessa decisão “já estão refletidos no resultado de 31/12/2024, na rubrica outras receitas e despesas, totalizando R$ 17,1 milhões, com repercussões nos grupos de ativo imobilizado, estoques, provisões para garantias e indenizações”.

A Eternit passou por uma crise por conta do uso de amianto em suas coberturas de fibrocimento e se reconverteu em 2019, ano em que apresentou uma telha fotovoltaica produzida com tecnologia desenvolvida no Brasil e aprovada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) na Feira Intersolar da América do Sul, realizada em São Paulo. No ano passado, a empresa anunciou a instalação dessas telhas em projetos no Brasil. Em setembro de 2024, lançou um módulo fotovoltaico BIPV fabricado no Brasil.

Eternit anuncia suspensão de linha de produtos solares. (pv-magazine-brasil)

Sistema de armazenamento alimentado por resíduos florestais

Sistema de armazenamento alimentado por resíduos florestais retém 60% da capacidade após 10.000 ciclos.

Pesquisadores na Espanha usaram eletrodos derivados de biomassa de madeira descartada por serrarias como resíduo para criar um sistema híbrido que combina baterias e supercapacitores.
Cientistas na Espanha encontraram uma maneira de usar serragem, que tem alto teor de carbono, para fazer eletrodos para armazenamento de energia.

Em um estudo publicado no Journal of Power Sources, pesquisadores da Universidade do País Basco, na Espanha (UPV/EHU), apresentaram um sistema de armazenamento de energia feito com eletrodos derivados de biomassa de madeira.

A biomassa de madeira que eles usaram vem de uma variedade de pinheiros e está amplamente disponível como um resíduo de serrarias, tornando-o um método econômico e sustentável de acordo com o Grupo de Pesquisa de Estado Sólido e Materiais da UPV / EHU.

Grupo criou o sistema usando eletrodos resultantes das lascas de madeira descartadas que combinaram em um capacitor de íons de lítio (LIC), um sistema híbrido que combina baterias e supercapacitores. O eletrodo negativo é feito de carbono duro e atinge valores de alta capacidade de até 112 mAh g⁻1 a 10°C sem procedimentos complexos de dopagem, uso de aditivos caros ou processamento complexo.

O eletrodo positivo usa um carvão ativado derivado do mesmo carvão duro. A densidade de energia do sistema é de até 105 Wh kg⁻1 a 700 W kg⁻1, mantendo 60% da capacidade após 10.000 ciclos a 10°C. Os eletrodos de carvão duro atingiram 112 mAh g−1 a 10°C, enquanto os eletrodos de carvão ativado atingiram 71 mAh g−1 a 10 A g−1.

Para a célula completa, as relações de tensão da célula e massa do eletrodo foram estudadas para otimizar o desempenho de cada eletrodo e evitar problemas como revestimento de lítio ou decomposição de eletrólitos. A célula completa de melhor desempenho usou uma proporção de massa de 1:1 e operou em uma tensão de célula de 1,5–4,0 V. Este sistema atingiu valores de densidade de energia de 111 Wh kg−1 a 51 W kg−1 e 52 Wh kg−1 a 24,4 kW kg−1.

Sistema demonstrou uma retenção de capacidade de 70% após 5.000 ciclos e 60% após 10.000 ciclos a 10C (calculado em relação ao ânodo).

Embora menos comum do que as baterias de íons de lítio e supercapacitores, os LICs estão sendo reconhecidos em pesquisas devido à sua capacidade de fornecer um longo ciclo de vida e uma fonte de alta potência. Os LICs combinam eletrodos de tecnologias LIB e supercapacitores para alavancar as vantagens de cada um. (pv-magazine-brasil)

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Governo da Bahia implementa sistemas fotovoltaicos em 156 escolas estaduais

Mais de R$130 milhões estão sendo investidos na implantação de sistemas fotovoltaicos, ou painéis solares, em 156 escolas de toda a Bahia. Na parceria da @educacaobahia com a @seinfraba, o compromisso com a transição energética e o combate às mudanças climáticas segue firme!

Com investimentos de mais de R$ 131 milhões e potência nominal instalada da ordem de 47.000 kWp as unidades escolares estaduais de tempo integral localizadas em diferentes regiões do estado. Quatro usinas já foram inauguradas, 38 estão em execução e as demais seguem em processo de licitação.
A Secretaria da Educação do Estado (SEC) da Bahia, em parceria com a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), vem executando a instalação de sistemas solares fotovoltaicos nas escolas da rede estadual de ensino. A iniciativa, fruto da licitação Seinfra/Sepec n° 003/2023, atenderá 156 novas unidades escolares estaduais de tempo integral localizadas em diferentes regiões do estado. O projeto conta com o investimento de mais de R$ 131 milhões para suprimento de energia elétrica nos prédios públicos do poder executivo estadual, a partir de fontes renováveis.

De acordo com o coordenador executivo de Infraestrutura da Rede Física da SEC, Afonso Requião, “Além do benefício econômico com a redução de custos na conta de luz, a implantação da energia fotovoltaica nas escolas públicas mostra a preocupação do Estado com o meio ambiente, por ser considerada uma fonte de energia alternativa, renovável, limpa e sustentável”, destaca.

Com uma potência nominal instalada da ordem de 47.000 kWp, o projeto contempla a instalação dos sistemas nas coberturas das escolas e a energia excedente poderá ser utilizada na compensação das contas de energia de outras unidades escolares vinculadas à SEC.

Escolas construídas por meio do projeto “Construir para educar” já possuem usinas solares fotovoltaicas incluídas nos contratos das obras. “Do total de 46 usinas, 4 foram inauguradas: uma no Colégio Estadual do Campo de Tempo Integral de Cascavel, em Ibicoara, e mais 3 nos colégios estaduais de tempo integral São Daniel Comboni, Vila Canária e Professor Rômulo Almeida, ambos em Salvador”. Outras 38 estão em execução e mais 4 estão em processo de licitação. A iniciativa conta com o investimento de mais de R$ 50 milhões.

Governo da Bahia contrata mais de 150 usinas solares para utilização de energia renovável nas escolas do estado

Investimento milionário em usinas solares reduz despesas com energia elétrica e promove a educação ambiental em escolas da Bahia.

Por meio de Acordo de Cooperação Técnica, firmado entre a SEC e a Neoenergia Coelba, cinco sistemas de geração de energia elétrica, a partir de fonte solar fotovoltaica, já foram instalados em outras cinco escolas estaduais. O programa-piloto, sem custos para o estado, integra as atividades da concessionária de destinar parte da sua receita operacional líquida para realizar projetos de eficiência energética, promovendo o desenvolvimento, a consolidação de novas tecnologias e as mudanças de hábitos para o consumo consciente.

Das cinco unidades escolares contempladas, três já estão com os seus sistemas em funcionamento. São elas: Colégio Estadual de Tempo Integral José Dias de Sales, localizado no bairro de Cajazeiras, em Salvador; Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) em Tecnologia, Informação e Comunicação, em Lauro de Freitas; e Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) de Dias D’Ávila, em Dias D’Ávila. Já os sistemas instalados no Colégio Estadual José Vicente Leal, localizado em Araçás, e no Colégio Estadual de Tempo Integral de Amélia Rodrigues, em Amélia Rodrigues, estão prontos e com previsão de entrega em março/25.

Além desse programa-piloto, mais sete unidades escolares da rede estadual de ensino já contavam com usinas solares fotovoltaicas por meio de outros contratos e convênios, a exemplo do Centro Estadual de Educação Profissional Águas, localizado em Barra; Colégio Estadual da Bahia – Central, em Salvador; e Colégio da Polícia Militar (CPM), em Jequié.
Mais de 150 escolas na Bahia vão gerar energia solar

A rede estadual de ensino da Bahia está prestes a receber um importante impulso em sua infraestrutura sustentável com a implementação de sistemas de energia solar fotovoltaica. Este projeto, que foi anunciado em 2023, está agora se materializando com um investimento superior a R$ 131 milhões. (pv-magazine-brasil)

Braskem desenvolve novos produtos para a geração de energia solar

A Braskem investiu no desenvolvimento de mais projetos para a captura da energia do sol. A Fortlev Solar, em parceria com a Braskem, desenvolveu uma solução inovadora com estruturas de suporte em polietileno, chamadas de lastro solar, para painéis fotovoltaicos.

Companhia apresenta, por meio de parcerias, um portfólio de soluções que entrega desde 15% de aumento de produtividade até a redução de 40% nos custos de instalação e mão de obra.
A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, desenvolveu diversas soluções para o crescente mercado de geração solar no Brasil, passando pela utilização de painéis instalados sobre lâminas d’água até, no caso da geração de energia solar terrestre, a instalação de lastros solares e tecido reflexivo.

“Soluções como estas aumentam, em média, 15% da produtividade na geração de energia, reduzem o custo da instalação da estrutura de energia solar e levam sustentabilidade para esse mercado que cresce aproximadamente 50% ao ano”, afirma Renato Augusto Yoshino Lima, diretor de Negócios de Agronegócio, Infraestrutura e Indústrias da Braskem para a América do Sul.

No projeto para a geração de energia sobre a lâmina d’água, por exemplo, a Braskem fez parceria com a Unipac, empresa focada na transformação de polímeros, para instalar usinas flutuantes de energia solar na represa Billings, localizada na região Sul da Grande São Paulo. A instalação de fácil montagem conta com flutuadores de PEAD e manutenção simples, o que permite aumentar em torno de 15% a geração de energia em comparação às usinas de solo.

E, em termos de redução do impacto ambiental, o formato da instalação dos espelhos d’água se mostra muito mais sustentável, já que não necessita de grandes áreas e pode ser colocado longe das margens, o que evita a maior erosão da terra, além de reduzir a evaporação da água nos locais onde estão as instalações. Além disso, a estrutura do projeto na Billings tem capacidade de 7MWp e permite atender aproximadamente 35.000 pessoas. “Temos mapeado também uma expansão neste projeto de 8,4MWp, prevista para os próximos meses, o que permitirá a geração de energia equivalente ao consumo de 77.000 habitantes”, diz Yoshino.

Braskem desenvolve inovações para a geração de energia solar

Companhia apresenta, por meio de parcerias, um portfólio de soluções que entrega desde 15% de aumento de produtividade até a redução de 40% nos custos de instalação e mão de obra.

Lastro Solar em parceria com a Fortlev Solar

A Fortlev Solar, em parceria com a Braskem, desenvolveu uma solução inovadora com estruturas de suporte em polietileno, chamadas de lastro solar, para painéis fotovoltaicos. O novo modelo pesa somente 15 kg e tem elevada resistência – um grande diferencial no mercado. Os novos lastros solares são preenchidos com terra, areia, brita, concreto ou similares e sustentam a estrutura dos painéis, de modo a gerar ganhos por meio da redução dos custos de mão de obra em até 40% além de diminuir em 50% o tempo de instalação.

Outro benefício do projeto é a facilidade de movimentação das estruturas, de modo a permitir o uso temporário em alguns locais ou ainda a instalação dos painéis em áreas pouco utilizadas como solos rochosos ou aterros sanitários. O ineditismo e a disrupção do projeto foram confirmados recentemente na Rotoplas 2024, em Chicago, que premiou o lastro solar como a inovação do ano. “A parceria com a Braskem, desde o início do processo de desenvolvimento do lastro, foi essencial para chegarmos neste resultado. Ter uma resina de boa qualidade e um parceiro próximo fez toda a diferença”, diz o CEO da Fortlev Solar, Maycow Torres.

Tecido reflexivo em parceria com a Rafitec

E há mais inovações. Para ganho de produtividade, há também o recurso do tecido reflexivo, produzido em parceria com a Rafitec. A novidade auxilia na geração de energia solar em terra por meio de um tecido de polietileno com elevada resistência aos eventos climáticos. O tecido garante maior reflexão dos raios solares para a face inferior dos painéis bifaciais, gerando maior produção de energia no mesmo período de exposição, além de reduzir os custos com a capina por suprimir o crescimento vegetal e aumentar os intervalos de lavagem das placas. Os resultados obtidos nos testes foram animadores: houve um aumento de quase 10% na geração de energia.
Braskem desenvolve inovações para a geração de energia solar

“O envolvimento e interesse, no desenvolvimento de uma solução voltada para o aumento da geração de energia solar, demonstram o compromisso da Braskem e Rafitec com a sustentabilidade. Temos confiança total de que essa inovação trará benefícios importantes ao segmento de energia limpa”, afirma Márcio Vaccaro, proprietário da Rafitec. (pv-magazine-brasil)

sábado, 26 de abril de 2025

Vendas de veículos eletrificados aumentaram 24,3% em fevereiro

Vendas de veículos eletrificados aumentaram 24,3% em fevereiro, diz ABVE.

Foram realizados 12.988 emplacamentos no mês. Nos dois primeiros meses do ano, o mercado de eletrificados já acumulou 25.544 veículos vendidos, um avanço de 13,7% em relação ao ano anterior. Os veículos 100% elétricos registraram um aumento de 23,4% em comparação a fevereiro de 2024, reforçando a tendência de crescimento dos modelos totalmente elétricos.
Protótipo do veículo elétrico que estava sendo desenvolvido pela Lecar e que dará lugar ao híbrido flex a etanol e sem tomada.

De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo (ABVE), o mercado brasileiro de veículos leves eletrificados continua a crescer no início de 2025, com 12.988 emplacamentos em fevereiro, o que representa um aumento de 24% nas vendas em comparação a fevereiro do ano passado (10.451). Em relação a janeiro/25 (12.556), o crescimento foi de 3,4%.

Esses 12.988 emplacamentos incluem a soma dos veículos BEV, PHEV, HEV e HEV Flex, sem considerar os MHEV (Mild Hybrid ou micro-híbridos), de acordo com o novo critério de classificação dos eletrificados adotado pela ABVE desde janeiro deste ano.

Nos 2 primeiros meses de 2025, o mercado de eletrificados já acumulou 25.544 veículos vendidos, um avanço de 13,7% em comparação ao mesmo período de 2024 (22.477).

“O crescimento contínuo dos veículos eletrificados é impulsionado pela maior conscientização dos consumidores sobre os benefícios ambientais e financeiros da eletrificação”, afirmou o presidente da ABVE, Ricardo Bastos. “Além disso, é importante ressaltar o crescimento da infraestrutura pública de recarga elétrica no Brasil, que tem proporcionado mais confiança ao consumidor para investir na eletromobilidade”.

Total de pontos de recarga públicos e semipúblicos instalados no país atingiu 14.827 unidades em fevereiro (12.397 AC e 2.430 DC), com um crescimento significativo dos pontos de recarga rápida (DC), que alcançaram 16,4% do total, segundo dados da ABVE/Tupi Mobilidade.

Avanço dos 100% elétricos

Entre as tecnologias de veículos leves eletrificados, os destaques de fevereiro foram os 100% elétricos (BEV) e os híbridos flex não plug-in (HEV Flex), que apresentaram um crescimento expressivo no início do ano. Os BEV cresceram 21,4%, totalizando 4.492 veículos vendidos, em comparação aos 3.700 de janeiro. Os HEV Flex tiveram um aumento ainda maior, com 1.464 veículos comercializados, um salto de 140% em relação a janeiro (610).

Os incentivos fiscais estaduais têm um papel fundamental no crescimento desses modelos. No caso dos BEV, o aumento foi notável no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul, estados que oferecem isenção total de IPVA para veículos totalmente elétricos.

Já o crescimento dos HEV Flex está concentrado em São Paulo, onde a política estadual de incentivo ao IPVA reduzido beneficiou diretamente esse segmento.

Híbridos plug-in seguem dominando

Os híbridos plug-in (PHEV) mantiveram a maior participação entre os eletrificados, com 5.884 veículos, representando 45% do mercado. Em comparação a fevereiro de 2024 (3.594), o crescimento dos PHEV foi expressivo, alcançando 64%. No entanto, esses modelos apresentaram uma queda de 12% em relação a janeiro (6.701).

Já os híbridos convencionais (HEV e HEV Flex) corresponderam a 20% do total (2.155). Entre os híbridos, o HEV Flex conquistou 11% de participação no mercado de eletrificados (1.464). O modelo teve um aumento de 140% em relação a janeiro (610), mas apresentou uma leve queda de 2,7% em comparação a fevereiro de 2024 (1.504).

Os híbridos convencionais (HEV) representaram 9% das vendas de eletrificados em fevereiro (1.148), com uma diminuição de 26% em relação a janeiro (1.545) e um crescimento de 32% em comparação a fevereiro de 2024 (869).

Os números evidenciam o avanço da eletrificação no mercado brasileiro, com destaque para o crescimento dos BEVs e a consolidação da liderança dos híbridos plug-in.

Em fevereiro de 2025, a participação de mercado dos eletrificados por tecnologia é a seguinte:

- PHEV: 5.884 (45,3%)

- BEV: 4.492 (34,6%)

- HEV FLEX: 1.464 (11,3%)

- HEV: 1.148 (8,8%)

Crescimento de veículos por região

A geografia da eletromobilidade no Brasil ainda está concentrada na região Sudeste, mas vem se expandindo gradualmente para outras partes do país. Esse crescimento fora do Sudeste é impulsionado por uma série de fatores, incluindo incentivos governamentais regionais, ampliação da infraestrutura de recarga, investimentos das montadoras e aumento da rede de concessionárias. Em fevereiro, a região liderou as vendas de eletrificados, com 6.055 veículos, representando 46,6% do total.

O Sul ficou com 17,6% (2.291 veículos), seguido de perto pelo Nordeste, com 17% (2.202 veículos). O Centro-Oeste respondeu por 15% (1.943 veículos), enquanto a região Norte teve a menor participação, com 3,8% (497 unidades).

Apesar das diferenças na distribuição regional das vendas, um fator comum a todas as regiões é a liderança dos elétricos plug-in (BEV e PHEV). Esse desempenho indica que a expansão da infraestrutura de recarga tem sido um fator determinante para o crescimento da demanda por esses modelos.

Em fevereiro, o Brasil alcançou 14.827 pontos de recarga públicos e semipúblicos, sendo 12.397 do tipo AC (recarga lenta) e 2.430 do tipo DC (recarga rápida). Isso representa um aumento significativo de 22% em apenas três meses. Em novembro de 2024, o total era de 12.137. Os dados são da ABVE/Tupi Mobilidade.

Os 5 municípios que mais venderam veículos eletrificados leves em fevereiro de 2025 foram:

1º – São Paulo: 1.610

2º – Brasília: 1.178

3º – Belo Horizonte: 636

4º – Rio de Janeiro: 508

5º – Curitiba: 374

Carros elétricos baratos em 2025: os lançamentos mais esperados

Estreia de modelos que podem vender muito globalmente, como o Fiat Grande Panda, Renault 4, e VW ID.1. (pv-magazine-brasil)

Vendas de veículos elétricos cresceu 24,3% em fev/25

Vendas de veículos eletrificados cresceram 24,3% em fevereiro/25.
Segundo dados da ABVE, o Brasil já tem 14.827 eletropostos, com o crescimento da recarga rápida.

Venda de carros eletrificados sobe 24% em fevereiro, diz ABVE

Nos dois primeiros meses de 2025, o mercado de eletrificados já acumula 25.544 veículos novos vendidos.

Carros elétricos sendo carregados

Os emplacamentos de veículos elétricos e híbridos somaram 12.988 unidades em fevereiro, crescimento de 24% ante o mesmo mês de 2024 e avanço de 3,4% ante janeiro, segundo dados divulgados em 07/03/25 pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Nos dois primeiros meses de 2025, o mercado de eletrificados já acumula 25.544 veículos novos vendidos, um avanço de 13,7% sobre o mesmo período de 2024, segundo os dados da entidade.

Parte do avanço deve-se a incentivos tributários estaduais, disse a entidade em comunicado à imprensa, citando que o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul oferecem isenção total de IPVA para veículos totalmente elétricos e São Paulo concede IPVA reduzido para modelos híbridos flex não plug-in (HEV Flex).

Além disso, afirmou o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, no comunicado, “o crescimento da infraestrutura pública de recarga elétrica no Brasil tem dado mais confiança ao consumidor para apostar na eletromobilidade”.

O número de pontos públicos e semipúblicos de recarga no Brasil chegou a 14.827 em fevereiro, com importante crescimento dos pontos de recarga rápida (DC), que atingiram 16,4% do total, afirmou a entidade, citando dados levantados em conjunto com a empresa de recarga de baterias Tupi Mobilidade. Em novembro, a base de postos de recarga era de 12.137.

Das vendas de veículos novos eletrificados, os modelos totalmente elétricos (BEV) somaram 4.492 unidades em fevereiro, uma participação de 35%. Segundo a ABVE, esse segmento apresentou um avanço de 21,4% nos licenciamentos na comparação com janeiro e de 23,4% ante fevereiro de 2024, “reforçando a tendência de crescimento dos modelos totalmente elétricos”.

Assista ao vídeo: https://youtu.be/QgzZIP7Z324

Os híbridos plug-in, que podem ser recarregados em tomadas (PHEV), mantiveram a maior participação entre os carros eletrificados, com 5.884 veículos emplacados no mês passado, uma fatia de 45%. Já os carros HEV Flex tiveram 11% de participação em fevereiro e os híbridos convencionais (HEV) responderam por 9% das vendas.

A ABVE também citou que o Sudeste seguiu na liderança de vendas de carros eletrificados, com 6.055 veículos em fevereiro, representando 46,6% do total emplacado no país. O Sul ficou com parcela de 17,6% (2.291 veículos), seguido de perto pelo Nordeste, com 17% (2.202 veículos).

Centro-Oeste respondeu por 15% dos emplacamentos (1.943 veículos), enquanto a região Norte teve 497 unidades licenciadas, uma fatia de 3,8%.

A entidade, que reúne montadoras como BYD, GWM, GM, Ford e Nissan, citou ainda dados dos chamados “micro-híbridos”, modelos que são eletrificados, mas não possuem tração elétrica. Nesse segmento, os emplacamentos somaram 3.249 veículos em fevereiro, sendo 2.122 equipados com baterias de 12V e 1.127 com 48V.

Comparando com janeiro/2025 (3.946), houve queda de 18% no segmento, diz ABVE, sem mencionar uma comparação anual. (cnnbrasil)

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Instalação de ponto individual de recarga de carro elétrico em condomínio

Projeto regulamenta instalação de ponto individual de recarga de carro elétrico em condomínio.

O projeto estabelece diretrizes para instalar o ponto de recarga, atribuindo ao condômino a responsabilidade pelos custos e pela conformidade técnica. O texto também exige dispositivos de segurança e um responsável técnico pela instalação.
Está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 158/25, que assegura ao consumidor o direito de instalar infraestrutura de recarga de carro elétrico na sua garagem em condomínios, desde que observadas as normas técnicas e de segurança e que não seja proibido pela convenção do condomínio.

Os autores da proposta são Adriana Ventura e Ricardo Salles, deputados do Novo de São Paulo. Os parlamentares observam que, apesar da presença cada vez maior de veículos elétricos nas ruas brasileiras, a infraestrutura de recarga ainda esbarra em desafios, especialmente em condomínios, o que dificulta a adoção mais ampla da tecnologia.

Condomínio precisa se adaptar aos carros elétricos, desde que não sofra grandes impactos. Por isso moradores devem se atentar antes de comprar modelo

O projeto estabelece diretrizes para instalar o ponto de recarga, atribuindo ao condômino a responsabilidade pelos custos e pela conformidade técnica. O texto também exige dispositivos de segurança e um responsável técnico pela instalação.

Áreas de uso comum do condomínio ficam protegidas, a fim de minimizar impactos visuais e funcionais decorrentes da instalação da infraestrutura elétrica. Além disso, o projeto condiciona a instalação de infraestrutura coletiva para recarga à deliberação em assembleia do condomínio.

A proposta acrescenta as medidas à Lei do Condomínio.

O projeto será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

As novas regras para carregadores de carros elétricos já estão em vigor e impactam residências, prédios e condomínios em todo o Brasil.

Com o aumento na adoção de veículos elétricos, a segurança das estações de recarga é uma preocupação tanto dos usuários quanto de síndicos de condomínios residenciais e comerciais.

Com sua popularização, é cada vez mais importante que estes síndicos e gestores também entendam essas regras para o uso de carregadores elétricos.

Recentemente, o Corpo de Bombeiros emitiu novas regulamentações para garantir a segurança dessas instalações em condomínios.

Expansão do mercado cria uma nova demanda para condomínios brasileiros

Condomínios se mobilizam para receber carros elétricos

Movimento parte de moradores que desejam carregar seus veículos na própria vaga de garagem.

Engarrafamentos das ruas de São Paulo/SP ainda são marcados pela fumaça preta de combustível queimado, mas a tendência é que, no futuro, essas cenas sejam menos comuns. Não os congestionamentos, estes ainda devem durar bastante. Porém, com a expansão da produção e crescente popularização dos carros elétricos, eles devem se tornar muito mais sustentáveis. (pv-magazine-brasil)

Desvantagens dos painéis solares que os vendedores não mencionam na hora de vender

Quais são as desvantagens dos painéis solares que os vendedores muitas vezes esquecem de mencionar na hora de te vender.
Os vendedores muitas vezes não mencionam as desvantagens dos painéis solares relacionadas ao custo, ao impacto ambiental e à dependência do clima.

O custo inicial dos painéis solares é elevado, o que pode ser um obstáculo para alguns donos de residência e pequenas empresas.

O custo de manutenção também deve ser considerado.

Impacto ambiental

A terraplanagem para a construção das usinas pode comprometer a vegetação. Os animais que vivem no local podem estar em risco.

Dependência do clima

A produção de energia solar varia de acordo com o clima.

A intermitência da energia solar pode ser um problema.

Outros aspectos: A durabilidade dos equipamentos; A transformação na aparência do imóvel; A baixa eficácia no armazenamento; Os impactos ambientais à fauna.

É importante conhecer as desvantagens dos painéis solares antes de investir.

Além das vantagens, os painéis solares têm limitações como dependência do clima, custo de instalação e manipulação ao longo do tempo, aspectos pouco informados no momento da venda.

A energia solar tem sido apontada como uma solução promissora para reduzir custos e dependência de combustíveis fósseis no mundo todo. A ideia de gerar eletricidade diretamente do sol parece atraente. No entanto, a instalação de painéis solares ainda enfrenta desafios.

Entre os principais obstáculos estão o alto custo inicial, a variação na produção de energia, a durabilidade dos equipamentos e o impacto ambiental. Embora existam soluções para minimizar essas dificuldades, é importante conhecê-las antes de investir.

Custo elevado na instalação dos painéis solares

A instalação de um sistema fotovoltaico exige um investimento inicial significativo, que pode variar entre R$ 15 mil e R$ 50 mil, dependendo da potência, da qualidade dos equipamentos e da complexidade da instalação. Esse custo pode ser um obstáculo para muitas famílias, mas há formas de tornar o projeto mais acessível.

Existem incentivos financeiros que ajudam a reduzir as despesas, como isenção de ICMS e PIS/COFINS sobre a energia compensada, além de linhas de financiamento com juros reduzidos oferecidas por bancos e cooperativas de crédito.

Mudanças climáticas e energia solar: uma relação complexa com soluções inovadoras

O setor de energia solar, peça fundamental na transição energética, enfrenta desafios e oportunidades diante das mudanças climáticas.

Dependência do clima

Os painéis solares precisam de sol para gerar eletricidade. Em dias nublados, chuvosos ou no inverno, a produção pode cair significativamente. Durante a noite, a geração de energia é nula. Esse fator representa uma limitação, mas há alternativas para contornar o problema.

O uso de baterias solares permite armazenar energia para utilização posterior. No entanto, essas baterias ainda possuem um custo elevado. Outra solução é vender o excedente de eletricidade para a rede elétrica, desde que a instalação esteja devidamente regularizada.

Vida útil e manutenção

Os painéis solares possuem uma vida útil limitada. Em média, duram entre 25 e 30 anos, o que pode ser um fator de preocupação para quem pretende fazer um investimento de longo prazo. Apesar disso, a tecnologia tem evoluído, e alguns modelos mais recentes prometem eficiência por até 50 anos.

A manutenção dos equipamentos é simples e se resume a limpezas periódicas para garantir o melhor desempenho. Além disso, a instalação de um sistema fotovoltaico pode valorizar um imóvel no mercado imobiliário.

Impacto ambiental

Embora a energia solar seja considerada limpa, a fabricação dos painéis gera impactos ambientais. O processo de remoção de materiais, produção e transporte envolve emissões de carbono. Ainda assim, o impacto tende a ser compensado ao longo do tempo pelo uso sustentável da energia.

Atualmente, cerca de 94% dos componentes dos painéis podem ser reciclados, reduzindo os resíduos gerados no fim da vida útil.

A energia solar é uma das fontes de energia renovável mais abundantes e acessíveis do planeta. Com o passar dos anos, as inovações em energia solar têm impulsionado a evolução contínua das tecnologias no setor de energia, possibilitando a criação de soluções cada vez mais eficientes e acessíveis.

Tecnologia em evolução

Apesar das especificações, os painéis solares continuam sendo uma alternativa viável para quem busca economia e sustentabilidade. A constante evolução tecnológica pode trazer avanços nos próximos anos.

Pesquisadores já trabalham em novas soluções para aumentar a eficiência e permitir a geração de eletricidade mesmo em períodos noturnos.

Os desafios existem, mas a energia solar segue como uma opção promissora para o futuro da matriz energética. (clickpetroleoegas)

terça-feira, 22 de abril de 2025

Energia solar especial pode se tornar a fonte mais eficiente em 25 anos

Alta durabilidade, dura mais de 25 anos. Valoriza a sua casa ou marca de sua empresa. Permite que você se torne independente energeticamente.

Estudo da NASA indica que a energia solar espacial pode ser a fonte energética mais eficiente até 2050. Além disso, pesquisas e projeções indicam que a energia solar será a principal fonte de energia do mundo antes de 2050.
A energia solar é uma fonte de energia renovável, limpa e abundante.

A energia solar tem uma vida útil de aproximadamente 25 anos.

A energia solar pode reduzir a conta de luz em até 95%.

A energia solar tem baixo impacto ambiental.

A energia solar pode ser instalada em locais que não são abastecidos pela distribuidora de energia.

A energia solar valoriza a casa ou marca da empresa.

A energia solar permite que você se torne independente energeticamente.

Um estudo desenvolvido pelo Escritório Interno de Tecnologia, Política e Estratégia da NASA, apontou que a captação de energia solar no espaço poderia ser a fonte energética mais eficiente, em termos de carbono e menor custo para a humanidade, até 2050.

A análise identifica a eletricidade gerada por satélites de energia como potencialmente cara e com altas emissões de carbono, devido aos lançamentos espaciais necessários para colocar os sistemas em órbita.

Entre os sistemas analisados, o SPS-Alpha Mark-III é mais promissor do que o Tethered-SPS, mas ainda produz eletricidade mais cara que as tecnologias existentes, com impacto ambiental comparável ao da energia solar terrestre.

Relatório aponta para a necessidade de avanços tecnológicos significativos (redução dos custos de lançamento e desenvolvimento de infraestruturas para manutenção espacial, por exemplo) para tornar a energia solar espacial uma alternativa viável e competitiva até 2050.

Os principais fatores de custo incluem o lançamento do satélite em órbita e sua manutenção no espaço, conhecidos como montagem e manutenção no espaço (ISAM). Mesmo com custos de lançamento reduzidos, o número necessário para o sistema menor não permite que ele seja competitivo em custos com alternativas terrestres.

A energia solar deverá ser a fonte dominante antes de 2050, mesmo sem o apoio de políticas climáticas ambiciosas. (msn)

Parque Tecnológico de Sorocaba gera 10 GWh/ano em energia solar prá abastecer empresas incubadas

Usina fotovoltaica do Parque Tecnológico de Sorocaba deve gerar 10 GWh por ano e abastecer empresas incubadas.

Instalada em uma área de mais de 53 mil m2, a planta é fruto de uma parceria com o Grupo VA Soluções Sustentáveis. 9.984 módulos solares gerarão energia para as empresas instaladas e que irão se instalar no Parque terão a oportunidade de utilizar essa energia limpa em seus processos.
Site da Prefeitura de Sorocaba/SP

A cidade de Sorocaba passou a contar com uma usina fotovoltaicas na modalidade de geração distribuída com capacidade de geração de 10 GWh por ano, instalada no Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS). Fruto de uma parceria com o Grupo VA Soluções Sustentáveis, a planta ocupa uma área de mais de 53 mil m2 e conta com 9.984 módulos solares que vão gerar energia para abastecer os processos das empresas instaladas e que irão se instalar no Parque.

O Diretor técnico do Grupo VA Soluções Sustentáveis, Marcelo Maia, explica que a “além de ser um ativo privado para a infraestrutura energética da cidade, o projeto atrai investimentos ao Parque Tecnológico de Sorocaba, impulsionando a economia local e estimulando a geração de empregos diretos e indiretos”.

Parque Tecnológico de Sorocaba tem a maior usina fotovoltaica do estado de São Paulo/SP.

O presidente do PTS, Nelson Cancellara, destaca que a usina oferece oportunidades únicas para a integração com projetos de pesquisa, colocando o município na vanguarda das inovações em energias renováveis. “O Parque Tecnológico de Sorocaba está promovendo a inovação também nesse aspecto importante, da geração energética, e agregando o valor da sustentabilidade às suas atividades”.

Segundo a empresa, este volume de energia limpa reduz a emissão de 290 toneladas de CO2/ano na atmosfera. O número equivale equivalente ao plantio de 2.100 árvores nativas ao volume de CO3 emitido por cerca de 100 automóveis ao longo de um ano. É também. (pv-magazine-brasil)

domingo, 20 de abril de 2025

‘Strawberry fields forever’ com módulos fotovoltaicos transparentes

Cientistas cultivaram morangos sob painéis de telureto de cádmio de película fina com transparência variável. Eles descobriram que 40% de transparência viabilizou um rendimento superior a 80% de plantas descobertas. Se todas as fazendas de morango do mundo fossem convertidas em agrovoltaicas, elas produziriam até 173 TWh por ano.
Pesquisadores da Western University do Canadá testaram o crescimento de morangos Delizz sob painéis fotovoltaicos com níveis variados de transparência.

Eles construíram uma réplica das condições externas de London, Ontário, e depois mediram o peso fresco dos morangos, altura da planta, contagem de folhas e contagem de flores. Além disso, eles também calcularam a quantidade de eletricidade que a agrovoltaica de morango pode produzir no Canadá e no mundo.

“O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da variação da transparência fotovoltaica no rendimento e crescimento do morango sob módulos de telureto de cádmio de película fina (Cd-Te) e avaliar o potencial dos agrovoltaicos como uma solução sustentável para a produção de morango em climas do Norte”, disse o autor correspondente, Uzair Jamil, à pv magazine. “Notavelmente, este é o primeiro estudo agrovoltaico de morango estimando a produção de morango em climas do Norte usando módulos fotovoltaicos Cd-Te”.

Solar distribuída é boa para o meio ambiente, mas agrovoltaica pode ser melhor

A sala controlada que a equipe projetou consistia em 16 horas de luz do dia e 8 horas de escuridão. As temperaturas diurnas foram mantidas em 25°C, enquanto as temperaturas noturnas foram mantidas em 19°C, refletindo o clima médio de verão em Londres de maio a agosto. 4 lâmpadas de sódio de alta pressão (HPS) de 600 W foram usadas para melhorar a iluminação natural.

Todos os painéis fotovoltaicos tinham as mesmas medidas: comprimento de 1.200 mm, largura de 600 mm e espessura de 7 mm. Eles diferiam em seu nível de transparência e, portanto, em seu poder nominal máximo. O painel com 10% tinha uma potência de 72 W, o de 30% de transparência tinha 56 W e o de 40% tinha 58 W. Os painéis com transparências de 50%, 60%, 70% e 80% tinham uma potência máxima nominal de 40 W, 32 W, 24 W e 16 W, respectivamente.

“6 repetições de plantas de morango foram cultivadas em cada módulo, enquanto 8 repetições foram cultivadas sem módulos para servir como controle, todas plantadas em vasos de 3,8 L”, explicou o grupo. “Tanto o grupo experimental quanto o controle estavam alojados no mesmo bioma. O meio de cultivo para todas as plantas foi o solo ProMix BX.

A configuração experimental.

O experimento começou em 20/02/2024 e os dados foram coletados ao longo de 112 dias. Conforme os resultados, o peso fresco médio dos morangos controle foi de até 50,8 g. O módulo de transparência de 10% tinha uma massa fresca de até 9,5 g, o de 30% de 15 g, o de 40% de 25,5 g, de 20 g, de 60% de 19,5 g, de 70% de 51,7 g e de 80% de transparência de 30,7 g.

“Os resultados indicam que os morangos cultivados sob módulos fotovoltaicos de 70% de transparência exibiram um peso fresco de 140,6% do controle médio”, disse o grupo. “Além disso, foram observados rendimentos superiores a 80% do controle com módulos fotovoltaicos transparentes de 40%, 50% e 80%, o que torna sua implantação legal para áreas que possuem política agrovoltaica baseada na manutenção de um rendimento superior a 80%”.

Novos painéis solares transparentes prometem transformar cidades em geradoras de energia.

Com base em seus dados, os acadêmicos realizaram uma análise estatística que provou que a taxa de transparência afeta o rendimento do crescimento. Esta análise encontrou uma forte correlação positiva entre a radiação fotossinteticamente ativa (RFA) medida e a massa fresca do morango, com coeficiente de correlação de Pearson (r) de 0,693. PAR representa a porção de luz que as plantas usam para a fotossíntese.

Além disso, os pesquisadores usaram seus resultados e o software system advisor model (SAM) para estimar o potencial de geração de eletricidade de fazendas agrícolas de morango no Canadá e no mundo. Eles descobriram que o potencial canadense varia entre 595 GWh e 1.786 GWh anualmente, dependendo do nível de transparência dos módulos. Isso resultará em uma redução de emissão de CO2 de 65 quilotons (kt) para 196 kt anualmente. Em escala global, o potencial de eletricidade dos campos de morango varia entre 58 TWh e 173 TWh, e a redução de CO2 está entre 27 Mt e 82 Mt anualmente.

“A adoção de agrovoltaicos no setor canadense de morango pode facilitar a autossuficiência energética e transformá-lo em um exportador líquido de eletricidade, gerando receita adicional para os agricultores”, concluiu a equipe. “Essas descobertas destacam os benefícios substanciais da agrovoltaica, incluindo maior produtividade agrícola, geração significativa de energia limpa, aumento da renda do agricultor e preços mais baixos dos alimentos”.

As estufas que utilizam esse recurso acabam reduzindo o consumo de energia do efeito estufa, porém, é necessário prestar atenção no impacto dos sistemas solares no crescimento das plantas e no clima dentro da estufa, para então, aprimorar e equilibrar o sistema.

As placas solares já passaram por diversos processos evolutivos, seja por uma mudança na escolha da matéria prima ou na descoberta de uma nova tecnologia, como as placas solares transparentes. E esses processos tinham sempre um objetivo foco: melhorar cada vez mais o rendimento da energia solar.

Existem painéis de células transparentes e semitransparentes, possui tecnologia que está trazendo diversos benefícios e oportunidades para construções e para o mercado de engenharia civil. Estudos relatam que essa nova forma de gerar energia solar, possibilita que cidades e edifícios produzam sua própria energia fotovoltaica com janelas que utilizam esse recurso.  (pv-magazine-brasil)