sexta-feira, 4 de abril de 2025

Casas com painéis solares na Austrália está em colapso rede elétrica

Casas com painéis solares na Austrália é tão grande que rede elétrica está à beira de um colapso.

Número de casas com painéis solares na Austrália é tão grande que rede elétrica do país está à beira de um colapso.
Embora ecologicamente corretas, placas solares não estão 100% livres de problemas.

A Austrália se viu atualmente em uma situação extremamente peculiar recentemente e emitiu um aviso: a demanda por energia elétrica estava alarmantemente baixa. Entretanto, a produção de energia solar nos telhados das casas no estado de Victoria aumentou tanto repentinamente que os administradores da rede elétrica começaram a duvidar de sua capacidade de manter o sistema estável.

Na Austrália, uma em cada 3 residências tem painéis solares conectados à rede. O número de residências capazes de depender exclusivamente da energia solar é tão alto que as operadoras da rede elétrica previram uma demanda menor do que a necessária para manter a estabilidade do sistema.

O número de australianos com painéis solares em casa é tão grande que rede elétrica do país está à beira do colapso.

Quando até mesmo a economia de energia se torna um problema.

Em Victoria, o segundo estado mais rico da Austrália, a rede elétrica foi projetada para suportar uma demanda entre 1.865 e 10.000 MW (megawatts), embora normalmente seja usada para cobrir aproximadamente 5.000 MW. Entretanto, um dia, a operadora do mercado de eletricidade (AEMO) indicou que a demanda seria de apenas 1.352 MW, o nível mais baixo registrado na história recente.

Para mitigar essa situação, a empresa tomou várias medidas emergenciais para estabilizar o sistema, como desconectar os painéis solares dos telhados ou limitar os excedentes. Ela também considerou a reativação de linhas de alta tensão que já haviam sido desativadas para evitar o excesso de energia produzida pelos painéis solares e notificou os proprietários de baterias grandes para mantê-las vazias diante de um excesso de oferta de energia solar.

O problema energético da Austrália

Os painéis solares na Austrália representam uma das principais fontes de eletricidade, com uma capacidade combinada de mais de 20 GW (gigawatts). Sua produção crescente reduz a demanda de energia na rede, especialmente em dias ensolarados e amenos de fim de semana, quando o consumo é menor.

Além disso, as residências com painéis solares conectados à rede enviam energia excedente de forma descontrolada, colocando ainda mais pressão sobre a estabilidade do sistema de eletricidade em momentos de alta geração.

Essa situação é perigosa, pois a eletricidade não pode ser facilmente armazenada em grande escala. Portanto, a produção deve corresponder ao consumo em tempo real. Se a demanda for menor do que a oferta, a rede pode ficar sobrecarregada, o que pode levar a apagões, quedas de energia e até mesmo danos aos equipamentos elétricos. Além disso, as usinas de energia devem ser mantidas em operação para estabilizar a infraestrutura.

O uso de energia renovável complica ainda mais esse processo, tornando o problema do excesso de geração de energia elétrica mais predominante. Uma solução viável é ter uma rede elétrica flexível, que requer mais baterias de alta capacidade para armazenar energia quando ela não é necessária e liberá-la quando for preciso.

Uma situação crescente

Felizmente, a Austrália conseguiu superar essa situação graças às ações tomadas pela operadora do sistema. No entanto, o problema pode se agravar no futuro.

Eventualmente, será necessária uma reforma para regular o mercado de eletricidade ou, alternativamente, para melhorar o gerenciamento da energia solar excedente gerada pelas residências. Algo semelhante já foi implementado em outros lugares, como a Califórnia.

A situação na Austrália é irônica: o limite da rede não é atingido durante o pico de demanda por ar condicionado, mas em dias ensolarados e quentes, quando a energia solar está batendo recordes e cobrindo até 70% da necessidade de energia de fontes renováveis. (ign)

Custo das renováveis deve cair até 11% em 2025

Custo das renováveis deve cair até 11% em 2025, afirma BloombergNEF.

A BNEF (Bloomberg New Energy Finance) divulgou o relatório Levelized Cost of Electricity, estimando que os custos das tecnologias de energia limpa, como eólica, solar e armazenamento de bateria, caiam em até 11% em 2025. O fenômeno ocorre apesar do aumento das tarifas sobre importações de energia verde.

A consultoria indica também que o custo para projetos de armazenamento de baterias caiu em 2024, para US$ 104 por MWh, o custo de uma usina solar de eixo fixo caiu 21% globalmente e que o custo nivelado da eletricidade para tecnologias renováveis cairá de 22% a 49% até 2035.
A BloombergNEF (BNEF) anunciou o lançamento de seu mais novo relatório Levelized Cost of Electricit que projeta que o custo das tecnologias de energia limpa, como eólica, solar e bateria, cairá ainda mais, de 2% a 11%, em 2025, quebrando o recorde do ano passado.

De acordo com o estudo, novos parques eólicos e solares já estão reduzindo o custo de produção de novas usinas de carvão e gás em quase todos os mercados globais. O fenômeno ocorre apesar do aumento das tarifas sobre importações.

As barreiras comerciais podem interromper temporariamente os declínios de custos, mas a BNEF ainda espera que o custo nivelado da eletricidade para tecnologias limpas caia de 22% a 49% até 2035.

O relatório indica que o custo de referência global para projetos de armazenamento de baterias caiu em 2024, para US$ 104 por MWh, já que um excesso de oferta devido às vendas mais lentas de veículos elétricos levou a preços mais baratos para baterias. Além disso, o custo de uma fazenda solar típica de eixo fixo caiu 21% globalmente no ano passado. Os módulos foram vendidos pelo custo de produção ou abaixo, sem sinais de excesso de capacidade na cadeia de suprimentos solar diminuindo em 2025. As baterias cruzarão a bacia hidrográfica de US$ 100/MWh em 2025, enquanto os benchmarks globais para geração eólica e solar também devem cair 4% e 2%, respectivamente.

Fazenda offshore de energia eólica na Coreia do Sul

“Novas usinas solares, mesmo sem subsídios, estão a uma curta distância das novas usinas de gás dos EUA. Isso é notável porque os preços do gás nos EUA são apenas ¼ dos preços do gás prevalecentes na Europa e na Ásia. Isso realmente eleva o nível do que é possível, mesmo no mercado atual, disse Amar Vasdev, principal autor do relatório. “Isso abre a probabilidade de que a energia solar se torne ainda mais atraente nos próximos anos, especialmente se os EUA começarem a exportar gás natural liquefeito e expor seu mercado de gás protegido à concorrência global de preços”.

A abundância de capacidade de fabricação de tecnologia limpa da China foi um dos principais fatores por trás da queda de custos no ano passado e tem um grande impacto na economia do projeto no país e no exterior. Em média, o país pode produzir 1 MWh de eletricidade a partir das principais tecnologias de geração de energia 11-64% mais barato do que outros mercados.

Embora as tecnologias de energia limpa tenham melhorado acentuadamente nas últimas décadas, ainda há espaço para mais eficiências tecnológicas e econômicas. Olhando para 2035, os LCOEs de referência global da BNEF caem 26% para energia eólica onshore, 22% para eólica offshore, 31% para PV de eixo fixo e quase 50% para armazenamento de baterias.

“A China está exportando tecnologia de energia renovável tão barata que o resto do mundo está pensando em erguer barreiras para proteger suas próprias indústrias”, disse Matthias Kimmel, chefe de Economia de Energia da BNEF. Mas a tendência geral de redução de custos é tão forte que ninguém, nem mesmo o presidente Trump, será capaz de detê-la”.

Energia limpa em 2025: Custos vão cair!

O Custo Nivelado de Eletricidade da BNEF, agora em seu décimo sexto ano, fornece o padrão da indústria para o custo da geração de eletricidade, abrangendo 29 tecnologias em mais de 50 países. (pv-magazine-brasil)

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Tribunal de Contas do Piauí implementa sistema fotovoltaico

Tribunal de Contas do Piauí implementa sistema fotovoltaico de 386,28 kWp.

O sistema foi instalado nas coberturas das três edificações do TCE-PI e resultou em uma economia de 33% no primeiro mês de operação.
Tribunal de Contas do Estado do Piauí

O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) implementou um sistema fotovoltaico, tecnologia para geração de energia solar, visando eficiência enérgica e adequação a sustentabilidade ambiental. O sistema começou a funcionar em 02/01/2025.

O sistema de energia solar tem a capacidade de gerar 386,28 kWp. A energia gerada pelos painéis varia conforme a irradiação solar e a temperatura. Nesse mês de janeiro, verificou-se uma produção média de aproximadamente 45.000 kWh por mês. Para efeito de comparação, o consumo médio mensal do TCE-PI em 2024 foi de aproximadamente 128.033,82 kWh. Só no mês de janeiro deste ano, houve uma redução de 33,3% na fatura de energia em comparação a janeiro de 2024.

TCE-PI implementa sistema de energia solar e reduz custos com energia em 33%

Segundo o diretor de Fiscalização de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano (DFINFRA) do TCE-PI, Bruno Cavalcanti, a implantação do projeto de eficiência energética do Tribunal faz parte do Plano de Logística Sustentável do TCE-PI. “Considerando a importância do uso racional da energia elétrica, foi proposta a adoção de fontes renováveis por meio da instalação de painéis fotovoltaicos. Diante disso, sugeriu-se a implantação dessa solução, aproveitando o potencial das coberturas das três edificações existentes. Além de promover o desenvolvimento sustentável, essa iniciativa contribui para postergar a necessidade de ampliação da capacidade dos sistemas atuais, diversificar a matriz energética e reduzir o carregamento da rede elétrica”, explicou.

“A implantação de um sistema fotovoltaico traz inúmeros benefícios, o principal é aproveitamento de uma fonte renovável de energia, proporcionando uma geração equivalente a aproximadamente 35% do consumo mensal total, além da significativa redução dos custos com a fatura de energia elétrica. Além dos benefícios diretos, o próprio sistema de gerenciamento de produção do equipamento fornece dados relevantes sobre os impactos ambientais positivos da geração de energia solar”, disse o diretor do DFINFRA. (pv-magazine-brasil)

Itaipu anuncia usina solar de 2,5 MW em hospital do Paraná

A planta fotovoltaica do Hospital São Vicente de Paulo, de Guarapuava, terá capacidade de gerar 2,5 MW de energia, sendo 1,6 MW destinado a duas unidades instituição e o excedente será fornecido para o Hospital Santa Tereza. A iniciativa faz parte do projeto Femipa Energia que vai beneficiar as Santas Casas e hospitais filantrópicos do Estado.
Hospital São Vicente de Paulo, em Guarapuava (PR).

A Itaipu Binacional e a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (Femipa) anunciaram o projeto de construção de uma usina fotovoltaica no Hospital São Vicente de Paulo, de Guarapuava (PR). As placas serão instaladas num terreno adquirido pelo Hospital São Vicente junto à PR-170, na saída para o município de Pinhão, numa área total de 30.000 m2, e terão capacidade de 2,5 MW. Destes, 1,6 MW devem gerar o suficiente para atender ao consumo atual das duas unidades do São Vicente. O excedente será fornecido para o Hospital Santa Tereza.

Inaugurada primeira etapa do Câncer Center de Guarapuava

Prédio abriga a ala de quimioterapia e o Instituto para a Pesquisa do Câncer (IPEC), um dos maiores centros de pesquisa genômica do País.

A iniciativa faz parte do projeto Femipa Energia e que vai beneficiar Santas Casas e hospitais filantrópicos do estado. O investimento da Itaipu no projeto Femipa Energia, de mais de R$ 81 milhões, beneficiará os hospitais sem fins lucrativos e as Santas Casas do Paraná que fazem parte dos grupos tarifários A e B, com estimativa de economia de R$ 11,7 milhões ao ano, o que corresponde ao suprimento de 35% da energia consumida.

O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, destacou que a produção de energia barata e de qualidade é um compromisso socioambiental assumido pela empresa e que o convênio firmado com a Femipa beneficiará o trabalho desenvolvido por instituições beneficentes. “Com esse projeto, será possível gerar energia solar para os hospitais beneficentes da região, quase zerando a conta dessas entidades. Isso permite que elas possam investir mais na qualidade dos seus serviços, que é a grande dificuldade na gestão dessas entidades”, explicou o diretor.

“Apresentamos a ideia das placas solares para a Itaipu, que prontamente aceitou, e essa parceria será um avanço para todo o Paraná”, reforçou o presidente da Femipa, Charles London. (pv-magazine-brasil)

Carrefour inaugura primeiro carregador para veículos elétricos

Ponto de recarga fica no posto Carrefour, localizado no Shopping Tamboré, em Barueri (SP).
O ponto está localizado no Shopping Tamboré, na região de Alphaville, em Barueri/SP. O Posto Carrefour do Shopping Tamboré, localizado na região de Alphaville, em Barueri, inaugurou o primeiro ponto de recarga para veículos elétricos da rede.

Carrefour inaugura primeiro ponto de recarga para veículos elétricos da rede

Mercado e Consumo

O Posto Carrefour do Shopping Tamboré, localizado na região de Alphaville, em Barueri, inaugurou o primeiro ponto de recarga para veículos elétricos da rede. A instalação do equipamento faz parte de uma iniciativa do Grupo Carrefour Brasil para ampliar a oferta desse tipo de serviço e promover a mobilidade sustentável no País.

Até abril de 2025, o grupo pretende garantir cobertura contínua de recarga ao longo do eixo Rio–São Paulo, com a instalação de 11 carregadores em postos Carrefour e Atacadão nos dois estados, indo até a cidade de São José do Rio Preto, no interior paulista, passando por Jundiaí, Campinas e Sorocaba.

Carrefour anuncia plano ambicioso para criar rede de carregamento

Serão 5.000 pontos de carregamento em operação na França até 2025, mas o amplo objetivo é atingir outros mercados.

“A eletrificação dos postos complementa a gama de serviços que oferecemos aos clientes e atende à necessidade dos motoristas por este tipo de infraestrutura”, explica Leonardo Silva, head Varejo de Combustíveis do Grupo Carrefour Brasil.

A previsão é que até o final deste ano, 40 equipamentos sejam instalados nos postos da rede Carrefour, Atacadão e Sam’s Club. Os carregadores, com potência de 30 kW e 60 kW, são capazes de carregar até 80% da bateria de carros elétricos utilitários em 40 e 30 minutos, respectivamente, e 100% em 1h20 e 1h.

“A mobilidade sustentável é uma pauta global e uma demanda essencial para o avanço da transição energética. A instalação de carregadores em nossos postos reforça o nosso compromisso em oferecer um serviço completo aos motoristas de todos os tipos de veículos e incentiva o uso de energia limpa, contribuindo para um futuro mais sustentável”, conclui Silva.

A ação é fruto de uma parceria com a ChargeOn, empresa especializada em soluções de recarga para veículos elétricos, e visa atender à crescente demanda por infraestrutura no setor. Com o aumento de 70% no número de veículos elétricos no Brasil em 2024, segundo dados da consultoria NeoCharge, o país já conta com cerca de 350 mil desses veículos em circulação. (investe.sp.gov.br)