quinta-feira, 30 de julho de 2020

Renováveis já são mais baratas que carvão

Renováveis já são mais baratas que carvão, aponta Irena.
Segundo agência, até 1.200 GW de capacidade de carvão existente podem custar mais para operar do que o custo de um novo sistema solar de geração centralizada.
A energia renovável apresenta preços cada vez mais baixos do que qualquer nova capacidade baseada em combustíveis fósseis. É o que revela um novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) e publicado em 02/05/20. Os custos de geração de energia renovável em 2019 mostram que mais da metade dessa nova capacidade adicionada no ano passado alcançou níveis mais baixos do que as novas usinas de carvão, que são mais baratas.
O relatório Custos de Geração Renovável em 2019, disponível em inglês, destaca que os novos projetos de geração renovável estão reduzindo cada vez mais a geração das usinas a carvão existentes. Em média, as novas usinas de energia solar fotovoltaica e eólica onshore custam menos do que manter muitas usinas de carvão em operação. Os resultados dos leilões em diversos países mostram essa tendência em aceleração, que pode levar à redução dessa fonte. Até porque, a estimativa é de que no próximo ano, até 1.200 GW de capacidade de carvão existente podem custar mais para operar do que o custo de um novo sistema solar de geração centralizada, pontua o relatório.
Nos cálculos apresentados no estudo da entidade, a substituição dos 500 GW de carvão mais caros por sistemas solares fotovoltaicos e parques eólicos onshore no próximo ano reduziria os custos do sistema de energia em até US$ 23 bilhões a cada ano e reduziria as emissões anuais em cerca de 1,8 gigatons (Gt) de dióxido de carbono (CO2), equivalente a 5% do total de emissões globais de CO2 em 2019. Esse volume também geraria investimentos de US$ 940 bilhões, o que equivale a cerca de 1% do PIB global.
Em comunicado, o diretor geral da entidade, Francesco La Camera, aponta que esse é um importante ponto de inflexão da curva na transição energética. E ainda, que as fontes renováveis oferecem um tremendo potencial para estimular a economia global, são estáveis, econômicos e atraentes, oferecendo retornos consistentes e previsíveis, ao mesmo tempo em que oferecem benefícios para a economia em geral. O executivo defende que a estratégia de recuperação global deve ser uma estratégia verde.
Queda livre
Os custos recuaram, segundo dados apresentados na publicação, acentuadamente na última década. Esse movimento é impulsionado pelo aprimoramento de tecnologias, economias de escala, cadeias de suprimentos cada vez mais competitivas e crescente experiência do desenvolvedor. Desde 2010, a solar fotovoltaica em grande escala apresentou o maior declínio de custo, 82%. Em seguida vem a solar concentrada (CSP) com índice de 47%. A eólica onshore em 39% e a offshore em 29%.
Somente no ano passado os custos da solar fotovoltaica em larga escala caíram 13%, uma média global para US$ 0,068/kWh. Para a fonte eólica onshore e offshore a queda foi de 9%, atingindo US$ 0,053/kWh e US$ 0,115/kWh, respectivamente.
E na avaliação da Irena, a tendência é de continuidade dessa curva decrescente. Argumenta que os leilões recentes e PPAs para novos projetos comissionados em 2020 e além balizam essa análise. Os preços da solar fotovoltaica chegam à média US$ 0,039/kWh para projetos que entram em operação em 2021, queda de 42% em relação a 2019 e mais de um quinto a menos do que o concorrente mais barato em combustíveis fósseis, as usinas a carvão.
Energias renováveis já são mais baratas do que combustíveis fósseis.
“Os preços recorde de leilão de energia fotovoltaica solar em Abu Dhabi e Dubai, Chile, Etiópia, México, Peru e Arábia Saudita confirmam que valores tão baixos quanto US$ 0,03/kWh já são possíveis”, reforça a Irena”. A mesma quantia investida em energia renovável hoje produz mais capacidade nova do que teria uma década atrás. Em 2019, foi comissionado o dobro de capacidade de geração renovável do que em 2010, mas exigiu apenas 18% mais investimentos”, conclui. (canalenergia)

Eficiência Energética – O que é? Qual a importância?

Este é provavelmente um dos termos mais importantes quando falamos de energia aqui no Brasil mesmo que se ouça falar pouco dele. Seu significado é simples de ser compreendido. Eficiência Energética quer dizer: a habilidade de se realizar o mesmo ou até mais com uma quantidade menor de recursos energéticos.
Existem inúmeros exemplos que poderíamos dar aqui (inclusive usando lâmpadas, que é o que todo mundo faz), mas vamos simplificar ainda mais, de um jeito que todo mundo deve conhecer: 1 pãozinho da padaria.
Vamos imaginar um cenário em que existam 2 padarias. A do Sr. Padeiro e a da Sra. Padeira. Vamos dizer que hoje o Sr. Padeiro gasta duas unidades de energia (não importa qual seja) para produzir uma unidade de pãozinho que você vai comprar essa tarde. Já a Sra. Padeira que tinha conhecimento sobre eficiência energética e decidiu por equipamentos mais eficientes na hora de comprar seu maquinário consegue fazer o mesmo pãozinho gastando apenas 1 unidade de energia, a metade do Sr. Padeiro. Esse é um exemplo que parece bem bobo, mas pode ser a realidade de milhares de padarias no Brasil. O importante é que no final da tarde, ambas as padarias fizeram o mesmo pãozinho, idêntico podemos dizer, mas a Sra. Padeira gastou menos recursos para chegar lá. Ela foi mais eficiente energeticamente do que o Sr. Padeiro.
Se sentássemos aqui para tentar listar exemplos que aparecem nas nossas vidas cotidianas, pode ter certeza que iríamos morrer antes de terminar. Desde elementos dentro de residências como as geladeiras, TVs e máquinas de lavar. No comércio, com a iluminação, freezers, fornos e servidores. E na indústria com motores, compressores, bombas e etc. Todo tipo de produto ou processo está sujeito a essa avaliação, de quão eficiente energeticamente ele é.
Agora que ficou claro o conceito, vamos falar da Importância da Eficiência Energética.
O Brasil não tem uma boa fama no quesito eficiência energética. Isso acontece por vários motivos, um dos mais fortes e simples é que levar em conta a eficiência não é algo muito enraizado em nossa cultura e educação porque nunca precisamos. Lembra quando você escutou aquele (a) professor (a) no colégio dizendo: “O Brasil é um país rico em recursos naturais”? Pois é, essa riqueza muito abundante faz com nossa preocupação com o desperdício seja menor do que em países que não possuem tantos recursos. Em junho de 2018 o American Council for an Energy-Efficient Economy (ACEEE) lançou o international scorecard, um relatório bianual que avalia as políticas em eficiência energética e performances entre os 25 países que mais consomem energia globalmente. Ficamos na 22ª posição. A mentalidade de recursos facilmente disponíveis dificulta um pouco a sensibilização de pessoas e empresas quando o tema é eficiência energética, mesmo que os impactos desse desconhecimento sejam enormes.
Em 2017, a ABESCO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia) publicou um documento indicando o tamanho do potencial de economia estimado de 2008 até 2016. Se você ficou curioso, estimaram que só em 2016 deixamos de economizar algo em torno de R$ 20 bilhões. É muita energia, esses 47 GWh estimados de economia representam 10% do consumo do país inteiro.
E quanto que é tudo isso?
A gente sabe que para quem não lida com energia esse número não quer dizer absolutamente nada e por isso é comum fazer comparações com algo que traga mais peso para a conversa, por exemplo:
Esse potencial de economia anual seria então o bastante para fechar as comportas de nossa querida usina de Itaipu por metade de um ano. A usina binacional em 2016 foi responsável por 22,5% da energia consumida no país. Ela é muito grande, detendo vários recordes de usina que mais produz energia no planeta.
Se você não entende de energia, mas entende de dinheiro, então o valor que poderia ter sido economizado nos últimos 3 anos do estudo (2014,15 e 16), na casa de uns R$ 60 bilhões, é maior que o PIB dos 12 estados com os menores PIBs do Brasil.
Pensando bem, é muita coisa sendo desperdiçada e existem diversos impactos que estão relacionados a esses desperdícios. Coisas que acontecem ou deixam de acontecer exatamente por conta dessa nossa má gestão/uso dos recursos energéticos.
Mas conta aí então, quais impactos estamos falando?
A lista é grande, mas alguns valem ser comentados:
No bolso. Esse é simples e todo mundo conhece! A dor no bolso. Energia é algo que pagamos bastante para ter acesso e os preços têm subido constantemente acima da inflação nos últimos 5 anos. Se você faz parte do nosso mailing, já deve estar até cansado de ler aquela seção de aumento de tarifas. É tão comum que praticamente virou um elemento obrigatório em toda newsletter que escrevemos. Normalmente quando a dor no bolso aumenta é que passamos a nos preocupar mais com a maneira que consumimos (tanto dentro de casa como dentro do comércio e indústria).
Recursos
Ações de eficiência energética são ótimas na economia de recursos. Muitas empresas consideram energia um custo fixo em seus processos produtivos, mas sabemos muito bem que não deveria ser assim. Cada produtinho criado tem sua lista de materiais certo? Lembra daquele pãozinho da padaria lá em cima? Além de fermento, farinha, etc, a energia é um elemento que deve aparecer na hora de se pensar nos insumos de produção. Quanto mais uma empresa produz, mais energia ela deve consumir. Conhecemos algumas empresas no Brasil que têm trabalhado para conseguir desagregar o custo de energia em cada um de seus produtos, especialmente nos setores de plásticos e alimentícios. Exatamente igual o exemplo do pãozinho, você acha que a empresa mais preparada do mercado de alimentos é uma indústria que sabe exatamente quantas unidades de energia são necessárias para fabricar um único pacote de cada salgadinho ou a outra que não faz ideia e só paga suas contas e pronto? A que monitora o consumo energético além de poder precificar seus produtos perfeitamente, consegue também acompanhar indicadores e buscar sempre maior eficiência. É comum a CUBi atender clientes deste tipo, para ajudar nessa desagregação inteligente.
Infraestrutura
Toda vez que a matriz energética do país precisa ser expandida é necessário dinheiro e pode ter certeza que ele vai sair do bolso de todo mundo que acessa a rede elétrica. Um sistema mais eficiente energeticamente significa menores necessidades de expansão e, portanto, menores investimentos pagos pelos nossos bolsinhos.
Meio Ambiente
Na mesma linha do anterior, menores necessidades de expansão da matriz são sempre menos agressivas ao meio ambiente. Todo tipo de geração de energia tem seu impacto. As queridas renováveis também, cada qual no seu elemento, então no final do dia, o melhor mesmo é não precisar criar tantos ativos de geração quanto precisaríamos caso a eficiência energética não fosse algo existente.
Estou convencido! Como ser mais eficiente?
Tive um professor de políticas energéticas nos EUA que adorava ficar perguntando para as pessoas: “Qual é a fonte mais barata de energia” e ficava se divertindo enquanto todos quebravam a cabeça discutindo se a energia solar era mais barata, a dos ventos, a geotérmica, a nuclear e por aí vai. A resposta dele era sempre: “A mais barata é aquela economizada”. Talvez seja meio estranho de pensar assim, mas ele tem razão, se a energia já foi gerada e vai ser desperdiçada, então se o seu esforço fizer com que não haja desperdício e que você então possa usá-la de outra maneira, maravilhoso! Lógico que em alguns casos, é necessário investir recursos para conseguir ser mais eficiente, mas mesmo assim, podemos calcular se realmente vale a pena ou não investir esses recursos.
Só para termos uma ideia, várias empresas empregam números diferentes, mas hoje podemos considerar que a energia economizada é importante e que é possível atribuir um preço para ela. Esse preço basicamente indica o custo necessário para conseguir economizar uma parcela de energia que teria outro preço caso fosse gerada. Se ficou confuso, vai um exemplo: a mesma ABESCO dali de cima, calcula que no quesito eficiência são necessários US$ 31 para economizar 1 MWh, enquanto para gerar esse mesmo MWh seria necessário quase 4 vezes esse valor. A matemática por trás dessas estimativas pode variar bastante, mas uma coisa podemos dizer com propriedade, tanto na indústria como nos comércios, muito se pode melhorar no quesito eficiência e de desperdícios e que não requer investimentos financeiros em máquinas novas ou coisas super complexas.
Diferentes linhas de ação em eficiência energética para uma empresa
Existem algumas maneiras diferentes de atacar os problemas de eficiência energética, mas note que daqui para frente as coisas vão começar a se misturar, tanto a eficiência energética quanto a redução do consumo também. Existe certa discussão de onde se acaba um e onde começa o outro, mas aqui na CUBi nós gostamos de juntar tudo e colocar no bolo de potencial de eficiência energética. Existem 3 linhas principais que podem gerar aumento da eficiência energética nas empresas.
Tecnologias: essa é menina dos olhos que vemos por aí, o mercado em geral busca elementos nessa categoria, mesmo que muitas vezes não seja o que precisam. Dos 3 itens talvez seja o mais palpável, por isso as pessoas gostam tanto de se apoiar nessa linha. A categoria é para produtos ou serviços que tragam maior eficiência a um processo. Exemplos: no escritório, a escolha de um ar condicionado com selo do PROCEL. O produto com nota A será mais energeticamente mais eficiente que uma nota C. Na indústria existem casos bastante corriqueiros em que a decisão tomada nem sempre é a melhor. Existem motores elétricos, por exemplo, que irão trabalhar 24 horas por dia nas indústrias que serão instalados. Alguns destes irão ter um custo de energia nos primeiros meses até maior do que o próprio custo da aquisição do motor, ou seja, o preço pago na hora de comprar o motor pouco vai importar no custo final do ativo quando considerado toda a sua vida útil. Mesmo que situações assim sejam corriqueiras, muitos compram motores elétricos apenas considerando o seu custo inicial. Tecnologias mais eficientes podem trazer altos ganhos/economias, tudo depende de um estudo prévio para uma melhor tomada de decisão.
Controle: as ações de controle são muitas vezes deixadas de lado, por vários motivos dentre as empresas. Elas podem incluir desde ações muito simples sem sofisticação alguma até tecnologias mais avançadas (que acabam se mesclando com o item de tecnologias anterior), estão incluídos aqui os softwares de gestão de energia. O importante é que exista controle e acompanhamento do consumo da empresa e seus ativos. Primeiro porque energia é um custo variável e muita vezes representativo (alguns comércios e indústrias chegam a possuir energia elétrica como seu segundo maior gasto na estrutura de custos). Segundo porque a frase é válida: só conseguimos gerenciar o que medimos. Ter o conhecimento de quanto se consome, onde se consome e quando se consome pode ser um poderoso recurso que vamos falar no tópico a seguir. Conseguir fazer um acompanhamento fino de consumo também cria a possibilidade de criar e acompanhar indicadores, melhorias, problemas e muito mais. Conhecimento e controle energético de um processo produtivo têm o potencial de derivar muitas outras ações para várias áreas. 
Podemos dar um exemplo interessante que temos aqui na CUBi. Uma vez fomos contratados por uma empresa que não possuía controle algum sobre seu consumo energético, apenas acompanhava as faturas de energia. Fomos chamados para avaliar seus principais consumos, com a suspeita de que o ar condicionado era o pior deles. A preocupação era tanta que há poucos anos todo o maquinário de condicionamento de ar tinha sido substituído por um mais eficiente, mas como as contas de energia ainda estavam altas, resolveram investigar.  Depois de um tempo de monitoramento, descobrimos o contrário do esperado, que o ar condicionado era responsável por menos de 5% do consumo de toda a empresa. A descoberta não só foi o contrário do que a empresa esperava, mas também trouxe questões complicadas sobre a troca passada do equipamento que havia sido caro. O payback que haviam desenhado “esperando” que o ar condicionado compusesse de 40% a 50% da conta fazia sentido. Com o consumo real na casa de 5%, o projeto se mostraria inviável financeiramente. Infelizmente, a empresa só descobriu isso anos depois de ter feito esse mau investimento.
Comportamento: Outro item muito pouco valorizado em geral por empresas, mas que pode trazer resultados muito mais altos do que o esperado, são as mudanças de processo ou comportamentais. Um ponto bastante positivo e que gostamos de explorar aqui na CUBi é o fato de que através de novos processos e mudanças no comportamento, as empresas podem obter ótimos resultados com investimentos ínfimos se em comparação com a implementação de novas tecnologias, por exemplo. As ações comportamentais muitas vezes ocorrem quando as empresas passam a utilizar sistemas de controle como os indicados acima e faz sentido que passem a ver oportunidades ao entender melhor seu consumo dentro do processo. Os exemplos que temos aqui na CUBi são variados também, mas por exemplo, não é incomum encontrarmos linhas industriais onde o consumo “fora do horário produtivo” chega na casa do 40%. Isso significa que 40% do consumo de uma linha produtiva ocorre em momentos que a empresa não está gerando valor, portanto, pode ser considerado desperdício. Muitos desses casos ocorrem porque os operadores foram almoçar e deixaram máquinas ligadas, ou no final de turno, esqueceram de colocar as máquinas em hibernação, ou algumas já precisam sofrer manutenção, e por aí vai. São ações simples, que o operador já sabe fazer, mas o processo não estressa que o façam sempre, e por isso, ocorre o desperdício. Esse desperdício vai refletir na eficiência do sistema como um todo e a empresa vai pagar por cada kWh desperdiçado.
Essas foram só algumas linhas de ações que podem ser tomadas dentro das empresas e explicadas de maneira didática. Muitas vezes para encontrar e depois aproveitar melhorias em eficiência energética, as empresas fazem um combinado de várias linhas. O ideal é sempre tentar colocar números reais na ponta do lápis, para que seja possível avaliar quanto vai custar para economizar aquele kWh (ou MWh ou o que seja). O caminho mais natural usualmente é:
Entender o processo produtivo e conhecer bem os seus usos de energia;
Iniciar ações simples e caseiras de controle com faturas de energia, planilhas de excel, documentação de máquinas, etc. Aprender os termos básicos sobre energia e sua gestão. Logo ao engatinhar nessas ações, as dificuldades vão naturalmente aparecer.
Com as necessidades e dificuldades melhor compreendidas, iniciar a busca por um sistema mais robusto de gestão de energia que atenda os pontos de interesse e que o sistema caseiro não consiga atuar. Aqui é possível encontrar desde sistemas simples e antigos até sistemas mais avançados que automatizam o trabalho de processamento de dados, esse é o caso da CUBi, à partir daqui é onde atuamos com nossos clientes.
Com um sistema de controle implementado, indicadores podem ser criados para acompanhar processos e principalmente tornar visíveis as oportunidades de melhoria em eficiência energética. Cria-se o potencial de saber exatamente quanto cada mudança ou melhoria pode retornar de benefício financeiro antes mesmo de fazê-la (para não cair em problemas como o caso do ar condicionado que comentei acima).
Com essas informações reais sendo processadas rapidamente e oportunidades sendo geradas, chega a hora de se iniciar as melhorias. As comportamentais costumam vir primeiro, pois são mais baratas e trazem resultados rápidos. As melhorias em tecnologia costumam seguir e usualmente necessitam de investimentos mais altos. Desde que haja um estudo antes para demonstrar que a troca de tecnologia irá trazer benefícios reais, a chance de valer a pena é muito grande. Se o problema são os recursos financeiros para fazer as trocas, vale procurar uma ESCO, empresas que têm dinheiro e capacidade para implementar os projetos. Quando esse é o caso com nossos clientes, nós mesmos trazemos parceiros especializados para auxiliar.
Com todas essas ações rolando, nada é mais importante do que seguir firme com seu sistema de controle/gestão de energia, porque é nele que serão identificadas e monitoradas as melhorias sendo implementadas. O controle se torna mais importante do que nunca porque agora é a hora de mostrar que o esforço investido em um sistema de gestão de energia, mudanças comportamentais e novas tecnologias está trazendo benefícios palpáveis para as pessoas, áreas e a empresa como um todo.
Caso haja problemas com algumas dos sistemas implementados, a equipe de gestão de energia deverá estar mais do que apta para avaliar os indicadores negativos e buscar a causa raiz do problema. Melhorias em comportamento, por exemplo, trazem resultados rápidos, mas necessitam de um trabalho contínuo, senão as melhorias vão sendo perdidas.
Por último, ter certeza que o sistema de gestão será continuamente usado pela empresa, gerar cases de sucesso (para servir de embasamento na hora de pensar em novos projetos) e compartilhar com os resultados com o mercado e stakeholders. Afinal, sem dúvida foi um esforço grande para trazer a empresa a um patamar de eficiência, então é justo que o mercado a reconheça como tal. (cubienergia)

terça-feira, 28 de julho de 2020

Carros flex terão separador de combustível para melhorar desempenho

Carros flex terão separador de combustível para melhorar desempenho e economia.
Não importando o que você colocar no tanque, a tecnologia separa o combustível de maior octanagem para quando você acelerar.
Octanagem sob demanda.
Os motores bicombustível ou flex, representaram uma revolução para a indústria automobilística ao oferecer aos consumidores a liberdade para escolher entre etanol e gasolina.
Contudo, se foi uma revolução mercadológica, os motores flex são vistos por alguns como uma "degenerescência técnica", uma vez que não apresentam o máximo de eficiência para nenhum dos dois combustíveis.
Uma equipe dos laboratórios PNNL, dos EUA, compartilha dessa opinião, mas eles não ficaram só na crítica.
Katarzyna Grubel e seus colegas desenvolveram uma tecnologia que separa o etanol da gasolina antes que a mistura entre para queima no interior dos cilindros. O combustível de maior octanagem, basicamente etanol, é mantido em uma reserva para quando o veículo precisa de maior potência, queimando o combustível de menor octanagem em condições de baixa exigência.
O sistema, que a equipe chama de "octanagem sob demanda", resulta em economia no consumo de combustível e redução na emissão de poluentes: os resultados dos testes indicaram uma redução no consumo de combustível de 30% e uma redução na emissão de gases de efeito estufa de 20%.
Projetada para trabalhar com os combustíveis comuns vendidos nos postos, a tecnologia de separação a bordo é a primeira a usar a química - e não uma membrana física - para separar a gasolina misturada com etanol em componentes de combustível de alta e baixa octanagem. O sistema consegue retirar até 95% do etanol misturado na gasolina.
Feita a separação, o sistema mede a mistura de combustível apropriada para ser enviada ao motor, dependendo da potência exigida: octanagem mais baixa para marcha lenta, octanagem mais alta para acelerar.
A tecnologia de separação química é baseada em aminas apoiadas em uma membrana mesoporosa.
Batendo biela
Motores de alta compressão são mais eficientes porque conseguem extrair o máximo de energia do combustível. Infelizmente, esses motores agravam um problema desagradável conhecido como "bater biela".
Semelhante a um ciclista cujo pé escorrega do pedal e bate, a batida do motor acontece quando pistão e combustão ficam momentaneamente fora de sincronia, o que geralmente acontece durante a aceleração. Bater biela rouba força do motor e pode até causar danos caros de se consertar.
Combustíveis com maior octanagem podem eliminar a batida de biela, mas eles são caros. Ocorre que o etanol é um aditivo de combustível barato que aumenta a taxa de octanagem. Ele reduz um pouco as emissões de gases de efeito estufa, mas também faz o motor gastar mais combustível. Assim, quando um carro está queimando combustível enquanto fica parado em um semáforo, isso significa que ele está desperdiçando o combustível de alta octanagem valioso, que seria melhor usado para acelerar quando o sinal ficar verde.
É aí que entra a tecnologia de separação do combustível, enviando para o motor o combustível certo na hora certa.
"Com o crescente uso de etanol e, com o tempo, outros biocombustíveis, uma tecnologia como a de separação a bordo significa que não precisaremos escolher entre redução das emissões de gases de efeito estufa e a economia de combustível," disse o professor Allan Tuan, que está se encarregando de encontrar parceiros comerciais para colocar a tecnologia no mercado. (inovacaotecnologica)

Bicicleta sustentável transforma 1h de pedalada em 24 h de energia elétrica

Projeto quer levar acesso às casas carentes de energia.
Atualmente, no Brasil, os consumidores enfrentam o alto custo da energia elétrica. Na condição de bandeira vermelha, os brasileiros estão pagando R$ 5,50 para cada 100 Kwh. Mas você sabia que, mesmo em 2015, alguns lugares não possuem sequer acesso à energia? Na verdade, estima-se que 3 bilhões de pessoas no mundo não tenham energia elétrica em suas casas.
Como iniciativa para mudar esse cenário, o projeto Billions in Change decidiu usar a energia do corpo para criar a elétrica. Assim, foi desenvolvida a Free Electric, uma bicicleta capaz de transformar 1 hora de pedaladas em 24 horas de energia elétrica.
Como assim? As pedaladas movem o volante do motor, que aciona um gerador e armazena a energia gerada em uma bateria.
Assista ao vídeo explicativo: https://www.youtube.com/watch?time_continue=3&v=Cgb9lfKW_d4&feature=emb_logo.
O objetivo do empreendedor Manoj Bhargava é distribuir cerca de 10 mil dessas bicicletas na Índia, onde o acesso ainda é bastante limitado. “Se você tem isso [a bicicleta], você nunca fica sem energia. E você não emite nenhuma poluição“, explica Bhargava.
O que achou da iniciativa? (noticias)

domingo, 26 de julho de 2020

Geração de energia solar cresce 21,7% no primeiro trimestre de 2020

Somente em março, a fonte apresentou incremento de 29% em relação ao mesmo mês de 2019, segundo CCEE.
A geração de energia solar fotovoltaica cresceu 21,7% no primeiro trimestre de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Somente em março, a fonte apresentou incremento de 29% em relação ao mesmo mês de 2019.
A geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) recuou 1,9% no primeiro trimestre, com o volume consumido chegando a 66.532megawatts (MW) médios. No período, a produção hidrelétrica recuou 2,5%, assim como as eólicas geraram 15,8% menos do que nos mesmos meses do ano passado. Diante desse resultado, a geração termelétrica cresceu, cerca de 7,4%.
Contabilizando apenas o mês de março, a geração de energia elétrica recuou 0,7%, na comparação com o mesmo mês em 2019, para 65.089 MW médios, com destaque para a queda de 14,2% da geração de térmicas e de eólicas. Nesse contexto, a geração de hidrelétricas teve elevação de 2,1% em relação a março do ano passado.
Ainda de acordo com os dados da CCEE, o consumo de energia no primeiro trimestre caiu 1,9% na comparação anual, de 67.740 MW médios para 66.449 MW médios. “O comportamento do consumo não reflete totalmente os efeitos das medidas de isolamento social para combater a pandemia do coronavírus, que tiveram início a partir do dia 21 de março”, explica a entidade.
Considerando apenas os resultados de março, o consumo recuou 0,8% frente ao mesmo mês de 2019. O mercado regulado apresentou queda de 2,5%, para 44.912 MW médios, enquanto o mercado livre viu a demanda crescer 3,4%, para 20.077 MW médios. A CCEE aponta que esse comportamento ocorre em razão da migração de consumidores.
Excluindo os efeitos das migrações, em março, o consumo seria 0,5% menor no mercado regulado e 1,4% no mercado livre. “A redução do consumo de energia no mercado livre, excluindo o efeito da migração das cargas novas, é explicada pela queda no consumo de 11 ramos de atividade que correspondem a cerca de 56,4% do total demandado no mercado livre. Dentre essas quedas, destacam-se os setores de transporte (-21%), serviços (-16%), veículos (-13%) e têxteis (-9%)”, destaca a entidade. (portalsolar)

Kia confirma 11 veículos elétricos até 2025 e carregamento ultra rápido

SUV com 500 km de autonomia e carregamento ultra-rápido no estilo Taycan estão nos planos.
Após informações pontuais sobre novos modelos, a Kia enfim dá mais detalhes do seu plano estratégico de eletrificação da linha. Anunciado em janeiro, o batizado Plano S indica metas ambiciosas, além do já citado lançamento de 11 novos veículos elétricos até 2025.
Com metas agressivas, a Kia anunciou que o seu objetivo é de que os veículos elétricos respondam por 20% do total de vendas de seu portfólio na Europa em 2026. O carro chave será o já mencionado crossover baseado nos conceitos HabaNiro e Imagine que terá como destaque a autonomia (agora confirmada) para mais de 500 km com uma única carga. Além disso, a marca promete vários lançamentos já para 2022.
Galeria: Kia Habaniro Concept
O primeiro dos carros elétricos da próxima geração da Kia será construído em uma nova plataforma que a marca diz de forma nada modesta ter sido "projetada especificamente para acomodar o líder mundial em tecnologias e sistemas de transmissão de veículos elétricos".
"Muitos dos novos veículos elétricos da Kia serão oferecidos na Europa, que atualmente é o ponto focal para o crescimento das vendas de veículos elétricos em todo o mundo", disse Emilio Herrera, diretor de operações da Kia Motors Europe.
Em termos de mercado a Kia está indo muito bem com as vendas veículos elétricos. No primeiro trimestre de 2020 a marca abocanhou 6% das vendas na Europa, um salto em relação aos 2,9% alcançados em 2019. Agora, a marca coreana pretende ir além e alcançar a marca de mais de 500.000 veículos elétricos vendidos globalmente em 2026.
Recarga super rápida:
O sistema de carregamento de 800 Volts é o grande destaque dessa nova arquitetura que estará presente nos modelos topo de linha entre os próximos veículos eletrificados da Kia. Atualmente, este padrão de recarga só está disponível em veículos mais luxuosos, como o Porsche Taycan e o futuro GMC Hummer elétrico. Esse sistema de carregamento ultra-rápido permitirá que o carro atinja 80% da carga da bateria entre 15 e 20 minutos, se conectado a carregadores de 250 ou 350 kW.
Galeria: Kia Imagine Concept
Todavia, para quem não puder pagar tão caro haverá modelos mais acessíveis equipados com uma arquitetura de carregamento de 400V: "o carregamento de 400V, como já encontrado no premiado e-Niro e Soul EV, também permite carregamento rápido e permanecerá relevante para muitos clientes que têm maior flexibilidade sobre onde e quando recarregam.
 
 
 
 
 
 
 
  Nós atenderemos a todas as necessidades”. (uol)

Kia lançará mini carro elétrico com foco no transporte individual

Rival do Citroën Ami, modelo visa atender aumento de demanda no pós-pandemia.
Um fenômeno que ocorrerá em todo o mundo após a pandemia do coronavírus é certamente um aumento no uso do transporte individual. Ele já começou a se intensificar na China e também ocorrerá na Europa, onde a Kia anunciou nesta semana ao site Auto Express que vai trabalhar em um inédito micro carro elétrico para o público urbano que quer se locomover sozinho. 
Em sua fala ao site Auto Express, o Chefe de Operações da Kia Motors Europe, Emilio Herrera disse: "As pessoas querem se sentir seguras hoje. Vimos isso muito claramente em uma pesquisa realizada após o coronavírus na China, que mostrou que as pessoas haviam migrado do transporte público para o transporte privado".
Galeria: Citroën Ami (2020).
As pesquisas apontaram o aumento foi muito expressivo: "Isso ficou muito claro - 34% do uso individual antes da pandemia para 65%. Portanto, 65% das pessoas na China escolheriam seu carro particular. O motivo é porque eles se sentem seguros no carro e se sentem inseguros no transporte público. Acho que se as pessoas tivessem escolha em Londres, elas escolheriam dirigir seu próprio veículo".
Falando especificamente sobre o projeto do mini carro elétrico, Herrera diz que "Já estamos estudando uma proposta de ter micro veículos muito pequenos para uso urbano - vemos um potencial real", explicou.
"Os veículos que visamos são carros elétricos - 100% elétricos com um pequeno alcance, mas sendo usados ​​apenas em ambientes urbanos. Nosso projeto está analisando o que chamamos de carros L6 e L7 no setor, o tipo de carro como o Citroën Ami. É algo que estamos investigando neste momento, porque acreditamos que poderia ser uma alternativa ao transporte público, desde que possamos entregá-lo a um custo muito semelhante ao transporte público."
Os detalhes do projeto ainda não estão definidos, mas o executivo da Kia fala em eventualmente usar uma plataforma compartilhada com a Hyundai para reduzir custos e poder lançar um veículo global, que seja barato de comprar e manter. Como parâmetro, o Citroën AMI será lançado na França por € 6.900 (R$ 41.100) ou € 19,90 (R$ 118,00) por mês para o aluguel.
Ainda não podemos estimar a data de lançamento deste carrinho da Kia, sendo que a estreia antes de 2021 é bastante improvável. Atualmente, a marca coreana está trabalhando com afinco na eletrificação da gama, que inclui o lançamento de um SUV com 500 km de autonomia e carregamento ultrarrápido no estilo do Porsche Taycan. (uol)