sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Embaixada do Reino Unido no Brasil trocará frota por elétricos

Iniciativa do Ministério das Relações Exteriores britânico vai abranger 30 países e faz parte de programa para reduzir emissões.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, o Foreign Commonwealth Office (FCO), está substituindo os automóveis oficiais dos diplomatas no Brasil e no mundo por veículos híbridos ou totalmente elétricos. A iniciativa, que ocorrerá inicialmente em 30 postos ao redor do mundo, é parte de um programa para reduzir as emissões de carbono e tornar o serviço diplomático britânico “o mais verde do mundo”. No Brasil, a Embaixada em Brasília receberá uma Land Rover modelo Range Rover PHEV híbrida e os Consulados-Gerais do Rio de Janeiro e de São Paulo receberão um Jaguar I-Pace totalmente elétrico.
As embaixadas do Reino Unido em Oslo, na Noruega e no Vaticano já substituíram seus carros oficiais. Outros 30 postos estão entre os primeiros a receberem um veículo oficial totalmente elétrico ou híbrido até abril de 2020. Estações de carregamento rápido também serão instaladas nos postos como parte do programa por aqui.  Brasília já possui um carro oficial totalmente elétrico, o Nissan Leaf Tekna, que foi o primeiro do seu modelo adquirido por uma embaixada no Brasil.
O FCO está empenhado em atingir as metas estabelecidas para que todos os departamentos governamentais tenham uma frota elétrica de 25% até 2022 e uma frota totalmente convertida até 2030.
O Ministério também está ampliando o uso de energia solar em seus edifícios para reduzir sua pegada de carbono e eliminando plásticos de uso único em todos os seus postos no mundo – o que evita que 142 mil itens terminem em aterros sanitários, todo ano. De acordo com Vijay Rangarajan, embaixador britânico no Brasil, as mudanças do clima são o maior desafio do nosso tempo. Segundo ele, fazer uso de uma frota de carros oficiais elétricos pelos diplomatas será um instrumento de alta visibilidade para mostrar a liderança internacional do Reino Unido quanto à diplomacia nas mudanças climáticas.
O Reino Unido sediará a COP 26 em 2020, em Glasgow. A 26ª conferência da ONU sobre mudanças climáticas reunirá mais de 30.000 delegados de todo o mundo, incluindo especialistas em clima, líderes empresariais e cidadãos, para chegar a um acordo sobre ações ambiciosas para combater as mudanças climáticas. (canalenergia)

Brasil inicia 2020 com mais de 400 plantas de biogás em operação

Brasil inicia 2020 com mais de 400 plantas de biogás em operação, crescimento de 40% em relação ao ano de 2019.
A Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) informou que o Brasil iniciou 2020 com 400 plantas de biogás em operação, crescimento de 40% em relação a 2019 e de muitas conquistas.
O ano de 2020 tem sido de muitas conquistas, apesar de tão pouco tempo! A Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) aponta 2019 como um ano de conquistas para setor e informa que o ano de 2020 começou com 400 plantas de biogás em operação, 40% a mais do que 2019.
Além das políticas que favorecem o biogás e a expansão no número de usinas, o mercado conta com empreendimentos de grande porte em andamento, que somam investimentos na casa de 700 milhões de reais.
Para o presidente da Associação, Alessandro Gardemann, o RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis), que prevê a comercialização de CBIOs (Certificados de Descarbonização) a partir do próximo mês, vai impulsionar ainda mais a indústria do biogás.
Desde que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis regulamentou a produção de biometano, vários projetos começaram a ser desenvolvidos. O Novo Mercado de Gás também trouxe uma nova perspectiva para as empresas de biogás, favorecendo o setor.
Atualmente, o biogás corresponde a menos de 1% na matriz energética brasileira, o que, para a associação, demonstra que existe uma margem gigantesca para o crescimento. Segundos cálculos da Abiogás, o potencial de produção do combustível, intercambiável com o gás natural, chega a 50,4 bilhões de m³ por ano, contabilizando todo resíduo produzido.
Biogás fechou 2019 com mais de 400 usinas e crescimento de 40% ao ano.
Tal volume seria suficiente para suprir 70% da demanda de diesel no País. (clickpetroleoegas)

Piauí é referência na produção de energia solar

Piauí é referência na produção de energia solar e acelera geração de emprego na região.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o estado é uma liderança em relação a potência instalada na geração centralizada.
O Piauí vive um crescimento exponencial na instalação de usinas fotovoltaicas, há cerca de 4 anos, sendo referência para o resto do país. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o estado é uma liderança em relação a potência instalada na geração centralizada, incluindo operação, construção e os projetos oriundos de leilões. De acordo com os dados, a potência instalada no Piauí chega a 989,9 MW. Em segundo lugar vem o Ceará com 829,1 MW e a Bahia em terceiro, com 776,8 MW.
Segundo dados da Secretaria de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis do Piauí, o estado abriga hoje o maior parque solar da América do Sul, o Nova Olinda, localizado no município de Ribeira, a 377 quilômetros da capital, Teresina. Junto a mais dois parques nas cidades de João Costa e São João são produzidos 270 megawatts.
Em operação há 2 anos, a usina Nova Olinda foi construída com investimento de U$ 300 milhões pela empresa Enel Green Power no Brasil, gerando 1.700 empregos, sendo grande parte mão de obra da região. A grandiosidade da usina resume-se a 930 mil painéis solares em uma área de 690 hectares, com capacidade instalada de 292 megawatts, podendo produzir mais de 600 GWh por ano, o que daria para iluminar 300 mil casas.
Em junho de 2019, o Nova Olinda foi vendido para a companhia chinesa CGN Energy, como parte dos planos da Enel de aumentar e acelerar a criação de valor, para a EGP investir em novos projetos. No acordo, a EGP permanece nas atividades de operação e manutenção dos ativos vendidos.
“Além de oferecer condições naturais para o desenvolvimento desse tipo de projeto, o estado do Piauí possui um bom ambiente de negócios, graças ao esforço das autoridades para o crescimento da região”, declarou na imprensa Roberta Bonomi, responsável pela Enel Green Power no Brasil.
A nova aposta no estado é na maior usina fotovoltaica em construção na América do Sul, localizada no município de São Gonçalo do Gurgueia, a 820 quilômetros ao Sul de Teresina, que terá capacidade para produzir 608 megawatts. A chegada do empreendimento movimentou 4.400 cadastros no Sistema Nacional de Emprego (Sine) do estado. Para se ter uma ideia do tamanho deste novo parque, a capacidade brasileira em março deste ano era de 2064 megawatts e só essa nova usina em São Gonçalo vai produzir 465 megawatts.
Segundo Roberta, os empreendimentos da Enel Green Power no Piauí já possibilitaram a geração de cerca de 7 mil empregos diretos, envolvendo ainda, a capacitação de mão de obra dos próprios moradores da região para a implementação das usinas. No estado a empresa realiza capacitações para moradores locais por meio dos cursos de montagem de seguidor solar e mecânica básica, beneficiando 630 pessoas. E os planos da EGP é continuar investindo forte na região.
Dados do “Caderno ODS 7 – O que mostra o retrato do Brasil?”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontam que em dois anos, cerca de 41 mil novas usinas de energia solar foram instaladas no Brasil. Em relação a matriz energética nacional, o percentual saiu de 0,1% em 2016 para 1,4% em 2018.  Um crescimento dez vezes maior.
O pesquisador de energias renováveis e de petróleo e gás do IPEA e autor do Caderno ODS 7, José Mauro de Morais, afirma que, em setembro de 2019, o crescimento da energia solar em todo o país passou para 2,1%. “A energia solar cresceu tanto na geração distribuída (em casas, comércios e fábricas), como nas grandes usinas – o que chamamos de geração centralizada”, finalizou. (portalsolar)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Brasil adota turbinas eólicas offshore e tornará ativo na corrida por energia limpa

Com adoção de turbinas eólicas offshore, Brasil pode se tornar ativo na corrida pela energia limpa.
Para melhorar potencial de geração de energia do País, pesquisadores têm focado em aspectos da modelagem e análise das turbinas marítima.
Parque Eólico Beatrice Offshore, na Escócia.
A energia eólica é um dos tópicos mais estudados no ecossistema de energia renovável. Nas últimas décadas, o foco foi em vários aspectos da modelagem e análise de turbinas eólicas em terra. Especialmente no Brasil, a energia eólica tem um enorme potencial que vem sendo pesquisado em estudos recentes.
Liderado pelo professor Alexandre Simos, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica (Poli) da USP e graças ao financiamento fornecido pelo Escritório de Pesquisa Naval Global (ONR Global), um grupo de pesquisadores está encontrando maneiras de aumentar a capacidade de geração de energia eólica do País, desempenhando um grande esforço para reduzir o peso estrutural em novos projetos de turbinas eólicas flutuantes offshore (conhecida também, em inglês, como Floating Offshore Wind Turbines – FOWTs).
As FOWTs têm muitas oportunidades e obstáculos. Entre as vantagens, a disponibilidade de ventos constantes e uma velocidade adequada para o uso de turbinas em sua eficiência ideal. Entre as desvantagens estão os altos custos de instalação, as linhas de amarração e o grande comprimento de cabos necessários para a transmissão de energia. Nesse contexto, aliviar pesos estruturais no flutuador é certamente algo bem-vindo.
“Na década passada, vimos muito esforço no campo da engenharia offshore para conceber, projetar e validar esse novo tipo de sistema flutuante. Atualmente, após muitos projetos de demonstração, a viabilidade do conceito é comprovada e, como resultado, estamos testemunhando os primeiros parques eólicos comerciais flutuantes”, afirma o professor Simos.

Enquanto as turbinas eólicas offshore flutuantes fornecerão uma fonte alternativa de energia para a base marítima da frota, Paul Sundaram, diretor científico da ONR Global em São Paulo, observa que “o objetivo era entender, através da modelagem, como projetar e gerenciar estruturas complexas no ambiente dinâmico do oceano. Isso é muito importante para a Marinha dos Estados Unidos, a fim de criar e construir sistemas resilientes desenvolvidos em alto mar”.Além disso, o projeto de FOWTs é uma tarefa complicada que deve considerar variáveis como respostas a ondas, cargas de correnteza e vento, estabilidade estática, dinâmica e comportamento estrutural das linhas de ancoragem. Portanto, vários projetos de pesquisa foram realizados por diferentes grupos, com o objetivo de desenvolver códigos numéricos e estabelecer as bases para a avaliação comparativa experimental de FOWTs.
Turbinas eólicas offshore flutuantes – Será este o futuro do Brasil?

O papel do Brasil
A tecnologia desempenhará um papel importante na futura expansão da energia eólica no Brasil. Tal crescimento está projetado para ocorrer em breve. A regulamentação para a instalação de parques eólicos offshore já está sendo discutida no Congresso brasileiro, e o setor está se preparando para novos desenvolvimentos, que de fato tem um enorme potencial, especialmente na costa nordeste do País.
“Nos últimos anos, o Brasil expandiu muito rapidamente sua capacidade de geração de energia eólica, hoje superior a 13 GW, cerca de 8% da capacidade total do País. Esses números fazem da energia eólica a segunda fonte de energia elétrica da rede brasileira. Toda essa produção é feita em terra, em muitos parques eólicos espalhados por todo o País, mas principalmente concentrada no Nordeste, onde o potencial eólico é excelente”, destaca o professor Simos.
A Poli também possui um grupo de pesquisa que trabalha em sistemas offshore para a exploração e produção de petróleo e gás, que é uma atividade econômica muito importante no Brasil. Sendo assim, a ideia inicial dos pesquisadores foi se beneficiar da experiência em sistemas flutuantes de petróleo e gás para adaptar e desenvolver novas ferramentas computacionais para a análise de FOWTs. Estas ferramentas são utilizadas para prever a resposta das estruturas em ondas e vento e para estimar as tensões nas linhas de amarração, cargas estruturais e vibrações.
Aplicabilidade futura
Também é importante mencionar que, além do objetivo principal de gerar energia limpa para a rede elétrica, outras aplicações para FOWTs estão sendo projetadas. Por exemplo, existem projetos em andamento para usá-las como energia auxiliar para equipamentos submarinos nos campos de petróleo e gás. Isso levará a tecnologia a águas profundas e, portanto, novos desafios poderão ser enfrentados.
“Ainda estamos desenvolvendo parte dos modelos hidrodinâmicos para prever as forças das ondas nos flutuadores. Efeitos não lineares envolvidos nas derivas do flutuador e que podem ser importantes para o projeto das amarras, são difíceis de prever com precisão para esse tipo de estrutura. Estamos testando diferentes alternativas e realizando testes em nosso tanque de ondas para verificar o desempenho dos modelos numéricos”, diz o professor Simos.

Como as FOWTs são dispositivos relativamente novos, ainda há espaço para otimização do design. Por exemplo, novos conceitos de cascos flutuantes com o objetivo de reduzir os movimentos da turbina ainda estão sendo projetados e propostos. Além disso, para tornar economicamente viável o uso de FOWTs em águas profundas (maiores que 1.000 metros), o projeto de sistemas de ancoragem otimizados, feitos de materiais leves, também será um desafio.
“Tais estruturas serão estratégicas para o transporte marítimo como fonte de energia renovável. As FOWTs geralmente estão em águas mais profundas, onde as velocidades do vento são mais altas e os ventos são mais constantes. Pequenos aumentos na velocidade do vento podem levar a uma produção de energia muito maior”, observa Sundaram. (ecodebate)

Chesf abre chamada pública para projetos de minigeração fotovoltaica

Chesf abre chamada pública para projetos de minigeração fotovoltaica com armazenamento de energia por baterias.
Propostas deverão ser enviadas até as 23h59 de 28/02/2020.
A Chesf – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco acaba de abrir Chamada Pública de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para Minigeração Fotovoltaica com armazenamento de energia por baterias. Nesse caso, as baterias funcionarão como fonte autônoma de suprimento dos serviços auxiliares de subestações 230/500 kV.
Para esclarecimentos sobre a Chamada Pública e Nivelamento dos Procedimentos para Elaboração do Projeto, a Chesf realiza um workshop em 20/01/20.
As propostas de projetos deverão ser enviadas pelos interessados até as 23h59 do dia 28 de fevereiro de 2020.
Depois disso, os projetos serão apresentados entre os dias 6 e 08/04/20 e a fase de análise ocorrerão entre 22 e 30/04/20. A divulgação das propostas selecionadas será em 04/05/20. O edital dessa Chamada Pública está disponível no site da companhia.
Segundo a empresa, o Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Chesf está orientado no sentido de obter inovações que apresentem soluções aos desafios tecnológicos e de mercado e que possibilitem a capacitação da empresa na busca de novos processos ou produtos. O Programa desenvolve-se mediante a execução de projetos com instituições de pesquisa e desenvolvimento e fabricantes.
Em seu site, a empresa explica que seu processo de captação de ideias de projetos inicia-se com o levantamento das demandas (ideias) junto aos profissionais da companhia e depois são submetidas à análise do Comitê de P&D+I da Chesf. A etapa final é a aprovação da diretoria.
São considerados, também, os projetos que representam a continuidade de pesquisas anteriores, de forma a viabilizar o ciclo completo da cadeia de inovação. Além dos projetos de pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental, a Chesf visa principalmente o desenvolvimento de projetos nas fases de cabeça de série, lote pioneiro e inserção no mercado, explorando todo o potencial do investimento na busca da criação de valor para seu negócio e também para a sociedade, contribuindo na geração de novos negócios, na formação de empresas e consequentemente na criação de empregos.
Após o processamento inicial, a demanda é então publicada na internet, no Portal da Chesf (Canal Inovação) através de uma Chamada Pública. Os documentos das Chamadas Públicas buscam orientar as entidades de pesquisa na elaboração dos projetos, constando todas as orientações, premissas e objetivos que devem ser considerados para formatação da proposta de projeto, além dos critérios de avaliação e forma de submissão. (portalsolar)

Usinas de biogás crescem 40% em 2019

Usinas de biogás crescem 40% em 2019, diz associação.
Projeção do setor é de investimentos de cerca de R$ 50 bilhões até 2030 na esteira do Renovabio e a perspectiva de comercialização de CBIOs.
A Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) registrou 400 usinas de biogás em operação ao final de 2019, o que representou um crescimento de 40% em relação ao ano passado. Os investimentos somam R$ 700 milhões, segundo balanço divulgado em 13/01/20. Segundo os cálculos da entidade, o potencial de produção do biogás, intercambiável com o gás natural encerrou o ano passado em 50,4 bilhões de m³/ano, contabilizando todo o resíduo produzido pela agroindústria e saneamento.
Este volume, estima, seria suficiente para suprir 70% da demanda de diesel no país. Hoje, o biogás corresponde a menos de 1% da matriz energética brasileira, o que, para a associação, demonstra que existe uma margem gigantesca para o crescimento.
Para o presidente da Abiogás, Alessandro Gardemann, o RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis), que prevê a comercialização de Certificados de Descarbonização (CBIOs) a partir deste mês, vai impulsionar a indústria do biogás. Ele se diz otimista para 2020 por conta do início da comercialização dos certificado e toda a movimentação mapeada no cenário do biogás. A expectativa é de que expansão este ano seja o dobro da registrada em 2019. A projeção de investimentos é de cerca de R$ 50 bilhões até 2030.
O vice-presidente da associação, Gabriel Kropsch, acredita que haverá um incentivo ainda maior para o investimento em novas unidades de produção ano que vem com o início do RenovaBio. Ele lembra que desde a regulamentação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) da produção de biometano, em junho/2017, vários projetos começaram a ser desenvolvidos. Então, avalia, este volume só tende a crescer.
O Novo Mercado de Gás, programa lançado pelo governo em meados de 2019, trouxe uma nova perspectiva para as empresas de biogás, que se posicionaram como complementares ao gás natural, com foco na interiorização do energético.  De acordo com o presidente da associação, a abertura dos dutos para comercialização do gás natural se restringe à Costa, já que o Brasil possui uma malha de distribuição reduzida. No interior, a solução para estimular o desenvolvimento econômico, levando o gás natural para centros industriais, virá por meio do biogás, pois pode ser produzido próximo ao local de consumo, sem grandes investimentos como na construção de gasodutos.
Produção de energia elétrica a partir do biogás cresce no Brasil.
Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgados no último Fórum do Biogás, mostram, ainda, que o setor sucroenergético apresenta o maior potencial para a expansão do biogás, três vezes maior que o da agricultura e oito vezes maior que do saneamento, embora, hoje, 70% da produção nacional tenha origem neste último. (canalenergia)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Cadeira de rodas movida a energia solar

Cadeira de rodas movida a energia solar é nova aposta para usuários aproveitarem a praia.
Rodas do veículo não afundam e possuem bateria alimentada por sistemas fotovoltaicos que chegam a durar sete horas
Um estudante do Instituto Federal do Rio Grande do Norte desenvolveu uma cadeira de rodas elétrica adaptada para a praia, movida a energia solar. O produto foi nomeado de Crab, palavra em inglês que significa caranguejo, numa referência à habilidade do animal de andar na areia. O veículo foi criado pelo estudante Iago Souza com apoio da colega Maraysa Araújo e dos docentes Artur Salgado e João Teixeira.
O Crab tem capacidade para transportar uma cadeira de até 80 quilos. A bateria é alimentada por energia solar e chega a durar sete horas. Para isso, o modelo da cadeira de rodas é diferente do convencional, que tem rodas finas e logo afundam. O novo veículo tem seis rodinhas largas com um sistema de tração. A cadeira de rodas sobe na plataforma do Crab por uma rampa e é possível “dirigir” o veículo usando um controle remoto.
Duas vezes por ano, o primeiro protótipo em escala real produzido faz demonstrações na orla de Natal levando os cadeirantes até a faixa de areia próxima ao mar.
O projeto foi criado após os estudantes ouvirem o relato sobre as dificuldades de um cadeirante da cidade de Natal (RN) para ir à praia. O diretor de Inovação Tecnológica do campus Natal-Zona Norte do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, João Teixeira, destaca que o grande diferencial do Crab é devolver a autonomia para quem tem dificuldade de locomoção.
“Esse projeto mostra a expansão das possibilidades do mundo dos cadeirantes. Eles têm dificuldade de locomoção, de ter acesso a lugares, algo que deveria ser um direito garantido. É necessário que haja políticas públicas que possibilitem levá-los a lugares onde há dificuldade de acesso, como é o caso da praia”, disse Teixeira.
Agora a missão é tornar o Crab acessível a outras praias do País, por meio de parcerias ou pelo aumento de produção do veículo em outras unidades. “A ideia é ter o apoio de instituições e do governo, para que possamos desenvolver esse veículo em maior quantidade e disponibilizar nas praias do Brasil”, explicou.
Protótipo
Apresentado no Brasil e no exterior, o projeto Crab recebeu prêmios, na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, em São Paulo, e na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia, no Rio Grande do Sul, além de garantir a primeira colocação na Infomatrix, feira realizada no México. (portalsolar)

Autoprodução de energia elétrica é tendência no País

Novas tecnologias, preocupação com sustentabilidade e acesso a fontes renováveis tornam a autoprodução cada vez mais atrativa
O número de empresas adeptas à autoprodução de energia elétrica no Brasil é cada vez maior. Os principais motivos que impulsionam essa iniciativa é o menor custo oferecido por fontes renováveis, como solar e eólica, e a preocupação com a sustentabilidade. Nos últimos anos, o custo da energia elétrica no mercado regulado no Brasil teve grandes aumentos devido a uma série de fatores, dentre eles, a forte dependência da matriz energética nacional pela fonte hídrica, que não consegue suprir toda a demanda de energia do país.
Por esse motivo, além da restrição para a construção de novos projetos hidrelétricos, a chegada do mercado livre de energia há 15 anos reduziu o fôlego das empresas pela autoprodução de energia. O Mercado Livre, que traz a possibilidade de negociação direta com os geradores ou comercializadores, foi uma alternativa para a compra mais barata da energia. 
Hoje, as novas tecnologias têm atraído a autoprodução de energia. Segundo o Balanço Energético Nacional (BEN), há 249 agentes autoprodutores de energia, que juntos produziram 101,2 TWh em 2019.  A Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape) reúne 8 GW de capacidade instalada, considerando apenas os seus associados. No entanto, recentemente o setor elétrico tem vivido uma nova onda de investimentos em autoprodução em grande e pequena escalas.
Na autoprodução, um consumidor investe na construção de uma usina, assumindo todos os riscos que envolvem projetos desse porte. A principal vantagem em realizar esse tipo de investimento é deixar de pagar encargos setoriais que oneram a tarifa de energia e fogem da gestão das empresas. Outra vantagem é que a energia não consumida pode ser vendida no mercado, gerando uma receita adicional fora do core business das empresas. Esse tipo de investimento foi muito comum no passado, mas em hidrelétricas.
Agora, com as renováveis, os geradores têm buscado vender cotas de usinas para os consumidores finais. A vantagem desse arranjo é que o gerador garante uma receita que justifica o investimento na construção de uma nova usina. Já o consumidor não arca mais com o risco e com o trabalho de administrar uma usina.
A energia solar, por exemplo, que é inesgotável, limpa e renovável, tem atraído grandes e pequenas empresas. Essa é uma das apostas da Ambev que tem como meta até 2025 consumir 100% da sua energia elétrica de fontes renováveis e reduzir em 25% as emissões de carbono em toda a sua cadeia de valor. 
A energia solar e outros projetos eólicos vão suprir 65% da meta. Para o restante, a companhia firmou parceria com o fundo de investimento Casaforte para a construção de uma usina eólica de 80 MW na Bahia. O contrato de R$ 600 milhões vai permitir a compra de energia por 15 anos atendendo 100% das fábricas da Budweiser e 100% das unidades fabris do Nordeste.
A Ambev também anunciou a construção de 31 usinas solares de geração distribuída para abastecer cerca de 100 centros de distribuição pelo país. O contrato da cervejeira com quatro empresas será de 10 anos no valor de R$ 140 milhões. Cada uma investirá R$ 51 milhões nas 31 plantas.
A Brasken também avalia investimentos em fontes renováveis e já firmou um contrato de 20 anos com a francesa EDP no valor de R$ 400 milhões para a construção de uma usina eólica de 33 MW no Complexo Folha Larga, na Bahia.
Segundo o diretor de Energia da Brasken, a autoprodução torna a empresa mais competitiva, mas também há um maior risco já que a companhia assume a gestão do ativo. (portalsolar)

Energia renovável acelera desativação de reatores na Europa

Dois reatores nucleares que abasteciam residências e fábricas na Suécia e Alemanha foram paralisados em dezembro, após 44 anos de operação.
Em dezembro de 2019, dois reatores nucleares que abasteciam residências e fábricas na Suécia e Alemanha encerraram permanentemente a produção de eletricidade. Um dos reatores paralisados foi o Ringhals-2, da Vattenfall, na Suécia, com 44 anos de operação. Segundo informações da Bloomberg, as energias renováveis, como solar e eólica, atropelaram o modelo de investimento em energia elétrica tradicional na Europa. Com isso, a unidade da maior empresa elétrica da Escandinávia não gerava lucro, terminando na paralisação dos reatores.
Mais um efeito da transição energética impulsionada pelas renováveis foi na Energie Baden Wuertenberg, base da indústria de ponta no Sul da Alemanha, que, segundo a Bloomberg, está encerrando as atividades do reator Philippsburg-2, um dos maiores do país, responsável por abastecer enormes fábricas automotivas desde meados da década de 1980.
Na Alemanha, a chanceler Ângela Merkel decidiu desativar definitivamente as usinas nucleares até 2022 (dez reatores foram fechados desde 2011), após o acidente nuclear de Fukushima. Apesar desse desastre, a unidade não tinha previsão de ser fechada, até chegar a oferta imperdível de energia eólica e solar no país, o que antecipou a decisão.
Por outro lado, a Suécia ainda debate o futuro da energia atômica. No caso dos reatores Ringhals, enquanto três partidos apoiaram uma proposta para a continuação de suas operações que deveriam fechar em 2019 e 2020, quatro partidos da oposição queriam que a estatal Vattenfall suspendesse o encerramento das operações. De acordo com a Vattenfall, a decisão de descomissionamento foi motivada por questões comerciais.
Outro reator, de menor porte na Suíça, também foi permanentemente fechado em dezembro. Muhleberg foi a primeira estação atômica a ter atividades encerradas no país. O fechamento foi anunciado em 2015, quando a BKW informou que o descomissionamento seria o maior projeto da concessionária desde que a unidade começou a gerar energia, em 1972. (portalsolar)

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Renováveis reduz em 97% o consumo d’água na geração elétrica

Renováveis podem reduzir em 97% o consumo de água na geração elétrica mundial.
Além do seu papel fundamental na descarbonização do setor elétrico mundial, as fontes de energia renováveis também ajudariam a reduzir o seu consumo de água em até 97%.
É o que mostra o resultado de um estudo feito por um time de pesquisadores da Universidade de tecnologia da Lappeenranta, na Finlândia, e divulgado na revista Nature Energy.
De acordo com o estudo, para produzir os mesmos 1 megawatt-hora (MWh) de energia, a tecnologia fotovoltaica consome entre 2% e 15% da água utilizada por usinas nucleares e a carvão.
Turbinas eólicas, por sua vez, consomem entre 0,1% e 14% dessa mesma quantidade.
Segundo os pesquisadores, essa demanda insignificante de água representa um ganho duplo para as tecnologias renováveis, que já apresentam quase zero emissões de CO2 na geração.
Para o estudo, o time coletou dados de 13.863 usinas termoelétricas acima de 50 Megawatts (MW) de capacidade, que juntas somaram mais de 4,1 Gigawatts (GW).
Isto representa mais de 95% da geração térmica mundial, disseram os pesquisadores, que utilizaram essa informação para traçar projeções do consumo de água no setor elétrico mundial dentro do período 2015-2050.
Caso o melhor cenário de políticas fosse adotado, o estudo afirma que o consumo de água na geração elétrica mundial poderia ser reduzido em 75,1% até 2030, em relação aos níveis de 2015.
Para 2050 essa redução poderia chegar a 97,7%, mas exige que muitas termelétricas nucleares e por combustão fóssil sejam desativadas e substituídas por fontes de geração limpas.
No entanto, o estudo revela que o gás natural continuará crescendo em regiões como a China, Coréia do Sul e Rússia, onde o consumo de água deverá permanecer grande.
Em 2015, os Estados Unidos foi o maior consumidor de água para geração de energia convencional, com uma participação mundial de 35,7%, seguidos pela China com 31,5%.
Os pesquisadores concluem que água poupada pelas fontes renováveis poderia ser destinada para a produção de alimentos ou para o cultivo de ecossistemas aquáticos. (ecodebate)

Fernando de Noronha terá apenas veículos elétricos em 2022

Governador Paulo Câmara sancionou Lei que proíbe entrada e circulação de carros a combustão na ilha até 2030.
A partir de 2022, apenas carros elétricos poderão entrar no arquipélago de Fernando de Noronha. A decisão deriva da Lei sancionada pelo governador do Pernambuco, Paulo Câmara, em 07/01/2020, que proíbe não só a entrada de carros a combustão, mas também a circulação desses veículos na ilha a partir de 2030. A regulamentação, cunhada de Noronha Carbono Zero, refere-se a meios de transporte que emitam dióxido de carbono, sejam movidos a gasolina, álcool ou óleo diesel.
Em seu discurso, Câmara destacou que o programa coloca a ilha como o primeiro lugar no Brasil a banir carros a combustão, garantindo uma política que será importante para a preservação do meio ambiente e chamando atenção para a conscientização do papel do cidadão nessa tarefa. “Já havíamos adotado o Plástico Zero em Fernando de Noronha e, agora, avançamos para, de forma gradativa, assegurar a circulação de veículos não poluentes no arquipélago. Seguiremos buscando sempre alternativas para garantir um futuro mais sustentável”, declarou.
A nova legislação não se aplica a embarcações, aeronaves, tratores e outros veículos automotores assemelhados, cuja finalidade é puxar ou arrastar maquinaria, executar trabalhos de construção ou de pavimentação, serviços portuários e aeroportuários.
Em junho do ano passado foi fechada uma parceria com a Renault no Brasil para a implantação de uma frota eletrificada. Atualmente, seis veículos de três modelos estão sendo utilizados pelo distrito. A gestão também firmou acordo com o Centro Brasil no Clima (CBC), a Plataforma Circularis – rede colaborativa de incentivo à economia circular – e com o Sinspire – hub de inovação, cultura e sustentabilidade -, durante a Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC), realizada no Bairro do Recife em novembro do ano passado.
Além disso, foi divulgada no início de dezembro a lista preliminar com cem contemplados com a autorização ecológica, que dará direito ao frete social, sem custo algum para o requerente, apenas para primeira entrada do veículo elétrico na ilha, para o transporte de carros elétricos do continente até o arquipélago. (canalenergia)

Salvador terá terminal de aeroporto abastecido com energia solar

Meta do Salvador Bahia Airport é suprir 30% do consumo atual de energia do terminal de passageiros, além do seu compromisso com a sustentabilidade. 
Em breve, o Salvador Bahia Airport, integrante da rede Vinci Airports, será abastecido por energia solar. Uma usina solar está sendo instalada na pista do aeroporto, tornando-se o primeiro do país a ter um terminal abastecido por sistemas fotovoltaicos. 
O total investido não foi divulgado, mas a previsão é que, quando entrar  em operação, a usina solar vai suprir mais de 30% do consumo atual do terminal de passageiros, o equivalente ao abastecimento de 3.800 casas populares Em relação à contribuição ambiental, o sistema de energia fotovoltaica vai reduzir em  30% a emissão de carbono do local, o que equivale a 690 toneladas ao ano.
“O desenvolvimento sustentável é o nosso compromisso, e orienta todas as nossas ações. Investimos em inovações tecnológicas para aprimorar nossos processos e engajar nossos colaboradores em prol da sustentabilidade”, comenta o gerente de Meio Ambiente do Salvador Bahia Airport, Rodrigo Tavares.
Um dos pontos mais importantes dos painéis solares instalados, segundo o coordenador de Instalações do aeroporto, Frederico Mascarenhas, é a tecnologia antirreflexo, diminuindo riscos de interferência com as aeronaves, além de ser capazes de suportar fortes ventos. “A previsão é que a usina entre em operação no final de fevereiro”, afirma.
Além de representar uma economia no consumo de energia elétrica do terminal, a adoção da energia solar no aeroporto baiano integra o seu compromisso com a sustentabilidade, alinhado à Air Pact, estratégia ambiental global da rede Vinci Airports. O grupo já tem outros aeroportos usando a captação de energia solar e aplicam nas suas operações, a exemplo do Nuevo Pudahuel, em Santiago no Chile.
A iniciativa também atende a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do Milênio, agenda global da Organização das Nações Unidas que visa metas para ampliação do acesso a energias limpas e sustentáveis até 2030. No âmbito internacional, as ações sustentáveis realizadas pela Vinci Airports na capital da Bahia têm chamado atenção. O Salvador Bahia Airport foi reconhecido como um “aeroporto verde” durante a última assembleia do Conselho Internacional de Aeroportos – América Latina e Caribe e recebeu o certificado de acreditação de carbono.
Na região Norte e Nordeste, o aeroporto foi o primeiro a receber, em janeiro de 2019, a certificação ACA (Airport Carbon Accreditation), concedida pela organização Airport Council International (ACI) em nível 1, que avalia e reconhece os esforços de redução de gases de efeito estufa gerados pelos aeroportos. Agora, a meta é obter o nível 2 da certificação e reciclar 100% dos resíduos gerados.
Além da energia solar, o aeroporto tem realizado ações para neutralizar suas emissões de carbono e contribuir para a sustentabilidade do planeta. Entre elas estão: estabelecer uma política ambiental, adotar o conceito de Economia Circular, construir uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), uma Central de Resíduos e um sistema de reuso de água, implantar um programa de gerenciamento de fauna e substituir equipamentos variados por outros mais modernos e mais eficientes. (portalsolar)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Energia solar gera aos brasileiros 3 vezes mais benefícios do que custos

Energia solar gera três vezes mais benefícios do que custos aos brasileiros.
Setor rebate cálculos incompletos da Aneel e Ministério da Economia, incluindo na análise os ganhos para consumidores e sociedade.
Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em dados oficiais dos órgãos de governo, mostra que os benefícios proporcionados pela energia solar na geração distribuída ajudam todos os consumidores brasileiros e a economia do País.
As análises da entidade apontam que, para cada R$ 1 investido em sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio portes usados para abastecer residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, o setor devolve mais de R$ 3 em ganhos elétricos, econômicos, sociais e ambientais aos brasileiros.
O cálculo foi feito a partir dos dados de investimentos realizados na área desde 2012, levando em consideração os incrementos de arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais decorrentes desses aportes e a geração de novos empregos e renda no País com os negócios e projetos desenvolvidos no período, entre outros importantes indicadores. Tais atributos, ressalta a entidade, foram deixados de fora da conta tanto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quanto pelo Ministério da Economia.
Desde 2012, os consumidores brasileiros já investiram mais de R$ 8,4 bilhões em sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica. Os investimentos privados da população acrescentaram uma potência de mais de 1,9 gigawatt (GW) operacional, espalhado em mais de 70% dos municípios brasileiros. Só em 2019, a ABSOLAR calcula que o segmento criou 92 postos de trabalho por dia no País. No acumulado, já são mais de 100 mil empregos.
Estes sistemas ajudam a aliviar a operação da matriz elétrica brasileira, economizando água das hidrelétricas e reduzindo o uso de termelétricas caras e poluentes, trazendo economia mesmo aos cidadãos que nunca investiram na energia solar.
“Importante destacar que o dinheiro economizado na conta de luz do consumidor de energia solar é reinjetado na economia e ajuda a movimentar os setores de comércio e serviços, aquecendo a atividade econômica local. Surpreendente que o Ministério da Economia não tenha feito uma conta sequer sobre estes e outros benefícios para a economia do nosso País. A quem interessa este tipo de conta incompleta?”, indaga Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
Comunicado à imprensa
Caso as regras vigentes sejam mantidas, a ABSOLAR projeta que a geração distribuída solar fotovoltaica pode acrescentar mais de R$ 13,3 bilhões em benefícios líquidos para todos os consumidores do setor elétrico até 2035. Os benefícios incluem ganhos pela energia evitada, diminuição de perdas de transmissão e distribuição e redução de contratação de novas usinas de geração.
Por isso, a entidade defende que todos os benefícios da geração distribuída solar fotovoltaica devam ser devidamente valorizados. “É chegada a hora, portanto, do Brasil fazer as contas completas e estabelecer um marco legal transparente, estável, previsível e justo, que acabe com a insegurança jurídica que paira sobre o mercado. O Executivo e o Congresso Nacional se mostraram sintonizados com os anseios de 93% dos brasileiros, que querem gerar energia limpa e renovável em seus telhados”, comenta Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.
“As análises devem incluir, por exemplo, a postergação de investimentos em transmissão e distribuição de eletricidade, alívio das redes pelo efeito vizinhança, geração de emprego e renda, diversificação da matriz elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa, entre diversos outros benefícios que superam, em muito, quaisquer eventuais custos da geração distribuída”, conclui Sauaia. (portalsolar)

Petrobras avaliará futuro investimento em solar e eólica

Queda no uso do carvão e aumento das renováveis
Geração elétrica mundial 2019: queda no uso do carvão e aumento das renováveis.
Em 2019, a geração de energia mundial deve registrar queda no uso do carvão e o oposto aumento no uso de fontes de energias renováveis.
A informação consta no novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), Coal 2019 (Carvão 2019), divulgado este mês e que apresenta estimativas para 2024.
Segundo a IEA, a produção elétrica pela queima do carvão deverá registrar queda histórica de 2,5% este ano, o equivalente a mais de 250 Terawatts-hora (TWh) de energia.
Os maiores catalisadores dessa mudança são os EUA e Europa, que apresentaram quedas de dois dígitos na sua demanda pelo mineral.
No entanto, a IEA ressalta que esse resultado não marca necessariamente uma tendência na queda do carvão, que deverá continuar crescendo de forma modesta pelos próximos 5 anos.
Para 2024, a agência também estima uma queda da participação do carvão na geração elétrica mundial, dos atuais 38% para 35%, o que ainda fará dele a maior fonte de energia no mix.
Nos últimos anos, a queda dos preços das tecnologias renováveis, em especial a da energia solar fotovoltaica, as políticas ambientais em torno de fontes limpas e a oposição pública contra o carvão puxaram a sua queda em diversos países do mundo.
Na Europa e nos EUA, por exemplo, o relatório mostra que a geração de energia pela queima do carvão declinou a níveis nunca vistos em décadas.
Segundo a IEA, essa tendência deverá se manter até 2024, embora devagar, a menos que as mudanças climáticas aumentem a pressão pelo abandono do carvão ou que o gás natural atinja preços abaixo do esperado.
Mas a agência ressalta que, em última análise, as tendências globais dependerão amplamente da China, onde metade do carvão do mundo é produzido e consumido.
“As energias solar e eólica estão crescendo rapidamente em muitas partes do mundo. A capacidade de energia de carvão fora da Ásia está claramente em declínio e continuará assim pelos próximos anos”, disse Keisuke Sadamori, diretor de mercados e segurança de energia da IEA.
“O cenário global, no entanto, não mudou muito. O carvão está desaparecendo em muitas economias avançadas, mas permanece resiliente e continua a crescer na Ásia em desenvolvimento.”, conclui Sadamori. (ecodebate)

CPFL instala usina solar em hospital em São Paulo

Expectativa é que o hospital possa economizar até 190 MWh/ano.
O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, em Jundiaí, ganhou da CPFL Piratininga uma usina solar com 138 kWp de capacidade. Ao todo, a distribuidora investiu R$ 735 mil, por meio do Programa de Eficiência Energética – CPFL nos Hospitais. A entrega da usina foi realizada em 07/01/2020.
Segundo Rafael Lazzaretti, diretor de Estratégia e Inovação da CPFL Energia, a iniciativa visa aliviar a conta de energia da instituição ao reduzir os gastos com a fatura de energia elétrica, melhorando a gestão da unidade. A economia vai garantir investimentos em outras áreas, melhorando o atendimento e beneficiando toda a comunidade. “O CPFL nos Hospitais está alcançando um marco no Brasil, realizando o maior investimento já registrado em energia solar fotovoltaica dentro do Programas de Eficiência Energética”, afirma.
A expectativa é que o hospital possa economizar até 190 MWh/ano. O volume seria suficiente para abastecer cerca de 79 famílias no período de um ano, considerando um consumo mensal de 0,2 MWh/ano por residência.
CPFL ajuda cinco hospitais da região a reduzirem a conta de energia, inclusive de Olímpia.
A CPFL Energia e o Instituto CPFL lançaram o Programa CPFL nos Hospitais, iniciativa que ajuda instituições públicas e filantrópicas a reduzirem suas contas de energia elétrica. Em 2019, os investimentos somaram R$ 20,8 milhões e beneficiaram os hospitais do Instituto do Câncer de Barretos (SP), Santa Casa de Ourinhos (SP), Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP), Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS) e Fundação Hospitalar Educacional e Social de Portão (RS).
Segundo Matheus Gomes, superintendente do hospital São Vicente de Paulo, a parceria teve início em 2017. Ele lembra que quando o hospital foi assumido havia uma dívida com a CPFL da ordem de R$ 1,8 milhão, de 2016. “Negociamos o pagamento em 60 meses e pedimos para que o hospital fosse incluído no programa de Eficiência Energética. Já pagamos 30 parcelas e a economia que teremos com a usina, irá nos ajudar a quitar as outras 30 restantes”, explicou.
De acordo com Gomes, a unidade tem investido em outras iniciativas com foco em sustentabilidade. O hospital está investindo em placas de aquecimento solar que serão usadas no aquecimento da água dos chuveiros dos quartos, na substituição das torneiras para reduzir o uso de água, implementando a assinatura eletrônica que irá reduzir o consumo de papeis e outras iniciativas neste sentido.
“Estimamos que, quando todos estes projetos estiverem em prática, conseguiremos ter uma economia de R$ 40 mil mensais para o hospital”, acrescentou. (canalenergia)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Bolsonaro reforça posição contrária à taxação da energia solar

Em vídeo divulgado esta semana, presidente disse que já alinhou com os líderes da Câmara e do Senado um Projeto de Lei em regime de urgência para tratar da matéria.
O Presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo direcionado a todos os brasileiros em 05/01/20, sobre sua posição contrária à taxação da energia solar. Segundo ele, “no que depender da Presidência da República não haverá taxação da energia solar e ponto final”.
“Ninguém fala no governo a não ser eu sobre essa questão. Não me interessa parecer de secretário, seja quem for. A intenção do governo é não taxar. Agora que fique bem claro que quem decide essa questão é a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. É uma agência autônoma e não tenho qualquer ingerência sobre ela. A decisão é deles, mas que fique claro que nós do governo não discutiremos mais esse assunto.”
E reforça: “A taxação da energia solar do que depender do Presidente Jair Bolsonaro e de seus ministros é não!”
O presidente ainda publicou, em sua conta no Facebook, que conversou com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, para garantir a tramitação de um projeto de lei em regime de urgência nas duas Casas proibindo a taxação da energia solar fotovoltaica no país.
A Aneel recebeu centenas de contribuições em sua consulta pública, iniciada em outubro de 2019 e finalizada em 30/12/19, sobre a revisão da Resolução Normativa 482, visando mudanças nas regras de geração distribuída, que inclui a taxação pelo uso do fio. 
A proposta da Aneel é a taxação de cerca de 60% para o setor de energia solar na geração distribuída no Brasil. Até agora, as entidades da área apresentaram sugestões e contribuições em um documento com cerca de 160 páginas, além da intensa mobilização e discussões na sociedade e no Congresso.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), no Brasil, a geração distribuída solar fotovoltaica ainda está em fase de desenvolvimento inicial. Atualmente, dos mais de 84,4 milhões de consumidores cativos brasileiros atendidos pelas distribuidoras de energia elétrica, apenas de 170 mil (menos de 0,2%) possuem a tecnologia. (portalsolar)