quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Tesla pretende reinventar indústria dos caminhões com modelo elétrico

A Tesla, que já tem entre seus objetivos reinventar o automóvel e o modo como a energia é gerada para as residências, embarcou em uma nova aventura: reconstruir a indústria dos caminhões.
Na semana passada, o presidente-executivo da empresa, Elon Musk, apresentou o protótipo de um caminhão elétrico, praticamente autônomo e que, a empresa promete, vai ter um custo de operação menor do que os seus rivais movidos a diesel.
Ele afirmou que, com uma única carga, o veículo será capaz de rodar 800 quilômetros, uma autonomia superior à esperada por analistas e capaz de atender boa parte das rotas típicas de entrega.
O caminhão elétrico de grande porte desenvolvido pela Tesla; produção deve começar em 2019.
As promessas de Musk não param aí. Segundo ele, o veículo, sem o reboque, vai de zero a cem quilômetros em cinco segundos -carregando até 36 toneladas, a meta é atingida em 20 segundos, menos de um terço do obtido por caminhões a diesel.
Ele disse que espera que a produção do caminhão comece no fim de 2019.
O executivo não anunciou o preço do novo veículo, mas já indicou que não será barato. "As coisas da Tesla são caras", afirmou Musk, que, segundo a revista "Forbes", tem uma fortuna de US$ 19,7 bilhões, a 54ª do mundo.
Mas ele também disse que o caminhão elétrico será mais barato para operar, em parte porque tem menos componentes que exigem manutenção regular, como eixo de transmissão ou motor.
Em lugar disso, o caminhão, chamado de Tesla Semi, é alimentado por uma bateria gigante que fica embaixo da cabine. Ele tem dois eixos traseiros, cada um equipado com dois motores elétricos, um para cada roda.
De acordo com Musk, o caminhão da empresa vai ter um custo de operação de US$ 0,78 por quilômetro (R$ 2,54 pela cotação atual), ante US$ 0,94 dos movidos a diesel (R$ 3,06).
O custo pode cair ainda mais, segundo a empresa, para US$ 0,53 (R$ 1,72), se os caminhões andarem em comboio, reduzindo o arrasto do vento. "Vai superar o [custo] do trem", afirma Musk.
Design
Como costuma acontecer com a Tesla, o caminhão da empresa tem mudanças drásticas em relação ao padrão adotado pela indústria.
A cabine tem espaço suficiente para que motorista e passageiro fiquem de pé. O banco do motorista fica no centro da cabine, e não do lado esquerdo. Ele tem duas telas de vídeo do tamanho de um laptop que mostram informações de navegação, assim como imagens de pontos cegos e de outras áreas do veículo.
Ele será equipado com sensores, câmeras e processadores que permitirão aos motoristas usar uma versão do Autopilot, o sistema de direção assistida que já aparece em carros da Tesla como o Model S e o recém-lançado Model 3.
O Autopilot é capaz de, automaticamente, conduzir, acelerar e frear para outros veículos e obstáculos. Mas os motoristas precisam ficar atentos ao que acontece na estrada e manter as mãos no volante enquanto utilizam o sistema da montadora.
Desafios
A Tesla pode ter dificuldades caso não consiga cumprir a sua promessa de autonomia de 800 quilômetros com uma única carga de bateria.
Analistas do banco de investimento Bernstein estimavam, antes do lançamento. que o caminhão da Tesla teria uma autonomia de 480 a 720 quilômetros. Para eles, essa capacidade seria uma "restrição significativa".
Musk afirmou que a empresa prevê a construção de uma rede de supercarregadores por todo os EUA e em outros países. Ele deu poucos detalhes, mas disse que eles seriam alimentados por energia solar. "O seu caminhão vai estar rodando com a luz do sol."
A promessa de construir caminhões elétricos acontece em um momento em que a empresa enfrenta diversos desafios com a divisão de carros.

O novo Model 3, o carro mais barato da montadora, passou por uma série de atrasos. Quando a produção teve início em julho em unidade na Califórnia, Musk disse que esperava que ela chegasse a 20 mil veículos por mês até o fim deste ano -a companhia só conseguiu fabricar 260 unidades até setembro. (biodieselbr)

Shell compra rede de recarga de veículos elétricos

Shell investe em mobilidade elétrica com a compra de rede de recarga de veículos elétricos
A petroleira Royal Dutch Shell (RDSa.L) fechou acordo para comprar a holandesa NewMotion, dona de uma das maiores redes de recarga de carros elétricos da Europa, no primeiro negócio da companhia na área de mobilidade elétrica, um segmento que especialistas apostam que deve crescer rapidamente.
A Shell disse que a NewMotion, que controla mais de 30 mil pontos de carga para veículos elétricos na Europa Ocidental e oferece acesso a outros milhares de pontos, irá operar em paralelo com seu programa de desenvolver pontos de recarga rápida em todos seus postos com energia sustentável e renovável.
“São produtos complementares. Um é para carga rápida em postos, e outro é visa cargas em um ritmo mais lento, nos locais de trabalho ou em casa. Neste estágio, não há planos para integrar os dois”, disse a jornalistas o vice-presidente de novos combustíveis da Shell, Matthew Tipper.
A Shell está instalando postos para carregamento de veículos elétricos em seus postos de varejo na Grã-Bretanha, na Holanda, na Noruega e nas Filipinas.
A NewMotion, fundada em 2009, tem mais de 100 mil usuários registrados de seus serviços de recarga na Europa, e oferece acesso a todos seus postos próprios de carga, bem como a outros 50 mil estações parceiras.
O negócio ocorre em um momento em que há expectativa de um significativo crescimento na demanda por carros elétricos nas próximas décadas. O Morgan Stanley estima que entre 1 milhão e 3 milhões de pontos públicos de recarga devem ser necessários na Europa Ocidental até 2030, ante menos de 100 mil existentes atualmente.
O setor tem cada vez mais chamado a atenção de petroleiras, que sabem que o negócio pode ameaçar parte de seus negócios de distribuição. A BP, rival da Shell, disse em agosto que está em conversas com produtores de veículos elétricos para uma parceria que visará oferecer estações de carga em seus postos. (ambienteenergia)

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Maior parque solar fotovoltaico em operação no Brasil

Maior parque solar fotovoltaico em operação no Brasil entra em operação.
O parque solar Lapa, considerado o maior parque solar fotovoltaico em operação no Brasil, entrou em operação dia 05/06/17. Localizado em Bom Jesus da Lapa (BA), o parque é composto por duas usinas, com capacidade instalada total de 158 megawatts. A operação do parque é da Enel Green Power, subsidiária brasileira do grupo italiano Enel.
Lapa está localizada em uma área com altos níveis de radiação solar e, de acordo com a Enel, é capaz de gerar cerca de 340 gigawatts de energia por ano. A energia é suficiente para atender às necessidades anuais de consumo de energia de mais de 166 mil lares brasileiros, evitando a emissão de cerca de 198 mil toneladas de CO2 na atmosfera.
A Enel investiu cerca de US$ 175 milhões na construção do parque solar. O projeto foi concedido ao grupo em agosto de 2015 no leilão de reserva feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica e o contrato de fornecimento é de 20 anos. (ambienteenergia)

Poluição do ar reduz o potencial de geração da energia solar

Poluição do ar reduz o potencial de geração de energia solar na China.
A China está expandindo rapidamente seu fornecimento de energia solar, esperando satisfazer 10% das necessidades de eletricidade do país com energia solar até 2030. Mas há um problema: a severa poluição do ar está bloqueando a luz do sol, reduzindo significativamente a produção da energia solar, particularmente nas partes norte e leste do país.
Esta questão é pior no inverno, quando – de acordo com pesquisas da Universidade de Princeton – a poluição do ar nessas regiões bloqueia cerca de 20% da luz solar que chegaria às matrizes do painel solar, em média. Isso faz com que o efeito da poluição atmosférica no inverno, sobre a produção de energia solar, seja tão significativo como o das nuvens, que há muito tem sido considerado o principal impedimento para a produção de energia solar.
Publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo mostra que, nas áreas mais poluídas do norte e leste da China, a poluição por aerossóis está reduzindo o potencial de geração de eletricidade solar em até um quilowatt-hora por metro quadrado por dia, ou até 35%. Isso é suficiente para alimentar uma aspiradora por uma hora, lavar 12 quilos de roupa ou trabalhar em um laptop por até 10 horas.
A combustão de combustíveis fósseis aumenta as concentrações de aerossóis na atmosfera. Outros pesquisadores reconheceram que esses aerossóis, que incluem sulfato, nitrato, partículas de carbono preto e compostos orgânicos, estão contribuindo para o escurecimento solar em grandes partes da China. Mas nenhuma pesquisa anterior calculou apenas quanto os aerossóis na atmosfera estão reduzindo a eficiência da energia solar da China.

Para calcular a quantidade de radiação do sol que atinge os arrays solares no chão, os cientistas usaram o chamado modelo de desempenho solar fotovoltaico, combinado com dados de satélite de instrumentos da NASA que medem a irradiância do sol e analisam componentes de aerossóis e nuvens na atmosfera. Eles realizaram nove análises separadas, que abrangeram de 2003 a 2014 e cobriram toda a China, para comparar o impacto dos aerossóis em comparação com as nuvens na geração de energia solar com e sem tecnologia que rastreia o sol à medida que se move através do céu.
As descobertas do estudo deveriam estimular países como a China e a Índia a reduzir as emissões de aerossóis, de modo que reduzam a poluição e, assim, aumentem sua geração de energia solar mais rapidamente, além dos já conhecidos benefícios para a saúde. Existe também potencial para um ciclo virtuoso: expandir a produção de energia solar poderia reduzir a dependência de combustíveis fósseis, reduzindo assim as próprias emissões que prejudicam a produção de energia solar. Isso enviaria mais eletricidade solar para a rede – o que, por sua vez, deveria reduzir ainda mais a necessidade de combustíveis fósseis.
As descobertas também podem ajudar a determinar onde construir novos arrays solares. A poluição por aerossóis na China está fortemente concentrada em regiões industrializadas e urbanizadas, enquanto áreas remotas e pouco povoadas têm ar mais limpo. Se a pesquisa pode quantificar o quanto a poluição do ar está reduzindo a produção de energia solar, os formuladores de políticas podem pesar os custos de transmissão de eletricidade de regiões mais limpas para mais sujas, avaliando os benefícios de produzir mais energia construindo arrays onde mais luz solar atinge o solo.

Para o próximo projeto, os pesquisadores estão ampliando suas análises para outras regiões do mundo, incluindo a Índia, que sofre de níveis de poluição do ar tão altos quanto os da China. Além de como os poluentes atmosféricos na atmosfera reduzem a geração de eletricidade ao absorver a luz solar, eles também examinarão como os poluentes do ar podem reduzir a geração de energia, sujando os próprios painéis solares. (ecodebate)

domingo, 26 de novembro de 2017

1° projeto mundial de armazenamento de energia solar e eólica

Tesla anuncia primeiro projeto de armazenamento de energia solar e eólica do mundo.
No mês passado, foi anunciado que a Tesla está trabalhando com o maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, a Vestas, para implantar baterias em seus parques eólicos.
Agora, a Tesla ganhou seu primeiro contrato com a empresa e, como resultado, não é apenas para um parque eólico, mas na verdade o primeiro projeto de armazenamento solar + eólica + energia no mundo.
O Windlab da Austrália está gerenciando o projeto de US $ 160 milhões de energia renovável híbrida do Kennedy Energy Park em North Queensland.
O projeto obteve financiamento da Clean Energy Finance Corporation e da Australian Renewable Energy Agency. As empresas selecionaram a Vestas, Tesla e Quanta para o projeto.
As condições do contrato são as seguintes:
“O Parque Kennedy consistirá em 43,2MW de energia eólica, 15MW de corrente alternada, de controle solar de eixo único e 4MWh de armazenamento de bateria de lítio.
O projeto usará doze turbinas Vestas V136, 3.6MW em uma altura de hub de 132 metros; as maiores turbinas eólicas ainda não foram implantadas na Austrália.
O armazenamento em bateria de lítio será fornecido pela Tesla. O projeto será construído sob um contrato de construção conjunta gerenciado pela Vestas e Quanta.
O projeto levará um pouco mais de 12 meses para construir e deverá ser totalmente operacional antes do final de 2018. “O projeto criará mais de 100 empregos locais durante a construção”.
Eles acreditam que este sistema fornecerá energia para mais de 35 mil casas australianas e servirá como uma demonstração de combinação de armazenamento de energia, energia eólica e energia solar a nível local.
Roger Price, presidente executivo e CEO da Windlab, comentou:
“Nós acreditamos que o Kennedy Energy Park irá demonstrar de que maneira o vento, a energia solar e o armazenamento podem ser combinados para fornecer energia de baixo custo, confiável e limpa para o futuro da Austrália. A adoção mais ampla de projetos como Kennedy pode abordar as recomendações da revisão de Finkel e garantir que a Austrália possa mais do que cumprir seus compromissos em Paris, ao mesmo tempo em que exerce pressão sobre os preços da energia”.

4 MWh de baterias são, na verdade, um projeto relativamente pequeno para a Tesla, especialmente quando se considera o novo e maciço sistema de Powerpack de 100 MW / 129 MWh que eles estão atualmente instalando na Austrália.
Mas a combinação de energia solar e de vento é a parte interessante aqui. Se bem sucedido, eles podem acabar escalando a capacidade de armazenamento de energia com a capacidade de energia eólica e solar, o que deverá ser bastante significativo neste local.

Queensland tem ventos fortes, mas a geração de vento na região é tendenciosa para o final da tarde, e é por isso que faz sentido adicionar armazenamento e energia solar à mistura. (ambienteenergia)

Geração eólica aumentou de 28% em 2017

Geração eólica teve aumento de 28% em 2017, aponta CCEE         .
Usinas produziram 4.327 MW médios entre janeiro e setembro com representatividade de 7% do total gerado de energia elétrica no país.
Bons ventos: geração eólica em 2017 tem aumento de 28%.
Dados consolidados do boletim InfoMercado mensal da CCEE apontam que a produção de energia eólica em operação comercial no SIN, entre janeiro e setembro de 2017, foi 28% superior à geração no mesmo período do ano passado.
A geração das usinas eólicas chegou a 4.327 MW médios frente aos 3.383,5 MW médios entregues em 2016. A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema alcançou 7% em 2017. Quando a análise verifica a geração hidráulica, incluindo as PCHs, a representatividade da fonte chega a 72,3% do total. Já as usinas térmicas, que utilizam diversos combustíveis, responderam por 20,7% de toda a energia produzida no período.
Ao final de setembro, a Câmara contabilizou 476 usinas eólicas em operação comercial no país que somavam 12.127 MW de capacidade instalada, incremento de 24,8% frente ao potencial das 381 unidades geradoras da fonte existentes em setembro de 2016. 
Segundo consta no Boletim, o Rio Grande do Norte é o principal produtor de energia eólica no Brasil com 1.408 MW médios de energia entregues em 2017, registrando ainda aumento de 27,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece a Bahia com 877 MW médios produzidos, o Ceará, que alcançou 609,5 MW médios, o Rio Grande do Sul com 600 MW médios e o Piauí com 496 MW médios, aumento de 57,8% frente à geração alcançada em 2016.
Alta voltagem - A produção eólica, como a feita no sertão baiano (foto), já representa metade da energia nordestina.

Os dados ainda confirmam o estado do Rio Grande do Norte com a maior capacidade instalada, somando 3.455 MW, aumento de 17% em relação a setembro de 2016 quando a capacidade instalada era de 2.956 MW. Em seguida aparece a Bahia com 2.264 MW, incremento de 29%, o Ceará com 2.036,2 MW e o Piauí com 1.355 MW de capacidade, crescimento de 62% frente ao ano passado. (canalenergia)

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Furnas construirá o 1° túnel de vento brasileiro

Primeiro Túnel de Vento do Brasil será construído por FURNAS, ao custo de R$ 5 milhões.
FURNAS está investindo R$ 5 milhões na construção do primeiro Túnel de Vento do país voltado exclusivamente para avaliar os efeitos do movimento do ar nos sistemas de geração de energia eólica.
O túnel do vento será instalado no Centro Tecnológico da empresa em Aparecida de Goiânia (GO), e contribuirá para a evolução de empreendimentos eólicos e para as pesquisas de integração deste tipo de fonte de energia com a geração hidráulica nas hidrelétricas da estatal.
Com previsão de funcionamento em 2018, a expectativa é que os estudos desenvolvidos com o Túnel do Vento aumentem a produção de energia, gerando um ganho financeiro de mais 30%.
Além disso, permitirá uma economia significativa a partir do avanço tecnológico nas estruturas, fundações e pontos de reforço das torres das linhas de transmissão.
O equipamento também poderá reduzir eventuais gastos para corrigir interrupções no fornecimento de energia elétrica no país.
A iniciativa faz parte do programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I) de FURNAS, que já investiu cerca de R$ 251 milhões entre 2008 a julho de 2017.
Atualmente, a empresa conta com 29 projetos, a maioria destinada a novas formas de geração de energia limpa e renovável. (ambienteenergia)

Engenheiro deixa usinas de energia eólica mais silenciosas

Ferramenta criada por engenheiro deixa usinas de energia eólica mais silenciosas.
Um dos problemas da energia eólica, talvez o principal, é o ruído aerodinâmico gerado, incomodando moradores das regiões próximas às usinas eólicas. Joseph Youssif Saab Junior, doutor em Engenharia Mecânica (Energia e Fluidos) pela Escola Politécnica (Poli) da USP, desenvolveu um método para reduzir o barulho proveniente das pás. O trabalho resultou num sistema, incorporado a um software livre, que prevê o ruído da turbina enquanto ela ainda é desenhada. A ferramenta já foi aplicada na própria Poli, possibilitando que se projetassem aerofólios para as turbinas bem mais silenciosos que os existentes.

Segundo Saab Junior, o problema com o ruído é algo recente. Com o avanço tecnológico, o aumento da velocidade de giro das pás e o crescimento do diâmetro do equipamento, estimado na ordem de 100 metros são responsáveis por ocasionar um barulho semelhante ao de um avião. Os parques eólicos trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana, e, no Brasil, estão localizados na costa leste, onde se concentram 85% da população.
“Para capturar a energia do vento, são necessários área, tamanho e diâmetro. Na medida em que se busca aumentar a captação de ventos e reduzir o custo da energia, cria-se o efeito colateral do barulho, consideravelmente incômodo”, comenta Saab Junior. “No Brasil, de forma semelhante à Europa e diversa dos Estados Unidos, os parques eólicos encontram-se em áreas densamente povoadas. Meu objetivo foi ajudar fabricantes e pesquisadores a avaliarem o ruído da turbina quando ela está em produção, assim, a população conseguirá viver harmonicamente com esse equipamento, mesmo estando em ‘seu quintal’”.
O trabalho foi desenvolvido ao longo de quatro anos. No início, elaborou-se uma ferramenta técnica responsável por fazer a previsão do ruído da turbina. Após sua finalização, a questão era como fazer este instrumento chegar aos interessados. A resposta obtida foi a incorporação a um código open source (aberto) — um software livre da Universidade Técnica de Berlim (TU Berlin). Ao entrar em contato com os alemães, Saad Junior descobriu que havia programas ligados à parte de estruturas e desempenhos, mas nada correspondente à acústica. Firmou-se então uma a parceria com a Poli, responsável por complementar o estudo europeu e disponibilizar a pesquisa nacional ao mundo. O QBlade, como é denominado o software, tem mais de 17 mil downloads.
Mas os estudos foram adiante, não parando na avaliação. Para exibir a flexibilidade, capacidade, e toda modelagem matemática desenvolvida no software, criaram-se três turbinas eólicas — Poli 100, Poli 180 e Poli 220, nome dado em função dos respectivos diâmetros.
Ampliando horizontes acadêmicos

Com base no equipamento, modelagem matemática, geométrica, cálculos de engenharia e simulações em software, foram projetados aerofólios às turbinas bem mais silenciosos em comparação aos que existem nos dias atuais. Os projetos continuam ainda no papel, em forma de cálculos e desenhos, aguardando a solicitação de patenteamento feito pela Agência USP de Inovação.
O diferencial do projeto está na grande abertura e transparência do que foi produzido, comenta o engenheiro. “Normalmente, os fabricantes não disponibilizam essa geometria das turbinas eólicas, logo, muitos detalhes importantes para o estudo não são revelados, causando prejuízos à área da pesquisa. Acreditamos que durante nossa tese fomos responsáveis por deixar uma série de contribuições importantes ao Brasil e aos estudantes.”
Dando sequência ao trabalho, Saad Junior e o Professor Marcos Pimenta criaram um grupo chamado Poli Wind. Já contando com um aluno de doutoramento e uma aluna de mestrado, o objetivo da iniciativa é seguir os passos deixados como melhoria para o trabalho, assim como estreitar laços e avançar na parceria com a TU Berlin.
Sobre a vitória na premiação, o pesquisador comenta sobre sua motivação para desenvolvimento do projeto: o desejo do Brasil se tornar um país produtor de tecnologia, e não apenas importador.
“Atualmente, somos exportadores de commodities como trigo, soja, minério de ferro, carne e produtos agriculturais em geral. Por outro lado, importamos manufaturados em grande escala. O valor da exportação de uma tonelada de minério de ferro gira em torno de 75 dólares, enquanto que, para exportar uma tonelada de tecnologia – por exemplo, um avião feito pela Embraer – o valor estimado é de US$ 1 milhão”, explica Saad Junior. “O Brasil precisa parar de ser apenas um fabricante e começar a produzir seus próprios equipamentos, como, por exemplo, suas próprias turbinas eólicas para exportação. Em minha opinião, nossa contribuição foi efetiva também neste aspecto, dando uma ferramenta a mais para o projetista elaborar propostas aqui mesmo no Brasil.”
A pesquisa Trailing-edge noise: development and application of a noise prediction tool for the assessment and design of wind turbine airfoils teve orientação do professor Marcos de Mattos Pimenta, e foi vencedora do Prêmio Tese Destaque USP 2017, na grande área das Engenharias. (ambienteenergia)

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Produção de energia eólica aumentou 25,7% entre janeiro e agosto

Produção de energia eólica aumentou 25,7% entre janeiro e agosto, em relação ao mesmo período em 2016.
A produção de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional (SIN) aumentou 25,7% entre janeiro e agosto de 2017 ante o mesmo período do ano passado, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A produção das usinas da fonte chegou a 4.032 MW médios, frente aos 3.208 MW médios gerados no mesmo período do ano passado.
A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema alcançou 6,5% em 2017, enquanto a energia hidrelétrica representou 73,8% do total e as usinas térmicas responderam por 19,7%, segundo a CCEE.
Ao final de agosto, a CCEE contabilizou 470 usinas eólicas em operação comercial no país, que somavam 11.951 MW de capacidade instalada, incremento de 25,5% frente ao potencial das 374 unidades geradoras existentes em agosto de 2016, informou a câmara em nota.
O boletim indica que, por Estado, o Rio Grande do Norte segue na liderança da produção eólica no país com 1.316,7 MW médios de energia entregues em 2017, aumento de 26,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece a Bahia com 833 MW médios produzidos (alta de 26,4%).
A geração eólica no Nordeste tem ajudado a região a lidar com uma severa escassez de água que tem limitado a geração hidrelétrica.
O Rio Grande do Sul alcançou 583,5 MW médios (+21%) em energia eólica, seguido pelo Ceará, com 552 MW médios (alta de 2,8%) e o Piauí com 443,6 MW médios, aumento de 48% frente à geração alcançada em 2016. (ambienteenergia)

Energia solar na matriz energética gerará R$ 2 bi de economia

Entrada da energia solar na matriz energética pode gerar R$ 2 bi de economia.
Estudo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que os brasileiros poderiam economizar pelo menos R$ 2 bilhões na conta de luz com uma complementação da matriz elétrica brasileira por meio da inserção da fonte solar fotovoltaica.
O trabalho, que avaliou qual seria o impacto de uma inserção planejada da fonte solar fotovoltaica no período histórico entre janeiro de 2013 e maio de 2017, mostrou um alívio imediato na operação do subsistema elétrico da região Nordeste, com redução significativa na geração termelétrica fóssil e nas emissões de gases de efeito estufa no setor elétrico nacional, decorrentes do uso frequente de usinas termelétricas emergenciais.
Ao diminuir o uso das termelétricas, a fonte solar fotovoltaica evitaria a liberação de entre 15,4 e 17,9 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera do planeta entre 2013 e 2017, equivalente ao reflorestamento de uma área uma vez e meia maior do que a da capital mineira de Belo Horizonte.
A medida ajudaria o país no cumprimento de suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, conforme os compromissos assumidos pelo Brasil junto ao Acordo de Paris, durante a COP21, em 2015.
As termelétricas mais caras do País foram reativadas nos últimos anos, como uma medida de segurança de suprimento, por conta da severa crise hídrica que diminuiu a capacidade de geração de energia elétrica das hidrelétricas, especialmente na região Nordeste.
A medida foi retomada em 2017, levando o país a estabelecer, pela primeira vez, a “bandeira vermelha nível 2”, maior nível da tarifa previsto no setor e que indica elevação no uso de termelétricas fósseis onerosas para suprir a demanda do País.
Como resultado da medida, que visa evitar um novo apagão, os consumidores brasileiros terão de pagar uma conta extra que já soma centenas de milhões de reais para cobrir os custos mensais de operação das usinas fósseis emergenciais em operação.
Em contrapartida, o estudo da associação aponta que existem formas de superar estes desafios econômicos e ambientais: diversificando a matriz elétrica brasileira com a expansão de novas fontes renováveis, especialmente com a emergente solar fotovoltaica, capaz de produzir mais energia elétrica justamente em períodos de pouca chuva e sol intenso.
“A inserção planejada da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira contribuiria significativamente para reduzir o acionamento das termelétricas fósseis mais onerosas ao país, diminuindo custos aos consumidores, reduzindo emissões de gases de efeito estufa e aliviando a pressão sobre os recursos hídricos na geração de energia elétrica. Simultaneamente, a medida promoveria a geração de empregos locais qualificados, proporcionando ganhos de renda para a população e contribuindo para a retomada da economia nacional” destaca o presidente executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia.
A avaliação da associação, que traz um balanço entre oferta e demanda para o setor de energia elétrica no Brasil, foi baseada na análise de dados reais do histórico de geração de energia elétrica do país, publicadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A iniciativa integra as recomendações da entidade para o estabelecimento, pelo Governo Federal, de um programa nacional para o desenvolvimento do setor solar fotovoltaico brasileiro, que foi apresentado pelos dirigentes da associação ao Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho em 17/10/17. (ambienteenergia)

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Entra em operação o Parque Eólico Cristalândia, na Bahia

A Enel começou as operações do parque eólico Cristalândia, que tem uma capacidade total instalada de 90 MW. O complexo está localizado nos municípios de Brumado, Rio de Contas e Dom Basílio, no Estado da Bahia.
O Grupo investiu aproximadamente US$ 190 milhões na construção de Cristalândia, que foi outorgado à EGPB através do Leilão de Fontes Alternativas (LFA) em abril de 2015. O projeto eólico é apoiado por acordos de compra de energia de 20 anos com uma seleção de empresas de distribuição de energia brasileiras.
O parque eólico é capaz de gerar cerca de 350 GWh por ano, o suficiente para atender às necessidades anuais de consumo de energia de mais de 170.000 lares brasileiros, evitando a emissão de aproximadamente 118.000 toneladas de CO2 na atmosfera.
Alinhado com o modelo de Criação de Valor Compartilhado (CSV) adotado pelo Grupo, que visa a combinar o desenvolvimento de negócios às necessidades da comunidade local, a EGPB realizou uma série de iniciativas de CSV nas áreas ao redor do complexo, como oficinas de reciclagem criativa com comunidades locais, propiciando geração de renda através da reutilização de materiais usados na construção do parque, incluindo pallets transformados em móveis e lona utilizada para produzir artesanatos para serem vendidos no mercado local.
No Estado da Bahia, a Enel opera atualmente um total de 711 MW de capacidade solar e eólica e está construindo mais 600 MW de projetos utilizando estas duas tecnologias renováveis.
No Brasil, o grupo tem uma capacidade instalada total em renováveis de 1.659 MW, dos quais 490 MW de energia eólica, 279 MW de energia solar e 890 MW de energia hidrelétrica, bem como cerca de 900 MW de capacidade atualmente em construção, dos quais 352 MW eólicos e 541 MW solares. (ambienteenergia)

RN terá 23 parques eólicos novos até 2021

O Governo do Rio Grande do Norte anunciou que o estado terá mais 23 parques eólicos até 2021, com uma instalação recorde de empresas que não acontecia desde 2015. Os novos empreendimentos irão elevar ainda mais a posição de líder em energia eólica que o estado possui.
O Rio Grande do Norte mantém a liderança nacional na produção de energia eólica com produção atual de 3,4 GiggaWatts nos 125 parques em operação. Do total, 72 deles começaram a operar por meio de licenças ambientais concedidas pela atual gestão.
Ainda estão sendo construídos mais 23 parques eólicos, que gerarão 570 MW. Até o final de 2021 estarão em atividade no estado 150 empreendimentos, além dos 26 que estão sendo contratados, mas que não tiveram iniciadas as obras. Juntos, estes gerarão 618,4 MW.
O Rio Grande do Norte se destaca pelo grande potencial dos seus ventos, que, comparado com o fator de capacidade mundial, que é de 20 a 25%, registra fatores superiores a 50%. Se o estado fosse um país, por exemplo, seria o 19º do mundo em capacidade eólica instalada e em operação comercial, superando países como Japão, Bélica, Chile, Uruguai, África do Sul e Coreia do Sul. (ambienteenergia)

FURNAS construirá 1° túnel de vento brasileiro por R$ 5 milhões

Primeiro Túnel de Vento do Brasil será construído por FURNAS, ao custo de R$ 5 milhões.
FURNAS está investindo R$ 5 milhões na construção do primeiro Túnel de Vento do país voltado exclusivamente para avaliar os efeitos do movimento do ar nos sistemas de geração de energia eólica.
O túnel do vento será instalado no Centro Tecnológico da empresa em Aparecida de Goiânia (GO), e contribuirá para a evolução de empreendimentos eólicos e para as pesquisas de integração deste tipo de fonte de energia com a geração hidráulica nas hidrelétricas da estatal.
Com previsão de funcionamento em 2018, a expectativa é que os estudos desenvolvidos com o Túnel do Vento aumentem a produção de energia, gerando um ganho financeiro de mais 30%.
Além disso, permitirá uma economia significativa a partir do avanço tecnológico nas estruturas, fundações e pontos de reforço das torres das linhas de transmissão.
O equipamento também poderá reduzir eventuais gastos para corrigir interrupções no fornecimento de energia elétrica no país.
A iniciativa faz parte do programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I) de FURNAS, que já investiu cerca de R$ 251 milhões entre 2008 a julho de 2017.
Atualmente, a empresa conta com 29 projetos, a maioria destinada a novas formas de geração de energia limpa e renovável. (ambienteenergia)

Escócia inaugura primeiro parque eólico flutuante do mundo

O primeiro parque eólico flutuante do mundo já está em pleno funcionamento na região de Aberdeenshire, Escócia. O empreendimento, com capacidade de 30MW, é uma alternativa ao impacto visual das turbinas instaladas em terra firme e fica 25 quilômetros da costa da região.
Batizado de Hywind, o parque eólico flutuante alimentará com energia quase 20.000 casas e “abre o caminho a um novo mercado global para os parques eólicos flutuantes”, afirma em um comunicado Irene Rummelhoff, vice-presidente executiva do New Energy Solutions, propriedade de Statoil.
Construído pela empresa de petróleo norueguesa Statoil e pela Masdar Abu Dhabi Future Energy, o parque tem cinco turbinas flutuantes a 25 quilômetros da costa de Peterhead, perto de Aberdeen. O projeto tem capacidade de 30 megawatts e sua construção custou cerca de 200 milhões de libras (US$ 263 milhões).
As turbinas eólicas são instaladas no leito oceânico desde a década de 1990. O ato de levá-las para alto-mar normalmente aumenta as velocidades dos ventos e reduz as queixas dos vizinhos, mas a prática também tem sido limitada a mares relativamente rasos.
Segundo a vice-presidente-executiva, “o Hywind pode ser usado para profundidades de água de até 800 metros, abrindo assim áreas até então inacessíveis para os parques eólicos offshore”.
A Statoil também instalou um de seus dispositivos de lítio Batwind, capaz de armazenar 1 megawatt-hora de energia. Isso ajudará a estabilizar o fluxo de energia gerado pelo parque eólico.
“Sabendo que até 80% dos recursos eólicos offshore estão em águas profundas, inadequadas para instalações tradicionais fixadas no fundo, a expectativa é que os parques eólicos offshore flutuantes desempenhem um papel significativo para o crescimento da energia eólica offshore daqui para frente”, afirmou Irene Rummelhoff. (ambienteenergia)

sábado, 18 de novembro de 2017

Nações usarão mais bioenergia para frear mudança climática

Dezenove nações dizem que usarão mais bioenergia para frear mudança climática.
A China e 18 outras nações que representam metade da população mundial disseram em 16/11/17 que planejam aumentar o uso de madeira e outras matérias vegetais de fontes sustentáveis para gerar energia como parte dos esforços para limitar a mudança climática.
O grupo definirá metas coletivas para aumentar a utilização do que classificou de bioenergia sustentável, disseram seus membros durante conversas na Alemanha entre 200 países para fortalecer o Acordo de Paris de 2015.
Argentina, Brasil, Reino Unido, Canadá, China, Dinamarca, Egito, Finlândia, França, Índia, Indonésia, Itália, Marrocos, Moçambique, Holanda, Paraguai, Filipinas, Suécia e Uruguai chancelaram o plano.
Eles concordaram em "desenvolver metas coletivas determinando a contribuição da bioenergia sustentável para a demanda final de energia e como uma percentagem do uso de combustível de transporte", disse a iniciativa coletiva Plataforma Biofuturo em um comunicado.
A bioenergia pode ser gerada com a queima de madeira, grânulos de madeira ou restos de colheitas, como o bagaço da cana.
O grupo também buscará ampliar o que chamou de "bioeconomia", que é toda a atividade econômica relacionada ao uso de plantas na produção de energia renovável, materiais e produtos químicos.
"A tecnologia e a conscientização da necessidade de soluções biobaseadas finalmente estão se unindo", disse o ministro do Meio Ambiente brasileiro, José Sarney Filho, em um comunicado. (yahoo)

DF na onda do carro elétrico

Carro elétrico é alternativa sustentável para driblar crise de combustíveis.
Em tempos de crise relacionada a combustíveis fósseis, veículos de energia limpa ficam cada vez mais atrativos, apesar do preço. No DF, já existem pontos para recarga.
Segundo a Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), os transportes são responsáveis por 46% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). A Abravei não tem estimativas de quantos veículos 100% elétricos circulam pelo DF. No Brasil inteiro, o número não passa de 500.
Legislação 
Curiosidades
O arquiteto Rogério Markiewicz diz ter poupado o meio ambiente da emissão de 1,5 toneladas de CO2.
O futuro já circula em cima de quatro rodas pelas ruas de Brasília. Silenciosos, modernos e sustentáveis, os carros elétricos são uma alternativa para reduzir a emissão de gás carbônico produzido pelos veículos movidos à combustão. Em meio às notícias de crescimento populacional; aumento no valor dos combustíveis; e da frota de veículos, o modelo elétrico é uma alternativa para reduzir os danos ao meio ambiente.
Pensando nisso, o arquiteto Rogério Markiewicz, membro da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), optou pelo veículo sustentável há 13 meses. Ele é priorietário de uma BMW I3 100% elétrica. Em um aplicativo no celular, que conta a economia na emissão de poluentes, Rogério mostra que economizou 1,5 tonelada de CO2 em pouco mais de 10 mil quilômetros rodados.
Além de não emitir gás, o carro também se propõe a ser um modelo ambientalmente mais correto por outros quesitos. Rogério diz que pelo menos 95% do automóvel é feito de material reciclável. “O banco é de tecido de garrafa pet, as portas são de fibra, o tecido é fibra natural”, diz.
Um dos entraves para a popularização dos carros elétricos é o preço.  Alguns automóveis chegam a custar R$ 200 mil. No DF, o s mais comuns são os veículos híbridos e o híbrido plug-in. “O único empecilho ainda é o preço. Infelizmente, eles ainda não fazem nos modelos de carros baratos por causa dos impostos. Mas temos que incentivar e popularizar. Não é o futuro, é o presente”, opinou.
Rogério estima que a autonomia do carro chega a 160km. Para ele, isso significa rodar por dois dias. Depois disso, ele faz a recarga na tomada convencional de casa. “É como um celular”, explicou. Ele dorme, e deixa o veículo plugado na tomada. No dia seguinte, o “tanque” está cheio e ele pode usar pelo mesmo período. “Às vezes recarrega enquanto durmo, outras, enquanto faço compras, ou vou ao cinema. Eu não gasto tempo nenhum, diferente de quem tem que ir ao posto de gasolina, por exemplo”, afirmou.
Em uma tomada comum, o veículo pode estar pronto para uso em até 9h. Em um ponto de recarga semirrápida (encontrado em vias públicas), este tempo pode ser reduzido para 3h. Mas, em um carregador mais potente, 20 minutos bastam. “Infelizmente, este último ainda não existe em Brasília. Mas o semirrápido pode ser encontrado em frente ao Ministério de Minas e Energia, em alguns shoppings, no Lago Sul e no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21”, ensina Rogério.
Apesar de o custo de aquisição ainda ser maior do que o dos veículos convencionais, gasta-se menos com manutenção. Como não há peças essenciais em carros movidos à combustão, como vela, correias e óleo, os problemas são reduzidos. “Na revisão de 10 mil quilômetros que eu fiz, tivemos que trocar apenas o filtro do ar- condicionado. Mas, antes, eu gastava R$ 700 por mês com combustível. Hoje, eu gasto apenas R$ 40 a mais de energia”, concluiu Rogério.
Brasília é pioneira no incentivo às vagas para veículos elétricos. Na minuta de decreto que regulamenta o novo Código de Obras do DF (COE-DF), protocolada na Câmara Distrital em junho deste ano, há um trecho que diz: “para estacionamentos e garagens privados, com mais de 200 vagas, 0,5% delas devem ter ponto de recarga para automóveis elétricos e híbridos”.
Além de Brasília, alguns estados já estão elaborando políticas de incentivo, como é o caso de São Paulo. Lá, os carros elétricos e híbridos não entram no rodízio, por exemplo. Fora isso, há um decreto que concede desconto de 50% no Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para esses carros.
Carros híbridos: São carros econômicos e que poluem menos o ambiente, por causa de uma bateria que oferece força ao carro. O problema é que grande parte da energia elétrica do veículo híbrido usa a força da combustão da gasolina.
Carros híbridos plug-in: o motor do veículo é elétrico e pode ser recarregado em uma tomada convencional de casa. Eles só passam a gastar gasolina, quando a bateria do veículo acaba.
Totalmente elétricos: todo veículo movido por um motor elétrico em que as correntes são fornecidas por uma bateria recarregável ou por outros dispositivos portáteis de armazenamento de energia elétrica.
» De acordo com a última atualização do levantamento realizado pela Agência Internacional de Energia AIE1, ao final de 2015, a frota mundial de veículos elétricos plug-in passava de 1,26 milhão de veículos em todo o mundo. Em estudo publicado pela Agência Internacional de Energias Renováveis AIER2, em fevereiro deste ano, a estimativa é que esse número já tenha alcançado 2 milhões.
» Há 260 fabricantes de veículos elétricos espalhados pelo mundo.
» Em 1° de junho de 2016, ocorreu uma audiência pública no Senado Federal para discutir uma PLC que estabelece a obrigatoriedade de as distribuidoras instalarem pontos de recargas em vias públicas. Além disso, há mais dois projetos em tramitação: o PL 3.895/12, que aborda a atividade de revenda varejista de eletricidade para abastecimento do veículo. E o PLS 174/14, que suspende, por 10 anos, o Imposto de Importação (II) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), na importação direta de partes e acessórios sem similar nacional destinado à fabricação de veículos elétricos. (correiobraziliense)

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Eletrobras abre projetos de iluminação pública com LED

Eletrobras abre chamada para projetos de iluminação pública com tecnologia LED.
A Eletrobras, no âmbito do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, torna público o lançamento em 06/11/17, da Chamada Pública PROCEL RELUZ 01/2017, em conformidade com o Plano de Aplicação de Recursos do Procel, previsto na Lei 13.280/2016.
A chamada pública tem o objetivo de promover a implementação de projetos de iluminação pública com tecnologia LED e desenvolver a capacidade das administrações municipais de modelar e operacionalizar, seja individualmente ou através de parcerias, a gestão do seu parque de iluminação pública.
Os recursos só poderão ser destinados a projetos que promovam melhoria de sistemas de iluminação pública existentes, limitados a vias e praças públicas.
Os proponentes poderão contar também com o apoio de uma ferramenta de tutoria via web para auxiliar na elaboração da proposta e no entendimento do respectivo edital. A tutoria contempla diversas videoaulas e um ambiente de interação via fórum online.
A implantação de sistemas eficientes de iluminação pública tem impacto direto na sociedade, pois beneficia e melhora a qualidade de vida da população, uma vez que promove a valorização noturna dos espaços públicos urbanos, reduz o consumo de energia elétrica, melhora as condições de segurança nas vias públicas e, desta maneira, a qualidade de vida nas cidades brasileiras.
Desde a sua criação, o Procel Reluz beneficiou 1.327 municípios, tornando eficientes cerca de 2,78 milhões de pontos de iluminação pública.
Para esta chamada pública serão disponibilizados aproximadamente R$ 17,5 milhões para beneficiar diversos municípios pelo país. (ambienteenergia)

ENEL fornecerá soluções de mobilidade elétrica no mercado americano

ENEL se prepara para fornecer soluções de mobilidade elétrica no mercado americano.
A Enel, através da sua filial norte-americana EnerNOC, anunciou a aquisição da eMotorWerks, localizada na Califórnia e um dos principais fornecedores norte-americanos de estações de recarga para veículos elétricos (EV), chamadas de JuiceBox, e proprietária e operadora da JuiceNet, uma plataforma de Internet das Coisas para o gerenciamento inteligente de recarga de veículos elétricos e outras instalações de armazenamento de energia distribuída.
Através da plataforma JuiceNet, essas instalações podem ser controladas remotamente e agregadas para fins de balanceamento de rede, baseando-se em fluxos de eletricidade unidirecionais e bidirecionais (veículo a rede, conhecido pela sigla V2G). A aquisição da eMotorWerks marca a entrada da Enel no mercado de mobilidade elétrica dos EUA, um dos maiores mercados de veículos elétricos do mundo.
“Os veículos elétricos têm potencial para ser uma das tecnologias mais disruptivas que a rede elétrica moderna viu nascer nos últimos cem anos”, disse Francesco Venturini, Responsável pela divisão de e-Solutions da Enel.
“A revolução da mobilidade elétrica está levando empresas de serviços públicos, operadores de rede e consumidores a repensar os modelos de negócios tradicionais, investir em novas infraestruturas e oferecer novas soluções para oferecer flexibilidade e resistência à rede. Nossa missão é estar na vanguarda desta mudança de paradigma, em que os consumidores podem desempenhar um papel mais ativo na geração e uso de energia. Esta aquisição enriquece a nossa oferta de mobilidade elétrica e integra uma solução inteligente e altamente sofisticada de recarga de veículos elétricos ao nosso portfólio de serviços, que inclui a maior rede de resposta à demanda do mundo, sistemas de gerenciamento de distribuição de energia e soluções de armazenamento de baterias”.
“A eletrificação do transporte é uma das maiores oportunidades de redução de emissão de gases de efeito estufa do planeta e os veículos elétricos estão se tornando rapidamente o maior recurso flexível na rede. Com o gerenciamento inteligente de energia por meio da JuiceNet, os veículos elétricos podem fornecer a maior parte da capacidade de balanceamento da rede para possibilitar uma rede 100% renovável em todo o mundo. Além disso, à medida que a adoção dos veículos elétricos cresce, as empresas de serviços públicos devem adicionar mais infraestrutura para atender às demandas de energia ou adotar soluções de recarga inteligente. A solução da eMotorWerk minimiza as emissões e otimiza remotamente a carga dos veículos elétricos, o que pode reduzir as demandas em momentos de pico e aumentar as possibilidades de veículos elétricos se recarregarem com energia renovável barata e limpa “, disse Val Miftakhov, fundador e CEO da eMotorWerks.
“Como o mais novo membro da família Enel, a eMotorWerks possui agora todos os recursos e acesso ao mercado necessário para levar nossas soluções a todo o mundo e impulsionar a adoção mais rápida de um futuro inteligente com veículos elétricos, todos integrados na rede”, complementa Val.
Esta aquisição reforça ainda mais a estratégia da Enel de oferecer produtos e serviços inovadores e focados no cliente, tais como recarga inteligente, integração entre veículos elétricos e recursos distribuídos de geração, bem como balanceamento de rede e serviços V2G. A Enel pretende usar as funções da plataforma JuiceNet em todas as suas estações de recarga de veículos elétricos em todo o mundo.
Com a plataforma JuiceNet da eMotorWerks, os usuários podem agendar e controlar remotamente os horários “mais ecológicos” e mais econômicos para recarregar seus veículos elétricos. Por exemplo, o JuiceNet permite aos usuários agendar a recarga dos veículos elétricos quando a eletricidade proveniente de sistemas domésticos de painéis solares estiver mais abundante.
Além disso, através da JuiceNet, os veículos elétricos, estações de recarga V2G e outras instalações de armazenamento também podem ser usadas para responder a sinais da rede, agregando atividades de recarga e descarga para equilibrar os fluxos de eletricidade na rede quando necessário.
Esses serviços de balanceamento podem fornecer fluxos de receita adicionais para os proprietários de veículos elétricos, potencialmente reduzindo o custo total de ter um desses veículos.
A eMotorWerks tem sede em San Carlos, Califórnia e atualmente emprega 55 pessoas. Esta aquisição acontece logo após a classificação da eMotorWerks como a 17ª empresa de crescimento mais rápido no Vale do Silício e a 19ª empresa de energia de crescimento mais rápido nos EUA Segundo a lista Inc. 5000, um ranking dos maiores e mais inspiradores empresários da América feita pela Inc. uma grande publicação dos EUA voltada a empresas em crescimento. Até o momento, a eMotorWerks implantou mais de 25.000 estações de recarga inteligente compatíveis com a rede.
O braço de energias renováveis da Enel, a Enel Green Power, já gerencia mais de 39 GW de energia eólica, solar, geotérmica, de biomassa e hidrelétrica na Europa, América, África, Ásia e chegou recentemente à Austrália.
Na América do Norte, a filial de energias renováveis Enel Green Power (EGPNA) opera cerca de 100 plantas com uma capacidade gerenciada superior a 3,3 GW, alimentada por energia hidrelétrica renovável, energia eólica, geotérmica e solar.
Através da EGPNA, a Enel adquiriu em janeiro a Demand Energy Networks, uma empresa com sede nos EUA especializada em sistemas inteligentes de software e armazenamento de energia. Já em Agosto, a empresa finalizou a aquisição da EnerNOC, fornecedora líder de serviços de resposta à demanda e energia para prestadoras de serviços públicos, clientes corporativos, institucionais e industriais. (ambienteenergia)

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Energia solar e eólica avança de acordo com a verba do BNDES

Energia solar e eólica avança no total de desembolsos do BNDES
- As fontes de energia solar e eólica ganharam espaço nos desembolsos do BNDES neste ano, enquanto os aportes em áreas tradicionais recuaram em relação a 2016. Entre janeiro e setembro de 2017, os "empréstimos verdes", destinados às energias renováveis e eficiência energética, cresceram 66%. (dci)

Custo da energia solar terá redução de 66% e eólica de 47% até 2040

Custo da energia solar terá redução de 66% e eólica de 47% até 2040, segundo o New Energy Outlook.
As fontes de energia renovável, como solar e eólica, deverão receber quase três quartos dos US$ 10,2 trilhões que o mundo investirá em novas formas de tecnologia de geração ao longo dos anos até 2040, de acordo com uma ampla previsão independente publicada nessa semana.
O estudo New Energy Outlook (NEO) 2017, a mais recente previsão de longo prazo da Bloomberg New Energy Finance, mostra um progresso mais rápido, do que sua versão do ano passado, para a descarbonização do sistema de energia mundial – com as emissões globais projetadas para atingir o pico em 2026 e ser 4% menores em 2040 do que estavam em 2016.
“O relatório deste ano sugere que a transição para um sistema elétrico mundial renovável não irá parar, graças à rápida queda dos custos de energia solar e eólica, e um papel cada vez mais crescente das baterias, inclusive as de veículos elétricos, no equilíbrio entre oferta e demanda”, disse Seb Henbest, principal autor do NEO 2017 da BNEF.
O NEO 2017 é o resultado de oito meses de análise e modelagem por uma equipe de 65 pessoas na Bloomberg New Energy Finance. Baseia-se, essencialmente, nos projetos anunciados em cada país, além da previsão econômica de geração de eletricidade e na dinâmica do sistema de energia. Assume que os subsídios atuais expiram e que as políticas de energia em todo o mundo permanecem em seu rumo atual.
Seguem abaixo alguns dos principais resultados da previsão deste ano:
•           * Energia solar e eólica dominam o futuro da eletricidade. Esperamos que US$ 7,4 trilhões sejam investidos em novas usinas de energia renovável até 2040, o que representa 72% dos US$ 10,2 trilhões em investimentos projetados para geração de energia em todo o mundo. A energia solar levará US$ 2,8 trilhões, e terá um salto de 14 vezes de capacidade. A eólica receberá US$ 3.3 trilhões e terá um aumento de quatro vezes de capacidade. Como resultado, as energias eólica e solar representarão 48% da capacidade instalada no mundo e 34% da geração de eletricidade até 2040, em comparação com os apenas os respectivos 12% e 5% atuais.
•           * A energia solar desafia o carvão cada vez mais. O custo nivelado da energia solar de painéis fotovoltaicos (PV), que agora é quase um quarto do que era em 2009, deverá baixar outros 66% até 2040. Até lá, um dólar comprará 2,3 vezes mais energia solar do que hoje. Essa energia já é pelo menos tão barata quanto o carvão na Alemanha, Austrália, EUA, Espanha e Itália. Em 2021, será também na China, Índia, México, Reino Unido e Brasil. (Para definição de custos nivelados, veja a nota abaixo.)
•           * Os custos de energia eólica onshore caem rapidamente e os de offshore mais ainda. Os custos nivelados de energia eólica offshore cairão impressionantes 71% até 2040, com o auxílio da experiência de desenvolvimento, competição e risco reduzido, e economia de escala resultante de projetos e turbinas maiores. O custo da energia eólica onshore cairá 47% no mesmo período, além da queda de 30% nos últimos oito anos, graças à turbinas mais baratas e mais eficientes e procedimentos de operação e manutenção simplificados.
•           * A China e a Índia são uma oportunidade de US$ 4 trilhões para o setor de energia. Esses países representam 28% e 11%, respectivamente, de todo o investimento em geração de energia até 2040. A região da Ásia-Pacífico verá quase tanto investimento em geração quanto o resto do mundo combinado. Deste modo, a energia eólica e solar receberão, cada uma, aproximadamente um terço do valor total, enquanto 18% irá para a energia nuclear e 10% para o carvão e o gás.
•           * Baterias e novas fontes de capacidade flexível reforçam o alcance de energias renováveis. Esperamos que o mercado de baterias de íon de lítio para armazenamento de energia acarretará em pelo menos US$ 239 bilhões entre hoje e 2040. As baterias de larga escala competem cada vez mais com o gás natural para fornecer flexibilidade ao sistema em horários de pico. As baterias de pequenas dimensões, instaladas em residências e empresas ao lado dos sistemas fotovoltaicos, representarão 57% do armazenamento em todo o mundo até 2040. Prevemos que as energias renováveis atinjam 96% de penetração no Brasil até 2040, 82% nos México e 86% no Chile.
•           * Os veículos elétricos reforçam o uso de eletricidade e ajudam a equilibrar a matriz. Na Europa e nos EUA, os veículos elétricos representarão 13% e 12%, respectivamente, da geração de eletricidade até 2040. Recarregando veículos elétricos de forma flexível, quando renováveis estão gerando e preços de energia estão baixos, irá ajudar o sistema a adaptar à intermitência da geração solar e eólica. O crescimento desses veículos reduz o custo das baterias de íon de lítio, chegando a uma queda de 73% até 2030.
•           * O amor dos proprietários de residências por energia solar cresce. Até 2040, os painéis solares fotovoltaicos residenciais representarão até 24% da eletricidade na Austrália, 20% no Brasil, 15% na Alemanha, 12% no Japão e 5% nos EUA e na Índia. Isso, combinado com o crescimento das energias renováveis em larga escala, reduz a necessidade de plantas de carvão e gás existentes, cujos proprietários enfrentarão uma pressão contínua sobre suas receitas, apesar de um crescimento de demanda por causa de veículos elétricos.
•           * Geração termoelétrica a partir do carvão colapsa na Europa e nos EUA, continua a crescer na China, e atinge o ápice global até 2026. A demanda fraca, o baixo custo das renováveis e a substituição do carvão por gás reduzirão o consumo de carvão em 87% na Europa até 2040. Nos EUA, o uso de carvão para geração de energia cairá 45%, já que as plantas antigas não serão substituídas e outras começarão a queimar gás mais barato. A geração de carvão na China crescerá um quinto na próxima década, mas atinge seu pico em 2026. Globalmente, esperamos que 369GW de novas plantas de carvão planejadas sejam canceladas, sendo um terço delas da Índia, e que a demanda global de carvão para geração de energia diminua 15% entre 2016-40.
•           * O gás é um combustível de transição, mas não da maneira como a maioria das pessoas imagina. Energia a gás receberá US$ 804 bilhões em novos investimentos e aumentará 16% em capacidade até 2040. As usinas de gás atuarão cada vez mais como uma das tecnologias flexíveis necessárias para atender aos picos de demanda e proporcionar estabilidade ao sistema em uma era de geração renovável crescente, em vez de atuarem como uma substituição à produção base (baseload) de carvão. Nas Américas, no entanto, onde o gás é abundante e barato, ele desempenha um papel mais central, especialmente no curto prazo.
           As emissões do setor de energia global atingem seu pico em pouco mais de dez anos, depois diminuem. As emissões de CO2  da geração de energia aumentam em um décimo antes de atingir o pico em 2026. As emissões caem mais rápido do que anteriormente estimado, alinhando-se com a geração máxima de carvão da China. Esperamos que as emissões da Índia sejam 44% inferiores às da nossa análise NEO 2016, uma vez que o país adote a energia solar e prevê investimentos de US$ 405 bilhões para construção de 660GW de novos painéis fotovoltaicos. Globalmente, até 2040 as emissões terão caído para 4% abaixo dos níveis de 2016, o que não é suficiente para evitar que a temperatura média global cresça mais de 2°C. Um investimento adicional de US$ 5,3 trilhões em 3.9TW de capacidade zero-carbono seria necessário para manter o planeta na trajetória da meta de 2°C.
Mix de geração global de energia até 2040
Nos Estados Unidos, a administração de Trump expressou apoio ao setor de carvão. No entanto, o NEO 2017 indica que a realidade econômica nas próximas duas décadas não irão favorecer a energia baseada em carvão nos EUA, que tem uma redução prevista de 51% na geração até 2040. Em seu lugar, a eletricidade a gás aumentará 22% e renováveis 169%.
Uma das grandes questões para o futuro dos sistemas elétricos é como grandes quantidades variáveis de geração eólica e solar podem ser acomodadas e ainda manter as luzes acesas a todos os momentos. Os céticos se preocupam que as energias renováveis ultrabaratas depreciem os preços de energia e desalojem as produções de carvão, de gás e usinas nucleares.
Elena Giannakopoulou, analista líder no projeto NEO 2017, disse: “A previsão deste ano mostra o carregamento inteligente de veículos elétricos, sistemas de bateria em pequena escala nos negócios e nas famílias, além de armazenamento em grande escala na rede, desempenhando um papel importante na suavização dos picos e lacunas causado pela geração variável de eólica e solar”.
Jon Moore, presidente-executivo da BNEF, disse: “O NEO reflete a compreensão que nossa equipe acumulou ao longo de mais de uma década de como os custos de tecnologia e a dinâmica do sistema evoluíram e estão evoluindo. O NEO deste ano mostra uma transição ainda mais dramática para baixo carbono do que projetamos nos anos anteriores, com queda mais acentuada nos custos eólicos e solares e um crescimento mais rápido para armazenamento de energia”.
Nota: O custo nivelado da eletricidade cobre todas as despesas de geração de uma planta nova. Estes custos incluem desenvolvimento de infraestrutura, licenciamento e permissões, equipamentos e obras civis, finanças, operações e manutenção e matéria-prima (se houver).
Baixe o sumário executivo New Energy Outlook 2017.
Sobre a Bloomberg New Energy Finance

A Bloomberg New Energy Finance (BNEF) proporciona análise, ferramentas e dados exclusivos para tomadores de decisões que estejam procurando impulsionar mudanças no sistema energético. A BNEF tem uma equipe de 200 funcionários em 14 escritórios no mundo inteiro. Os produtos setoriais da BNEF oferecem análises financeiras, econômicas e de políticas públicas, além de notícias e do banco de dados mais abrangente do mundo sobre ativos, investimentos, empresas e equipamentos no campo das energias limpas por região. (ambienteenergia)