sábado, 30 de dezembro de 2023

China quer atingir 230 GW em novas usinas renováveis no ano

Com a previsão de atingir um recorde de 230 GW em novas instalações eólicas e solares neste ano, a China lidera o mercado global de energias renováveis segundo o último relatório da Wood Mackenzie.
Investimento de US$ 140 bilhões e grande escala no mercado interno impulsionam vantagens ao gigante asiático que lidera volume de projetos solares e eólicos mais do que EUA e Europa juntos.

Com a previsão de atingir um recorde de 230 GW em novas instalações eólicas e solares neste ano, a China lidera o mercado global de energias renováveis segundo o último relatório da Wood Mackenzie. O volume representa mais do que o dobro das novas usinas combinadas nos Estados Unidos e Europa, a partir de investimentos de US$ 140 bilhões. O vice-presidente e chefe de Pesquisa de Energia e Renováveis da Ásia-Pacífico da consultoria, Alex Whitworth, destacou que o gigante asiático anunciou sua meta de neutralidade de carbono para 2060 em 2020 e desde então tem reorganizado silenciosamente todo seu setor elétrico para apoiar uma rápida eletrificação e expansão de renováveis.

“Enquanto outros mercados estão moderando suas metas em matéria de energias renováveis, a China aumentou suas perspectivas para 2025 em 43% ou 380 GW em apenas alguns anos”, complementa. Segundo Whitworth, investimentos significativos foram redirecionados para linhas de transmissão, armazenamento de energia e backup flexível, e que à medida que os custos da eólica e solar caíram, o país também retirou as tarifas preferenciais para esses tipos de projetos em 2022, poupando ao governo de bilhões em subsídios.

A informação é de que o país orçou US$ 455 bilhões em aportes na rede entre 2021 e 2025, aumento de 60% em relação à década anterior. O valor inclui LTs de longa distância com mais de mil km de extensão, que desbloquearam mais de 100 GW de desenvolvimento de fontes renováveis no interior chinês. Quanto aos sistemas com baterias ligados à rede, o país também se tornou líder global com previsão de 67 GW para esse ano, e com perspectivas de expansão para 300 GW até 2030.

Flexibilidade da rede

A pesquisa também aponta que a China tem sido criticada por um pipeline de mais de 200 GW de centrais a carvão em desenvolvimento, mas acrescenta que novas políticas também levaram à criação de uma frota de mais de 100 GW de centrais flexíveis que queimam menos carvão e são concebidas para aumentar a produção de fontes renováveis intermitentes. O lado da demanda também foi repensado, tais como preços de pico mais elevados e a definição de metas entre 50 GW a 80 GW de Gestão do Lado da Procura (DSM, na sigla em inglês) ou “centrais elétricas virtuais” até 2025.

Sobre a relação com as tecnologias fósseis, Whitworth comentou que os esforços do país para renováveis e infraestruturas de apoio nos últimos anos ultrapassou o que estava para ser aplicado na energia térmica à carvão por um fator de 5 para 1. A quota do insumo na produção de energia tem caído continuamente, em 10 pontos percentuais nos últimos cinco anos para cerca de 55% atualmente. “Cerca de 80% da redução foi substituída por energias renováveis e o restante principalmente pela energia nuclear”, acrescenta.

Triplicar energias renováveis no mundo até 2030 será difícil.

Fatores competitivos

De acordo com a análise do relatório, o crescimento da energia ambientalmente mais amigável foi ajudado pelas baixas taxas de redução da tecnologia solar e eólica, que atingiram níveis de 2% e 4% no ano passado, melhorando significativamente a economia dos projetos em comparação com a retração de mais de 10% registada antes de 2020. É esperado que ainda que o recuo aumente novamente dos atuais níveis baixos observados, embora ainda permaneçam em níveis administráveis.

“Embora a inflação de custos tenha sido um grande obstáculo em outros mercados, a China alavancou a sua enorme escala interna e o forte crescimento das exportações para expandir rapidamente a produção solar e reduzir os custos dos módulos, dominando mais de 80% da capacidade da cadeia de abastecimento global”, complementa a analista sênior de Energia da Wood Mackenzie baseado em Pequim, Sharon Feng.

Ela cita também a queda das taxas de juros, os baixos custos da energia, a intensa concorrência de preços entre os fornecedores nacionais e o apoio governamental à Investigação e desenvolvimento de uma indústria transformadora como fatores que apoiaram a queda dos custos e tornaram o mercado chinês maior do que o da Europa e dos EUA juntos. “Os preços para o utilizador final na China são menos de metade dos praticados na Europa ou na Austrália e isto apoia uma forte vantagem competitiva no comércio global”, salienta.

Programas trouxeram 128 GW em dez anos

As empresas chinesas também fizeram progressos significativos nos ativos energéticos envolvendo a iniciativa Belt & Road (B&R) ao longo da última década. Com um valor de investimento estimado em cerca de US$ 200 bilhões, mais de 300 projetos instalaram 128 GW de energia, o equivalente a 1,3 vezes a capacidade instalada da Austrália em 2022.

No entanto, surgiram desafios que levaram ao cancelamento ou arquivamento de mais de 20% dos projetos até hoje, segundo outro levantamento da Wood Mackenzie, intitulado “Belt & Road at 10: Powering on through growth pains”. No entanto o país caminha para deter mais de 80% da capacidade global da fabricação de polissilícios, wafers, células e módulos entre 2023 e 2026, após direcionar mais de US$ 130 bilhões ao segmento. (canalenergia)

Mais de 100 países assinam compromisso para triplicar investimentos em renováveis

Em um momento considerado histórico na COP 28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um grupo de 118 países – incluindo o Brasil – se comprometeu a triplicar suas capacidades para energias renováveis de 3.400 GW para 11.000 GW até 2030.
Segmento de eletricidade representa apenas 20% do consumo total de energia final, mudança para as renováveis requer uma transformação completa do sistema energético e sua infraestrutura

O investimento em energia renovável ganhou um reforço em 04/12/23, durante a COP 28, em Dubai. Foram 118 países que anunciaram o seu compromisso de triplicar a capacidade de energia limpa e duplicar a capacidade de geração renovável até 2030. Apesar de ser considerado um começo positivo é avaliado que se tornará uma vitória quando converter-se em resultado.

Em nota a REN21, comunidade global que conta com acadêmicos, governos, organizações não governamentais e indústria em todos os setores das energias renováveis, destacou que este compromisso representa um passo na direção certa. No entanto, diz que os países devem ir significativamente mais longe do que os compromissos assumidos e permitir a mudança para as energias renováveis com quadros políticos e financeiros robustos que construam economias e sociedades em torno das energias renováveis.

A entidade lembra que triplicar a capacidade de energia renovável refere-se ao setor energético como um todo. O segmento de eletricidade representa apenas 20% do consumo total de energia final (embora há a projeção de que atinja 28% em 2030 e 53% em 2050). Mesmo com uma eletrificação profunda, avalia, a mudança para as energias renováveis requer uma transformação completa do sistema energético, incluindo o fornecimento de energia, calor e combustíveis, bem como a infraestrutura energética. Exige também apoiar os setores consumidores de energia para mudarem dos fósseis para as energias renováveis.

Para a entidade, os compromissos voluntários são importantes, mas não suficientes num contexto marcado por crises climáticas, econômicas e políticas que requerem atenção urgente. A ação imediata deve seguir as palavras para reduzir as emissões e manter o aquecimento abaixo de 1,5ºC e combater a inflação e a insegurança energética.

Para alcançar o objetivo da transição energética justa para as energias renováveis em todo o mundo é necessário financiamento, competências e requalificação adequadas e infraestruturas, que devem ser incluídas neste pacote COP, apontou a REN21. (canalenergia)

Biocombustíveis solução de curto prazo para transição energética

Biocombustíveis: a melhor solução de curto prazo para uma transição energética eficiente.

Biodiesel, solução pronta e eficaz

“Não há dúvida de que os biocombustíveis são hoje a melhor solução custo x benefício para que os países e as empresas possam cumprir suas metas de descarbonização no curto prazo”.
Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8, participa da COP28 para reiterar essa mensagem e impulsionar o setor tão importante para o momento de urgência da crise climática diante dos contínuos desafios ambientais e eventos climáticos extremos em todo o mundo

Em conjunto com as delegações dos governos do Paraguai e do Brasil, Erasmo Carlos Battistella, Presidente da Be8 (empresa líder nacional em produção de biodiesel) e diretor do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO), está há cinco dias levando a bandeira dos biocombustíveis em encontros de alto nível com autoridades na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos. Hoje ele está presente na 28ª Conferência das Partes (COP28) das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que acontece em Dubai até 12 de dezembro de 2023.

“São duas frentes: abrir novos mercados para nossos produtos no exterior e trazer recursos de financiamentos verdes para nossos investimentos na América do Sul”, disse Battistella. “O desenvolvimento do papel dos biocombustíveis no processo de descarbonização está totalmente relacionado à mobilização de governos, organizações internacionais e muitos setores que precisam acelerar a transição energética em seus negócios”.

Nesse período, Battistella teve encontros com Ministro de Investimento da Arábia Saudita, Eng. Khalid bin Abdulaziz Al-Falih, acompanhado do Ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Javier Gimenez Garcia de Zúñiga, e com o Ministro do Comércio Saudita, Dr. Majid Alkassabi. Em Dubai, esteve em reunião com o Ministro do Estado do Comércio dos Emirados Árabes Unidos, Dr. Thani Al Zeyoudi. Ao lado das demais empresas brasileiras e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), participou da mesa redonda entre o Brasil e Arábia Saudita.

Não faltou tempo para defender o uso dos biocombustíveis para as corridas de Fórmula 1, e demais categorias de acesso, junto ao presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed bin Sulayem. Ele afirmou que vê positivamente os biocombustíveis certificados e que vê como muito promissor o uso, no futuro, não só nos veículos, mas na logística dos GPs.

Biodiesel, solução pronta e eficaz

“Muito se tem falado sobre veículos elétricos, hidrogênio e outras rotas tecnológicas com todo seu alto impacto de investimento para a transição e, há muito tempo, o biodiesel está pronto para cumprir sua função do processo de descarbonização”, destaca Battistella. “Não há dúvida de que os biocombustíveis são hoje a melhor solução custo x benefício para que os países e as empresas possam cumprir suas metas de descarbonização no curto prazo”, disse.

Para Battistella, “as finanças sustentáveis têm um papel importante ao canalizar recursos para projetos de desenvolvimento social, ambiental e de governança (como parte do conceito ESG). Eles garantem o cumprimento das metas de descarbonização e, consequentemente, amenizam os riscos de desarranjos econômicos, como catástrofes ambientais e prejuízos na produção agrícola decorrentes do aquecimento global”.

A expectativa do empresário é de que o Brasil tenha um papel protagonista em energias limpas durante a COP28 para lançamento de um programa macro e transversal de transição energética, com o objetivo de reforçar a posição do país nesse novo momento na energia global, transformando o evento numa plataforma de atração de investimentos para esse setor estratégico do país.

Liderança regional

Outro desafio proposto por Battistella é a promoção de Políticas Públicas nos países da América do Sul para estimular o uso de biocombustíveis para a transição energética considerando a isenção total de taxação de energias renováveis produzidas na região e exportadas. “Precisamos criar sinergias e alinhar estratégias regionais de regulamentação para aumentar o uso de biocombustíveis na região, com destaque para os investimentos em SAF (bioquerosene de aviação) ”, explica.

De acordo com o empresário, as entidades representativas do setor de biocombustíveis na Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai já manifestaram firme convicção de que é essencial que todos os governos promovam, de forma abrangente, a estratégia de transição energética pelo desenvolvimento do setor, tanto para o transporte veicular, quanto para o aéreo, fluvial e marítimo.

“A APROBIO também aderiu formalmente à Coalizão Pan-americana de Biocombustíveis Líquidos, importante fórum para promover a produção e o consumo sustentável dos biocombustíveis”, conclui. (noticiasagricolas)

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Brasil leva biocombustíveis a berço do petróleo

Brasil leva biocombustíveis a berço do petróleo durante a COP28.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e a Agência Brasileira de Promoção das Exportações (ApexBrasil) assinaram em Dubai, durante a COP28, um acordo para promover o etanol no mercado internacional.

“O Brasil desenvolveu, em mais de 40 anos, um conjunto de avanços tecnológicos, mercadológicos e de políticas públicas que têm inspirado e acelerado ações internacionais na área bioenergética. Junto com outros países do Sul Global, podemos ser para os biocombustíveis o que o Oriente Médio é para o petróleo.
UNICA e ApexBrasil promovem, durante Conferência do Clima, em Dubai, debate entre representantes do governo brasileiro, entidades internacionais e empresas privadas para tratar sobre transição energética no mundo

Anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), os Emirados Árabes Unidos estão no TOP 10 dos maiores produtores mundiais de petróleo. Contrastando com essa posição, o país abriu as portas para acelerar as discussões sobre o papel dos biocombustíveis na descarbonização do setor de transportes no mundo.

Mais uma vez, o governo brasileiro e o setor privado nacional chegam a um encontro de líderes mundiais coesos sobre a responsabilidade país na transição energética. A comitiva leva na bagagem um plano sobre as responsabilidades do Brasil, mas também como o país pode cooperar com o mundo no combate à mudança do clima.

“Pode parecer um paradoxo estarmos discutindo descarbonização em Dubai. Para mim, é um sinal que um dos grandes produtores de petróleo dá ao mundo. A situação climática chegou ao limite e não é mais possível esperar. Felizmente, o Brasil tem muito a contribuir”, afirma Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA).

A UNICA e a Agência Brasileira de Promoção das Exportações (ApexBrasil) realizarão durante a COP28 um painel sobre a transição energética no contexto da Aliança Global para os Biocombustíveis (GBA).

A aliança foi criada em conjunto por Índia, Brasil e EUA durante a última cúpula do G20, em Nova Déli. A iniciativa da Aliança reúne 19 países e 12 organizações internacionais com o objetivo de fomentar a produção sustentável e o uso de biocombustíveis no mundo e seguirá aberta a novas adesões.

O evento reunirá, no dia 1º de dezembro, representantes do governo brasileiro, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. Representando o setor privado, o vice-presidente da Embraer, José Serrador, falará sobre o uso de biocombustíveis na aviação.

O debate contará ainda com representantes de importantes entidades internacionais. O diretor geral do Instituto de Energia e Recursos (TERI) da Índia, Vibha Dhawan, o diretor de cooperação técnica do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Federico Villareal, e o chefe da divisão de energia renovável da Agência Internacional de Energia (IEA), Paolo Frankl, já estão confirmados.

“O Brasil desenvolveu, em mais de 40 anos, um conjunto de avanços tecnológicos, mercadológicos e de políticas públicas que têm inspirado e acelerado ações internacionais na área bioenergética. Junto com outros países do Sul Global, podemos ser para os biocombustíveis o que o Oriente Médio é para o Petróleo. Mais de 3 bilhões de pessoas podem ser beneficiadas com essa solução”, afirma Gussi.

Em Dubai, a ApexBrasil e a UNICA vão assinar o convênio de cooperação técnica e financeira para desenvolvimento do programa setorial para promoção e expansão do setor sucroenergético, com vigência até 2025. O ato será logo após o painel “Bioenergia e transição energética no contexto da GBA”.  (noticiasagricolas)

AIE pede maior rapidez nas ações de eficiência energética

AIE vê avanço político, mas pede maior rapidez nas ações de eficiência energética.
Esforços globais precisam aumentar 4% ao ano em média até 2030 para cumprimento das metas climáticas, enquanto incremento em 2023 foi apenas de 1,3%.

Ainda que os atores políticos globais tenham ampliado suas medidas para maior promoção da Eficiência Energética em 2023, ajudando os consumidores a pouparem recursos e melhorando a segurança e sustentabilidade dos sistemas energéticos, esse progresso não está avançando na velocidade esperada para cumprir com as metas climáticas, segundo o novo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). O compromisso de duplicar o ritmo das ações nesta década é visto como crucial na avaliação da entidade, uma vez que o calor recorde e o crescimento industrial têm impulsionado a demanda por energia.

O levantamento publicado nessa semana conclui que a dinâmica política para a eficientização continua aumentando após a crise energética global desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Os aportes cresceram 45% desde 2020, e no ano passado os países que representam três quartos dessa procura reforçaram práticas já existentes ou introduziram novas. Quase todos as nações possuem atualmente normas de eficiência para aparelhos de ar-condicionado, além de normas para motores industriais, que triplicaram na última década.

No entanto, a pesquisa identificou um abrandamento nesse ano nas melhorias globais na intensidade energética, uma medida primária da EE. Entre os fatores está a recuperação da economia em setores eletro intensivos, como a petroquímica e a aviação em algumas regiões, bem como a crescente procura por sistemas de climatização durante o ano mais quente da história.

Para atingir zero emissões líquidas no setor elétrico até 2050, o que é essencial para limitar o aquecimento global à meta do Acordo de Paris de 1,5 °C, a análise da AIE mostra que os esforços anuais em EE precisam duplicar, passando de um nível de 2 % em 2022 para mais de 4% ao ano em média, até 2030. Nesse ano a melhora foi 1,3%, muito abaixo do necessário para atingir o objetivo.

Um compromisso global nesse sentido e nesta década é um dos cinco pilares da agência para um resultado bem-sucedido na COP28, que começa nessa quinta-feira, 30 de novembro. Outras ações prioritárias no período incluem triplicar a capacidade de energia renovável; empresas de petróleo e gás que se comprometem com transições para fontes limpas, incluindo a redução das emissões de metano das suas operações em 75%; impulsionar o investimento nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento; além de assegurar o declínio ordenado do uso de combustíveis fósseis, incluindo o fim de novas aprovações de usinas a carvão.

Na avaliação da entidade, a taxa global mais lenta em relação a eficiência mascara alguns ganhos relevantes nesse ano. Depois de melhorar a intensidade energética em 8% em 2022, a União Europeia deverá registrar uma melhoria de 5%, e os Estados Unidos em 4%. Desde o início da crise energética, mais de 40 países ao todo apresentaram uma taxa de 4% ou mais durante pelo menos um ano.

O estudo conclui também que atingir a meta de duplicação traria benefícios substanciais para os governos, cidadãos e a indústria. A mudança universal na iluminação para a tecnologia LED no mercado norte-americano, por exemplo, poderia poupar energia suficiente para abastecer 3 milhões de veículos eléctricos por ano ou aquecer 2,6 milhões de casas com bombas de calor.

Também são previstas oportunidades de trabalho em atividades como a modernização de casas, instalação de bombas de calor e a fabricação de automóveis mais eficientes, que podem oportunizar a criação de mais de 4,5 milhões de empregos. (canalenergia)

Petrobras Biocombustível prepara projeto de coleta de óleo em Uberaba

Petrobras Biocombustível amplia uso do óleo de cozinha para o biodiesel.

O assessor da presidência da Petrobras Biocombustível (PBio), Beto Cury, esteve em Uberaba, onde visitou duas escolas, a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a Cooperativa dos Recolhedores Autônomos de Resíduos Sólidos e Materiais Recicláveis de Uberaba (Cooperu) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), para implantar a coleta de óleos e gorduras residuais (OGRs).

De acordo com Cury, o objetivo da visita é definir um projeto-piloto, a partir de Uberaba, conforme recomendado pelo presidente da PBio, o uberabense Danilo Siqueira Campos, com a participação da Cooperu, que deverá realizar a coleta deste óleo descartado.

Petrobras continua a aumentar a utilização de óleo de cozinha como matéria prima para biodiesel.

A Petrobras vem aumentando o número de litros de óleo de cozinha, utilizado como matéria-prima para o biodiesel. Somente duas usinas de biocombustível da Petrobras, em Candeias (BA) e Montes Claros (MG), processaram no último ano 232 mil litros OGRs.

A PBio fechou, recentemente, parceria com 28 cooperativas e associações de catadores no Ceará e na Bahia. São quase 600 catadores envolvidos diretamente na coleta do óleo de cozinha para reaproveitamento.

A maior parte do óleo coletado vem de hospitais, condomínios, hotéis ou escolas parceiras do projeto e fazem o tratamento primário do OGR, que retira os resíduos deixados pela fritura e pela remoção da água misturada ao produto. Em seis anos, mais de 800 mil litros de OGR foram comprados desses parceiros e processados nas usinas da companhia.

Para o presidente da PBio, Danilo Siqueira Campos, o feedback foi extremamente positivo. “Beto me posicionou a respeito das visitas, e ficamos muito animados, já que todos se comprometeram a participar de maneira efetiva do projeto. A começar, é claro, pela conscientização da sociedade em relação à importância desta reciclagem para o meio ambiente”, pontuou. (biodieselbr)

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Triplicar energias renováveis no mundo até 2030 será difícil

Triplicar energias renováveis no mundo até 2030 será difícil, diz BloombergNEF.

Previsões mostram que a produção de energia solar está no caminho certo para 2030, enquanto a energia eólica e o armazenamento exigirão uma ação estruturada para expansão.
As atenções na conferência climática das Nações Unidas, que acontece este mês nos Emirados Árabes Unidos, estarão em torno do comprometimento para triplicar a capacidade global instalada de energia renovável até 2030, meta essa que significa 11 terawatts de capacidade de geração de energias renováveis. Segundo a BloombergNEF, embora a última vez que a capacidade de produção de energia renovável foi triplicada tenha levado 12 anos, de 2010 a 2022, a próxima deverá levar oito anos e exigirá uma ação conjunta para eliminar os empecilhos em todo o mundo e triplicar energias renováveis no mundo até 2030 será difícil, rápido e realizável.

As previsões da BNEF, que refletem as instalações esperadas com base nos atuais desenvolvimentos econômicos, tendências, pipelines de projetos e medidas políticas, atualmente ficam aquém dessas expectativas, embora as energias eólica e solar sejam as fontes mais baratas de nova geração de energia na maioria dos países. De acordo com o estudo, a parte solar da meta provavelmente pode ser alcançada, mas a necessária expansão da energia eólica exige uma ação conjunta de líderes dos setores públicos e privados. Ele ainda aponta que é necessário obter a combinação certa de tecnologias.

Triplicar energias renováveis no mundo até 2030 é difícil, realizável e necessário para alcançar o net zero, aponta BloombergNEF.

Revisões da BNEF mostram que a produção de energia solar está no caminho certo para 2030, enquanto a energia eólica e o armazenamento exigirão uma ação estruturada para expansão.

Um mundo em rápida descarbonização que é excessivamente dependente da geração de energia solar, enquanto triplica a capacidade de energias renováveis, não verá o mesmo impacto na geração de eletricidade, nem nas reduções de emissões. Isso, segundo o estudo, ocorre porque a geração da energia eólica ocorre em horários do dia diferentes da energia solar, produz mais do que a energia solar no inverno e tem um fator de capacidade mais alto em geral. Há também partes do mundo, como o Norte da Europa, com melhores recursos para energia eólica do que recursos para energia solar.

O cenário net-zero da BloombergNEF, que traça um caminho para zero emissões líquidas de carbono até 2050 e mantém o aquecimento global abaixo do 2°C, considera que a energia renovável contribui com 62% para a redução total das emissões até 2030, em comparação com um caminho sem transição. A eletrificação dos setores de uso final, tais como a indústria e o transporte rodoviário, contribui com mais 15% da redução total do carbono.

Para estar em conformidade com o que é necessário, o compromisso proposto pela COP28 deve remover barreiras para o acesso aos desenvolvedores de energia renovável, possibilitar leilões competitivos e incentivar contratos corporativos de compra de energia elétrica. Os governos também precisam investir em redes, simplificar a autorização de procedimentos para projetos e garantir que os mercados de energia e serviços auxiliares funcionem para incentivar um sistema de energia flexível que possa utilizar a nova geração.
Soluções para a implantação de energias.

Segundo as previsões da BNEF, as contribuições de países individuais para o objetivo mundial serão diferentes. Para os mercados que adotaram anteriormente as energias renováveis, incluindo a China, os EUA e a Europa, triplicar é o objetivo certo para zero emissões líquida de carbono. (canalenergia)

Novo painel solar fotovoltaico de 750W e eficiência de 24,6%

Recorde no setor de energia solar: novo painel solar fotovoltaico de 750W e eficiência de 24,6% é lançado por fabricante chinesa.

Os fabricantes chineses Huasun estão mais uma vez na vanguarda da inovação e tecnologia solar ao estabelecer um novo recorde de potência com o lançamento de seus módulos solares fotovoltaicos de heterojunção (HJT) de 750W.
Chineses lideram no lançamento de tecnologia de heterojunção com novo painel solar fotovoltaico de eficiência surpreendente.

Os fabricantes chineses Huasun estão mais uma vez na vanguarda da inovação e tecnologia solar ao estabelecer um novo recorde de potência com o lançamento de seus módulos solares fotovoltaicos de heterojunção (HJT) de 750W. Este anúncio ocorre apenas seis semanas após o registro do registro anterior, consolidando a Huasun como líder na indústria fotovoltaica HJT e definindo um novo padrão para a produção em massa de módulos solares de alta tecnologia.

Certificado pela renomada TÜV SÜD, o painel solar fotovoltaico Huasun Himalaya G12-132 alcançou uma potência notável de 750.544W, acompanhada por uma eficiência impressionante de conversão de 24,16%. Essa conquista destaca não apenas a capacidade de inovação da Huasun, mas também posiciona a empresa como uma referência no avanço da tecnologia HJT no setor fotovoltaico.

Células solares HJT microcristalinas bifaciais G12-20BB: tecnologia de eficiência elevada e desenvolvimento constante

O painel de energia solar fotovoltaico inovador é composto por tecnologia de células solares HJT microcristalinas bifaciais G12-20BB, fabricadas no projeto de células solares HJT fase IV da Huasun, localizada em Xuancheng. Com uma eficiência média de produção de 25,8%, um aumento notável de 0,5% em relação aos valores obtidos há três meses, a Huasun demonstra seu compromisso com o aprimoramento contínuo.

A conquista de Huasun é atribuída ao progresso significativo na eficiência das células solares, combinada com melhorias no processo de encapsulamento da película de conversão PIB + luz. Este painel solar fotovoltaico HJT Himalaya G12-132 superou seu próprio recorde recente, acrescentando impressionantes 6W em comparação com os 744,43W anteriores. O centro de pesquisa e desenvolvimento da Huasun expressa confiança na capacidade de superar registros continuamente, prometendo incorporar tecnologias inovadoras na produção em massa do novo painel solar fotovoltaico.

Compromisso com a sustentabilidade e eficiência energética global com o novo painel de energia solar

Desde sua origem, a Huasun tem se dedicado a fazer da heterojunção a tecnologia dominante na era do tipo N, alcançando sucesso consistente na industrialização e nas negociações. Comprometida em explorar soluções de produção em massa que priorizem eficiência e rendimento, a Huasun contribui para a criação de valor a longo prazo e se alinha aos objetivos globais de uma sociedade com emissões de carbono zero. O processo de produção inteligente de módulos solares HJT da Huasun é um passo significativo na direção de um futuro mais sustentável. (clickpetroleoegas)

Demanda por energia deve crescer 70% no sul global

Demanda por energia deve crescer 70% no sul global, diz estudo.
Prevê-se que os padrões de vida mais do que dupliquem no Sul Global e que a procura de energia aumente mais de 70%, mantendo-se estável na China e caindo 20% nos países da NZ50.

Relatório anual sobre cenários para sistemas energéticos da TotalEnergies destaca aumento no uso de carvão e outros combustíveis fósseis.

A transição energética começou, mas não está progredindo em um ritmo suficiente para superar os desafios no médio e longo prazo, inclusive registrando um novo aumento nas emissões de CO2 relacionadas com a energia. A avaliação é do último relatório anual sobre cenários para sistemas energéticos da TotalEnergies sobre o período 2000-2021, no qual a percentagem de combustíveis fósseis sobre energia ainda ronda os 80%. A análise é de que o investimento em energias hipocarbónicas ainda é insuficiente para satisfazer as demandas necessárias a partir do crescimento da população mundial.

O TotalEnergies Outlook 2023 distingue três zonas geográficas: os países Net Zero 50 – os quarenta países (principalmente da OCDE) que se comprometeram a alcançar a neutralidade líquida de carbono até 2050 -; China; e Sul Global, o resto do mundo. Prevê-se que os padrões de vida mais do que dupliquem no Sul Global e que a procura de energia aumente mais de 70%, mantendo-se estável na China e caindo 20% nos países da NZ50. A avaliação é de que o desafio será conciliar a transição energética com este crescimento no Sul Global, cuja projeção de população mundial é de mais 1,7 mil milhões de habitantes até 2050.

O cenário Curso e Velocidade, que dá continuidade às tendências atuais na transformação do sistema energético, resulta num aumento da temperatura de mais de 3°C graus até 2100. Amplia os ganhos de eficiência energética observados ao longo da média dos últimos cinco anos, ou seja, 2% ao ano em comparação com 1,4% ao ano nos últimos 20 anos. No entanto o ritmo não seria suficiente para permitir que os países NZ50 e a China alcancem seus objetivos até 2050.

“Nosso desafio coletivo é afastar-nos do cenário de Curso Atual e Velocidade sem comprometer o crescimento nos países emergentes e de uma forma que seja aceitável para as pessoas nos países mais avançados”, declarou a presidente de Estratégia e Sustentabilidade, Helle Kristoffersen.

Já a abordagem Momentum é voltada ao futuro que integra as estratégias de descarbonização dos países NZ50, bem como as NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) das outras nações. A análise mostra ganhos significativos de eficiência energética em todos os países (2,4% ao ano durante o período 2021-2050 contra 2% ao ano no cenário atual de curso e velocidade), na eletrificação verde do transporte rodoviário, eliminação progressiva do carvão nos países da NZ50, redução acentuada na China e ligeiro crescimento nos países do Sul Global utilizando gás natural como energia de transição e aumentando o uso de hidrogénio após 2030 nos países da NZ50 e na China, particularmente na indústria. Os combustíveis fósseis ainda cobririam metade do crescimento da procura de energia no Sul Global devido ao aporte insuficiente em baixas emissões de carbono, o que resultaria em um aumento de temperatura de 2,1 a 2,2°C até 2100.

Por sua vez, Ruptura é um cenário concebido para obtenção de um aumento de temperatura inferior a 2°C até 2100. Implica em uma ampla difusão para todo o mundo das alavancas de descarbonização, ao mesmo tempo que satisfaz as expectativas legítimas de crescimento dos Sul Global, com redução significativa do carvão na região e na China, além da extensão da revolução dos transportes, biocombustíveis, biogás e maior reciclagem de plásticos. Esta transição não acontecerá sem que os países ricos apoiem o Sul Global, promovendo uma transição energética justa para um aumento de temperatura de 1,7 a 1,8°C até 2100. (canalenergia)

domingo, 24 de dezembro de 2023

COP28 pede acordo global para triplicar renováveis até 2030

Levantamento da Ember mostra lacuna de 3,7 TW entre objetivos nacionais coletivos de 11 TW necessários até 2030 e que Brasil possui metas maiores do que os acréscimos anuais médios projetados.

A capacidade de produção de energia renovável no mundo avança consideravelmente e esse ano deverá representar um novo recorde.

O Brasil assinou um acordo para triplicar a energia renovável até 2030 e se afastar do uso do carvão. A informação foi divulgada pela agência Reuters em 24/11/23 e confirmada à Folha pelo Ministério de Relações Exteriores.

Rascunho de documento prevê ainda compromisso pela redução do carvão e duplicação da eficiência energética.

Capacidade global de energias renováveis pode triplicar até 2030

Análise da Ember revela que países podem triplicar suas capacidades renováveis até 2030.

De acordo com análise realizada pelo think tank de energia Ember, muitos países já estão no caminho para superar suas metas nacionais e é possível alcançar ampliação ainda maior das energias renováveis para triplicar sua capacidade global.

O relatório analisa as metas de renováveis para 57 países, além da União Europeia (UE), que, juntos, representam 90% das emissões globais do setor de energia. De acordo com essas metas, a capacidade global de energia renovável alcançará cerca de 7,3 terawatts (TW) em 2030, mais que dobrando em relação aos 3,4 TW em 2022. Mais de 75% dessa capacidade, quando indicada, será proveniente de energia solar e eólica.

No entanto, alerta o Electrek, o crescimento atual das energias renováveis já está superando o planejamento dos governos. O mundo poderia dobrar sua capacidade apenas continuando com o ritmo de implantação alcançado em 2023 ao longo da década, mas todos os sinais indicam crescimento ainda mais rápido.

Crescimento acelerado das renováveis

• Se os países analisados pela Ember mantiverem a taxa de crescimento de 17% alcançada desde 2016 durante o restante desta década, isso colocaria o mundo no caminho para triplicar a capacidade de renováveis;

• O ano de 2023 foi outro ano recorde para as renováveis, com a Agência Internacional de Energia (IEA) prevendo 500 gigawatts (GW) de adições neste ano, aumento de 71% em relação a 2022;

• Mais energia solar foi instalada em 2023 do que a capacidade renovável total dos Estados Unidos;

• Isso foi possibilitado por aumento ainda mais rápido na capacidade de fabricação de painéis solares, que dobraram em apenas dois anos e espera-se que ultrapassem os 1.000 GW em 2024.

Metas atuais desatualizadas

A Ember descobriu que as metas nacionais atuais não levam em conta essa aceleração recente das renováveis.

22 países já têm projetos de energia renovável em desenvolvimento suficientes para superar suas metas de 2030 e outros 12 países já estão construindo renováveis mais rápido do que o necessário para atingir suas metas de 2030.

Isso inclui o Brasil, que pretende instalar quase três vezes mais capacidade renovável em 2023 do que planeja construir anualmente até 2030.

Recentemente, Portugal bateu recorde ao permanecer vários dias seguidos usando apenas energias renováveis.

Metas atualizadas e políticas robustas

Para aumentar a capacidade de renováveis, com base em evidências da IEA e da IRENA, o presidente da COP28, chamou por um acordo global para triplicar a capacidade renovável até 2030. Alguns países têm metas ambiciosas estabelecidas: dez países, incluindo a Índia, já pretendem triplicar sua capacidade renovável.

12 países têm metas de participação de energia eólica e solar que superam o objetivo global de 40% até 2030, incluindo os Estados Unidos – o segundo maior emissor do mundo. Outros 20 países planejam transferir mais de 20% de sua mistura energética de combustíveis fósseis para renováveis até 2030, incluindo a África do Sul.

No entanto, o relatório destaca países específicos que precisam intensificar suas metas, incluindo Austrália, Japão, Coreia do Sul e Emirados Árabes, que já estão no caminho para superar suas metas e estão entre os maiores emissores per capita do setor de energia.

“Triplicar a capacidade de renováveis em todo o mundo é a maior ação necessária nesta década para o clima”, disse Katye Altieri, analista global da Ember.

G-20 firma acordo para triplicar o uso de energias renováveis até 2030.

O aumento da capacidade de energia renovável é visto como crucial para ajudar a cumprir as metas climáticas pelo G-20.

Popular Na Comunidade

“Esse objetivo está ao nosso alcance se os governos estabelecerem metas que reflitam o ritmo atual da mudança e implementarem novas políticas robustas para impulsionar a construção de energia solar e eólica”, finalizou. (olhardigital)

Carros elétricos e híbridos são metade dos carros novos vendidos na Europa

Carros elétricos e híbridos já são mais da metade dos carros novos vendidos na Europa.
As vendas de carros novos cresceram em outubro na Europa, puxados pela demanda na França, Itália e Espanha, bem como por um salto no consumo de veículos elétricos. Os registros de carros novos, que refletem as vendas, avançaram 14,6%, na comparação com igual mês do ano passado, a 855.484 unidades em outubro deste ano, informou a Associação de Montadoras de Automóveis Europeia (ACEA), em 21/11/23.

As vendas de carros totalmente elétricos avançaram 36,3% em outubro na comparação anual, enquanto as de híbridos avançaram 38,6% e as de híbrido plug-in caíram 5%. Já as vendas de carros a gasolina subiram 8,1%, e as de carros a diesel caíram 13,2%.

No mês, a fatia de mercado de carros elétricos subiu para 14,2%, enquanto a de carros híbridos foi de 29% e a de híbridos plug-in diminuiu, para 8,4%, totalizando mais de 51%. Os carros a gasolina mantiveram a liderança, embora tenham diminuído para 33,4% em outubro. Automóveis a diesel tiveram uma fatia de 12%.

Entre as 5 maiores montadoras da UE, a Renault teve maior crescimento nas vendas em outubro, com alta de 24% na comparação anual. A Volkswagen teve alta de 9,9%, Stellantis avançou 11%, Mercedes-Benz teve ganho de 12%, enquanto BMW cresceu 18%. (biodieselbr)

Brasil precisa migrar para ônibus elétrico

Brasil precisa migrar para ônibus elétrico, defende Mercadante.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante, defendeu em 22/11/23, que o Brasil invista na eletrificação da sua frota de ônibus para desenvolver a indústria nacional.

“Ou migramos para o ônibus elétrico ou vamos perder esse mercado e essa história. Temos um gigantesco poder de compra, temos um mercado interno muito forte e uma rede de distribuição, e uma presença na região”, disse o presidente.

A ideia do governo é financiar os ônibus via Fundo Clima, com parte dos R$ 10 bilhões captados recentemente pela emissão de títulos soberanos, segundo apuração do CapitalReset.

Ônibus elétricos são cerca de 3 vezes mais caros que os convencionais, e poucos municípios possuem condições de financiar a transição.

Mercadante lembrou que o banco de fomento já financiou os primeiros 1.300 ônibus na cidade de São Paulo, com R$ 2,5 bilhões, e que o Brasil já conta com cinco empresas produzindo ônibus.

O presidente também destacou a importância de desenvolver a indústria nacional com a produção de peças e baterias no país.

“Estamos financiando projetos para gerar cada vez mais valor agregado com todas as baterias produzidas no Brasil. Somos hoje a quarta indústria de lítio e vamos lançar um programa especial com a Vale e minerais críticos que nos interessa muito sair na frente”, disse.

“Não só produzir o mineral, mas agregar valor no Brasil com baterias e utilizando essa indústria emergente de ônibus elétrico”, completou.

Energia limpa

Além da eletrificação, Mercadante também chamou a atenção para a necessidade de financiamento para projetos de combustíveis sintéticos, tais como combustível sustentável de aviação (SAF), metanol e hidrogênio verde.

“O que é o nosso desafio em relação ainda à matéria energética? É dar um salto em termos de agregação de valor. É partir para os combustíveis sintéticos. Fazer essa passagem, fazer o hidrogênio verde. Estamos conversando com a Vale e com a Petrobras”, afirmou o presidente do BNDES.

Na avaliação dele, o Brasil possui uma vantagem extraordinária para competir na área do hidrogênio verde, e poderia ser capaz de estimular a chegada de indústrias que utilizem o energético para descarbonizar suas atividades.

“Estamos indo agora com o presidente para o mundo árabe, depois vamos até a Alemanha, para tentar buscar atrair esses investimentos em áreas estratégicas, utilizando essa nossa matriz, que é uma vantagem competitiva”, contou. (biodieselbr)

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Empresa americana realiza 1º voo transatlântico com combustível 100% sustentável

Empresa americana realiza primeiro voo transatlântico do mundo com combustível 100% sustentável.
A fabricante americana de jatos executivos Gulfstream Aerospace anunciou em 20/11/23 que realizou o primeiro voo transatlântico do mundo usando combustível de aviação 100% sustentável (SAF, na sigla em inglês).

O voo foi realizado em 19/11/23, na aeronave Gulfstream G600, com duração de 6h56. O avião partiu da sede da empresa, em Savannah, na Geórgia (EUA), e pousou no aeroporto de Farnborough, na Inglaterra.

Segundo a empresa, a missão mostra o potencial para o uso futuro de combustíveis renováveis na aviação, que apresentam menor teor de carbono, enxofre e aromáticos.

Atualmente, o uso do SAF nos motores das aeronaves está limitado a 50%.

Os dados coletados no voo ajudarão a Gulfstream e seus fornecedores a avaliar a compatibilidade das aeronaves com futuros combustíveis renováveis de baixo teor de aromáticos, especialmente sob temperaturas frias para voos de longa duração.

“Uma das chaves para alcançar as metas de descarbonização de longo prazo da aviação executiva é o amplo uso de SAF em vez de combustível de aviação de base fóssil. A conclusão deste voo de classe mundial ajuda a avançar a missão abrangente de sustentabilidade da aviação executiva e a criar impactos ambientais positivos para as gerações futuras”, afirmou Mark Burns, presidente da Gulfstream.

O SAF utilizado no voo era composto 100% de ésteres e ácidos graxos hidroprocessados, com 70% menos emissões de gás carbônico (CO2) no ciclo de vida do que o combustível de aviação de base fóssil, ajudando a reduzir o impacto da aviação no clima.

Pela 1ª vez na história da aviação, foi realizado em 19/11/23 um voo transatlântico com 100% de combustível sustentável.

Além disso, segundo a empresa, o combustível com zero adição de aromáticos tem um impacto reduzido na qualidade do ar local e um teor de enxofre muito baixo, o que pode reduzir os impactos ambientais não relacionados com o CO2. (biodieselbr)