quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Resíduos pesqueiros virarão biodiesel no Amazonas

Resíduos pesqueiros no Amazonas se transformam em biodiesel.
Pesquisadores do Instituto Transire – instituição de pesquisa localizada em Manaus – vão passar a aproveitar resíduos da indústria de pescado para fabricar biodiesel que será consumido pelo frigorífico Iranduba Pescados, instalado no município homônimo, a 27 km de Manaus.
Biopeixe se transforma em biodiesel.
Em até 30 dias, a empresa vai começar a utilizar o combustível para movimentar seus geradores de energia. Com a medida, o Iranduba Pescados planeja reduzir em até R$ 1,2 milhão por ano o gasto com energia elétrica. “Uma coisa que era lixo vai trazer uma economia de R$ 100 mil por mês”, explica Gilberto Novaes, presidente do Instituto Transire. O valor representa cerca de dois terços do custo que a Iranduba Pescados tem mensalmente com eletricidade.
Além da economia de recursos, a medida também vai reduzir a quantidade de resíduos descartados pela indústria pesqueira da Amazônia. “A matriz econômica do pescado só se desenvolve durante quatro meses do ano, devido ao período de defeso. Agora, como a energia pode ser mais barata, você consegue estocar por mais tempo e deixar rodando a economia mesmo nesse período”, comenta o vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento do Insituto Transire, Clemilton Gomes.
Vísceras de peixes são processadas em máquinas biopeixes destinadas a extração do óleo que será transformado em biodiesel.
A PBio vem trabalhado com um sistema parecido desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Ela compra o óleo gerado a partir de vísceras de tilápias produzidas por aquicultores que atuam nos açudes do estado do Ceará.
A produção do biodiesel de peixe
O frigorífico Iranduba Pescados produz farinha a partir dos restos de peixe. A intenção de aproveitar o óleo que sobra levou os pesquisadores a desenvolverem os estudos para a produção do biodiesel.
Entusiasta do biodiesel de peixe, Novaes espera que, no futuro, o biocombustível para uso em veículos e no abastecimento energético de municípios e comunidades do interior do Amazonas. (biodieselbr)

Geração à biomassa cresce 14% no primeiro semestre

As 270 usinas do tipo no país somaram 12,7 GW de capacidade instalada ao final de junho; São Paulo é maior produtor.
Comparado ao primeiro semestre do ano passado, a geração de usinas movidas a biomassa registrou um crescimento de 14% nos seis primeiros meses de 2018, segundo dados da última atualização do boletim InfoMercado mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
O levantamento aponta que as 270 usinas movidas pela queima da biomassa em operação comercial no Sistema Interligado Nacional – SIN somaram 2.408,8 MW médios entregues entre janeiro e junho deste ano. Em 2017, a geração alcançou 2.111,2 MW médios quando haviam 261 usinas cadastradas na CCEE. O Bagaço de Cana totalizou 1.878.7 MW médios em 2018, 78% do total. Em 2017, o montante gerado foi de 1.690.3 MW médios, 80% do total.
A capacidade instalada das termelétricas movidas pela fonte, ao final de junho, somava 12.678,5 MW frente aos 12.530,6 MW de capacidade existente um ano antes, ou seja, um pequeno acréscimo de 1,2%.
Na análise regional, São Paulo segue como maior produtor de energia oriunda da combustão da biomassa no país, com 1.033,9 MW médios de energia entregues no primeiro semestre. Na sequência, aparecem o Mato Grosso do Sul com 451,2 MW médios produzidos, Minas Gerais com 291,8 MW médios, Goiás com 232,7 MW médios e o Paraná com 154,5 MW médios.
O boletim da CCEE ainda confirmou o estado de São Paulo com a maior capacidade instalada, somando 5.308,3 MW, Em seguida aparece o Mato Grosso do Sul com 1.904,8 MW, Minas Gerais com 1.326,0 MW, Goiás com 1.084,5 MW e o Paraná com 713,9 MW de capacidade. (canalenergia)

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Geração eólica cresce 16% no primeiro semestre

Dados consolidados do boletim InfoMercado mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE indicam que a geração de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional – SIN, ao final do primeiro semestre de 2018, subiu 16% em relação ao mesmo período de 2017.
As usinas movidas pela força do vento somaram 4.098 MW médios entregues entre janeiro e junho frente aos 3.534,5 MW médios gerados no ano passado. A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema alcançou 6,5% em 2018. A fonte hidráulica (incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs) foi responsável por 76,5% do total e as usinas térmicas responderam por 17%.
A CCEE contabilizou 518 usinas eólicas em operação comercial no país, ao final do primeiro semestre, somando 13.180,7 MW de capacidade instalada, incremento de 19,8% frente aos 11.001 MW de capacidade das 435 unidades geradoras existentes um ano antes.
Geração Eólica por Estado
A análise indica que, por estado, o Rio Grande do Norte segue como maior produtor de energia eólica no país com 1.110,3 MW médios de energia entregues no primeiro semestre. Na sequência, aparecem a Bahia com 1.013,3 MW médios produzidos, o Rio Grande do Sul com 546,1 MW médios, o Piauí com 516,9 MW médios e o Ceará com 505,2 MW médios.
Os dados consolidados da CCEE, em junho de 2018, confirmam ainda o estado do Rio Grande do Norte com a maior capacidade instalada, somando 3.592,25 MW, Em seguida aparece a Bahia com 2.848,24 MW, o Ceará com 2.249 MW, o Rio Grande do Sul com 1.777,87 MW e o Piauí com 1.443,10 MW de capacidade. 
(ccee)

Geração eólica bate novo recorde e atende 98% da carga do Nordeste

Recorde anterior havia acontecido no dia 14 de julho de 2018.
A geração eólica no Nordeste bateu novo recorde de geração instantânea no último domingo, 19 de agosto. O pico de geração foi registrado às 09h28, quando foram produzidos 8.247 MW, com um fator de capacidade de 82%. O montante correspondeu a 98% de toda a carga do Nordeste naquele momento, informou o Operador Nacional do Sistema (ONS). O recorde de geração instantânea anterior havia acontecido no dia 14 de julho de 2018, quando foram gerados 7.775 MW.
A geração eólica bate novo recorde no Nordeste, atendendo a quase 100% da carga nordestina.
“Mesmo se considerarmos que aos domingos a demanda por energia é mais baixa, esses percentuais de atendimento de domingo são muito significativos. Em dias úteis, com demanda mais elevada, já tivemos recordes de geração com atendimento de carga de mais de 70% do Nordeste na média diária. O cenário, portanto, mostra que estamos acumulando recordes de forma consistente, tanto aos finais de semana como nos dias de semana, tanto em médias diárias como em horários específicos. Todos estes recordes, juntos, demonstram a força da energia eólica no Brasil”, avalia Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
Veja abaixo a curva de atendimento da energia eólica no Nordeste.
(canalenergia)

domingo, 26 de agosto de 2018

Brasil e Alemanha fecham acordo sobre combustível de aviação renovável

O Brasil e a Alemanha vão somar esforços para desenvolver combustíveis renováveis para o setor de aviação. Em 24/08/18 a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Agência Alemã de Cooperação Técnica (GIZ) firmaram um memorando e entendimento para a realização de projetos conjuntos nessa área.
O documento foi assinado no Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas (CPT) da ANP em Brasília.
Aeronave da Embraer usa biocombustível de cana.
O projeto prevê a instalação de uma planta piloto nas dependências do CPT. A unidade contará com tecnologias desenvolvidas na Alemanha e Suíça para capturar gás carbônico – CO2 – diretamente do ar atmosférico e convertê-lo em querosene parafínico por meio do processo Fischer-Tropsch.
A planta opera usando energia solar fotovoltaica.
Uma regra aprovada pela ANP no final de 2014 permite que esse tipo de combustível seja misturado até o limite máximo de 50% em volume ao querosene de aviação (QAV-1) para o consumo em turbinas de aeronaves.
Rede de pesquisa vai fomentar políticas públicas para biocombustíveis de aviação.
No âmbito do projeto, o CPT ficará responsável por certificar o combustível renovável produzindo tanto nessa planta piloto quanto e em outras unidades demonstrativas instaladas no país. (biodieselbr)

Geração solar cresce 88 vezes durante o primeiro semestre

Geração solar cresce 88 vezes durante o primeiro semestre, afirma CCEE.
Capacidade instalada da fonte também evolui e alcança 1.347,4 MW no ano.
A geração das usinas fotovoltaicas brasileiras alcançou 260 MWmédios nos primeiros seis meses de 2018, frente aos 2,94 MWmédios contabilizados no mesmo período do ano anterior. Os números constam na última edição do boletim InfoMercado mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
O montante é cerca de 88 vezes superior à energia gerada por meio de painéis solares durante o primeiro semestre de 2017, crescimento explicado principalmente pela expansão deste tipo de fonte durante este ano.
Por sua vez a capacidade instalada da fonte chegou a 1.347,4 MW ao final de junho, quando 55 unidades geradoras cadastradas na CCEE estavam em operação comercial. Em 2017, haviam 17 plantas em atividade, num total de 278,6 MW.
Geração solar dispara no primeiro semestre de 2018.
88 vezes mais do que o mesmo período do ano anterior. (canalenergia)

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

BYD coloca ônibus 100% elétrico em operação em Volta Redonda

Empresa entregou três modelos D9W que emitem menos poluentes e tem baixo custo de manutenção. Veículos são os primeiros totalmente movidos por eletricidade a circular no estado do Rio de Janeiro.
Entrega oficial dos veículos foi realizada em uma cerimônia no dia 15 de agosto de 2018.
Os primeiros ônibus totalmente elétricos do estado do Rio de Janeiro já se encontram em circulação pelas ruas de Volta Redonda. A entrega oficial de três veículos modelo BYD D9W com carroceria Caio Millenium foi concluída na quarta-feira passada, 15 de agosto, em cerimônia que contou com a presença do Prefeito de Volta Redonda, Sr. Samuca Silva, do Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Sr. Joselito Magalhães, do Presidente da BYD do Brasil, Sr. Tyler Li, do Vice-Presidente Sênior de Vendas da BYD, Sr. Wilson Pereira e do Gerente Nacional de Vendas da BYD, Sr. Silvestre Souza, dentre outras autoridades.
Cumprindo com o plano governamental, os veículos têm sido utilizados para o projeto Tarifa Comercial Zero e circulam gratuitamente nos quatro principais pontos comerciais do município: Vila Santa Cecilia, Centro, Aterrado e Retiro. O período de testes iniciou em 18 de julho deste ano e a linha teve quase 100% de aprovação dos usuários e também dos comerciantes do Centro.
Projeto ‘Tarifa comercial zero’ iniciou operação com ônibus BYD/Caio interligando centros comerciais da cidade; projeto pode ter até 3 veículos até o final de 2018.
O prefeito da cidade, Samuca Silva, destacou que, além de ser um projeto inovador, a iniciativa aquece a economia, levando os
consumidores aos principais centros comerciais da cidade sem interferir nas linhas convencionais. “Os veículos não provocam poluição sonora e nem atmosférica. Com tudo isso, vamos melhorar a mobilidade de Volta Redonda”, avaliou o prefeito.
Para Tyler Li, Presidente da BYD do Brasil, “o ônibus elétrico é uma tecnologia promissora na busca por um transporte público menos poluente e com menor custo de manutenção”. Com cada vez mais grandes metrópoles globais realizando testes e implementando esse tipo de veículo em suas vias públicas, ele entende que o ônibus elétrico vai “deixarde ser apenas uma ideia do futuro, firmando-se dia a dia como realidade”.
Passageiros do ônibus elétrico viajarão de graça pelos centros comerciais.
Redução de poluentes locais
Os ônibus elétricos representam um grande instrumento para a redução de poluentes locais e de gases causadores do efeito estufa. Na média, cada veículo desses em operação urbana reduz cerca de 1,8 toneladas de CO2 equivalentes, o que representa o plantio de mais de 11 árvores ao ano, além de evitar a emissão local de 118,814 kg de NOX e 1,152 kg de material particulado, os dois maiores vilões para a saúde pública. Esses valores se referem a comparação aos ônibus diesel novos, Euro 5, com rodagem média de 6.000 km/mês. (analenergia)

BYD fornece veículos elétricos para segurança publica de São Paulo

BYD fecha fornecimento de automóveis 100 elétricos para segurança publica de São Paulo.
BYD fornece viaturas para segurança pública da Prefeitura de São José dos Campos.
É o maior fornecimento de automóveis 100% elétricos fora da China. Frota de automóveis para utilização da Guarda Civil Municipal da cidade do interior de São Paulo.
A BYD, empresa pioneira em soluções de energia limpa, locou à Prefeitura de São José dos Campos(SP), para utilização na Secretaria de Proteção ao Cidadão, 30 automóveis 100% elétricos, o maior contrato deste tipo no Brasil. A entrega dos veículos foi realizada em uma cerimônia dia 26/07/18.
Estiveram presentes no evento o prefeito de São José dos Campos, Fabricio Hamuth, o secretário de Proteção ao Cidadão, Sr. Antero Baraldo, e o gerente de vendas da BYD, Adriano Caputo, dentre outras autoridades. De acordo com Hamuth — estamos entregando um volume de investimentos que a Guarda Municipal nunca teve. A grande mudança com essa frota elétrica é em relação à visibilidade da Guarda. Esses veículos vão ajudar aparecendo para a população e sendo competentes. Tivemos a BYD como parceira desde o início — disse.
O edital foi ganho pela BYD num pregão eletrônico aberto em abril e foi atendido em sua totalidade com veículos zero km ano 2017/ 2018. A cidade recebeu 29 unidades do automóvel BYD e5 e uma unidade do automóvel BYD e6. Os veículos 100% elétricos são econômicos, não poluentes, com menor custo de manutenção e ótimo desempenho, trazendo sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
Operação consiste na locação dos veículos elétricos por 36 meses. A substituição dos automóveis à combustão pelos elétricos atende à lei municipal 9.684, de março deste ano, que trata da política municipal de incentivo ao uso de carros elétricos e híbridos. O contrato de locação foi efetivado após um teste bem sucedido de um automóvel 100% elétrico BYD modelo e6, no período de outubro de 2017 a março de 2018, trazendo excelentes resultados em disponibilidade, economia e baixo custo de manutenção.
Os automóveis elétricos, além de não emitirem poluentes e possuírem baixo ruído ao dirigir, beneficiam o consumidor à medida em que diminuem os gastos com a alimentação do motor e a manutenção do veículo. — A BYD considera importante contribuir de maneira efetiva para uma sociedade sustentável. A empresa tem projetos similares de fornecimento de veículos elétricos para frotas na área de segurança pública na China e na Europa, isto é uma prática comum da BYD — conta Adriano Caputo, gerente de vendas da BYD do Brasil.
Os automóveis BYD e5 e BYD e6 — Os automóveis BYD e5 (sedan) e BYD e6 (SUV) são 100% elétricos com tração dianteira, freio regenerativo e amplo espaço interno, ideais para atender frotas de polícia e guardas, frotas corporativas e de aplicativos de carona, taxis e transporte executivo. Os veículos vêm equipados com a tecnologia de ponta da BYD, suas baterias de fosfato de ferro lítio, que garantem uma autonomia de até 300 km para o BYD e5 e de até 400 km para o BYD e6, com uma única recarga de até 1,5h.
O veículo BYD e6, oferecido para a prefeitura de São José dos Campos, é o mesmo que ganhou as licitações para o Governo Federal da China e para a Comissão Europeia, em Bruxelas.
BYD fornece viaturas para segurança pública da Prefeitura de São José dos Campos.
A BYD: “Pioneira em soluções de energia limpa” — Gigante global especializada em energia limpa, a BYD foi fundada em 1995 e rapidamente se tornou a maior fabricante mundial de baterias recarregáveis, sistemas de armazenamento de energia, veículos de todos os tamanhos e aplicações tais veículos leves de passeio a trens, empilhadeiras, ônibus e caminhões 100% elétricos. Desde 2015, a BYD também vem surpreendendo o mundo como a maior fabricante de automóveis elétricos e híbridos plug-in do mundo (2015, 2016 e 2017).
A empresa está presente em cinco continentes, mais de 50 países e em cerca de 200 cidades e têm entre seus sócios o americano Warren Buffet. Com mais de 220 mil funcionários distribuídos em 40 fábricas ao redor do globo (sendo 20 mil engenheiros pesquisadores), a chinesa BYD é, ainda, a segunda maior fornecedora de componentes e produtos acabados como celulares, tablets e laptops no mundo para outras marcas globais, e considerada uma das 15 empresas que estão mudando o mundo para melhor, “Change The World”, da Revista Fortune.
Em 2016, a BYD ganhou o prêmio Zero Emission Eco system da ONU, na categoria grandes corporações. Em 2016, a empilhadeira elétrica da BYD ganhou o prêmio IFOY de melhor empilhadeira elétrica do mundo. A primeira vez que uma marca não europeia ganha o principal prêmio do setor de logística na Europa.
No Brasil, a BYD abriu sua primeira fábrica em 2015 para produção de ônibus elétricos e comercialização de veículos e empilhadeiras em Campinas, interior de São Paulo. Em abril de 2017, neste mesmo local, inaugurou sua planta de produção de módulos fotovoltaicos. A BYD Brasil já emprega cerca de 460 funcionários nas cidades de Campinas e São Paulo. (revistafatorbrasil)

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Ônibus elétrico da UFSC chega a 80 mil quilômetros e se consolida

e-Bus transporta alunos e pesquisadores de campus para laboratório de energia fotovoltaica da universidade.
O laboratório Fotovoltaica UFSC gera eletricidade suficiente para todas as suas atividades, inclusive o abastecimento do ônibus elétrico. Um excedente ainda é cedido à rede pública para alimentar o campus universitário na Trindade.
Inaugurado em dezembro de 2016, o ônibus elétrico alimentado por energia solar, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (Fotovoltaica UFSC) em parceria com as empresas Eletrabus, Marcopolo, Mercedes Benz e WEG, já rodou cerca de 10 mil quilômetros ao longo de dois meses de testes no trajeto entre a Universidade e o Sapiens Parque. O veículo realiza cinco viagens por dia, totalmente alimentado pela eletricidade solar gerada nas estruturas do laboratório Fotovoltaica.
“Nos próximos dias, o ônibus passará pela primeira revisão geral de todos os sistemas mecânicos e elétricos, quando será realizado um diagnóstico preciso sobre a operação do veículo”, explica o coordenador da Fotovoltaica, professor Ricardo Rüther.
Está também em fase de desenvolvimento um aplicativo que permitirá à comunidade acadêmica da UFSC reservar seu assento no ônibus por meio de seu telefone celular, da mesma maneira como se faz o check-in para um voo comercial. Após o lançamento do aplicativo, o serviço de deslocamento será oferecido com horários regulares a todos os estudantes, docentes e técnicos-administrativos em Educação da Universidade.
Energia solar e deslocamento produtivo
Toda a eletricidade gerada no laboratório pelos sistemas fotovoltaicos instalados atende ao consumo dos prédios e às recargas do ônibus, com sobra, que é enviada por meio da rede elétrica das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) para ser consumida no campus central da UFSC. Nas simulações feitas pela Fotovoltaica, estima-se que a geração de eletricidade atenda a cerca de 80% do consumo das edificações e das recargas do e-Bus, na base anual, com 20% sendo mandado pela rede da Celesc para o campus da UFSC na Trindade.
O ônibus é parte de um projeto de deslocamento produtivo, com veículos elétricos alimentados por energia solar fotovoltaica – é um ambiente de trabalho, com poltronas confortáveis (somente transporta passageiros sentados), duas mesas de reunião, tomadas 220 v e USB, ar-condicionado e rede wi-fi UFSC. Assim, durante o deslocamento entre o campus UFSC Trindade e o Sapiens Parque, realizado em cerca de 30 minutos, os usuários têm um ambiente de trabalho como se estivessem em uma sala da Universidade.
O projeto contou com financiamento de R$ 1 milhão pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e tem parcerias com as empresas WEG, Marcopolo, Mercedes Benz e Eletrabus. (noticias.ufsc)

Consumo de etanol evitou a emissão de CO2

Consumo de etanol evitou a emissão de CO2 equivalente é a emissão 56 milhões de caminhões.
Entre janeiro e junho deste ano, o consumo médio mensal de 2,2 bilhões de litros de etanol (anidro e hidratado) pela frota flex evitou a emissão de 32 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. O consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, destaca que o volume equivale ao que é emitido, em média, por cerca de 56 milhões de caminhões pesados, movidos a diesel, que trafegam entre São Paulo e Rio de Janeiro. Ou seja, não fosse o biocombustível produzido a partir da cana-de-açúcar, a quantidade de CO2 lançada pelo transporte motorizado seria muito maior.
As emissões mitigadas neste primeiro semestre também representam uma das melhores performances ambientais do etanol em carros flex desde 2003, quando os primeiros modelos começaram a rodar no País. Nestes últimos 15 anos, o uso do biocombustível já acumula uma redução superior a 480 milhões de toneladas de CO2, gás responsável pelo aquecimento global. Utilizando a mesma comparação, o total de emissão evitado pelo renovável da cana é comparável a cerca de 840 milhões de viagens de caminhão entre as duas cidades.
Estudos da USP revelam que a substituição da gasolina pelo combustível renovável produzido da cana proporciona uma queda significativa no número de internações e óbitos decorrentes de doenças respiratórias e cardiovasculares no sistema público de saúde. "Se usássemos apenas combustível fóssil em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, teríamos um aumento de quase 10 mil novos casos de internação hospitalar em função somente dos poluentes gerados pela gasolina e diesel", afirma Alfred Szwarc, citando dados do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP.
Tendo como pano de fundo as metas de desenvolvimento sustentável assumidas pelo Brasil até 2030 no Acordo do Clima, os pesquisadores da USP também projetaram os efeitos socioambientais e econômicos da maior participação dos biocombustíveis na matriz de energética no longo prazo. Nos próximos 12 anos, o etanol de cana, sozinho, proporcionaria uma redução adicional de emissões estimadas em 571 milhões de toneladas de CO2, o que evitaria 11 mil internações e quase 7 mil mortes no período. Segundo cálculos da USP, haveria uma economia de até 23 milhões de dólares para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Outra forma de entender a importância da "descarbonização" proporcionada pelo uso biocombustível sucroenergético em carros flex no Brasil, seja na forma de anidro (misturado na gasolina na proporção de 27%) ou hidratado (direto na bomba), é a comparação com a redução que seria necessária para zerar a soma das emissões de quatro grandes nações sul-americanas ou de países industrializados em 2016.
"A frota flex brasileira deixou de emitir uma quantidade de CO2 maior do que foi lançado em conjunto por Argentina (209 milhões de toneladas - Mt), Chile (87 Mt), Colômbia (85 Mt) e Equador (40 MT). O mesmo pode ser dito sobre a emissão individual ocorrida no ano passado por potências europeias como Itália (359 Mt.), França (344 Mt) e Espanha (261 Mt)", afirma o especialista. Estes e outros dados sobre os fluxos de carbono resultantes de atividades humanas e processos naturais estão disponíveis no site do Global Carbon Atlas – www.globalcarbonatlas.org –, uma plataforma online de consulta, lançada em 2013, com a participação de cientistas de diversos centros de pesquisa ao redor do mundo. (noticiasagricolas)

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Scania prepara-se para o futuro sem combustível fóssil

Antes de assumir a presidência da Scania no Brasil e América Latina, há um ano, o paulistano Christopher Podgorski viveu cinco anos em Södertälje, na Suécia, onde fica a matriz da montadora de caminhões pesados e ônibus. O que motivou um treinamento tão caprichado foi o momento de transformação da companhia. De olho no caminhão do futuro, a Scania decidiu deixar toda a linha de produtos preparada para não depender mais de combustíveis fósseis. Cada modelo vendido em qualquer parte do mundo poderá funcionar com diferentes tipos de energias renováveis, com biodiesel, bioetanol, gás biometano (produzido a partir de dejetos) ou eletricidade. E estará também preparado para, no futuro, funcionar de forma autônoma, sem a intervenção do motorista. A renovação acaba de ser concluída na Europa e agora e a vez do Brasil.
De olho no futuro, a Scania prepara sua linha de caminhões e ônibus para não depender mais de combustíveis fósseis.
O projeto, que na Europa consumiu € 2 bilhões, foi definido a partir do acordo de Paris sobre as alterações climáticas. O Brasil foi escolhido como a próxima etapa dessa renovação por ter a maior fábrica fora da Europa e única fora da matriz que produz os veículos em todas as suas fases. A subsidiária brasileira também precisa ajustar-se imediatamente à mudança porque 70% da sua produção é exportada, para diferentes continentes.
O investimento no Brasil, que somará R$ 2,6 bilhões no período entre 2016 e 2020, envolve desde reformas estruturais até uma completa modernização da cabine de pintura, que terá 76 robôs. Segundo Podgorski, R$ 1,5 bilhão do plano de investimentos serão concluídos até o fim deste ano.
As mudanças implementadas pela fábrica construída em São Bernardo do Campo (SP) há 56 anos revelam que, assim como novos hábitos marcam uma mudança de conceito no transporte em automóvel, também os caminhos começam a entrar numa nova era.
O antigo salão do último andar do prédio, há anos usado para receber visitantes especiais para o almoço, servirá, agora, para receber o cliente em reuniões personalizadas, que definirão o tipo de energia que mais lhe convém. "A sustentabilidade não tem volta. Mas não existe uma bala de prata assim como também não precisamos esperar a eletrificação fazer sentido para começar a agir. A solução elétrica não compete com bioetanol ou gás. Podemos ter veículos preparados para tudo. Esse é o encanto da produção global", afirma.
Aos 60 anos de idade e há 21 anos na empresa, Podgorski é o primeiro brasileiro na presidência da operação local desde que a Scania instalou-se no bairro do Ipiranga, em São Paulo, em 1957, surgindo como uma das pioneiras da história da indústria automobilística no Brasil.
Filho de um polonês e uma inglesa, o executivo formou-se em administração de empresas na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e iniciou carreira na Caterpillar, fabricante americana de máquinas e equipamentos para construção. A Scania foi seu segundo emprego. Ali, ao longo dos anos, atuou em diversas funções da área de vendas para vários mercados da América Latina. Nos cinco anos na matriz, como vice-presidente de vendas e marketing, foi o responsável pelo lançamento da nova geração de caminhões no mercado europeu.

Graças à grande parcela da produção destinada à exportação, durante a recente e profunda crise que atingiu toda a indústria de caminhões, a operação brasileira da Scania conseguiu manter uma posição mais confortável que alguns dos concorrentes. O mercado da Rússia, principal destino, tem se destacado, segundo o relatório financeiro da companhia, divulgado ontem. Com receita líquida equivalente a € 6,34 bilhões no primeiro semestre, 1% mais do que nos primeiros seis meses de 2017, o lucro líquido cresceu 1,7%, com € 486 milhões.
Primeira experiência é feita com camiões de mercadorias amigos do ambiente, sem consumo de gasóleo nem emissões de dióxido de carbono.

As vendas líquidas na Europa somaram €$ 3,9 bilhões e representaram 64% das vendas totais. A região América, que corresponde principalmente às operações na América Latina, dominada pelo Brasil, destaca-se na segunda posição. Segundo o documento, as vendas líquidas na região alcançaram €$ 724 milhões, o que equivale a 11,76% das vendas totais (€$ 6,15 bilhões). A força das exportações compensa a participação mais modesta no mercado brasileiro de veículos pesados, no qual a Scania ocupa terceira posição.
Em 2017, no pico da ociosidade na maior parte das fábricas de caminhões, a Scania abriu 800 empregos. Todos os 4,3 funcionários pararam o trabalho ontem por uma hora e meia e foram para o pátio celebrar a nova geração de veículos, que começará a ser produzida em outubro, com início de vendas estimado para fevereiro.
No último relatório de sustentabilidade, a direção mundial da Scania assumiu o compromisso de reduzir pela metade suas pegadas de carbono até 2025. Para o diretor de vendas no Brasil, Silvio Munhoz, o novo conceito de venda, ligado à sustentabilidade, será mais facilmente alcançado a partir do momento em que compromissos semelhantes têm sido assumidos por grandes clientes da montadora, como Procter & Gamble e McDonals.

No Brasil Podgorski aponta o potencial para o biodiesel e bioetanol. Mas começa a crescer também o interesse pelo gás, tanto natural como biometano, produzido a partir da decomposição de matéria orgânica e ainda em testes em veículos. Para ele, a inserção do Brasil no novo contexto mundial dará à fábrica brasileira "uma longevidade de algumas décadas".
O tempo vivido na Suécia, diz Podgorski, foi enriquecedor, exceto pela melancolia dos dias escuros, durante o inverno, que entristecem até quem nasceu no país. Segundo ele, o maior inconveniente de partir para um país distante, com cultura e idioma peculiares, com os filhos já adultos foi ter de "partir" a família. Filho e filha ficaram no Brasil. A esposa o acompanhou determinada a conseguir exercer a profissão de fisioterapeuta comunicando-se na língua local. Às custas de cinco horas de aulas de sueco por dia, Beatriz conseguiu seu objetivo e hoje compreende o idioma melhor do que o marido. (biodieselbr)

O que vai mover o transporte público no futuro?

O que vai mover o transporte público por ônibus no futuro? Essa questão está vindo à tona quase que diariamente diante da necessidade de melhorar a mobilidade urbana de forma sustentável, com a redução de emissões de gás carbônico (CO2), Óxidos de Nitrogênio (NOx) e materiais particulados, principalmente nas grandes metrópoles. O uso de combustíveis alternativos e motores elétricos em substituição ao diesel de origem fóssil para o transporte de passageiros já é uma realidade em todo o mundo, mas muitas incertezas ainda rondam esse universo que precisa chegar à melhor resposta para a difícil equação de reduzir a emissão de poluentes nas cidades com o menor custo operacional para as empresas.
Com o tema “O que move o setor: diesel x híbrido/elétrico”, empresários do segmento de ônibus reuniram-se no último dia do Seminário Nacional NTU para debater as opções mais viáveis entre as novas tecnologias limpas que estão disponíveis no país para o transporte urbano de passageiros. Na avaliação de Francisco Christovam, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), que foi mediador nesse painel, ainda é difícil afirmar qual será o melhor caminho para cumprir as metas de redução de emissões dentro da nova Lei de Mudanças Climáticas. “O elétrico é importante, tenho certeza que boa parte da frota que será introduzida passo a passo será movida a tração elétrica nas suas várias modalidades: híbrido, elétrico a bateria, trólebus”, diz. (Ver matéria sobre os elétricos)
“Mas estamos apreensivos porque as tecnologias estão sendo apresentadas, mas até agora nenhuma delas nos atende”, afirma Christovam. Ele conta que um ônibus elétrico a bateria, de uma montadora chinesa, foi testado em São Paulo e não aguentou, o chassi rompeu na operação em linhas normais. “Nem era uma linha com operação muito severa, mas o veículo não aguentou”, relata o executivo.
Uma opção seria o híbrido fabricado pela empresa nacional Eletra, mas Christovam teme pela capacidade de produção, já que apenas São Paulo tem uma frota de quase 15 mil veículos que terão que ser substituídos por carros de baixa emissão em etapas, até a renovação total em 20 anos. “O híbrido da Eletra tem uma tecnologia já testada, porém suportar o fornecimento de 100 ou 200 ônibus é uma coisa, mas ficar dependendo de uma única tecnologia para 15 mil ônibus é muito ruim”. A Volvo vem desde 2012 desenvolvendo sua tecnologia de ônibus elétricos no país e hoje já conta com 35 híbridos em operações regulares nas cidades de Curitiba (PR), São Paulo, Santos (SP) e Foz do Iguaçu (PR).
Outra grande preocupação dos empresários do setor de ônibus em relação ao veículo elétrico a bateria é o custo das estações de recarga. “Quem vai pagar esse custo? Nós não vimos até agora nenhuma manifestação do poder público com relação a isso, dizendo que não tem capacidade de financiar essa tecnologia, de pagar o custo operacional. Tem tecnologia que, mantido o atual nível do subsídio pago em São Paulo, em torno de R$ 3 bilhões por ano, faz a tarifa que hoje é R$ 4 passar para R$ 7. Alguém vai ter condição de bancar isso?”, indaga o presidente do SPUrbanuss. Há também a questão do fornecimento da energia, a concessionária precisaria fazer uma avaliação da demanda porque carregar uma frota completa de uma grande operadora, sem o devido planejamento, poderia derrubar a energia elétrica de um bairro inteiro. E outra preocupação é com o tempo de recarga. “Hoje estamos com tempo de recarga de três horas, não temos esse tempo disponível, a frota não fica parada na garagem por três horas”, ressalta.
O trólebus é uma tecnologia dominada, mas o problema é o custo da infraestrutura, da rede, das estações, diz Christovam.
Já entre os combustíveis alternativos aventados hoje para o mercado nacional, Christovam acredita que o único que hoje teria condições técnicas e econômicas viáveis é o HVO (hydrotreated vegetable oil), ou óleo vegetal hidrotratado, mas o país ainda não tem produção em escala desse biodiesel. Ele ressalta que o HVO tem que passar ainda por uma padronização. “Não podemos ter vários fabricantes produzindo esse combustível sem uma regulamentação. Há até uma hipótese de que a Petrobras venha   a ser o órgão que vai cuidar da regulamentação das especificações técnicas desse combustível para que os motores todos possam ser ajustados”, diz. A Mercedes-Benz já anunciou que todos os seus ônibus, assim como sua linha de caminhões, já têm motores preparados para usar o HVO.
Sobre a alternativa do gás, Christovam ressalta que a Scania tem apostado nessa tecnologia no país, com ônibus movidos a biometano e GNV (gás natural veicular), porém ele reforça que o mais acertado seria o uso do biogás e não do GNV que é de origem fóssil e acaba gerando um volume de CO2 não aceitável. “O que mais nos preocupa é o CO2, porque na redução de particulados e NOx não vemos grandes dificuldades. A diminuição de material particulado é questão de sofisticar um pouco mais os filtros e para o NOx também há sistemas de redução. O problema é o CO2, que não é fácil de eliminar, não pode ser nada de origem fóssil”, alerta.
Comitê da Lei de Mudanças Climáticas
No início deste ano, o governo municipal de São Paulo sancionou a Lei 16.802, de 17 de janeiro de 2018, que modifica a Lei 14.933, de 2009, instituindo novo cronograma a ser cumprido pelos operadores do transporte público de São Paulo para reduzir a emissão de poluentes. Entre as determinações, a emissão de gás carbônico (CO2) de origem fóssil tem que cair 50% em um prazo de dez anos e, gradativamente, chegar a 100% de redução em 20 anos. Também no prazo de dez anos deverá haver uma redução mínima de 90% na emissão de material particulado (MP) e de 80% de Óxidos de Nitrogênio (NOx), em relação à medição total da frota de 2016, até diminuir em 95% a emissão dos dois poluentes em 20 anos. As empresas operadoras do transporte público – e também as de coleta de lixo – terão que apresentar anualmente um relatório de emissões das frotas pelas quais são responsáveis
“Estamos às vésperas da instalação do comitê criado pela própria Lei 16.802 e estou me preparando para pleitear ao presidente do comitê, que deverá ser o secretário de Transportes, que me permita fazer uma apresentação logo no início da reunião para contextualizar as pessoas que estarão ali presentes para que conheçam a dura realidade que vamos enfrentar. Para se ter uma ideia, a licitação (licitação do transporte público de São Paulo, que está suspensa por determinação do Tribunal de Contas do Município-TCM), estabelece metas ano a ano, a despeito da Lei 16.802, que estabelece marcos para os primeiros dez anos de vigência e depois para 20 anos, com limites de emissão tolerados, seja de CO2, NOx ou material particulado. Ou seja, a pressão é muito forte no sentido de que não seja mais uma lei que não traga os resultados esperados, como foi a anterior, que acabou não produzindo efeito”, alerta Christovam.
O futuro será elétrico, conectado e compartilhado
Os participantes do painel “O que move o setor: diesel x híbrido/elétrico”, do seminário promovido pela NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), em São Paulo, apresentaram diversos dados sobre os problemas com a emissão de poluentes em todo o mundo. O Brasil é considerado o sétimo maior poluente de CO2 no mundo, sendo responsável por 3% da emissão global.
No entendimento geral, são necessárias políticas públicas de investimentos em combustíveis renováveis e outras tecnologias, além de regulamentação para garantir que hajam metas e fiscalização para cobrar os resultados.
O consenso é que o futuro será elétrico, conectado e compartilhado. (futuretransport)

sábado, 18 de agosto de 2018

BYD entrega veículos elétricos à prefeitura de São José dos Campos

BYD entrega 30 veículos elétricos para segurança pública em São José dos Campos.
Contrato de locação, previsto até 2022, é o maior deste tipo no país. Automóveis serão utilizados pela Guarda Municipal da cidade.
A BYD entregou 30 automóveis 100% elétricos à Prefeitura de São José dos Campos (SP), para utilização na Secretaria de Proteção ao Cidadão, através da Guarda Municipal. O contrato de locação, previsto até 2022, é o maior deste tipo já firmado no Brasil, representando mais um passo para a implantação da cultura de veículos elétricos no país.
O Prefeito de São José dos Campos, Felicio Hamuth, o Secretário de Proteção ao Cidadão, Antero Baraldo, e o Gerente de Vendas da BYD, Adriano Caputo, dentre outras autoridades, estiveram presentes no evento de entrega dos automóveis, que aconteceu em 26/07/18.
De acordo com Hamuth, a Guarda Municipal nunca contou um volume de investimentos como esse: “A grande mudança com essa frota elétrica é em relação à visibilidade da Guarda. Esses veículos irão colaborar, aparecendo para a população e sendo competentes”.
O edital foi ganho pela empresa num pregão eletrônico aberto em abril e foi atendido em sua totalidade com veículos zero km ano 2017/2018. A cidade recebeu 29 unidades do automóvel BYD e5 e uma unidade do automóvel BYD e6. Os veículos 100% elétricos são econômicos, não poluentes, com menor custo de manutenção e ótimo desempenho, trazendo sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

A operação consiste na locação dos veículos elétricos por 36 meses. A substituição dos automóveis à combustão pelos VE’s atende à lei municipal 9.684, que trata da política municipal de incentivo ao uso de carros elétricos e híbridos. O contrato foi efetivado após um teste bem sucedido de um automóvel totalmente elétrico BYD modelo e6, no período de outubro de 2017 a março de 2018, trazendo excelentes resultados em disponibilidade, economia e baixo custo de manutenção.
Além de não emitirem poluentes e possuírem baixo ruído quando em movimento, os automóveis elétricos beneficiam o consumidor à medida em que diminuem os gastos com a alimentação do motor e a manutenção do veículo. “A BYD considera importante contribuir de maneira efetiva para uma sociedade sustentável. A empresa tem projetos similares de fornecimento de veículos elétricos para frotas na área de segurança pública na China e na Europa, isto é uma prática comum nossa”, contou Adriano Caputo, Gerente de Vendas da BYD do Brasil.

Guarda Civil Municipal de São José dos Campos Começa a Testar Viatura Elétrica.
Automóveis BYD e5 e BYD e6
Os carros BYD e5 (sedan) e BYD e6 (SUV) são 100% elétricos, com tração dianteira, freio regenerativo e amplo espaço interno, ideais para atender frotas de polícia e guardas, frotas corporativas e de aplicativos de carona, taxis e transporte executivo. Os veículos são equipados com tecnologia de ponta: as baterias de fosfato de ferro lítio garantem uma autonomia de até 300km para o BYD e5 e de até 400 km para o BYD e6, com uma única recarga de até 1,5h. (canalenergia)

BYD expande presença no mercado global de ônibus elétricos

Dois ônibus 100% elétrico da BYD já rodam no sistema Transantiago do Chile; no fim do ano, serão cem.
Montadora registra encomendas no Chile, Espanha e Noruega.
A fabricante de veículos elétricos e baterias BYD anuncia a maior encomenda de ônibus elétricos feita até agora nas Américas: a empresa, que possui fábrica em Campinas (SP), assinou um acordo para a venda de cem unidades do K9FE para a cidade de Santiago, no Chile, em colaboração com a empresa de energia chilena ENEL. Os veículos serão importados da China e rodarão no sistema de transporte público Transantiago com início da operação previsto para o fim de novembro.
A venda é fruto de um teste realizado pelas duas empresas, a BYD e a ENEL, que introduziram dois ônibus 100% elétricos em Santiago em novembro do ano passado para operar em oito das artérias rodoviárias mais importantes da cidade. Após os testes, os veículos ganharam reconhecimento oficial. A frota adicional também vai operar nas principais avenidas da capital chilena.
Os e-buses serão equipados com as baterias BYD personalizadas para o mercado local a fim de atender as regulamentações de transporte do país.
“Operar um ônibus 100% elétrico da BYD é equivalente a reduzir as emissões de carbono de 33 carros. Além disso, os ônibus 100% elétricos são seguros, silenciosos e podem reduzir os custos operacionais em até 70%. Um ônibus 100% elétrico da BYD exige apenas 70 pesos chilenos para ser executado por quilômetro, em comparação com 350 pesos chilenos por quilômetro para ônibus de motores de combustão interna”, afirma a porta-voz da BYD no Chile, Tamara Berríos.
Os ônibus elétricos foram vistos como uma piada em uma conferência da indústria na Bélgica, sete anos atrás, quando a fabricante chinesa BYD Co. apresentou um modelo inicial.
A fabricante chinesa comemora também a expansão de seus negócios na Europa: a empresa também conquista o maior pedido de ônibus elétricos de 12 metros na Espanha: serão quinze unidades para operar na cidade de Badajoz, encomendados pela Tubasa, operadora de transporte público que pertence ao grupo Ruiz, um dos principais deste setor no país. Eles serão entregues em 2019 e serão equipados com baterias de fosfato de ferro, com sistema de gerenciamento de térmico. 
“Nosso potencial no mercado ibérico está crescendo rapidamente, com pedidos consecutivos da Espanha e de Portugal. Até agora, confirmamos a entrega de 32 ônibus 100% elétricos aos dois países até o verão de 2019, e temos confiança de que haverá mais por vir. Estamos satisfeitos com o fato de essas cidades já terem escolhido ônibus que não emitem poluentes, contribuindo com a qualidade do ar”, disse o diretor administrativo da BYD Europa, Isbrand Ho.
Além destes lotes, a empresa registra a venda de 42 ônibus também 100% elétricos para a operadora Nobina, na Noruega, que fará o transporte de passageiros na capital Oslo. Os veículos de 18 metros de comprimento serão produzidos na China e terão sistema de carregamento via pantógrafo. A entrega também está prevista para 2019. O novo lote se unirá aos dois ônibus articulados 100% elétricos da BYD que funcionam em Oslo desde dezembro do ano passado.
“Nos próximos dez anos, Oslo está planejando administrar um sistema de transporte público de emissão zero e nós, juntamente com a BYD, estamos fazendo uma grande contribuição para tornar este plano realidade. Temos boas experiências com os dois ônibus articulados da BYD que estão em operação há seis meses em Oslo, inclusive nos desafiadores meses de inverno, e temos confiança de que o desempenho da nova frota atenderá às nossas expectativas”, declarou o diretor da Nobina, Jan Volsdal. (automotivebusiness)

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Está na hora de lançar o Programa de Biodiesel 2.0

Em janeiro deste ano, o biodiesel completou 10 anos de uso obrigatório no Brasil. Foi uma década de muito aprendizado para usinas, distribuidoras, governo e todos os envolvidos no setor. Se olharmos o que era o setor em 2008 e olharmos para o que ele se tornou em 2018 temos uma visão clara do quanto o biodiesel se desenvolveu no Brasil.
A produção média em 2008 ficou abaixo de 100 mil m³ por mês e em 2018 a média deverá ficar acima dos 400 mil m³. O biodiesel fabricado hoje também é muito diferente do de 10 anos atrás. Ao longo da última década, o biodiesel mudou sua especificação três vezes. Antes, com misturas iguais ou menores que B5, os postos viviam reclamando da qualidade do biodiesel. Hoje, com B10, essas reclamações praticamente desapareceram.
A forma como o biodiesel é negociado mudou completamente. Os leilões continuam existindo, mas em outros termos, com as distribuidoras plenamente no controle de quem serão seus fornecedores. Enquanto antes, elas tinham que aceitar o biodiesel de produtores dos quais elas não gostariam de comprar.
As usinas também mudaram. As 51 usinas autorizadas a operar em janeiro de 2008 tinham a capacidade de produção média de 70 milhões de litros por ano. Embora tenha crescido e encolhido nesse meio tempo, o número de usinas autorizadas pela ANP atualmente é o mesmo que há 10 anos atrás – 51 –, sua capacidade média de produção, no entanto, saltou para 161,4 milhões de litros ao ano. Em 2008, apenas 3 usinas – ADM MT, Agrenco e Biocapital, – que podiam produzir uma capacidade maior que o tamanho médio atual. A capacidade total de produção do setor era de 3,3 bilhões de litros por ano em janeiro de 2008, está agora em 8,2 bilhões de litros por ano.
O preço do biodiesel é outro ponto que mudou bastante. Em 2008, e nos 5 anos seguintes, não se sonhava que o biodiesel pudesse competir com o preço do diesel. A justificativa de uso eram as externalidades positivas para a saúde e o meio ambiente. Hoje, o biodiesel está competitivo com o diesel fóssil no preço; com combustível renovável custado menos que o diesel de forma constante em muitos estados brasileiros. As externalidades vêm de brinde.
O salto no uso de biodiesel no diesel de 8% para 10% sem nenhum problema mostrou o nível de maturidade que o setor alcançou. Isso dá força para que a indústria defenda que está pronto para dar o próximo passo: o cronograma de aumentos da mistura obrigatória para chegar ao B15 e uma sinalização para a implementação do B20.

Biodiesel 2.0

A trajetória entre B10 e o B20 será muito diferente da que foi vista até agora. Todas as mudanças colocadas acima, que são a regra hoje, não mais serão quando o país tiver alcançado o B15 e o B20. O próximo ciclo de expansão será a versão 2.0 do triunfante programa de biodiesel lançado no final de 2004.
Os desafios do Biodiesel 2.0 serão diferentes daqueles que trouxeram o programa até aqui. Será preciso esmagar mais soja no país e encontrar escoadouros para o farelo extra. Matérias-primas antes inviáveis em algumas regiões poderão ganhar escala e tornar o biodiesel ainda mais competitivo. Serão necessárias mais usinas e profissionais para atender a nova demanda. Novos desafios e oportunidades surgirão com os futuros leilões que poderão ser anuais, bimestrais ou mensais e com preços indexados.
Há ainda o RenovaBio que, pela primeira vez, fará aparecer no faturamento das empresas do setor de biocombustíveis as externalidades positivas que elas sempre geraram, mas, pelas quais, nunca receberam um centavo que seja.
Mas, para que essa evolução comece a acontecer, é preciso que o governo dê o primeiro passo entregue a previsibilidade para o setor.
O governo tem a oportunidade de lançar essa nova versão do programa de biodiesel com um novo cronograma de aumentos da mistura de biodiesel e com regulamentação das mudanças nos leilões. Essas duas medidas farão com que o Biodiesel 2.0 traga muito mais benefício para o país do que o obtido até agora. (biodieselbr)