quinta-feira, 16 de maio de 2024

Novas hidrelétricas ameaçam rios em todo o mundo

Rio Paraguai: Construções de novas hidrelétricas podem colocar bacia e Pantanal em ameaça, alerta WWF.

Mais de 260.000 quilômetros de rio podem ser potencialmente cortados por projetos hidrelétricos planejados, de acordo com pesquisadores da Universidade McGill.

O estudo, liderado pelo World Wildlife Fund e publicado recentemente na Global Sustainability, mostrou que represas e reservatórios planejados são os principais contribuintes para o declínio dos rios de fluxo livre em todo o mundo. Ele também fornece uma lista abrangente de soluções baseadas na ciência para minimizar os impactos do desenvolvimento da energia hidrelétrica nos rios.

“Usamos um conjunto de dados de mais de 3700 projetos hidrelétricos potenciais e calculamos seus impactos nos rios em todo o mundo”, disse o Prof. Bernhard Lehner, do Global HydroLab da Universidade McGill, que criou os mapas de rios globais subjacentes. “Foi preocupante saber que muitos dos rios de fluxo livre remanescentes correm o risco de ser permanentemente transformados por novas infraestruturas de energia”.

Além disso, o estudo também descobriu que todas as barragens propostas em rios de fluxo livre gerariam coletivamente menos de 2% da energia renovável necessária até 2050 para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C – uma pequena contribuição com consequências potencialmente devastadoras para o restante rios de fluxo livre e as pessoas e animais selvagens que dependem deles.

Os pesquisadores sugerem que, enquanto os líderes globais se reúnem para uma rodada crítica de cúpulas da ONU sobre clima e biodiversidade neste outono, os legisladores devem considerar as compensações entre o desenvolvimento da energia hidrelétrica e a manutenção de ecossistemas de água doce saudáveis.

Olhando para as compensações – desenvolvimento de energia hidrelétrica vs. custos ambientais

“É verdade que a energia hidrelétrica é uma fonte de energia renovável com emissões de carbono relativamente baixas”, diz Günther Grill, um pós-doutorado da McGill que analisou os números e desenvolveu o modelo de avaliação ambiental espacial para estimar o efeito de futuras represas. “No entanto, os projetos hidrelétricos podem impactar de forma permanente e irreversível a dinâmica e as funções do rio e da planície de inundação, muitas vezes em áreas selvagens tropicais com alta biodiversidade”.

O documento de política aponta para o fato de que rios conectados e saudáveis CO2 proporcionam diversos benefícios que muitas vezes são esquecidos: estoques de peixes de água doce que melhoram a segurança alimentar para centenas de milhões de pessoas; entrega de sedimentos que nutrem a agricultura e mantêm os deltas acima do mar; e várzeas que ajudam a mitigar o impacto das inundações e sustentam uma grande biodiversidade.

“Quando se trata de saúde fluvial, mudança climática e perda de biodiversidade, não podemos mais nos dar ao luxo de pensar nisso como questões separadas”, diz Michele Thieme, cientista-chefe de água doce do World Wildlife Fund (WWF) e principal autora do estudo. “Os rios são agentes poderosos para manter a vida selvagem e as comunidades saudáveis, especialmente em um clima quente, mas sua capacidade de sustentar a vida está ameaçada por barragens hidrelétricas em muitas partes do mundo. As melhores soluções políticas serão aquelas que equilibram as necessidades de energia renovável com os muitos benefícios dos ecossistemas de água doce prósperos”.

Proteger rios de fluxo livre e ao mesmo tempo cumprir as metas climáticas e as necessidades de energia

No artigo, os pesquisadores compilaram uma lista de soluções de políticas baseadas na ciência para cumprir as metas climáticas e as metas de energia, ao mesmo tempo que protegem os rios de fluxo livre e seus benefícios para as pessoas e a natureza. Essas soluções incluem evitar a fragmentação do rio, explorando opções de desenvolvimento alternativo, como energia renovável não hidrelétrica, como solar e eólica; minimizar os impactos com a instalação de barragens em locais com menos consequências para as pessoas e a natureza; restauração de rios por meio da remoção de barragens; ou compensar os impactos negativos das barragens em um rio protegendo formalmente outro rio semelhante.

“Há uma longa história de conflitos, estudos e debates sobre como proteger os rios e desenvolvê-los de forma sustentável”, acrescenta Lehner. “Com uma pausa nos novos desenvolvimentos causados CO2 pela pandemia global, implementação antecipada do Acordo de Paris e reuniões de alto nível sobre o clima e a biodiversidade em 2021, agora é um momento oportuno para considerar a atual trajetória de desenvolvimento e opções de políticas para reconciliar barragens com a saúde do sistema de água doce.

Status de conectividade global do rio e distribuição de rios que perdem seu status de fluxo livre entre os cenários de barragem atual e futuro. O portfólio atual de barragens, bem como métodos para calcular o status de conectividade e FFRs, são descritos em Grill et al. (2019). A construção da barragem adiciona 3.700 barragens hidrelétricas (> 1 MW de capacidade) (Zarfl et al., 2015). Uma lista de rios com mudança de status por mais de 500 km é fornecida na Tabela Suplementar S3. (ecodebate)

Volvo encerra produção de carros diesel

A Volvo está cumprindo a promessa que fez no ano passado, quando anunciou o fim da produção de veículos movidos a diesel no início de 2024. Esse XC90, montado na fábrica da empresa em Torslanda, é o último veículo movido a óleo produzido pela montadora sueca, encerrando uma era que começou há 45 anos.
A Volvo fabricou seu último carro de passeio a diesel depois de 45 anos. A última unidade equipada com esse tipo de motor – destinado ao museu da montadora – foi fabricada esta semana na fábrica de Torslanda, na Suécia.

A decisão da empresa de abandonar a tecnologia havia sido anunciada em setembro passado durante evento em Nova York e faz parte dos planos da montadora para zerar suas emissões de gases de efeito estufa e eletrificar toda sua linha até 2040.

A Volvo foi uma das pioneiras na oferta de carros leves motivos à diesel na Europa. Seus primeiros modelos começaram a ser vendidos em 1979 quando esse tipo de motorização no segmento passeio ainda era um produto de nicho.

Mudança acelerada

Em nota divulgada à imprensa, a montadora informou que “apenas cinco anos atrás” os carros diesel eram o principal produto de seu portfólio e representavam a maior parte dos veículos de passeio vendidos na Europa.

A reputação dos veículos diesel já vinha mudando depois do estouro do Dieselgate quando várias montadoras foram flagradas burlando os limites de emissões de poluentes no mercado Europeu. E com a aceleração da eletrificação no mercado de carros leves as vendas de veículos diesel começaram a perder tração no mercado europeu. “A maior parte de nossas vendas no continente já é de carros eletrificados. No último ano, as vendas de veículos elétricos aumentaram em 70%”, diz a nota. (biodieselbr)

terça-feira, 14 de maio de 2024

Teste comprova que biodiesel 100% rende o equivalente ao diesel

Os resultados iniciais evidenciam que a performance do veículo abastecido com biodiesel é equivalente ao utilizado na mesma rota com o diesel convencional, mas com impacto ambiental muito inferior”, afirmou o diretor comercial da Biopower, Alexandre Pereira.
Autonomia equivalente à do diesel fóssil e menos emissão de gás carbônico: esses foram os resultados da 1ª fase de testes realizados pela JBS para avaliar o uso de biodiesel 100% (B100) –totalmente de origem biológica– na logística da empresa. Na comparação ao combustível convencional, o lançamento de CO2 na atmosfera foi 80% menor.

A empresa começou o estudo em julho/2023, com um caminhão da montadora holandesa DAF. Durante 6 meses, o veículo foi utilizado pela JBS Transportadora na rota entre a cidade de Lins, no interior de São Paulo, e o Porto de Santos, no litoral paulista. Sempre abastecido com o biodiesel produzido pela Biopower, a partir de resíduos da produção bovina.

“Foram 6 meses de operação, e os resultados mostram que o uso do B100 é promissor. Os resultados iniciais evidenciam que a performance do veículo abastecido com biodiesel é equivalente ao utilizado na mesma rota com o diesel convencional, mas com impacto ambiental muito inferior”, afirmou o diretor comercial da Biopower, Alexandre Pereira.

Desde o início do teste, foram usados cerca de 35.000 litros do biocombustível para percorrer 59.938 km. Segundo a companhia, os motoristas, responsáveis por transportar 3.200 toneladas de produtos fabricados no polo industrial da JBS, tiveram percepções positivas sobre a performance e o desempenho do caminhão abastecido com o biodiesel.

“Estamos otimistas em relação ao uso do biodiesel 100% (B100) como uma alternativa segura e de alta qualidade para o uso nos caminhões em larga escala. Os testes mostraram que o B100 tem impacto positivo na performance, no desempenho e na preservação de itens importantes do caminhão, como o motor”, disse o diretor da JBS Transportadora, Armando Volpe.

De acordo com os executivos, parte do otimismo se dá também porque o biodiesel aparece como um substituto imediato do diesel, por ser compatível com as tecnologias já existentes na indústria automobilística. Além de se tratar de um combustível biodegradável e prático, segundo a empresa.

Atualmente, a Biopower tem 3 unidades fabris, nas cidades de Lins (SP), Mafra (SC) e Campo Verde (MT). A capacidade instalada é de 785 milhões de litros por ano – o equivalente a cerca de 10% do volume de biodiesel produzido em todo o país, em 2023, conforme dados da ANP.

Tal iniciativa vai além do compromisso da JBS de reduzir a própria pegada de carbono e tornar a produção mais sustentável. “Nosso objetivo é comprovar a qualidade do B100 e colocá-lo como uma alternativa para a descarbonização da matriz energética no transporte brasileiro”, afirmou Alexandre Pereira.

Expansão é plano nacional

A estratégia da JBS de tornar a mobilidade mais limpa vai ao encontro de medidas adotadas pelo governo federal. Em dezembro de 2023, por exemplo, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) decidiu aumentar a proporção de biodiesel no óleo diesel, de 12% para 14%, a partir de março de 2024.

A ampliação do percentual seguirá em 2025, quando está previsto um novo aumento, de 1%. Trata-se, portanto, de uma aceleração do cronograma que havia sido aprovado no 1º trimestre do ano passado. Até aquele momento, a participação do biodiesel no chamado “diesel B” –vendido nos postos– só atingiria 15% em 2026.

O projeto de lei nº 4.516/23, conhecido como “PL do Combustível do Futuro”, é outra iniciativa nesse sentido. O objetivo é promover a mobilidade sustentável de baixo carbono, por meio da maior incorporação de biocombustíveis nos transportes. O texto substitutivo foi aprovado em março, na Câmara dos Deputados, e segue ao Senado Federal. (biodieselbr)

BYD vai ampliar produção de baterias para veículos pesados em Manaus

Após quase dobrar os valores bilionários investidos no Brasil para a fabricação de automóveis, a marca chinesa BYD fechou um acordo com o governo federal para aumentar a produção de baterias para ônibus elétricos na Zona Franca de Manaus, no Amazonas.
BYD Dolphin Mini
A BYD ultrapassou a Tesla em vendas de veículos elétricos no quarto trimestre de 2023.

A BYD anunciou que vai expandir produção de baterias para veículos pesados na Zona Franca de Manaus a partir da definição de um Processo Produtivo Básico (PPB) assinado com o governo.

O PPB estabelece etapas fabris mínimas que as empresas devem cumprir para fabricar determinado produto e ter assim direito a benefícios fiscais do polo industrial.

O acordo envolve os ministérios do Desenvolvimento e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O pedido de definição do PPB para produção dessas baterias partiu da montadora, que tem investido no Brasil e iniciou no ano passado a construção de uma fábrica de carros eletrificados em Camaçari, na Bahia.

O conselheiro especial da BYD, Alexandre Baldy, disse em nota que o PPB vai ajudar a acelerar o processo “irreversível” de eletrificação da frota de ônibus.

Durante a fase de consulta pública do PPB, houve contribuições da WEG e da Moura, que já fabricam as baterias no Brasil, afirmou o governo.

A fábrica de baterias de fosfato de ferro-lítio da BYD foi inaugurada em 2020, com investimento inicial de R$ 15 milhões em uma área de 5.000 m2. A capacidade de produção atual é de 1 Gwz de baterias por ano, destinadas ao abastecimento de ônibus elétricos da empresa montados em Campinas (SP). (biodieselbr)

Irena aponta que renováveis foram 86% da energia nova no mundo em 2023

As adições de capacidade de geração atingiram um novo valor de referência de 473GW em 2023, mas muitos países estão excluídos dos benefícios das transições energéticas.
A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), lançou seu mais recente relatório, Estatísticas de Capacidade Renovável 2024 onde demonstra que o ano de 2023 estabeleceu um novo recorde na implantação de energias limpas. As renováveis representaram 86% da energia nova no mundo.

No entanto, todo o nosso crescimento está distribuído de forma desigual, o que indica uma tendência longe da meta, de triplicar as energias renováveis até 2030.

O ano de 2023 foi bastante positivo para a geração solar e eólica no Brasil. Juntas, as duas fontes responderam por 86% da expansão da matriz elétrica brasileira durante todo o ano, com um acréscimo de 8,9 GW. A ampliação da potência instalada do país foi de 10,3 GW no período.

Fomos protagonistas desse crescimento, inaugurando dois empreendimentos que juntos representaram aproximadamente 20% do que foi instalado em energia eólica no país em 2023.

Brasil bateu recorde de expansão da energia solar em 2023.

Com construção de usinas fotovoltaicas e eólicas, matriz elétrica brasileira chega a 83,79% de fontes renováveis, uma referência internacional. (canalenergia)

domingo, 12 de maio de 2024

BYD lança linha de carregadores para automóveis eletrificados

Companhia passou a oferecer o EPC para projetos de grandes usinas solares, Raízen Gera é o primeiro cliente.

Seguindo com a estratégia de investir na mobilidade elétrica no Brasil, a BYD lançou em março de 2024 uma solução completa de carregadores para os usuários de automóveis eletrificados.
A BYD lançou uma nova solução completa de carregadores que promete mais conveniência aos usuários de automóveis eletrificados. Iniciando o ecossistema de carregamento de energia limpa e zero carbono, a companhia apresenta carregadores rápidos e ultrarrápidos dando início a uma nova modalidade de vendas e negócios.

BYD lança solução completa de carregadores para incentivar infraestrutura de recarga para veículos elétricos.

Empresa lança linha de carregadores e aplicativo que trarão acesso e conveniência aos usuários de automóveis eletrificados.

Pioneira em soluções sustentáveis e em prol do meio ambiente, a BYD dá continuidade a sua trajetória de incentivar a mobilidade elétrica no Brasil, lançando uma solução completa de carregadores que trarão ainda mais conveniência aos usuários de automóveis eletrificados. O anúncio foi feito em evento realizado em 22/03/24, no Parque Villa Lobos, em São Paulo, com a apresentação de todo o seu ecossistema de recarga, abordando também algumas parcerias com empresas renomadas do setor de energia e infraestrutura para carregamento de veículos elétricos no país. Na ocasião estavam presentes executivos do board da companhia e representantes dos parceiros.

“A BYD tem como missão incentivar o uso de tecnologias que não poluam. É fundamental investirmos e incentivarmos a melhoria da infraestrutura de carregamento para ampliar o acesso aos carros elétricos. O Brasil é um país de dimensões continentais e devemos espalhar a estrutura de recarga em todas as regiões e os carregadores da BYD vão ajudar a atingir esse objetivo” afirma Tyler Li, presidente da BYD Brasil.

Iniciando o ecossistema de carregamento de energia limpa e zero carbono da BYD, a companhia apresenta carregadores rápidos e ultrarrápidos dando início a uma nova modalidade de vendas e negócios. O lineup conta com dois carregadores – o CA (corrente alternada), de 7 e 22 KW/h, e os modelos CC (corrente contínua) de 60 kW, 120 kW, 150KW, 180kW, além do Grid Zero, de até 210 kW, modelo que utiliza a tecnologia das baterias BYD para ser mais segura, confiável e eficiente. Os modelos serão comercializados em duas linhas de mercado: residenciais e públicos.

O Grid Zero, é um modelo de ultra tecnologia que tem um consumo mais equilibrado de energia, aliviando a rede, diferentemente dos outros carregadores rápidos, que absorvem energia de forma muito acentuada.

Apesar de conseguir uma velocidade de recarga de 210 kW, ele consome até 60 kW da rede. No momento em que não estiver sendo usado, o carregador Grid Zero armazena a energia na bateria. Assim, ao carregar um veículo, é usada parte da energia da rede e parte da bateria.

“No Brasil, o maior desafio para o recarregamento rápido é a infraestrutura de rede. Esses produtos chegam para facilitar e ajudar a solucionar esse tipo de problema. Assim, mesmo em locais mais distantes, é possível a instalação de um recarregador ultrarrápido ligado a uma bateria de armazenamento”, explica Rodrigo Garcia, gerente sênior de P&D da BYD Energy.

“Os modelos contam com alta qualidade, resistência e durabilidade, próprios para operações públicas. Podem ficar em funcionamento 24 horas por dia. São carregadores muito eficientes, que terão os principais recursos para desenvolvimento nas plataformas existentes, e a possibilidade de novas ferramentas no futuro”, completa o executivo.

A eficiência pode ser comprovada por alguns dados. Com um carregador rápido de 60 kW, por exemplo, é possível recarregar a bateria de um BYD Dolphin de 30% até 80% em apenas 30 minutos. Já com o carregador rápido de 150 kW, a bateria de um BYD Seal vai de 30% até 80% em apenas 25 minutos.

Outro segmento facilitador do ecossistema de recarga é o dos painéis solares. A BYD Energy já atingiu a marca de 2,3 milhões de módulos fotovoltaicos produzidos no Brasil. Ainda nesse segmento, a companhia passou a oferecer o EPC (engineering, procurement and construction), ou seja, o desenvolvimento do projeto de grandes usinas solares do início ao fim. A junção – de módulos fotovoltaicos e EPC – pretende ampliar a capacidade de geração de energia limpa e trazer soluções de tecnologia para os clientes, ampliando as possibilidades de carregamentos para veículos elétricos. Com esse serviço, já firmou parceria com a Raízen Gera Desenvolvedora dedicada a projetos de geração distribuída.

Novo app e ampliação da rede de recarga

Durante o evento no Parque Villa Lobos, a BYD anunciou, o aplicativo BYD Recharge que trará conveniência a todos os usuários de automóveis eletrificados. Ao baixar o app, o motorista já terá acesso a mais de 2.800 pontos de recarga localizados em todo o território nacional e poderá fazer o pagamento através da plataforma. Através das soluções apresentadas, com muita tecnologia agregada e com o compromisso da BYD na jornada de eletrificação essa rede vai se expandir a partir de agora.

O aplicativo é um white label da Tupinambá, empresa de soluções para carregamento.

“Na Tupinambá, lideramos a vanguarda tecnológica da mobilidade elétrica na América Latina, com a convicção de que este é o caminho para alcançar a plena satisfação dos usuários de carros elétricos e acelerar a eletrificação da frota. A parceria com a BYD reforça esse compromisso, unindo duas forças inovadoras para transformar a forma como pessoas carregam seus EVs. Com o lançamento do aplicativo BYD Recharge, destacamos não apenas a nossa expertise tecnológica, mas também nosso foco incansável na experiência do usuário. Com tecnologia proprietária e inteligência artificial, estamos moldando um ecossistema em que a mobilidade elétrica é tão acessível e conveniente, que se torna a escolha óbvia para todos. Essa é a visão que guia a Tupinambá: empoderar pessoas através da inovação, rumo a uma mobilidade verdadeiramente sustentável e centrada no usuário”, comenta Davi Bertoncello, CEO & fundador da Tupinambá.

Outra ação que reafirma o investimento da BYD nesse segmento é a parceria com a Raízen Power, marca dedicada às soluções de energia elétrica renovável da Raízen e licenciada da rede Shell Recharge no Brasil, Argentina e Paraguai. Anunciada recentemente, a aliança entre as empresas irá inaugurar 30 hubs dedicados à recarga elétrica com a solução Shell Recharge em oito capitais do Brasil, com energia 100% limpa e renovável nos próximos três anos. Serão aproximadamente 600 novos pontos de recarga DC, que somam mais 18 MW de potência instalada, em âmbito nacional. Os espaços começarão a ser implementados este ano nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Belém (PA). As empresas preveem ainda uma oferta competitiva de serviços de recarga para motoristas BYD na rede Shell Recharge e energia renovável para seus concessionários.

Hoje, a Raízen Power está posicionada entre as maiores comercializadoras de energia do Brasil e vem sendo uma grande aliada da BYD e de outras grandes empresas nacionais e internacionais nas suas jornadas de descarbonização. Por meio do fornecimento de energia renovável certificada e liderança em infraestrutura de recarga para veículos elétricos, a empresa busca democratizar o acesso à energia limpa no país. “Acreditamos muito no estabelecimento de parcerias e na união entre empresas para impulsionar o mercado e, quando falamos do avanço da eletrificação, essas iniciativas conjuntas são ainda mais essenciais. Para nós, é um compromisso incentivar soluções em prol de um futuro mais sustentável e, em colaboração com parceiros como a BYD, iremos transformar a vida das pessoas em suas casas, trabalhos e deslocamento”, comenta Frederico Saliba, CEO da Raízen Power.

Sobre a BYD

Líder na comercialização de veículos elétricos no Brasil e consolidada na fabricação de tecnologia de energia solar, a BYD vem expandindo sua atuação no país, desde sua chegada em 2013. Compromissada em cuidar do planeta e investir na transição energética sem emissão de poluentes, a empresa possui em solo nacional fábricas de montagem de chassis de ônibus 100% elétricos e de produção de módulos fotovoltaicos, ambas em Campinas (SP). Tem também no Polo Industrial de Manaus (AM), uma unidade dedicada à produção de baterias de fosfato de ferro-lítio. Além disso, importa empilhadeiras, paleteiras, rebocadores e caminhões para o Brasil, todos 100% elétricos. Em novembro de 2021, começou a comercialização de automóveis de passeio no país e já conta com diversos modelos e uma rede consolidada de concessionárias em operação. No ano passado deu início ao projeto para a construção do Complexo de Camaçari, na Bahia, onde vai instalar a primeira fábrica de carros fora da Ásia. A companhia ainda é responsável por um projeto de SkyRail (monotrilho) na cidade de São Paulo (SP) (Linha 17 – Ouro do metrô). Eleita pela revista americana Times como uma das 100 empresas mais influentes do mundo, a BYD integra o Pacto Global das Nações Unidas (ONU), uma iniciativa que fornece diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças corporativas comprometidas e inovadoras.

Sobre a Tupinambá Energia

Desde 2019, a Tupinambá Energia lidera a transformação da mobilidade elétrica por meio da recarga de veículos à bateria. Com energia renovável e certificados i-Rec, a empresa impacta positivamente a vida de mais de 12 mil motoristas de carros elétricos no Brasil, na Argentina e no Paraguai. Pioneira no gerenciamento de estações de recarga, é a única startup brasileira a gerir operações em redes multinacionais de carregamento em grande escala, incluindo a Shell Recharge em parceria com a Raízen Power. Já realizou mais de 85 mil recargas, totalizando mais de 1,38 GWh e evitando a emissão de mais de 1,5 mil toneladas de CO2 na atmosfera. É o aplicativo mais popular e bem avaliado entre os motoristas de veículos movidos à eletricidade da América Latina, refletindo o seu compromisso com tecnologia, sustentabilidade e serviço ao cliente. A missão da Tupinambá é criar um presente sem dificuldades para quem carrega um futuro com zero emissões na mobilidade. Para mais informações, acesse https://tupinambaenergia.com.br/.

Sobre a Raízen Power

Raízen Power é a marca dedicada às soluções de energia elétrica renovável da Raízen – referência global em biocombustíveis e bioenergia. Uma das maiores comercializadoras de energia do Brasil em volume, a Raízen Power possui mais de 70 mil clientes conectados no seu amplo portfólio de soluções integradas e customizadas para diversos perfis de clientes, que vão desde pessoas físicas até grandes empresas. A marca opera plantas de geração de energia centralizada e distribuída por meio de fontes renováveis como a solar, biomassa proveniente do bagaço da cana-de-açúcar, pequenas centrais hidrelétricas e biogás de aterros urbanos. Oferece serviços de Geração Distribuída (GD) em diversos estados do território nacional, migração e gestão para o Mercado Livre de Energia, comercialização de energia elétrica, certificados de energia renovável (I-RECs) e soluções de recarga para veículos elétricos por meio do programa Shell Recharge. Além disso, firma parcerias e investimentos em startups e energytechs que atuam conjuntamente no seu ecossistema de negócios com o objetivo de avançar cada vez mais na oferta de soluções aos consumidores para democratizar o acesso à energia limpa para todos em toda a sua jornada, tanto em casa, no trabalho ou no seu deslocamento. Na safra 2022/23, a marca negociou 2,2 GW médios de energia, expandiu a sua atuação em GD para mais de 50 sites espalhados pelo Brasil e atingiu um resultado operacional de R$ 1 bilhão de EBITDA. (byd)

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Lula se reúne com montadoras para discutir carros bioelétricos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu em 14/03/24 com montadoras, representantes do setor de combustíveis e especialistas para discutir a ampliação do uso de carros híbridos flex e bioelétricos, que são movidos a energia elétrica ou etanol.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com fabricantes de carros e especialistas em bioenergia para tratar sobre a ampliação no país dos chamados veículos bioelétricos, carros híbridos que combinam eletrificação e o uso de etanol. Esses veículos são uma das apostas do setor para reduzir as emissões de carbono no Brasil, um dos compromissos da terceira gestão de Lula.

Em encontro de aproximadamente duas horas no Palácio do Planalto, as montadoras apresentaram ao presidente uma pesquisa sobre os efeitos da alta emissão de CO2 e alternativas para o problema.

“Cada vez que converso com o Alckmin sobre os crescentes investimentos, fico feliz com a virada do setor no nosso país. Já são mais de R$ 117 bilhões anunciados pelas montadoras até 2028, gerando empregos e crescimento econômico. Acreditamos no Brasil e no potencial do nosso país na transição energética. País abandonou o discurso do passado e está investindo no futuro”, escreveu Lula no X.

Em dezembro do ano passado, Lula lançou o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que visa a descarbonização da frota automotiva do país por meio de incentivos fiscais, além de trazer exigências de sustentabilidade dos veículos e estímulo à produção de novas tecnologias na área de mobilidade.

O chefe do Executivo também reforçou o compromisso com a descarbonização na conferência do clima COP28, em Dubai.

Participaram da reunião com Lula no Planalto:

- Vice-presidente Geraldo Alckmin;

- Ministro Rui Costa;

- Professor Luciano Coutinho (economista e professor da Unicamp);

- Presidente da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Capellano;

- CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom;

- Presidente da Toyota do Brasil, Evandro Maggio;

- CEO e Presidente da Scania para a América Latina, Christopher Podgorski;

- Vice-presidente global da BYD, Stella Li;

- Presidente da IndustriALL-Brasil e Diretor-Executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira;

- Diretor-Presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), Evandro Gussi;

- Presidente da Bioenergia Brasil, Mário Campos;

- Conselheiro da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e Diretor da Cocal, Carlos Ubiratan Garms;

- Secretário Especial da Casa Civil/PR, Bruno Moretti;

- Presidente do Conselho da BYD Brasil, Alexandre Baldy;

- Roberto Matarazzo Braun, da Toyota;

- Gustavo Bonini, da Scania;

- CEO da BYD Brasil, Tyler Li; (biodieselbr)

Eletrificados vão superar carros a combustão no Brasil em 2030

Carros eletrificados serão maioria nas vendas no Brasil até 2030. As vendas de veículos eletrificados devem superar as de modelos a combustão a partir de 2030, de acordo com estudo realizado pela Bright Consulting.

Não há como negar que os carros eletrificados são um caminho sem volta. Há quem ainda duvide que esse cenário vá se consolidar com rapidez no Brasil por conta da infraestrutura deficiente e por termos o etanol como alternativa de combustível limpo. Mas um estudo da Bright Consulting, empresa especializada em consultoria automotiva, afirma que 58% dos carros novos fabricados no País até 2030 terão algum tipo de eletrificação.

Isso considerando elétricos, híbridos plenos, híbridos plug-in e híbridos leves - estes últimos representando a maior fatia dessa divisão, com 32,5%. Já os elétricos puros, por exemplo, ficarão com 10% do mercado daqui a seis anos. Parece pouco, especialmente quando comparado a outros países mais desenvolvidos, mas ainda assim é um crescimento expressivo sobre os 2% de participação atual.

Opções limitadas de eletrificados

A maioria dos eletrificados, contudo, é importada. Atualmente há poucas opções dessa categoria com produção local. Há os Toyota Corolla e Corolla Cross e os Caoa Chery Tiggo 5X e Tiggo 7 Pro Hybrid. Entretanto, a evolução das fábricas de marcas que chegaram há pouco no mercado brasileiro, como BYD e GWM, deve impulsionar a variedade de modelos híbridos e elétricos nacionais para os consumidores.

A pesquisa leva em consideração os recentes anúncios das montadoras, que deverão injetar cerca de R$ 100 bilhões na indústria brasileira nos próximos anos. Desse modo, a tecnologia que estará mais presente entre os carros novos vendidos por aqui vai combinar um sistema híbrido leve com motor flex. O objetivo é atingir níveis maiores de eficiência energética. Mas devido aos custos elevados nesse primeiro momento - apesar de pesquisas apontarem que os preços devem se equiparar no futuro modelos a combustão ainda sobreviverá por um bom tempo. Especialmente em países emergentes como o nosso. (biodieselbr)

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Fim dos carros a gasolina e diesel?

Fim dos carros a gasolina e diesel? Governo avalia proibição a partir de 2030.
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado está para votar um projeto de lei que propõe a proibição da venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel, a partir de 2030. A votação estava programada para 20/03/24, no entanto, foi adiada, sem nova data informada.

O PLS 304/2017 acrescenta que, a partir de 2040, ficará proibida a circulação de automóveis desse tipo. O projeto tem como autor o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e determina ainda que os veículos movidos a biocombustíveis, como etanol, seguirão liberados.

Algumas exceções estão previstas no texto, como o caso de automóveis de coleção, veículos oficiais e diplomáticos ou carros de visitantes estrangeiros.

O senador Ciro Nogueira defende que outros países estão seguindo por esse caminho. O Reino Unido e a França querem proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis a partir de 2040; a Índia, a partir de 2030; e a Noruega, já em 2025.

De acordo com ele, esse tipo de veículo é responsável por um sexto das emissões de dióxido de carbono na atmosfera, gás proveniente da queima de combustíveis fósseis e importante agente causador do efeito estufa, o que gera o aquecimento global.

Relator na CMA endossa argumento do projeto que acaba com carro a gasolina

O relator da matéria na CMA, senador Carlos Viana (Podemos-MG), concorda com o argumento, e destaca que a Constituição assegura o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Viana lembra ainda os compromissos internacionais do Brasil na redução de emissões de gases de efeito estufa e argumenta que o Legislativo deve sinalizar o compromisso com a descarbonização da economia brasileira.

“A migração para veículos menos impactantes ao meio ambiente, de tração elétrica (tendência crescente em países desenvolvidos) e movidos a biocombustíveis, não só reduzirá significativamente as emissões de GEE [gases do efeito estufa] do setor de transportes, mas também incentivará a indústria do etanol e dos biocombustíveis”, conclui o relator.

A CMA analisa o projeto de forma terminativa, dessa forma, caso aprovado na comissão e se não houver recurso de Plenário, o texto seguirá para análise da Câmara dos Deputados. (biodieselbr)

Eletromobilidade no transporte ainda esbarra na autonomia de baterias

Baterias para caminhões pesados permitem operações apenas em ambientes controlados, mas construção civil e movimentação de cargas veem o avanço destes equipamentos ante o domínio histórico do diesel.
O transporte de cargas em meio urbano feito por veículos eletrificados já é uma realidade em grandes cidades. Já é comum, por exemplo, em São Paulo, deparar-se com um caminhão de entregas conhecido popularmente como VUC movido a energia elétrica seja de bebidas, mercadorias ou até mesmo na concessionária de energia da cidade. Essa é uma tendência que veio para ficar e deverá seguir crescendo. A grande barreira que impede que essa modalidade avance para o transporte rodoviário entre cidades é, claro, a infraestrutura bem como a autonomia das baterias.

Item que é apontado como um dos caminhos da transição energética, o transporte de cargas via veículos elétricos, atualmente, encontra baterias que permitem até 200 km de autonomia em veículos de grande porte. Fábio Santos, líder no segmento de Vendas Corporativas da BYD no Brasil, diz que, nas conversas com o mercado, a necessidade está por veículos que apresentem uma capacidade de algo entre 600 a 700 km de autonomia para que, na opinião de transportadoras, possam ser economicamente viáveis. As interações com empresas no mercado de transportes mostram que os clientes estão buscando por produtos com maior autonomia.

“Hoje a viabilidade por transporte de cargas está nos centros urbanos por meio de VUC, um veículo para o ambiente das cidades. Para o transporte rodoviário veremos aplicações quando houver mais autonomia”, destaca ele.

Marcelo Freitas, representante da também chinesa XCMG, para o estado do Paraná, também avalia que a questão do transporte rodoviário ainda esbarra nessa condição. A companhia vê a baixa autonomia desses veículos como o impeditivo para começar a serem utilizados nas estradas. A empresa, por exemplo, tem um modelo que foi apresentado na Intermodal, evento da Informa Markets Latam, com autonomia de 150 km. Por conta disso, ele é negociado como um ativo de movimentação de cargas dentre de uma empresa, como, por exemplo, uma cimenteira.

Abertura oficial da Intermodal 2024

“Em um país rodoviário como o Brasil é importante sim termos uma maior autonomia e essa deverá ser a tendência no futuro”, avaliou ele.

Além de transporte em cidades, Freitas explica que o mercado de eletrificados passa também para movimentações de cargas em ambientes fechados ou controlados como portos e na construção civil. Ele lembra que os equipamentos possuem essa restrição de autonomia que, em casos de carregadoras ou escavadeiras chega a 8 horas. Em plataformas é maior porque não demandam uso intenso.

Mas essas limitações deverão ser minimizadas com o tempo, pois a eletrificação nesses setores industriais – fora o uso de empilhadeiras – é relativamente recente. A busca por atender a metas de descarbonização e sustentabilidade tem gerado essa nova necessidade dos clientes que são dos mais diversos setores da economia, relata ele.

Santos, da BYD, concorda. Lembra que há automóveis no mercado chinês cuja autonomia é de 800 km. Claro que para caminhões pesados deve existir uma correlação de peso com a dimensão do veículo, mas afirmou, durante o evento realizado nesta semana em São Paulo, que em breve essa barreira deverá ser derrubada.

Enquanto isso não acontece a empresa, que no país tem sede em Campinas, aposta nesse segmento de VUC. Aproveitou o evento para apresentar um novo modelo, chamado de T5 que será oficialmente apresentado em 60 dias no país com capacidade para 3,9 toneladas de carga líquida. O preço está estimado em R$ 589 mil.

O veículo é importado da China, mas conforme avançar a demanda no Brasil, o país poderá abrigar uma planta de produção, na Bahia, onde na tarde de ontem foi oficializado entre a empresa e o governo estadual o início das obras da antiga fábrica da Ford. “Por enquanto serão fabricados apenas os veículos leves, a produção de caminhões está na China, mas se houve demanda, a BYD vê na fábrica da Bahia o local para a produção. Em Campinas, a planta continuará destinada à produção de ônibus e módulos solares”, pontuou.

Além disso, a empresa aproveitou e lançou uma nova unidade de negócios para a comercialização de carregadores elétricos que vão desde os dispositivos lentos até ultrarrápidos para serem instalados em locais públicos. O MoU entre a BYD e a Raízen, assinado recentemente, faz parte dessa iniciativa para ampliar o alcance dos carregadores.

Essas unidades serão destinadas a qualquer usuário, não apenas para carros da marca. A unidade de negócios começou no ano passado, mas está chegando ao mercado efetivamente agora, inclusive com anúncios ao longo deste mês e a comercialização de unidades. Entre outros caminhos, a BYD destaca ainda as empilhadeiras movidas à bateria de fosfato de ferro-lítio, o rebocador BYD Green Tug e as soluções tecnologias para geração, armazenamento e aplicação de energia solar, além do recém-lançado BYD Dolphin Mini. Para este último, explicou Santos, há um foco em frotas corporativas para a mobilidade urbana.

Os eletrificados começam a ser cada vez mais visíveis nesse segmento que no passado era 100% dominado por equipamentos a combustíveis fósseis. Não que eles perderam seu domínio. Ainda não, mas esse caminho da eletrificação vem ganhando força. Em empilhadeiras, como já citado da XCMG, marcas como a Heli apostam nessa tendência. A empresa aponta que nos modelos eletrificados já representam 50% do total comercializado pela marca.

Na feira destacou seus modelos mais potentes da categoria retrátil com bateria de 80V e estão na categoria de maior porte em comparação àquelas que operam até 10 toneladas. Um sinal de que essa modalidade de equipamento deverá ganhar força é o destaque da troca realizada em uma fabricante de bebidas com mais de 400 equipamentos entre 2,5 e 3,8 toneladas.

A Heli reforçou essa tendência de mercado das empresas em busca de equipamentos movidos a eletricidade como forma de reduzir as emissões em logística. E assim como a XCMG e até mesmo a Sany vem ao mercado com equipamentos para movimentação de cargas com tração elétrica. (canalenergia)

segunda-feira, 6 de maio de 2024

China lidera a produção de energia solar e de veículos elétricos

Neste contexto, a China consolida a sua posição como líder global em energia solar, em veículos elétricos e em transição energética. A transição verde virou um grande negócio para as empresas chinesas. E, além do mais, ajuda a mitigar as grandes emissões de carbono da China.

As novas instalações globais de energia solar deram um grande salto em 2023, aumentando 58% em relação ao ano anterior, adicionando 413 gigawatts (GW) na capacidade de produção. O crescimento ocorreu em todas as regiões, mas em grande parte foi impulsionada pela contribuição da China de 240 GW, que é um valor 6 vezes maior do que toda a capacidade instalada de energia solar do Brasil que é de 40 GW no total.

Ou seja, a China sozinha adicionou mais capacidade do que o resto do mundo, segundo o gráfico abaixo, com dados da BloombergNEF. Nota-se que o crescimento das instalações de energia solar cresceu de forma exponencial desde 2010, com um salto significativo em 2023 e com perspectiva de superar 700 GW em 2030.

https://about.bnef.com/blog/3q-2023-global-pv-market-outlook/

A China revelou todo a força de sua indústria de energia solar no último ano, segundo o jornal New York Times. O país asiático instalou mais painéis solares do que os Estados Unidos em toda a sua história e reduziu o preço dos painéis que vende no atacado em quase a metade do valor. As exportações de painéis solares montados aumentaram 38%, enquanto as exportações de componentes-chave quase dobraram. Enquanto os Estados Unidos e a Europa tentam reviver a produção de energia renovável e ajudar as empresas a evitarem a falência, a China corre muito à frente.

Além do grande crescimento da capacidade instalada de energia renovável, o ano de 2023 foi também crucial para a indústria de veículos elétricos (VE). Um estudo da empresa Rystad Energy revela que a China está na vanguarda da produção dos VEs, representando 69% de todas as vendas de novos veículos em dezembro. De acordo com as projeções da empresa, as vendas globais de veículos elétricos deverão atingir os 17,5 milhões em 2024, assumindo um aumento anual de 18,5%. Como resultado, a percentagem de vendas de automóveis novos elétricos a bateria (BEV) ou elétricos híbridos plug-in (PHEV) aumentará de 19,2% em 2023 para cerca de 21,8% no final de 2024.

O estudo revela também que a China, com o seu considerável crescimento na produção interna, desempenhará um papel de liderança na expansão contínua do mercado de veículos elétricos. Prevê-se que cerca de 11,5 milhões de novos veículos elétricos sejam vendidos no país este ano, representando 44% de todas as vendas de automóveis novos.

Ainda segundo a Rystad, a liderança da China no setor é inegável, com um crescimento anual de 37% nas vendas de veículos elétricos no último ano, atingindo 9 milhões de unidades vendidas e uma quota de mercado de 34%. Além disso, a China ultrapassou as suas próprias metas ao apontar para uma quota de mercado de 45% até 2027, acima da meta inicial de 40% até 2030.

Agora em março de 2024, os líderes chineses afirmam que a nova trinca de setores na indústria —painéis solares, carros elétricos e baterias de lítio— deve substituir o trio antigo de roupas, móveis e eletrodomésticos. O objetivo seria ajudar a compensar a forte queda no setor de construção de moradias da China. A China espera aproveitar indústrias emergentes como a energia solar, que Xi Jinping gosta de descrever como “novas forças produtivas” (uma espécie de reindustrialização), para revigorar uma economia que desacelerou por mais de uma década.

Neste contexto, a China consolida a sua posição como líder global em energia solar, em veículos elétricos e em transição energética. A transição verde virou um grande negócio para as empresas chinesas. E, além do mais, ajuda a mitigar as grandes emissões de carbono da China.

Porém, é sempre bom considerar que o sol e o vento são recursos naturais abundantes e renováveis, mas não podem fazer milagres e nem evitar o imperativo do metabolismo entrópico, como ensina a escola da economia ecológica. A humanidade já ultrapassou a capacidade de carga do Planeta. Como alertou o ambientalista Ted Trainer (2007), as energias renováveis não são suficientes para manter a expectativa das pessoas por um alto padrão de consumo conspícuo.

Ted Trainer prega um mundo mais frugal, com decrescimento da Pegada Ecológica. A China é um país de renda média e já apresenta decrescimento demográfico. No futuro poderá apresentar também decrescimento econômico com redução da pegada ecológica e aumento da renda per capita, como mostrei no artigo “Decrescimento da população da China com crescimento da renda per capita” (Alves, 13/03/2024). A China e o mundo podem ganhar, em termos sociais e ambientais, com o decrescimento demoeconômico. (ecodebate)

Hidrogênio verde e armazenamento de energia elétrica

Hidrogênio verde e armazenamento de energia elétrica: novas fronteiras de desenvolvimento da fonte solar.
Pujante em diversos países do mundo, o mercado de armazenamento no Brasil começa a dar os seus primeiros passos.

O hidrogênio verde é uma alternativa vantajosa e segura de armazenar quantidades excedentes de energias eólica e solar. Basta direcionar o que sobra para realizar eletrólise, gerar gás hidrogênio e armazená-lo.

Hidrogênio Verde (H2V): o que é, qual o impacto e sua importância.

Entenda mais sobre o conceito do hidrogênio verde e seus impactos na economia.

Hidrogênio verde: obtido da eletrólise da água realizada com fontes de energia limpa, ele é uma das maiores apostas do mundo para a descarbonização

O hidrogênio verde é uma inovação energética que está moldando o futuro sustentável. Descubra como essa fonte de energia limpa está revolucionando diversos setores.

Este artigo explora o potencial transformador dessa tecnologia, sua produção ambientalmente amigável e seu papel crucial na transição para uma economia de baixo carbono.

O que é hidrogênio verde?

O hidrogênio verde é uma forma limpa e sustentável de produzir hidrogênio, um gás amplamente utilizado na indústria e como potencial fonte de energia.

A sua distinção fundamental reside na maneira como é produzido: utilizando energia renovável, como a solar ou eólica, para realizar a eletrólise da água, separando-a em hidrogênio e oxigênio.

Esse processo é livre de emissões de carbono, pois não utiliza combustíveis fósseis, tornando sua produção uma opção ambientalmente amigável.

Além de entender o que é hidrogênio verde, é preciso saber que ele possui diversas aplicações promissoras, incluindo como combustível para veículos de células de combustível, armazenamento de energia, e até mesmo na produção de materiais sustentáveis.

No entanto, os desafios incluem o alto custo da eletrólise e a necessidade de expandir a infraestrutura de produção e distribuição.

À medida que a demanda por energias limpas aumenta, esse combustível desempenha um papel crucial na transição para uma economia mais verde e na redução das emissões de carbono. Diversas empresas já estão buscando adotar inovações sustentáveis em seus negócios.

Como o hidrogênio verde é extraído?

O hidrogênio verde é obtido por meio de um processo chamado eletrólise da água, que envolve a separação da água (H2O) em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) utilizando eletricidade.

Esse processo é realizado de forma limpa e sustentável, utilizando energia renovável, como a solar ou eólica, para alimentar a eletrólise. O hidrogênio verde no Brasil e no mundo é uma aposta para o futuro.

Primeiro, a água é colocada em um eletrólito, geralmente uma solução de água com substâncias condutoras, para facilitar a passagem de corrente elétrica.

Em seguida, são aplicadas correntes elétricas na água, que passam por eletrodos, causando a reação química que separa as moléculas de água em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio é coletado em um lado do processo, enquanto o oxigênio é coletado no outro.

Este método de produção de hidrogênio é altamente eficiente e não gera emissões de carbono, tornando-o uma fonte de hidrogênio ambientalmente amigável.

O hidrogênio verde é uma alternativa promissora para substituir o hidrogênio tradicionalmente obtido a partir de combustíveis fósseis, contribuindo assim para a redução das emissões de gases de efeito estufa. É fundamental para o processo de adaptação climática usar tecnologias desse tipo.

Qual o impacto do hidrogênio verde no meio-ambiente?

O hidrogênio verde tem um impacto positivo significativo no meio ambiente. A produção de hidrogênio verde é ambientalmente amigável, pois utiliza energia renovável, como solar ou eólica, na eletrólise da água, sem a emissão de gases de efeito estufa.

Isso contrasta com o hidrogênio cinza, que é produzido a partir de fontes não renováveis, como gás natural, resultando em emissões de dióxido de carbono.

Seu uso como combustível em veículos de células de combustível ou em processos industriais pode reduzir as emissões de carbono e melhorar a qualidade do ar, uma vez que a única emissão ao queimar hidrogênio é vapor de água.

Além disso, o hidrogênio verde pode ser usado para armazenar energia excedente de fontes renováveis, contribuindo para a estabilização das redes elétricas e a transição para sistemas de energia mais limpos.

No entanto, é importante considerar que a produção desse elemento ainda enfrenta desafios, como o custo inicial e a necessidade de infraestrutura.

A extração e transporte dos recursos necessários para a produção de eletricidade renovável também podem ter impactos ambientais. Portanto, o desenvolvimento sustentável dessa substância depende de abordagens equilibradas e da minimização desses desafios.

No geral, ele tem o potencial de desempenhar um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas e na preservação do meio ambiente. Usar essa tecnologia pode ser importante para os objetivos ambientais dentro da Agenda 2030.

Qual é a importância do hidrogênio verde?

O hidrogênio verde oferece uma série de vantagens e desvantagens que precisam ser consideradas em sua utilização.

Uma das principais vantagens é sua baixa pegada de carbono, já que sua produção envolve eletrólise da água com energia renovável, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.

Além disso, ele é versátil, sendo aplicável em veículos de células de combustível, armazenamento de energia e processos industriais, contribuindo para a descarbonização em diversos setores.

Quais as desvantagens?

No entanto, sua produção também enfrenta desafios. Seu custo inicial é geralmente mais alto do que o hidrogênio cinza, produzido a partir de combustíveis fósseis.

A infraestrutura para produção, transporte e armazenamento de hidrogênio verde ainda é limitada e requer investimentos significativos.

Além disso, o processo de eletrólise pode ser ineficiente, consumindo eletricidade e recursos naturais. Também há desafios tecnológicos relacionados ao armazenamento de hidrogênio a longo prazo. Pensar em soluções para esses problemas pode ajudar a implementar as metas ambientais da COP28, por exemplo.

Qual é a classificação do hidrogênio segundo as fontes primárias de energia (escala de cores)?

O hidrogênio está disponível em várias cores, cada uma representando a forma como é produzido e seu impacto ambiental associado.

O "hidrogênio preto" provém da gaseificação do carvão mineral (antracito) sem a utilização de tecnologias de captura de carbono (CCUS).

O "hidrogênio cinza" é produzido por meio da reforma a vapor do gás natural, também sem a aplicação de CCUS. O "hidrogênio marrom" é gerado pela gaseificação do carvão mineral (hulha) sem CCUS.

O "hidrogênio branco" é extraído de fontes naturais ou geológicas de hidrogênio. O "hidrogênio musgo" é obtido por meio de processos de reforma catalítica, gaseificação de plásticos residuais ou biodigestão anaeróbica de biomassa, podendo ou não envolver o CCUS.

O "hidrogênio turquesa" é produzido pela pirólise do metano, sem emissões de CO2. O "hidrogênio rosa" é derivado de fontes de energia nuclear. O "hidrogênio azul" resulta da reforma a vapor do gás natural (e, eventualmente, de outros combustíveis fósseis) com a utilização do CCUS.

Por fim, o "hidrogênio verde" é gerado por eletrólise da água utilizando energia de fontes renováveis, principalmente eólica e solar, caracterizando-se como a forma mais limpa e ambientalmente amigável de produção de hidrogênio.

Cada tipo de hidrogênio tem suas próprias implicações em termos de emissões de carbono, eficiência e sustentabilidade, desempenhando papéis distintos na busca por uma economia mais verde. É importante buscar medidas de gestão sustentável, visando estratégias de longo prazo. (exame)