domingo, 30 de julho de 2023

Fontes de Energias Renováveis

As fontes de energias renováveis possuem ciclos de renovação sustentáveis na escala de tempo humana, ou seja, podem ser utilizadas por meio de recursos naturais que estão disponíveis de forma contínua e não se esgotam.
Energias renováveis ou energias alternativas.

O que é energia renovável e não renovável?

 Energia renovável: Utiliza recursos naturais que são encontrados de forma ilimitada na natureza, como exemplo do sol e vento.

 Energia não renovável: Utiliza como matéria prima recursos naturais que são limitados na natureza, como por exemplo o petróleo e o carvão mineral.

Quais são os 7 tipos de energia renovável?

Existem sete tipos principais de energia renováveis utilizadas dentro da matriz energética dos países ou como fontes com possibilidades de atuação complementar no abastecimento energético, conforme descrito a seguir.

Energia Solar

Energia renovável proveniente da luz e do calor do sol, sendo uma excelente fonte sustentável para a geração de eletricidade e para o aquecimento de água.

Energia Eólica

É a energia obtida pelo movimento do ar (vento), sendo uma abundante fonte de energia renovável, limpa e disponível em todos os lugares.

Energia Hidrelétrica

Também chamada de energia hidráulica ou hídrica, provém do aproveitamento da energia potencial e cinética dos rios, com a transformação em energia elétrica por meio das turbinas e geradores presentes na instalação.

Energia das Marés

Usina de energia de Maremotriz de La Rance, França.

Conhecida também como maremotriz, esta energia renovável é proveniente das correntes do mar e oscilações das marés.

Energia Geotérmica

Planta de energia geotérmica na Islândia.

Piscina de águas quente naturais em El Médano, na cidade de são Clemente no Chile, onde a temperatura das águas gira entre 30°C e 47°C, podendo em alguns pontos chegar a atingir 80°C ou mais.

Vapor quente saindo de águas termais naturais.

Para a geração de energia geotérmica são necessárias perfurações no solo mais profundas, no interior do planeta Terra, para se alcançar as camadas de rochas quentes denominadas de magma, que contém a presença de vapor.

Energia da Biomassa

Proveniente da decomposição de diversas fontes de matéria orgânica, como por exemplo as plantas, madeiras, resíduos agrícolas, restos de alimentos e até mesmo do lodo e do lixo.

Energia do Hidrogênio

Exemplificação de moléculas de hidrogênio.

Conhecida como uma solução promissora em descarbonizar a economia global, principalmente como um combustível e fonte intermediária de geração de energia, devido a sua abundância e possibilidades de utilização.

Qual a importância e benefícios do uso de fontes de energia renovável?

A priorização de fontes de energia renovável em longo prazo pode ser um importante aliado na proteção dos efeitos e intensidades das mudanças climáticas, bem como, pode ajudar a reduzir a emissão dos gases de efeito estufa.

Qual a fonte de energia renovável mais usada no Brasil?

A fonte de energia renovável mais utilizada no Brasil é a energia hidrelétrica, em função das características de relevo e maior abundância de rios com potencial energético.

A matriz energética de um país é o conjunto de fontes disponíveis no país usadas para captar, distribuir e utilizar energia para os setores comercial, industrial e residencial. A matriz energética mundial é formada em sua maioria por recursos não renováveis, como o petróleo e o carvão mineral.

No Brasil, as fontes de energia mais usadas são as renováveis. Com grande destaque para a hidrelétrica, a grande base de nossa matriz energética. Em 2019 do Balanço Energético Nacional Interativo, 64,9% da energia consumida no Brasil foi de fonte hidráulica.

Brasil usa 83% de fontes renováveis para a produção de energia, enquanto a média mundial é de 25%. Além de mais sustentabilidade, isso também gera menos custos de operação para as usinas que escolhem a energia renovável. (ambientes.ambientebrasil)

Fontes renováveis respondem por 91,4% da energia gerada até abril/23

O número superou o resultado médio apurado para o mesmo período do ano passado, da ordem de 87,8% para energias renováveis.
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico/ ONS, divulgados em 26/05/23 revelam que, no período de janeiro a abril de 2023, as demandas de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) foram atendidas prioritariamente por fontes renováveis.

A geração hidráulica, eólica e solar somada respondeu por 91,4%, na média, da energia elétrica distribuída pelo SIN à população brasileira. O número superou o resultado médio apurado para o mesmo período do ano passado, da ordem de 87,8%. 

Os percentuais foram de 91% em janeiro, 92,6% em fevereiro e 92,4% em março. Em abril, essas três fontes somadas registraram 89,4%. O percentual por fonte indica que, entre os meses de janeiro a abril, a média de fontes renováveis atingiu 77,2% para a geração hidráulica, 11,5% para eólica e 2,7% para a geração solar.

Brasil pioneiro em energias renováveis

De acordo com o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, os números atestam que o Brasil tem capacidade elevada de geração de energia limpa, em comparação com outros países.

“O sistema elétrico brasileiro já é sustentado por fontes renováveis que também oferecem segurança energética, isto é, conseguem atender plenamente às demandas de carga e potência”.

O diretor-geral destacou que os resultados são reflexo não só do bom aproveitamento de recursos, “como também da ampliação do número de usinas, o crescimento das fontes renováveis, notadamente eólica e solar, assim como os bons resultados de Energia Armazenada (EAR) aferidos no período úmido de 2022/2023″.

Geração de energia elétrica a partir de fonte renovável é recorde em 2022.

92% do total de eletricidade produzida no Brasil vieram de hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa.

Números

Os dados divulgados mostram, ainda, que, em abril deste ano, a Energia Armazenada (EAR), ou seja, a capacidade de gerar eletricidade pela força das águas, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, registrou 86,2%, superando em 19,7 pontos percentuais o resultado de igual período do ano passado (66,5%). Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2011 (87,8%).

As indicações de EAR no Sudeste/Centro-Oeste para o final de outubro de 2023 estão entre 73,4%, no cenário inferior, e 88%, no superior. O ONS esclareceu que, mesmo que se confirme a estimativa mais baixa, será a melhor EAR para o subsistema ao final do mês de outubro em toda a série histórica, iniciada em 2000.

O SIN apresenta projeção similar, com a possibilidade de atingimento do patamar mais alto de EAR ao final de outubro, com perspectivas variando entre 70,4% e 81,6%.

As fontes de energias renováveis possuem ciclos de renovação sustentáveis na escala de tempo humana, ou seja, podem ser utilizadas por meio de recursos naturais que estão disponíveis de forma contínua e não se esgotam.

O ONS é o órgão responsável pela coordenação e pelo controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do país, sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

(planetacampo)

Soprano instala usina solar para reduzir conta de energia

São 2104 placas solares na fábrica da empresa de Caxias do Sul/RS.

A Soprano, empresa de multinegócios que atua nos segmentos de casa e construção com soluções para acesso e segurança e energia, iniciou o funcionamento de sua primeira usina fotovoltaica em Caxias do Sul. São 2.104 placas solares instaladas na fábrica da empresa no bairro Desvio Rizzo. A ação é voltada para a sustentabilidade e a para a economia com gastos de energia.

De acordo com a empresa o investimento foi de R$ 2,2 milhões, a empresa gera 63% da necessidade de consumo de energia elétrica da planta. Isso significa uma economia mensal de aproximadamente R$ 40 mil.

A previsão é de que o aporte financeiro na planta seja pago em 6 anos, devido a redução na conta de energia elétrica. A usina tem uma durabilidade prevista de 25 anos. Portanto, serão quase 3 décadas de retorno para a empresa. (canalenergia)

Geração energética solar própria ultrapassa 21gw

Geração própria de energia solar ultrapassa 21 GW no Brasil.

Segundo a renomada e conceituada empresa Absolar, desde o ano de 2012 todo o segmento energético de energia solar trouxe muito mais de R$ 105,8 bilhões em investimentos totais e gerou ainda muito mais de 630 mil empregos acumulados em todo o Brasil.
A energia solar ultrapassou a marca dos 21 GW de potência instalada em inúmeras residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos, além de muitos pequenos terrenos no Brasil, segundo a Absolar. A entidade aponta ainda que há muito mais de 1,9 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, o que resulta em economia para aproximadamente 2,5 milhões de unidades consumidoras.
A geração própria de energia solar ultrapassou a marca de 21 gigawatts, reforçando toda a transição energética, deste modo, aumentando e reforçando toda a reindustrialização no País, neste caso o Brasil, diz ABSOLAR.
(energiahoje)

Geração própria de energia solar ultrapassa 21 GW

Geração própria de energia solar ultrapassa 21 GW, diz Absolar.

Segundo levantamento, tecnologia está presente em 5.527 municípios e representa R$ 29,3 bi em arrecadação aos cofres públicos.

Valor representa 9,4% da matriz elétrica do país.
A energia solar ultrapassou a marca de 21 GW (gigawatts) de potência de geração de energia distribuída, segundo mapeamento da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o que representa 9,4% da matriz elétrica do país.

A energia distribuída é aquela referente a instalações feitas pelo próprio consumidor em residências, comércios, produções rurais, prédios públicos e pequenos terrenos no Brasil.

Pelo mapeamento, a tecnologia solar fotovoltaica já está presente em 5.527 municípios e em todos os Estados brasileiros, sendo que os líderes em potência instalada são, respectivamente: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

No total, o Brasil tem mais de 1,9 milhão de sistemas fotovoltaicos conectados à rede. Foram cerca de R$ 105,8 bilhões em novos investimentos, que representam R$ 29,3 bilhões arrecadados pelos cofres públicos.

“A fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País. Em especial, temos uma imensa oportunidade de uso da tecnologia em programas sociais, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, na universalização do acesso à energia elétrica pelo programa Luz para Todos, bem como no seu uso em prédios públicos”, afirmou o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia. (poder360)

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Produção de petróleo no Brasil terá pico em 2029

Produção de petróleo no Brasil terá pico em 2029, e país poderá voltar a ser importador em dez anos.
Ao defender a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região que é considerada a nova fronteira petrolífera no Brasil e que foi eleita pela Petrobras como uma de suas prioridades, o Ministério de Minas e Energia afirma que o Brasil precisa repor suas reservas de óleo e gás, pois o país atingirá seu pico de produção dentro de seis anos.

Essa região se estende por uma área de mais de 2.200 quilômetros do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte, próxima à Linha do Equador. A área em que se estima haver mais petróleo é na bacia da chamada Foz do Amazonas, alvo de divergências entre as áreas ambiental e energética do governo.

Pelos cálculos da área de planejamento energético do governo, a produção de petróleo no Brasil atingirá 5,4 milhões de barris por dia em 2029, quando será seu pico, e entrará em declínio. Hoje, o país é autossuficiente e produz entre 3 milhões e 4 milhões de barris por dia, volume suficiente para que o país seja exportador líquido de petróleo.

Novas frentes

A previsão, contudo, é que o declínio das reservas faça o país voltar a ser importador de petróleo em dez anos.

O diagnóstico também é que o pré-sal – que já foi classificado como “bilhete premiado” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no seu segundo mandato – enfrenta “claros sinais de esgotamento exploratório”.

Principal área de exploração de óleo e gás do Brasil hoje, o pré-sal teve a última declaração de comercialidade relevante – quando uma empresa vê condições comerciais de tocar um bloco de petróleo – notificada em 2019.

Dos 11 blocos do pré-sal ofertados pelo governo em dezembro do ano passado, apenas quatro foram arrematados. Além disso, dois blocos foram devolvidos pelas empresas. Por fim, algumas reservas de produção da Petrobras já estão caindo e, se quiser manter o mesmo nível de produção, a empresa terá que abrir novas frentes de trabalho.

É esse cenário que faz os setores de energia do governo defenderem a ampliação da produção nacional, tendo a Margem Equatorial como maior aposta. A região da bacia da Foz do Amazonas é considerada a mais promissora, porque ali perto, em Guiana e Suriname, há descoberta de bilhões de barris de petróleo.

Na fronteira brasileira, estimativas do Ministério de Minas e Energia (MME) apontam que há cerca de 10 bilhões em barris de petróleo recuperáveis. Para se ter uma ideia do que isso significa, o Brasil tem hoje 14,856 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas. O MME calcula que a área pode gerar US$ 56 bilhões em investimentos, além de arrecadação da ordem de US$ 200 bilhões.

Transição energética

Ambientalistas não veem sentido na preocupação com o declínio na exploração de petróleo, porque essa fonte de energia deve perder força no processo de transição energética.

Na área de energia, porém, o argumento é que só a partir de 2040 se vê uma redução mais forte da demanda por petróleo, segundo dados da Agência Internacional de Energia. Mesmo assim, ainda serão consumidos cerca de 60 milhões de barris diariamente, no cenário mais otimista, com aplicação de fontes renováveis de energia – hoje é algo próximo de cem milhões de barris.

A Petrobras apresentou recurso na semana passada para que o IBAMA reveja a decisão que não liberou licença para a estatal perfurar o bloco da bacia da Foz do Amazonas, localizado a 175 quilômetros de Oiapoque (no extremo norte do Amapá). O órgão ambiental disse que vai analisar novamente a proposta e discutir tecnicamente as alterações apresentadas no novo pedido.

Um dos pontos reclamados pelo IBAMA é que a base de socorro a animais em caso de desastre fica em Belém. A empresa vai ampliar a base em Oiapoque, além de propor mais embarcações de contenção de vazamento. (biodieselbr)

Vulnerabilidades do setor elétrico brasileiro frente à crise global

Vulnerabilidades do setor elétrico brasileiro frente à crise climática global e propostas de adaptação.
O Brasil ainda não tem uma política concreta para enfrentar os impactos da mudança climática sobre seu sistema elétrico. Essa informação consta no estudo Vulnerabilidades do setor elétrico brasileiro frente à crise climática global e propostas de adaptação. Segundo o material, lançado pela Coalizão Energia Limpa, ao não considerar adequadamente as alterações no clima, o planejamento elétrico nacional está contando com um volume de chuvas representado pelo histórico de precipitação que pode não ocorrer, obrigando a tomada de medidas emergenciais que encarecem e poluem a matriz energética, como verificado na crise hídrica de 2021.

O estudo, que consiste em uma revisão dos principais achados científicos recentes, foi liderado pelos pesquisadores José Wanderley Marangon Lima, professor titular voluntário da UNIFEI (Universidade Federal de Itajubá), consultor da MC&E e Secretário de P&D do INEL; José Antonio Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Modelagem, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); e Lincoln Muniz Alves, pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Autor Líder do Sexto Relatório de Avaliação do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima), a pedido do ClimaInfo.

As mudanças climáticas vão impactar cada vez mais o sistema brasileiro de energia, tornando o abastecimento frágil. Isso significa que precisamos investir em resiliência, adaptação e diversificação. Contudo, isso deve ser feito sem novos investimentos em fósseis e com resguardo dos direitos humanos e dos povos tradicionais.

É urgente e necessária a construção de um novo modelo para o setor elétrico, ancorado em novos paradigmas que atendam a critérios de justiça social e sustentabilidade.

A melhor opção para o Brasil é um sistema hidro-solar-eólico

O Brasil pode exercer um papel estratégico na geopolítica global, sendo pioneiro na transição energética viabilizada a partir da construção de um sistema hidro-solar-eólico. Isto permitiria a redução dos custos da energia elétrica e uma maior competitividade global dos produtos brasileiros, o que, por sua vez, contribuiria para a retomada da economia e a redução das desigualdades sociais que assolam o país.

Crise hídrica – Crise energética no Brasil

O Brasil é um dos grandes produtores mundiais de energia hidrelétrica, respondendo por 10% da produção mundial.

60%

(quase ) da energia produzida no Brasil é hidroelétrica, ou seja, renovável!

A produção de energia elétrica no Brasil é muito dependente das variações climáticas, pois é baseada, em sua maioria, em usinas hidrelétricas.

Os regimes de chuvas, cada vez mais alterados devido às mudanças climáticas, causam grave ameaça à geração de energia elétrica do país.

O Brasil sofreu suas piores secas na última década e, em 2021, a pior crise hídrica dos últimos 90 anos.

Isso causa redução da disponibilidade hídrica em importantes bacias hidrográficas. Essas bacias são uma das principais responsáveis por garantir o abastecimento do sistema elétrico brasileiro.

A seca de 2014/2015, na região Sudeste, afetou fortemente várias bacias hidrográficas. A Usina Hidrelétrica de Três Marias, em Minas Gerais, paralisou quatro de suas seis turbinas. O volume útil de água do reservatório da usina chegou a 4,1% de sua capacidade máxima.

Não estamos lidando com esse problema

No âmbito das políticas públicas, não existem medidas concretas suficientes para isso. Se as alterações do clima não forem consideradas adequadamente, todo o planejamento de geração de energia torna-se vulnerável e comprometido. Não é mais aconselhável trabalhar com o histórico dos regimes de chuvas para gerir as hidrelétricas, pois isso significa esperar um volume de chuva médio que pode não ocorrer devido às mudanças climáticas.

Investir nos combustíveis fósseis não é a solução

O sistema elétrico precisará ser mais resiliente ao clima sem ficar mais sujo, como aconteceu no passado recente, com a contratação de termelétricas fósseis, principalmente movidas a gás fóssil. A diminuição máxima possível das emissões deve ser uma diretriz norteadora de todos os segmentos da economia.

Os Direitos Humanos e o Direito ao território dos Povos Indígenas, Quilombolas e das Comunidades devem ser sempre garantidos.

É fundamental que o Estado brasileiro planeje e oriente a expansão das energias renováveis sem que, no entanto, repita-se o modelo historicamente adotado para o setor, pelo qual os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais são invariavelmente violados na garantia de seu direito territorial. O processo de aprovação e licenciamento deve assegurar a aplicação de salvaguardas que garantam os direitos territoriais e a consulta livre prévia e informada aos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais.

Ou seja, a conta não fecha.

Gerar energia por meio de fontes fósseis = conta de luz cada vez mais cara + agravamento da crise climática global.

Não diversificar as fontes de energia elétrica + mudanças climáticas = risco de desabastecimento de energia elétrica.

Desconsiderar as mudanças climáticas na geração de energia + priorizar combustíveis fósseis = agir na contramão de todas as recomendações científicas

Financiar termelétricas + mudanças climáticas = contribuir para o aumento da temperatura do planeta acima de 1,5°C.

É preciso diversificar a matriz elétrica Brasileira 

Ao diversificar a nossa matriz elétrica, podemos construir resiliência para lidar com as mudanças climáticas.

Sugerimos três passos para alcançar este objetivo:

• 1. Mapeamento de vulnerabilidades.

• 2. Traçar um plano de resiliência e adaptação para o setor.

• 3. Construir uma maior reserva de potência no sistema interligado e um maior armazenamento de energia.

É possível agir agora!

Processos decisórios e melhores práticas:

1. A diminuição das precipitações – esperada no Nordeste e no Norte do Brasil – não recomenda a implantação de novas centrais hidrelétricas, principalmente se forem usinas a fio d´água. É o caso, por exemplo, do complexo de usinas no Rio Tapajós, previsto para depois de 2030. Ele precisa ser reavaliado à luz das projeções climáticas.

2. O incremento nos ventos e na radiação solar projetados para o Nordeste brasileiro sugere que a região deverá ser uma grande exportadora de energia renovável.

3. Sistemas distribuídos tendem a ser mais resilientes a eventos extremos climáticos. Entre as soluções locais, neste sentido, está a instalação de baterias com geração fotovoltaica. Ela pode minimizar os efeitos adversos do clima.

4. Com a diversificação da matriz, especialmente a partir de fontes renováveis (como a solar e a eólica), bem como por meio do desenvolvimento de tecnologias – armazenamento (baterias), hidrogênio verde e usinas hidrelétricas reversíveis – para lidar com situações de estresse climático, o acréscimo de novas termelétricas fósseis à matriz deve se dar somente em caráter emergencial e temporário.

5. Elaboração de um plano de resiliência do Sistema Integrado Nacional frente às mudanças climáticas nos segmentos de geração, transmissão e distribuição.

6. Incentivo para pesquisas em tecnologia de armazenamento de energia. (climainfo.org)

Importância e riscos da transição energética

Neste artigo apresentamos a importância e os riscos da transição energética como uma mudança profunda na forma como produzimos e consumimos energia, buscando reduzir as emissões de gases de efeito estufa que causam o aquecimento global e as mudanças climáticas.

O artigo apresenta a importância da transição energética como uma mudança profunda na forma como produzimos e consumimos energia, buscando reduzir as emissões de gases de efeito estufa que causam o aquecimento global e as mudanças climáticas. A transição energética envolve a passagem de um modelo energético baseado em fontes poluentes, como os combustíveis fósseis, para um modelo baseado em fontes renováveis, como a hidrelétrica, a eólica, a solar e a biomassa. Além disso, envolve outras dimensões, como a eficiência energética, a economia circular, a digitalização e a descentralização. A transição energética é necessária e urgente para evitar cenários catastróficos causados pelas mudanças climáticas, e também pode trazer benefícios para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade. É um processo complexo e multidimensional que requer a participação e o comprometimento de todos os atores envolvidos.

A transição energética é um dos temas mais importantes e urgentes da atualidade. Trata-se de uma mudança profunda na forma como produzimos e consumimos energia, buscando reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) que causam o aquecimento global e as mudanças climáticas. Mas o que é exatamente a transição energética e por que ela é necessária e urgente?

A transição energética pode ser definida como a passagem de um modelo energético baseado em fontes poluentes, como os combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), para um modelo baseado em fontes renováveis, como a hidrelétrica, a eólica, a solar e a biomassa. Essas fontes são chamadas de renováveis porque se regeneram na natureza ou podem ser cultivadas, ao contrário dos fósseis, que são finitos e levam milhões de anos para se formar.

Também envolve outras dimensões, como a eficiência energética, que significa usar menos energia para obter o mesmo resultado; a economia circular, que significa reaproveitar os recursos e evitar o desperdício; a digitalização, que significa usar tecnologias inteligentes para otimizar a geração, o transporte e o consumo de energia; e a descentralização, que significa aproximar os produtores e os consumidores de energia, reduzindo as perdas e aumentando a autonomia.

A transição energética é necessária porque o atual modelo energético é insustentável do ponto de vista ambiental, social e econômico. A queima de combustíveis fósseis é responsável por cerca de 75% das emissões globais de GEE, que provocam o efeito estufa e alteram o clima do planeta. As consequências disso são graves e já podem ser sentidas: aumento da temperatura média, derretimento das calotas polares, elevação do nível do mar, eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade, escassez de água e alimentos, conflitos e migrações forçadas.

A transição energética é urgente porque o tempo para evitar esses cenários catastróficos está se esgotando. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão científico da ONU, é preciso limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C até o final deste século para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Para isso, é necessário reduzir as emissões globais de GEE em 45% até 2030 e zerá-las até 2050. Isso implica em uma transformação radical do sistema energético mundial.

Esta transformação não é apenas um desafio, mas também uma oportunidade. Ela pode trazer benefícios para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade. A transição energética pode contribuir para a preservação dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade do ar e da saúde pública, para a geração de empregos verdes e qualificados, para a redução da pobreza e das desigualdades, para a inovação tecnológica e para a segurança energética.

Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), uma transição energética, baseada em 100% de fontes renováveis até 2050, poderia gerar benefícios econômicos globais de US$ 98 trilhões, além de evitar 6 milhões de mortes prematuras por poluição do ar.

A transição energética é um processo complexo e multidimensional, que requer a participação e o comprometimento de todos os atores envolvidos: governos, empresas, organizações da sociedade civil e cidadãos. Cada um tem um papel a desempenhar nessa transformação. A transição energética é uma escolha coletiva e uma responsabilidade compartilhada. É também uma necessidade urgente e uma oportunidade única.

Riscos da transição energética

A transição energética também envolve riscos e desafios para o setor energético e para a sociedade em geral. Alguns desses riscos são:

– A segurança energética: a transição energética pode afetar a disponibilidade, a confiabilidade e a acessibilidade da energia, especialmente em países que dependem de importações de combustíveis fósseis ou que têm infraestrutura inadequada para integrar as fontes renováveis. Além disso, a transição energética pode aumentar a vulnerabilidade a choques geopolíticos, como conflitos armados, sanções econômicas ou ataques cibernéticos, que podem interromper o fornecimento de energia.

– A competitividade econômica: a transição energética pode exigir altos investimentos em tecnologias, infraestrutura e capacitação, que podem afetar a competitividade das empresas e dos países no mercado global. Além disso, a transição energética pode gerar perdas de empregos e de receitas fiscais em setores ligados aos combustíveis fósseis, que podem não ser compensadas pela criação de novas oportunidades em setores emergentes.

– A justiça social: a transição energética pode gerar desigualdades sociais entre países, regiões e grupos populacionais, que podem ter acesso diferenciado aos benefícios e aos custos da mudança. Por exemplo, alguns países podem ter mais recursos naturais ou financeiros para investir em fontes renováveis, enquanto outros podem ficar dependentes de fontes poluentes ou caras. Da mesma forma, alguns grupos podem ter mais facilidade para se adaptar às novas demandas do mercado de trabalho ou às mudanças nos padrões de consumo, enquanto outros podem ficar excluídos ou marginalizados.

Diante desses riscos, é importante que a transição energética seja planejada e implementada de forma coordenada, consistente e participativa, envolvendo governos, empresas, organizações da sociedade civil e consumidores. Além disso, é preciso que a transição energética seja justa e equitativa, garantindo que ninguém seja deixado para trás e que todos possam contribuir e se beneficiar da mudança.

A transição energética é um desafio coletivo que requer a participação e o compromisso de todos os atores da sociedade: governos, empresas, organizações não governamentais e cidadãos.

Cada um pode contribuir com suas escolhas e ações para acelerar essa mudança necessária e urgente. Afinal, o futuro do planeta depende da forma como usamos a energia hoje. (ecodebate)

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Eletrificação de ônibus no Brasil: desafios e oportunidades

Ônibus elétrico da empresa Higer. Curitiba, 13/09/2022.

A eletrificação das frotas de ônibus no Brasil é uma tendência que pode trazer benefícios ambientais, econômicos e sociais para as cidades.

Eletrificação de frotas de ônibus pode ser porta de entrada para eletromobilidade no Brasil. No entanto, o custo elevado dos veículos elétricos, a falta de incentivos governamentais e a infraestrutura inadequada para a recarga das baterias são alguns dos obstáculos que precisam ser superados. Algumas experiências bem-sucedidas em capitais como São Paulo e Curitiba mostram que é possível avançar na transição energética do transporte público. O Brasil já conta com fabricantes nacionais e estrangeiros de ônibus elétricos e híbridos, que podem atender à demanda crescente por esse tipo de veículo. A eletrificação das frotas de ônibus no Brasil é uma oportunidade para melhorar a qualidade do ar, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a mobilidade urbana sustentável.

Os ônibus elétricos podem ser a porta de entrada dos brasileiros à eletromobilidade e as cidades podem ganhar muito com a eletrificação das suas frotas de ônibus. Em cidades como São Paulo e Curitiba, o avanço da eletrificação do transporte público continua: com cada vez mais investimentos sendo realizados neste segmento. Porém, o país ainda carece de uma política nacional para o incentivo, principalmente das cidades do interior.

Mas por qual razão a eletrificação das cidades é importante? Para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa especializada em soluções para o segmento da eletromobilidade. “A principal porta de entrada para a população para os automóveis elétricos será por meio dos coletivos. Deste modo, a transformação do modal buscada pelas capitais brasileiras é algo necessário e faz parte de uma realidade que se expandirá por todo o país”, afirmou o executivo.

Porém, enquanto nas capitais o diálogo sobre a importância da eletrificação das frotas, no interior ainda há pouco investimento na conversão. Porém, o cenário pode ser promissor. Para David, as atuais ações nas capitais poderão se tornar exemplos para outros municípios do Brasil. “Principalmente por se tratar de uma transformação significativa, é necessário utilizar como exemplo modelos que já deram certo em outros municípios”, afirmou o executivo.

Mesmo com o avanço de projetos em prol da eletromobilidade, o envelhecimento da frota de automóveis e o valor dos veículos no Brasil ainda é um impeditivo para a popularização dos automóveis particulares elétricos e híbridos no país. Esse cenário pode ser visto claramente no mais recente estudo da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), que mostrou que os veículos com mais de 12 anos foram os mais vendidos no Brasil no último ano. Além disso, o automóvel mais barato entre os elétricos ainda está na média dos R$ 145 mil.

Esse cenário também pode ser visto nos ônibus utilizados nos municípios do país. Os dados são da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostram que os ônibus estão com uma idade média de seis anos, considerada a mais alta desde 2012.

Segundo David, esse cenário é um alerta para a importância da eletrificação e modernização do transporte público brasileiro, até como forma dos municípios economizarem e diminuírem os valores de tarifa. “Quando falamos dos automóveis elétricos nós estamos falando em dois pontos de economia. O primeiro é relacionado a tração, onde a energia elétrica pode ser muito mais econômica que a gasolina e o diesel e outro ponto é na manutenção, muito mais barata que a dos veículos movidos à combustão, principalmente pela quantidade menor de componentes necessários em um veículo elétrico. Isso reflete diretamente no preço das passagens para o consumidor final”, explica Ricardo David.

O especialista explica que, no total, os elétricos possuem cerca de 20% das peças de um carro à combustão e que a manutenção mensal e a troca e reposição de peças é significativamente menor. Já no quesito combustíveis, a economia é de 84% em um carro elétrico. Além disso, os veículos a combustão emitem gases poluentes que contribuem para a poluição do ar e a mudança climática. Estudos também apontam que a exposição prolongada à poluição do ar pode aumentar o risco de doenças respiratórias, cardiovasculares e até mesmo câncer. Nesse aspecto, a eletrificação das frotas de ônibus pode, até mesmo, ser vista como uma política de saúde pública.

Ônibus elétrico em São Paulo: capital paulista tem a maior frota elétrica do país, com aproximadamente 700 ônibus.

Eletrificação do transporte público é solução urgente no pós-pandemia

Melhorar a qualidade do ar, principalmente nos grandes centros urbanos brasileiros, só será possível com veículos elétricos.  (ecodebate)

Energia nuclear é um péssimo negócio

O artigo questiona a energia nuclear no Brasil e aborda a falta de discussão pública sobre o assunto.
Resumo: Apesar de não ter sido mencionado durante a campanha eleitoral, o presidente Lula demonstrou interesse na energia nuclear e priorizou a conclusão da usina Angra 3. O texto apresenta alguns argumentos contrários à energia nuclear, como os riscos de acidentes, o problema dos rejeitos nucleares e os custos elevados em comparação a outras fontes de energia. Além disso, questiona a sinceridade do governo em relação à transição energética diante do apoio à exploração de petróleo e gás natural. Os autores concluem que é necessário um debate público e transparente sobre o assunto para que os cidadãos possam entender as implicações e os riscos envolvidos na priorização da energia nuclear pelo governo.

Lemos nos jornais (FSP, 4/05/2023) que “a conclusão da usina nuclear de Angra 3 é prioridade nos planos do governo Lula”. Surpreendente, pois durante a acirrada campanha eleitoral de 2022, tudo o que se ouviu sobre as prioridades de um futuro governo Lula era garantir que cada brasileira e brasileiro tivessem as quatro refeições do dia, picanha de vez em quando, escola e saúde, além de moradia digna. No quesito ambiental, o combate ao desmatamento e à mineração ilegal, a demarcação das terras indígenas e a transição para uma economia de baixo carbono eram todas as prioridades mencionadas.

Nunca se falou em energia nuclear, Angra 3 ou bomba atômica durante a campanha eleitoral, mas eis que agora, de repente, descobrimos que o presidente escondia e nutria um grande carinho pelo tema. Bem, é um direito dele como pessoa acreditar que a energia nuclear seja segura, barata e necessária, mas como presidente de uma república democrática ele devia antes de definir as “suas prioridades”, submetê-las a uma discussão pública.

Embora discutir em profundidade riscos e benefícios da energia nuclear exija o domínio de informações científicas, há coisas básicas ao acesso de todos, como o fato de que de repente, mesmo as melhores usinas podem explodir, como Fukushima, no Japão; que os rejeitos nucleares são um problema insolúvel, pois não há ninguém que queira ser vizinho de um depósito desse tipo, e que a morte e as enfermidades por radiação são terríveis.

Já outras informações de caráter econômico costumam ser subtraídas da opinião pública, provavelmente porque elas ajudariam muito a formar uma opinião contrária a essa “prioridade”. A contribuição da energia nuclear na matriz energética do Brasil, por exemplo, continuará inexpressiva, em torno de 2% mesmo com Angra 3, enquanto o preço do megawatt- hora de origem nuclear chega a ser de 4 a 6 vezes maior, quando comparado a geração solar, eólica e hidráulica. O que implicará um aumento substancial na conta de energia de todos os consumidores brasileiros durante algumas décadas.

Outro exemplo: os R$ 17 bilhões que faltam para “acabar” Angra 3 (até agora gastou-se R$ 7,8 bilhões) dariam para abastecer 1 milhão de casas com módulos solares de 3 kWp cada uma (ao preço unitário de R$ 17 mil). Podíamos fazer cálculos semelhantes ao sistema solar fotovoltaicos, e para outros modos de produção de geração de energia descentralizados, adaptados às condições locais como biodigestores, geração elétrica de fio de água, uso de óleos vegetais. Ou mesmo pensar quantas escolas, casas e hospitais poderiam ser construídos com esses R$17 bilhões.

O último argumento do Ministério de Minas e Energia é que a energia nuclear é uma opção de “geração limpa” dentro da transição energética, uma vez que não gera gases de efeito estufa. Mas quando consideramos que o Ministério de Minas e Energia e o próprio Lula, também querem aumentar a exploração de petróleo e gás natural no país, inclusive nos recifes de coral da foz do Amazonas, temos todo o direito de duvidar da sinceridade deles em relação a uma transição energética devido às mudanças climáticas.

E, por fim, “transitar da energia fóssil” para a energia nuclear é um péssimo negócio, pois além de depender de um combustível também não renovável, o urânio, e razoavelmente escasso, seus rejeitos permanecem perigosos e irradiando por milhares de anos. É como transitar do vício da cocaína para o da morfina.

É um mistério, portanto, porque o presidente Lula elegeu Angra3 como prioridade. Que tal explicar isso para os cidadãos e cidadãs brasileiros que o elegeram e que vão pagar uma energia muito mais cara nas próximas décadas e correr o risco de sofrer acidentes nucleares espantosos, pois Angra se situa entre as duas cidades mais populosas do país? Afinal, onde anda a democracia participativa nesse governo quando descobrimos que o presidente define suas “prioridades” de maneira tão pouco pública, embora a grana que será gasta seja nossa? E os riscos também?

A energia nuclear, também chamada de energia atômica, é uma das principais fontes de energia usadas no mundo. Neste sentido, vamos te mostrar como é o uso de energia nuclear no Brasil, e quais medidas o país têm tomado para ampliar a sua atuação no mercado nuclear global. (ecodebate)

Luz expande operações e foca em fazendas solares

LUZ expande fornecimento de energia solar compartilhada para Brasília

Em sete meses de operação no Brasil, empresa planeja capacidade para atender 20 mil unidades consumidoras de baixa tensão até agosto.
A empresa digital LUZ está expandindo suas operações de geração distribuída solar para atender mercados consumidores de baixa tensão em Brasília (DF), parte do Litoral Paulista e Vale do Paraíba (SP), além de cinco cidades no Mato Grosso do Sul.

Em Brasília, uma fazenda solar já entrou em operação em maio e outras duas devem ser ativadas no decorrer deste ano. A primeira é de microgeração, com 1 megawatt (MW). As outras duas vão ofertar 5MW cada até agosto deste ano. O fornecimento é pela rede da Companhia Energética de Brasília (CEB) e a LUZ pode atender até 9 mil unidades consumidoras na região.

A empresa, que estreou no mercado em outubro do ano passado na área da CPFL Paulista, com aportes da Delta Energia, aposta na GD compartilhada. Nesse modelo de negócio, o consumidor conectado à rede compra a energia renovável pelo aplicativo e recebe descontos na sua conta de luz, sem precisar instalar placas fotovoltaicas no telhado.

Para fornecer a energia, a empresa está construindo pequenas usinas solares pelo país. O plano de expansão da empresa no médio prazo prevê colocar em funcionamento 50 fazendas solares até 2024.

Atualmente, 463 cidades são atendidas pela fornecedora de energia digital. Até agosto, terá capacidade para atender cerca de 20 mil unidades consumidoras nessas localidades.

Com os novos parques, a companhia espera atender mais de 100 mil unidades consumidoras e transacionar 150 megawatts (MW) por meio de geração distribuída em todo o Brasil.

21 GW em maio

A geração distribuída de energia solar no Brasil alcançou 20,8 gigawatts (GW) de potência instalada no início de maio, de acordo com os dados mais recentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A solução, popular entre consumidores de menor porte, está crescendo rapidamente. Entre janeiro e abril deste ano, foram adicionados 2,1 GW de potência em comparação com 1,7 GW no mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

Atualmente, mais de 1,9 milhão de sistemas fotovoltaicos estão conectados à rede elétrica. Eles fornecem energia para aproximadamente 2,5 milhões de unidades consumidoras em todo o país. A geração distribuída solar representa 98% da capacidade instalada.

As regiões com maior destaque nas instalações são São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, que possuem incentivos estaduais para essa fonte de energia. (epbr)