sábado, 29 de novembro de 2008

História da Energia

A teoria do Big Bang diz que uma explosão de energia deu origem a todo o Universo e que uma pequena parte desta energia ficou concentrada no Sol, principal astro do nosso sistema planetário. Foi a energia do sol que possibilitou o surgimento da vida na Terra. Todos os seres vivos - homens, animais e plantas - dependem da luz e do calor do Sol, que atravessam cerca de 150 milhões de quilômetros para chegar até aqui.

Primeiros tempos

Os homens pré-históricos já sabiam que podiam se aquecer ao Sol e que tremeriam de frio se as nuvens o escondessem. Porém, como não havia como comandar o Sol e era impossível armazenar seu calor ou fazer com que sua luz invadisse a noite, eles deslocaram sua atenção para outra fonte natural de energia: o fogo.

A conquista do fogo transformou a vida dos seres humanos. Utilizado para moldar armas e ferramentas, o fogo facilitou a execução de uma série de novas tarefas como a construção de casas, a fabricação de tecidos e a modelagem do vidro.

Revolução Industrial

Durante muito tempo quase todas as máquinas foram movidas pela força de animais, como nas carroças; da água, como nas rodas d´água; e dos ventos, como nos moinhos. Somente a partir de 1712, depois que o inglês Thomas Newcomen utilizou a energia do vapor pela primeira vez para bombear a água das minas próximas à sua casa na Inglaterra , iniciou-se o que chamamos de Revolução Industrial.

A aplicação do vapor, principalmente nas indústrias de tecido e nos moinhos de trigo, produziu grandes mudanças econômicas e sociais no mundo inteiro. Ao longo do século XVIII, o vapor foi o ponto de partida para a invenção de novas ferramentas como os tornos e a máquina de costura, e também de meios de transporte importantes como os trens e os navios movidos a vapor.

A industrialização trouxe um progresso sem precedentes na história. As máquinas e equipamentos se tornaram cada vez mais precisos e garantiam a fabricação dos produtos numa velocidade jamais imaginada.

A grande descoberta

Até meados do século XVII a humanidade ainda não conhecia a energia elétrica. Os raios vinham sendo observados há muito tempo e o filósofo grego Tales de Mileto já havia atraído fiapos de algodão friccionando o âmbar (uma resina fóssil semelhante ao plástico), mas ainda não tínhamos a menor idéia de como era produzida essa força tão poderosa.

Só em 1752, as experiências do cientista americano Benjamin Franklin começaram a esclarecer as dúvidas sobre essa fantástica forma de energia. Em uma delas, empinando uma pipa num dia de tempestade, Franklin conseguiu atrair um raio e recebeu uma pequena descarga elétrica. O fato comprovou, pela primeira vez, que a energia dos raios podia ser captada e transmitida através de fios.

Cerca de cinqüenta anos depois, o italiano Alessandro Volta produziu eletricidade artificialmente, empilhando discos de cobre e zinco, alternados e separados por pedaços de tecido molhado em ácido. A reação química entre os discos gerou um fluxo constante de carga elétrica por um longo tempo. A pilha de Volta, hoje com várias formas e dimensões, ainda faz funcionar diversos equipamentos elétricos.

Com a descoberta da pilha, os cientistas passaram a ter uma fonte permanente de corrente elétrica, abrindo novos campos para a pesquisa. A partir daí, homens como Michael Faraday conhecido como o "pai da eletricidade" por ter inventado o primeiro gerador em 1831 se dedicaram ao estudo da ciência da eletricidade.

Em 1879, o americano Thomas Alva Edison, considerado um dos mais importantes cientistas do mundo, inventou a lâmpada elétrica incandescente e criou o primeiro sistema gerador de eletricidade - com fios e postes para levar energia elétrica a lugares distantes - que o mundo realmente começou a se transformar, pois, de lá para cá, a produção industrial cresceu em ritmo muito acelerado.

Os dias atuais

Quase todas as máquinas anteriormente movidas a vapor passaram a funcionar com eletricidade e o consumo de energia disparou durante o século XX. Nesse período foram criados telefones, rádios, televisões, dínamos de automóveis, aspiradores, campainhas, radares, alarmes e uma centena de outros aparelhos que conhecemos tão bem.

O uso conjunto do petróleo, do gás, do carvão, da eletricidade e, mais tarde da energia nuclear, além de possibilitar o desenvolvimento espantoso de alguns países, como os Estados Unidos e o Japão proporcionaram aos seus habitantes uma vida extremamente mais confortável.

Atualmente, nos países onde os processos produtivos estão mais avançados, uma nova transição começou a ocorrer. É a chamada Revolução Tecnológica, onde a informática, as telecomunicações e a robótica são peças fundamentais.

Entretanto, em países menos desenvolvidos, o consumo médio de energia é muito baixo, seja por falta de recursos naturais, de vontade política ou de verbas para a implantação dos sistemas. Por incrível que pareça em todo o mundo, dois bilhões de pessoas ainda não têm acesso à energia elétrica e ao conforto por ela proporcionado.

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