sábado, 14 de fevereiro de 2009

Quattor inicia fabricação de 'resinas verdes' em 2009

O ingresso da petroquímica Quattor no processo de fabricação de resinas termoplásticas produzidas a partir de fontes renováveis terá início em 2009, com a construção de uma planta-piloto de propeno na cidade de Mauá (SP). A expectativa da companhia é produzir de 5 quilos a 10 quilos da matéria-prima utilizada na produção de polipropileno (PP) por hora. Com essa linha, a Quattor iniciará o fornecimento da resina para os clientes, a fim de que essas empresas analisem a eficácia do produto. A fabricação comercial da resina está prevista para 2012.
O PP verde da Quattor será fabricado com o uso da glicerina, subproduto resultante da produção do biodiesel. A primeira grande divulgação da tecnologia patenteada pela companhia acontecerá esta semana, durante participação da empresa na 1ª Exposição Internacional sobre Biocombustíveis, que acontece até a próxima sexta-feira (dia 21). A presença no evento tem como intenção apoiar iniciativas do governo com projetos que busquem alternativas para sustentar a iniciativa, refere-se ao programa do governo de promover a utilização de biodiesel na formulação de óleo diesel convencional.
A cada litro de biodiesel é gerado 100 mililitros (ml) de glicerina. A demanda atual por glicerina é de 30 mil toneladas a 40 mil toneladas anuais. Já a produção estimada da glicerina em 2013, ano em que a mistura mínima de biodiesel no diesel será de 5%, somará 250 mil toneladas anuais. Como não há aplicação para todo esse volume, essa glicerina se torna um passivo ambiental. A unidade comercial de propeno, deverá ser instalada próxima de uma das fábricas de PP da Quattor, empresa que tem suas unidades fabris concentradas na região Sudeste.
Os principais interessados no produto, ainda segundo o executivo, são as indústrias automotiva e de embalagens, além de segmentos que tenham apelo ecológico, como o setor de cosméticos. Os contatos com possíveis interessados acontecem no Brasil e no exterior. O PP verde é reciclável e permitirá à empresa comercializar créditos de carbono.

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