quinta-feira, 6 de março de 2025

USA adicionou 34 GW de energia fotovoltaica em 2024

EUA adicionam 34 GW de capacidade fotovoltaica em 2024.

Após um recorde de 37 GW de nova energia solar adicionada em 2024, a Administração de Informações de Energia dos EUA (EIA) disse que espera 26 GW em 2025 e ainda menos em 2026.
Central Copper Mountain Solar en Nevada, Estados Unidos

A energia solar cresceu rapidamente nos Estados Unidos e no exterior, expandindo de 0,1% da geração de eletricidade nos EUA em 2010 para mais de 6% hoje, de acordo com a Associação das Indústrias de Energia Solar (SEIA).

O crescimento continuou até 2024, quando os Estados Unidos instalaram 37 GW de nova capacidade solar. No entanto, a EIA disse que esse crescimento pode retrair em 2025.

Em seu relatório “Short-Term Energy Outlook“, a EIA disse que o país instalará 26 GW em 2025, caindo cerca de 30% em relação ao ano recorde em 2024. A EIA também afirmou que os Estados Unidos instalarão apenas 22 GW em 2026, potencialmente indicando uma indústria em retração após 15 anos de crescimento de dois dígitos.

Previsão da EIA diverge significativamente das expectativas da Wood Mackenzie e da SEIA. Os 2 grupos disseram que os Estados Unidos instalarão pelo menos 43 GW em 2025 em diante, atingindo quase 450 GW de instalações cumulativas até o final de 2029.

Apesar da desaceleração prevista nas instalações, a EIA disse que espera que a energia solar seja o principal contribuinte da nova geração adicionada à rede nos próximos dois anos. E apesar das menores adições anuais de capacidade, essas previsões representariam um aumento da geração solar dos EUA em 34% em 2025 e em 17% em 2026.

A EIA também disse que as adições de capacidade eólica aumentarão em cerca de 8 GW em 2025 e 9 GW em 2026, pequenos aumentos em relação aos 7 GW adicionados em 2024. Com base nas capacidades atuais e nas taxas de crescimento esperadas, a EIA disse que a capacidade solar ultrapassará a capacidade eólica nos Estados Unidos em 2027.

 A EIA acrescentou que o aumento da geração a partir do total de energias renováveis fará com que a geração de gás natural diminua 3% em 2025 e mais 1% em 2026. Acrescentou que a geração a carvão cairá 1% em 2025, enquanto aumentará ligeiramente em 2026 devido aos aumentos esperados nos custos do gás natural, mantendo a competitividade dos preços da energia a carvão.

Após quase duas décadas de relativamente poucas mudanças, o consumo de eletricidade cresceu 2% nos Estados Unidos em 2024. A EIA disse que espera que o consumo de eletricidade aumente anualmente cerca de 2% nos próximos dois anos. (pv-magazine-brasil)

Porto Alegre abastecerá 441 prédios públicos gerada por 11 usinas fotovoltaica

Porto Alegre abastecerá 441 prédios públicos com energia gerada por 11 usinas fotovoltaica.

O contrato prevê a instalação de um complexo com capacidade de geração anual de 7 milhões de kWh. A energia será destinada a prédios administrativos, Mercado Público, unidades de saúde, semáforos, praças e parques gerando economia anual de R$ 600 mil.
A prefeitura de Porto Alegre fechou o contrato da Parceria Público-Privada (PPP) para a implantação, operação e manutenção de aproximadamente 11 usinas fotovoltaicas em Porto Alegre. O projeto, que foi concedido ao consórcio Energia Sustentável do Sul, busca garantir energia limpa e sustentável para 441 instalações públicas, como prédios administrativos, Mercado Público, unidades de saúde, semáforos, praças e parques, promovendo economia e eficiência no uso dos recursos públicos.

“O serviço público pode ser prestado tanto pelo setor privado quanto pelo público, desde que seja eficiente. E ainda garantimos consumo eficiente de energia com economia de recursos públicos, pensando no presente e no futuro da cidade”, declarou o prefeito Sebastião Melo.

Mercado Público será um dos prédios que serão abastecidos pela energia produzida pela usina.

A concessão administrativa tem duração de 26 anos, sendo um ano destinado à construção das usinas e 25 anos para sua operação e manutenção. O contrato prevê a instalação de aproximadamente 11 usinas solares com capacidade total de geração anual de 7 milhões de kWh. Essa energia será destinada a 441 instalações públicas, como prédios administrativos, Mercado Público, unidades de saúde, semáforos, praças e parques.

Entre os benefícios esperados estão uma economia estimada de R$ 600 mil por ano nos custos de energia elétrica, uma redução de até 10% nas despesas do município, além de redução em torno de 500 toneladas por ano de CO2 na atmosfera.

O valor total do contrato é de R$ 114 milhões, correspondente às contraprestações públicas mensais ao longo do período de operação. O consórcio vencedor criou uma sociedade de propósito específico, a Energia Sustentável do Sul SPE S/A, para gerenciar o projeto.

A construção das usinas ocorrerá em áreas dentro da concessão da distribuidora CEEE Equatorial, com prazo de 12 meses para que as instalações estejam operacionais.

Com duração de 26 anos, o contrato prevê a construção de 11 usinas solares em até 12 meses, gerando 7 milhões de kWh anuais. A economia estimada é de R$ 600 mil por ano, além de uma redução de 500 toneladas de CO2 na atmosfera.

Porto Alegre assina contrato para implantação de usinas de energia solar

O investimento total do contrato é de R$ 114 milhões, divididos em contraprestações públicas mensais. (pv-magazine-brasil)

terça-feira, 4 de março de 2025

Vibra passa a usar diesel verde em frota que opera no Aeroporto de Guarulhos

A BR Aviation, unidade de negócios da Vibra, iniciou em dezembro/2024 a operação de caminhões no Aeroporto Internacional de Guarulhos utilizando uma mistura de Diesel Renovável HVO, também conhecido como "diesel verde".
Os caminhões da BR Aviation – braço da Vibra dedicado aos combustíveis de aviação – que operam dentro do Aeroporto de Guarulhos passaram a ser abastecidos com 10% de diesel verde. Esse percentual se soma aos 14% de biodiesel já contidos no óleo diesel, trazendo o total de renováveis para 24%. A mudança foi implementada no mês passado.

Fabricado a partir da reação entre óleos e gorduras renováveis e hidrogênio, o diesel verde é quimicamente idêntico ao diesel de petróleo e, por isso, pode ser usado até mesmo puro em motores sem qualquer modificação. Seu uso tem crescido em nível mundial. Nos Estados Unidos, ele já supera o biodiesel como principal alternativa ao diesel fóssil.

Esforço Voluntário

A mudança é voluntária. Embora a Lei do Combustível do Futuro determine metas para o uso de até 3% de diesel verde, seu uso só deve se tornar obrigatório a partir de 2027. A expectativa da empresa é – no futuro – aumentar ainda mais o percentual de diesel verde presente nos combustíveis usados por sua frota.

A empresa já usa o produto há dois anos nos caminhões que atendem o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

A expectativa é que a adoção do diesel verde nas operações de Guarulhos reduza as emissões da empresa de 80 toneladas de CO2 por ano. A Vibra tem como meta zerar suas emissões dos escopos 1 e 2 ainda este ano.

Diesel Renovável HVO proporciona redução de aproximadamente 90% de emissões de gases de efeito estufa.

Vibra começa a abastecer com Diesel HVO caminhões em operação no aeroporto de Guarulhos

Desde dezembro/2022, os caminhões da BR Aviation já operam com o Diesel Renovável HVO no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. (biodieselbr)

Energia solar atinge 53 GW no Brasil

Energia solar atinge 53 GW no Brasil, mas enfrenta desafios.

Geração solar distribuída soma 35,5 GW e as grandes usinas da geração centralizada, mais 17,5 GW. Aumento de imposto, cortes de geração e obstáculos na conexão de pequenos sistemas são preocupações para a manutenção do crescimento da fonte, de acordo com a Absolar.
Usina Irapuru da Elera Renováveis é a terceira do Complexo Solar Janaúba que conta com potência instalada de 1.617 MWp em Minas Gerais.

A fonte solar acaba de atingir a marca de 53 gigawatts (GW) de potência instalada operacional no Brasil, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A geração solar distribuída soma 35,5 GW e as grandes usinas da geração centralizada, mais 17,5 GW.

Apesar do crescimento recente, o setor tem enfrentado desafios como o aumento do imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos, os cortes de geração renovável sem ressarcimento aos geradores e os obstáculos de conexão de geração distribuída, que prejudicam a aceleração da transição energética sustentável no país, alerta a associação. De acordo com a Absolar, desde 2012, o setor fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 241 bilhões em novos investimentos, gerou mais de 1,5 milhão de novos empregos verdes e contribuiu com mais de R$ 74,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

Com isso, a fonte já evitou a emissão de cerca de 64,2 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Atualmente, representa 21,6% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, sendo a segunda maior da matriz.

Energia solar atinge 53 GW no País, mas obstáculos podem desacelerar a expansão

“O ano de 2024, em especial, foi de grandes dificuldades para o setor, com negativas pelas distribuidoras de conexão de novos sistemas solares, por alegação de inversão de fluxo de potência, no caso da geração distribuída. Já no caso da geração centralizada, o setor foi alvo de cortes de geração de energia (curtailment ou constrained-off) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que prejudicaram pesadamente a receita dos geradores, dificultaram o cumprimento de contratos e comprometeram investimentos em novos empreendimentos solares. Para os dois segmentos, o recente aumento no imposto de importação de painéis solares foi recebido com preocupação e descontentamento, pois joga contra o crescimento da tecnologia no Brasil”, pontua o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.

Em novembro de 2024, o Governo Federal anunciou novo aumento do imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos (painéis solares), de 9,6% para 25%. A medida prejudica o avanço da tecnologia no Brasil, pois encarece a energia solar para os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais e públicos, dificultando o acesso à fonte solar pela população, justamente em um momento em que o mundo trabalha para combater as mudanças climáticas e acelerar a transição energética.

Já o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, alerta que muitos dos obstáculos enfrentados em 2024 permanecem presentes no horizonte de curto e médio prazos dos empreendedores do setor. “Por isso, a Absolar manterá atuação intensa para equacionar os principais desafios e construir soluções efetivas ao setor fotovoltaico, com ações de articulação junto às distribuidoras de energia elétrica, à agência reguladora, aos órgãos do setor elétrico, ao Congresso Nacional e ao Governo Federal”, detalha. (pv-magazine-brasil)

Painéis fotovoltaicos de 2ª vida e baterias de VEs em projetos agrovoltaicos e energia plug-in

Painéis fotovoltaicos de segunda vida e baterias de VEs em projetos agrovoltaicos, energia solar plug-in e de baixo orçamento

Equipe europeia está desenvolvendo tecnologias e processos para mostrar como os painéis fotovoltaicos em fim de vida e as baterias de veículos elétricos (VEs) podem ser usados em três segmentos de mercado de energia distribuída: agrovoltaico, fotovoltaico plug-in para residências e soluções de baixo orçamento. Também demonstrará processos de reciclagem eficientes para matérias-primas críticas recuperadas de painéis e baterias que não podem ser reutilizadas.
Uma equipe europeia está desenvolvendo tecnologias e processos para reutilização de painéis solares fotovoltaicos em fim de vida (EoL) e baterias de veículos elétricos (VEs) como soluções de energia distribuída em três segmentos de mercado.

O projeto tem planos de demonstração para uma fazenda de médio porte na Bélgica, representando a agrovoltaica, uma demonstração alemã de pequenos painéis fotovoltaicos semimóveis para residências e um campus escolar em Bruxelas, representando o segmento de baixo orçamento ou baixa renda. Também está contemplada uma solução para recuperação de matérias-primas críticas de painéis fotovoltaicos e baterias que não podem ser reutilizadas.

O projeto de 4 anos, que começou em janeiro de 2024, está desenvolvendo uma “cadeia de valor voltada para a indústria que abrange coleta, logística, caracterização, classificação e reutilização” de baterias para VEs operacionais e painéis fotovoltaicos. Também mostrará reciclagem, refino e purificação eficientes de matérias-primas críticas (CRMs) de painéis e baterias que não podem ser reutilizados.

O trabalho requer otimização e redução do custo de processos, como desmontagem, classificação, certificação, teste, reaproveitamento e garantia de baterias de veículos elétricos. Outra área de pesquisa é a melhoria das etapas do processo relacionadas à seleção e purificação do vidro recuperado das linhas de reciclagem de painéis fotovoltaicos.

O projeto está adquirindo seus módulos da agência ambiental francesa Soren. Os primeiros rascunhos para os três casos de uso já foram apresentados, incluindo proposta de valor e especificações técnicas, de acordo com o porta-voz do projeto.

A modelagem técnico-econômica dos casos de negócios dos demonstradores já começou e os pesquisadores concluíram a caracterização de 122 módulos fotovoltaicos de 220 até agora.

Equipe tem acesso a ferramentas de fotogrametria e georreferenciamento no local para imagens aéreas e aquisição de dados, e está realizando simulações de testes automatizados de painéis fotovoltaicos. Os resultados já mostram vantagens sobre o trabalho manual, segundo o porta-voz.

Conhecido como Solmate, o nome completo do projeto é Reuse of solar PV panels and EV batteries for low-cost decentralized energy solutions – and effective recycling of critical raw materials from their EoL products. Está alinhado com o Waste Framework Directive, que prioriza o reúso antes da reciclagem, e seguindo os princípios da “hierarquia de resíduos”, segundo a equipe.

O projeto tem € 6,1 milhões (US$ 6,34 milhões) em financiamento da iniciativa Horizon da União Europeia. É coordenado pelo instituto de pesquisa com sede na Bélgica, Vlaamse Instelling Voor Technologisch Onderzoek (VITO).

Outros parceiros estão sediados na França CEA, Soren, Watt4ever e Certisolis, juntamente com a Tecnalia, com sede na Espanha, e as belgas KU Leuven, Engie Laborelec, Comet Group, Revolta, Inflights, PNO Innovation e Out of Use. Eles se juntam a uma empresa com sede na Alemanha Suncrafter, a Treee, com sede na Itália, e com sede em Luxemburgo, a Solarcleano.

Projetos de pesquisa como o sistema de arco modular mostram que a agrovoltaica agora também está sendo levada a sério como uma perspectiva para o futuro na indústria. (pv-magazine-brasil)

segunda-feira, 3 de março de 2025

Saiba como nuvens e chuvas podem afetar a produção de energia solar

Nuvens e chuvas podem reduzir a produção de energia solar, mas os sistemas fotovoltaicos são projetados para funcionar em diversas condições climáticas.

Nuvens

Bloqueiam a luz solar direta, reduzindo a radiação que atinge os painéis

Difundem a luz, criando um efeito de iluminação difusa

Chuva

Aumenta a espessura e a quantidade de nuvens no céu, reduzindo a radiação solar direta

Dispersa a luz solar, desviando uma parte significativa da radiação antes de atingir os painéis

Apesar da redução na produção de energia, os sistemas fotovoltaicos continuam a funcionar. A chuva também ajuda a manter os painéis limpos, removendo folhas, poeira e outras partículas.

Para garantir que a geração de energia seja suficiente, é importante dimensionar corretamente o sistema. Isso significa considerar que, ao longo do ano, há períodos de chuva e de baixa incidência solar.
No verão, é muito comum a ocorrência de alternância entre sol e chuva com nebulosidade intensa em determinadas regiões. No entanto, nuvens e chuvas sempre significam desafios para a produção de energia fotovoltaica. Isso levanta discussões sobre o como esses elementos impactam a eficiência dos sistemas solares fotovoltaicos.

Muitos pensam que a estação mais quente e ensolarada do ano é perfeita para a energia solar. Por isso, é necessário explorar melhor e entender a complexa dinâmica entre os eventos meteorológicos do verão e a eficácia dos módulos fotovoltaicos.

Verão: melhor estação para energia solar?

É importante, então, procurar esclarecer o que existe de mito e realidade em relação à interferência de nuvens e chuvas no processo de geração de energia solar. Dessa forma, se torna possível saber como eles podem ser geridos para otimizar a geração de energia.

Brasil ensolarado x nuvens e chuvas

No Brasil, podemos considerar a energia solar uma aposta segura, Brasil conta com muitos dias de sol, mesmo em uma estação chuvosa como o verão. Mesmo assim, muita gente não acredita no desempenho dos sistemas fotovoltaicos em dias nublados e chuvosos.

Portanto, antes de investir em energia solar, é interessante procurar saber como nuvens e chuvas poderão afetar o seu equipamento fotovoltaico. E, também, de que forma uma empresa prestadora de serviços de qualidade calculou a sua produção de energia durante esses períodos.

Como funciona a geração de energia solar em dias chuvosos?

É importante esclarecer que, em dias de nuvens e chuvas, os painéis solares funcionam, assim como em dias de sol a pino. Isso acontece porque essa tecnologia tem mais relação com a luz solar que com o calor. Entretanto, quando chove ou está nublado, é certo que a eficiência da geração de energia reduz, uma vez que a incidência solar também está reduzida.

Assim, mesmo com pouca luz solar, os painéis mantêm sua superfície energizada ao longo do dia. Sendo assim, não podemos falar em queda completa de energia, embora a eficiência geral do sistema se mantenha alta. Por isso, é fundamental investir em equipamentos de alta qualidade e em módulos solares mais eficientes.

A chuva, em contrapartida, acaba funcionando como uma peça importante de manutenção do sistema solar. Ela faz a limpeza dos painéis sujos de folhas, poeira, fezes de animais e outras partículas.

Energia solar funciona em dias nublados?

As nuvens cumprem um papel ambíguo na dinâmica da geração fotovoltaica. Elas bloqueiam a luz solar direta e reduzem a radiação que incide nos módulos. No entanto, embora a radiação seja reduzida em dias nublados, a luz solar difusa chega aos painéis solares. Assim, é importante frisar que a energia solar é gerada a partir da luz do sol, mas mesmo em dias de nuvens e chuvas é possível captá-la.

Contudo, o impacto negativo causado pelas nuvens é mais evidente em sistemas de pequena escala ou em instalações que não respondem rapidamente às alterações da iluminação.

Com isso, a produção de energia pode sofrer quedas repentinas quando nuvens densas passam. No entanto, o que ajuda a amenizar o impacto das sombras das nuvens são avanços tecnológicos existentes em sistemas de rastreamento solar adaptativo.

E a chuva, ajuda ou atrapalha, afinal?

As chuvas, quando frequentes, tendem a ser encaradas como desafios, mas têm lá seus benefícios. Elas reduzem temporariamente a produção de energia em função da obstrução provocada pelas gotas d’água nos painéis. Mas, desempenham um papel vital na limpeza dos equipamentos.

Vale destacar, que a remoção de partículas atmosféricas e de poeira, feita pela ação da chuva, na realidade, pode melhorar a eficiência dos painéis. Isso resulta em uma superfície mais limpa para absorver a luz do sol. Dessa forma, saber fazer uma gestão inteligente dessa ambivalência de nuvens e chuvas é fundamental para maximizar a geração de energia solar.

Como atenuar o impacto de nuvens e chuvas na geração fotovoltaica?

Para minimizar o impacto de nuvens e chuvas em sistemas fotovoltaicos, existem sistemas de previsão e de monitoramento meteorológico de alta precisão. Eles permitem uma previsão mais eficaz das condições climáticas adversas, facilitando ajustes antecipados na operação dos equipamentos fotovoltaicos.

Além do mais, as tecnologias de armazenamento de energia têm sido implantadas como forma de compensar as flutuações na geração. Hoje, os painéis estão cada vez mais tecnológicos, potentes e eficientes. Então, mesmo em com a incidência de nuvens e chuvas, os painéis são capazes de aproveitar a incidência solar e gerar energia. Isso garante estabilidade durante o abastecimento de eletricidade.

Futuro da geração de energia fotovoltaica

Conforme os processos de geração fotovoltaica avançam, é importante levar em conta a oscilação do clima como parte do seu planejamento e gestão. Inovações frequentes têm moldado o futuro da geração fotovoltaica, permitindo que os processos se tornem mais adaptáveis e resilientes às inconstâncias das condições climáticas.

Essas tecnologias avançadas são compostas por inteligência artificial, que otimizam o rastreamento da luz solar e gestão de dados em tempo real. Em síntese, a interferência de nuvens e chuvas traz desafios à eficiência da geração de energia solar fotovoltaica. Mas, também estimulam as estratégias e as inovações tecnológicas que transformam cada dia mais a energia solar em uma alternativa extremamente viável. (aldo)

Energia solar vê nuvem espessa ameaçar seus negócios

Após anos de bonança, energia solar vê nuvem espessa ameaçar seus negócios.

Após surfar com subsídios desde 2012, setor prevê queda de investimentos com aumento de alíquota de importação de painéis solares e produção insuficiente da indústria nacional para atender a demanda.

Setor prevê queda de investimentos com alíquota maior de importação de painéis solares e produção insuficiente da indústria nacional.
Fazenda Solar: 281 empreendimentos estão ameaçados

Após vários anos batendo recordes de crescimento e de expansão de oferta de potência instalada, embalado por generosos subsídios desde 2012, o segmento de energia solar iniciou o ano cercado por uma gigantesca nuvem que ameaça os seus negócios. O primeiro problema surgiu em novembro passado, quando o governo federal anunciou, por meio de uma resolução do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (GECEX) a elevação do Imposto de Importação de painéis solares de 9,6% para 25%, medida que passa a valer a partir de 30/06/2025.

“Muitas discussões estão pautadas pelo impacto setorial de medidas dos órgãos reguladores, sem entender que o regulador olha o sistema como um todo”, adverte. “Para a ONS, os riscos não são individuais, mas sim coletivos.

Levantamento indica que cera de 1,2 mil empresas do setor de energia solar de MG tiveram pedidos de conexão barrados pela CEMIG.

Diminuição dos subsídios e das taxas de isenção de impostos de importação por um lado e queixas das empresas. (neofeed)