quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Minas na rota da energia à base de macaúba

Minas Gerais e Bahia vão receber florestas de macaúba dentro de um megaprojeto voltado à transição energética global. A iniciativa terá R$ 12 bilhões para a produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e diesel renovável a partir da planta nativa brasileira, da qual é possível extrair óleo vegetal para biocombustíveis. O investimento será por meio da Acelen, empresa de energia criada pelo fundo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos.

As áreas onde as florestas serão plantadas, em 200 mil hectares, são 100% degradadas e ainda estão sendo escolhidas. O empreendimento bilionário com a proposta de atingir o cultivo comercial da planta em 10 anos foi apresentado em dezembro durante a 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP28), em Dubai.

No distrito de Nova Esperança em Montes Claros, no Norte de Minas, a Acelen está implantando o Centro de Inovação e Tecnologia Agroindustrial (Cita). Por lá, a previsão é criar 260 postos de trabalho. O parque de pesquisas compreenderá um laboratório de produção e germinação de sementes de macaúba, com tecnologia robotizada e célula autônoma de produção, além do emprego de inteligência artificial e um pré-viveiro com capacidade para fabricar até 10 milhões de mudas por ano.

O investimento inicial no Cita é de R$ 125 milhões. As obras começam no início do próximo mês, após a aprovação do processo de licenciamento ambiental, e a finalização de todas as instalações está prevista para o fim deste ano. O espaço de 15 hectares está sendo construído em uma área total de 138 hectares.

Conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado pela Acelen, a previsão é que, ao todo, sejam movimentados R$ 85 bilhões na economia dos dois estados até 2035. O levantamento também aponta para a geração de mais de 90 mil postos de trabalho diretos e indiretos e redução em 80% das emissões de dióxido de carbono (CO2) por meio da substituição dos combustíveis fósseis — o que posicionará a empresa como uma das maiores produtoras de combustíveis renováveis do mundo. A produção do chamado diesel verde e combustível de aviação sustentável será feita, a princípio, visando o mercado externo, onde esses produtos já são aprovados para comercialização.

Diretor e porta-voz da Acelen Renováveis, Marcelo Cordaro explica que, inicialmente, a biorrefinaria, a ser construída ao lado da refinaria de petróleo Mataripe S.A., na Bahia, adquirida em junho de 2021, concentrará os esforços na produção de SAF e diesel renovável a partir de matérias-primas sustentáveis já existentes, como gordura animal, óleos de milho, soja e canola, entre outras. “A incorporação da macaúba ocorrerá em médio prazo, considerando que a planta demanda de quatro a cinco anos para produzir frutos e oito anos para atingir a estabilidade produtiva. Conforme o estudo da FGV, a movimentação bilionária na economia elevará o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Minas e da Bahia”, frisou.

A estimativa, segundo ele, é de que, a partir de 2026, a Acelen atinja uma produção anual de um bilhão de litros de diesel renovável e Combustível Sustentável de Aviação, o que compreenderia cerca de 20 mil barris por dia. “Apesar desse prazo, o projeto já tem atraído interesse significativo de produtores, e o processo de cadastramento já está em andamento. A projeção inicial é a instalação de pelo menos cinco hubs de agroindústria de macaúba, com viabilidade para o Norte de Minas e a Bahia, mas ainda não temos definição das localidades e do volume nos dois estados. O momento é de prospecção”, explicou.

Pesquisas

Em junho, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e m Minas Gerais, celebrou um acordo com a refinaria Mataripe para condução do projeto Macafuel — nome que compreende a junção da abreviação de macaúba com “fuel”, combustível em inglês. A parceria decorre do pioneirismo da instituição de ensino nos trabalhos de melhoramento genético da espécie e na domesticação para sistemas de produção agrossilvipastoril, uma prática de combinação entre espécies florestais, produção animal, além de culturas agrícolas.

O acordo prevê, ao longo de 5 anos, um investimento de R$ 5,7 milhões em 3 linhas de pesquisa. Professor e pesquisador do Departamento de Agronomia da UFV Leonardo Pimentel diz que uma das etapas consiste no melhoramento genético. Estudos iniciais estão sendo feitos na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão (Uepe) de Araponga, na Zona da Mata mineira, pertencente à universidade.

“A gente cultiva no mesmo ambiente plantas coletadas em diversas regiões para avaliar a produtividade, precocidade de produção e estabilidade. Então, o primeiro momento serve para nivelar aquelas plantas que têm características agronômicas produtivas desejáveis. A partir daí, levamos o material selecionado para outras localidades com o objetivo de avaliar a estabilidade no processo produtivo. Porém, esse trabalho tem um custo muito elevado, que não seria possível de ser executado sem uma parceria privada, no caso, com a Acelen”, diz Leonardo.

Outro momento da pesquisa a cargo da UFV compreende a mensuração do quanto de CO2 deixará de ser emitido na atmosfera por meio da substituição de um combustível fóssil por um biocombustível originado a partir da macaúba. “Vamos realizar o balanço de carbono, que compreende a diferença entre emissões e remoções de gases de efeito estufa da atmosfera em um determinado intervalo de tempo. Uma única planta de macaúba é capaz de estocar uma tonelada de CO2 durante seu ciclo produtivo. Então, o balanço pode melhorar ainda mais. Contudo, é preciso medir”, observa.

A terceira etapa do projeto Macafuel prevê o refino das técnicas de cultivo e dos padrões de adubação da terra. “Nessa fase serão estabelecidos arranjos tecnológicos para definir os espaçamentos mais adequados no solo e, assim, obter maior produtividade. O processo compreende ainda estratégias de adubação da planta com a finalidade economizar os custos de produção. Em resumo, trata-se de maximizar a produtividade com o menor custo e o melhor resultado ambiental possível”, pontua.

Além da UFV, principal universidade envolvida, a Acelen diz que mais de 15 instituições de pesquisa estão integradas ao projeto. Em Minas, a empresa de energia conta com apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também dá suporte às operações.

Ouro verde

O Brasil é líder mundial na produção de bioenergia, proveniente dos biocombustíveis que são produzidos direta ou indiretamente de biomassa de origem biológica, como plantas, resíduos orgânicos, carvão vegetal e microorganismos. Nesse sentido, tem destaque, por exemplo, o biodiesel sustentado, principalmente, pela soja, aponta o pesquisador da UFV.

“Essa cadeia sustenta a balança comercial brasileira. É importante esse entendimento para não desmerecermos as outras culturas com a afirmação de que a macaúba é o ouro verde, embora a fama seja justificada, pois essa planta gera, assim como a soja, outros produtos, sendo possível retirar o óleo e gerar farelos proteicos para alimentação humana e animal. Ou seja, além da matéria-prima para o combustível, é possível produzir alimentos na mesma área. Ainda tem a grande vantagem de ser uma floresta com palmeiras e, com isso, há um grande acúmulo de carbono. É como se estivéssemos produzindo combustível em uma floresta. Isso seria uma vantagem em relação aos demais biocombustíveis, o que não significa que eles sejam ruins”, finaliza.

Com espinhos no tronco e nas folhas, a macaúba também recebe o nome de coco de espinho e pode atingir de cinco a 15 metros de altura. O fruto é dividido em quatro partes: casca, polpa, endocarpo (parte dura em volta da semente) e amêndoa. É da polpa que vem o óleo empregado na produção de biodiesel e bioquerosene. Já o óleo da amêndoa é mais adequado à fabricação de cosméticos. O endocarpo, por sua vez, pode virar carvão ativado, usado para purificar gases e líquidos.

Estudos de quase duas décadas

A produção de matérias-primas sustentáveis, reflorestamento e restauração de áreas degradadas dá o tom do trabalho de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, produtos e protocolos que vem sendo realizado com a macaúba há mais de 17 anos em Viçosa e João Pinheiro pela S.Oleum, dedicada à produção com carbono negativo, em larga escala, para a transformação das indústrias de energia, química e de alimentos. A meta inicial é reflorestar 180 mil hectares até 2028, plantando mais de 65 milhões de palmeiras de macaúba, e instalar unidades bioindustriais em cidades mineiras que ainda serão definidas. Isso é possível em decorrência do melhoramento genético da macaúba desenvolvido desde 2007 pela empresa, que pretende, a médio prazo, entrar no mercado de biocombustíveis. “Somos pioneiros no desenvolvimento e domesticação da macaúba, com know-how na germinação da semente, produção das mudas e manejo florestal. Dessa forma, nos tornamos a única empresa no mundo com capacidade de escalar a produção para centenas de milhares de hectares com genética de alta produtividade”, diz o vice-presidente da S.Oleum, Felipe Morbi.

UFV participa do processo de transição energética em acordo assinado com empresa dos Emirados Árabes.  (biodieselbr)

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Banco da China pode financiar ônibus elétrico em SP

O Banco da China demonstrou interesse em financiar a compra de ônibus elétricos em São Paulo. Segundo o secretário da Fazenda do município, Luis Felipe Arellano, a instituição acenou com intenção de entrar com US$ 500 milhões no plano que prevê eletrificar toda a frota paulistana até 2038.

Arellano aproveitou viagem até a China, onde participou do fórum Brazil China Meeting, para reunir-se com representantes do banco. A operação de financiamento inclui a seguradora chinesa SinoSure. Segundo o secretário, foi uma conversa preliminar. Mas ele pareceu entusiasmado depois do encontro.

São Paulo conta com 13 mil ônibus e a eletrificação dessa frota está prevista em lei municipal, que já proíbe a troca de veículos por modelos a diesel.

Mas a aquisição de ônibus elétricos é cara. Segundo fabricantes, esse tipo de veículo custa hoje em torno de 3,5 vezes mais do que um a diesel. Por isso, a Prefeitura vai arcar com a diferença de valores entre os dois tipos de veículos.

Para cumprir esse ousado plano, a administração paulistana tem recorrido a financiamentos, que já somam R$ 5,75 bilhões.

Os maiores montantes vêm do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Mundial. O BNDES vai entrar com R$ 2,5 bilhões. Os recursos liberados por BID e Banco Mundial também somam outros R$ 2,5 bilhões. A Caixa Econômica Federal liberou R$ 500 milhões, e o Banco do Brasil mais R$ 250 milhões.

Cálculos do BNDES indicam que o valor liberado pela instituição será suficiente para a compra entre 1 mil e 1,3 mil ônibus movidos exclusivamente a bateria, o equivalente a cerca de 10% da frota atual.

O apoio ocorre por meio do BNDES Finame Direto e quatro fabricantes já se credenciaram no sistema. A capital paulistana é o primeiro cliente do setor público a receber crédito por meio do BNDES Finame Direto. Os recursos serão liberados na modalidade baixo carbono, que passou a admitir financiamento para compra de ônibus elétricos por municípios.

Segundo a Mercedes-Benz, que se credenciou no Finame, a modalidade impõe algumas exigências, como que os kits de células de baterias, que são importados, sejam montados por empresa nacional. Além da Mercedes, participam do fornecimento dos novos ônibus Scania, as brasileiras Eletra e Marcopolo e a chinesa BYD, que, de certa forma, facilitou as conversas entre a Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo e o Banco da China.

Segundo Arellano, o plano é colocar 2 mil novos ônibus elétricos na frota paulistana ainda este ano. A expectativa do poder público é que o custo inicial mais elevado seja compensado pelo menor custo de manutenção e maior durabilidade dos modelos elétricos, conforme anunciam seus fabricantes.

São Paulo tem um dos maiores sistemas de transporte público em ônibus do mundo. Nas 1,3 mil linhas paulistanas circulam, em média, 7,3 milhões de passageiros por dia útil.

Dos cerca de 13 mil ônibus em circulação na metrópole, cerca de 200 são do tipo trólebus - utilizam linhas aéreas para se movimentar com energia elétrica. A ideia, agora, é colocar nas ruas modelos mais modernos, com baterias recarregáveis. O financiamento inclui estações de recarga que serão instaladas nas garagens das operadoras.

Segundo a Mercedes-Benz, que se credenciou no Finame, a modalidade impõe algumas exigências, como que os kits de células de baterias, que são importados, sejam montados por empresa nacional. Além da Mercedes, participam do fornecimento dos novos ônibus Scania, as brasileiras Eletra e Marcopolo e a chinesa BYD, que, de certa forma, facilitou as conversas entre a Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo e o Banco da China.

Segundo Arellano, o plano é colocar 2 mil novos ônibus elétricos na frota paulistana ainda este ano. A expectativa do poder público é que o custo inicial mais elevado seja compensado pelo menor custo de manutenção e maior durabilidade dos modelos elétricos, conforme anunciam seus fabricantes.

São Paulo tem um dos maiores sistemas de transporte público em ônibus do mundo. Nas 1,3 mil linhas paulistanas circulam, em média, 7,3 milhões de passageiros por dia útil.

Dos cerca de 13 mil ônibus em circulação na metrópole, cerca de 200 são do tipo trólebus - utilizam linhas aéreas para se movimentar com energia elétrica. A ideia, agora, é colocar nas ruas modelos mais modernos, com baterias recarregáveis. O financiamento inclui estações de recarga que serão instaladas nas garagens das operadoras.

Inicialmente polêmica, a decisão da administração paulistana de proibir a compra de ônibus a diesel para o transporte público provocou uma paralisação nas vendas de veículos. Logo depois, no entanto, a medida movimentou a indústria, passou a estimular a busca por financiamento e tende a se tornar uma das principais bandeiras nas eleições municipais, em outubro/24. (biodieselbr)

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Fontes limpas cobrirão demanda adicional mundial

AIE em 3 anos fontes limpas deverão cobrir toda a demanda adicional do mundo.
De acordo com o relatório, produção recorde por fontes de baixas emissões, deverá reduzir o papel dos combustíveis fósseis no fornecimento de energia para residências e empresas.
A Agência Internacional de Energia (AIE) afirma que as fontes limpas de energia devem cobrir toda a demanda adicional do mundo por eletricidade ao longo dos próximos três anos.

Até 2026, quase metade da eletricidade gerada no mundo virá de fontes de baixa emissão

Relatório de agência internacional destaca o rápido crescimento das energias renováveis e aponta que a energia nuclear deve atingir recorde histórico em 2025.

Avanço: geração de energia a partir de fontes de baixas emissões, como solar, representaram parcela de pouco menos de 40% em 2023.

As fontes limpas de energia devem cobrir toda a demanda adicional do mundo por eletricidade ao longo dos próximos três anos, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Em relatório, a entidade destaca o rápido crescimento das energias renováveis, além de mencionar que a energia nuclear deve atingir recorde histórico no próximo ano.

Diante desse movimento, a geração de energia de baixa emissão superará o "crescimento robusto na demanda por eletricidade", projeta a AIE. A demanda global por eletricidade, segundo o relatório Eletricidade 2024, deve crescer a um ritmo mais rápido nos próximos três anos, conforme a transição para energias limpas ganha impulso, com toda a projeção adicional de demanda coberta por tecnologias que produzem eletricidade com baixa emissão.

Relatório divulgado em 24/01/24 é a versão mais recente das análises da AIE sobre esse mercado, com projeções para o setor até 2026.

O relatório conclui que, embora o crescimento global na demanda por eletricidade tenha desacelerado um pouco, a 2,2% em 2023, com menor consumo nas economias avançadas, ele deve acelerar a uma alta projetada de 3,4% de 2024 a 2026. Cerca de 85% da alta na demanda por eletricidade global até 2026 deve vir de fora das economias avançadas, aponta a AIE, sobretudo de China, Índia e países do Sudeste Asiático.

Crescimento rápido

A AIE acredita que o recorde na geração de eletricidade de fontes de baixas emissões, como as renováveis, entre elas a solar, a eólica e a hidrelétrica, bem como a energia nuclear, devem reduzir o papel dos combustíveis fósseis para gerar energia a famílias e empresas. "As fontes de baixa emissão devem representar quase a metade da geração de eletricidade global até 2026, de uma parcela de pouco menos de 40% em 2023", afirma a entidade.

As energias renováveis devem ser responsáveis por mais de um terço da geração total de eletricidade até o início de 2025, superando o carvão, diz a AIE. Até 2025, a geração de energia nuclear deve atingir máxima histórica global, com crescimento da produção na França, várias usinas de volta ao trabalho no Japão e novos reatores começando operações comerciais em muitos mercados, entre eles China, Índia, Coreia do Sul e pela Europa.

Tendências promissoras

Diretor executivo da AIE, Fatih Birol aponta que o setor de energia hoje produz mais emissões de gás carbônico que qualquer outro na economia global. Nesse quadro, são "encorajadores" o rápido crescimento das energias renováveis e a forte expansão da energia nuclear, para atender ao crescimento na demanda global por eletricidade nos próximos três anos, afirma ele. Birol diz que é preciso haver mais progresso nessa frente, mas vê "muitas tendências promissoras".

A AIE ainda comenta que, em geral, os preços de energia estavam mais baixos em 2023 do que em 2022. As tendências, porém, variavam muito entre as regiões, afetando a competitividade das economias, acrescenta. Os preços da eletricidade no atacado na Europa recuaram mais de 50% na média em 2023, após o recorde de 2022 diante da invasão da Rússia na Ucrânia. Nos Estados Unidos, por sua vez, os preços da eletricidade estavam 15% mais caros em 2023, na comparação com 2019. (exame)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Leve e L’Oréal fornecerão energia renovável a salões de beleza

Leve e L’Oréal irão fornecer energia renovável a salões de beleza.
Iniciativa deverá beneficiar cerca de 80 salões de beleza no interior do estado de São Paulo e a economia nas contas de luz deverá ultrapassar R$ 600.000,00.
A fabricante de produtos cosméticos L'Oréal anunciou o início de um programa para ajudar salões de beleza brasileiros a utilizarem energia limpa e economizarem em sua conta de luz. A iniciativa “Salão para o futuro” vai colocar os estabelecimentos em contato com usinas fotovoltaicas da Leve Energia Renovável.

L’Oréal vai ajudar salões de beleza a usar energia limpa e reduzir conta de luz

Empresa anunciou programa que vai conectar estabelecimentos com usina fotovoltaica da Leve Energia Renovável.

A fabricante de produtos cosméticos L’Oréal anunciou o início de um programa para ajudar salões de beleza brasileiros a utilizarem energia limpa e economizarem em sua conta de luz. A iniciativa “Salão para o futuro” vai colocar os estabelecimentos em contato com usinas fotovoltaicas da Leve Energia Renovável.

Num primeiro momento, o programa estará disponível para entre 80 e 100 salões do estado de São Paulo, que irão receber energia de uma fazenda solar recém-lançada pela Leve e que foi reservada para este fim. A expectativa é que os salões diminuam em até 20% os gastos com energia, além de reduzirem de forma significativa sua pegada ambiental.

LEVE fecha parceria com L'ORÈAL para fornecer energia renovável para salões de beleza.

Os estabelecimentos interessados podem fazer o cadastro para participar da parceria no site do programa. Após essa etapa, a transição para energia renovável será realizada em até dois meses, sem que sejam necessários investimentos extras ou obras no imóvel, diz a L’Oréal. A Leve será responsável por todo o processo, desde a captação dos geradores de energia até o faturamento aos salões parceiros.

A L’Oréal destaca que o programa é “o primeiro passo” para ajudar seus parceiros na cadeia de comércio e serviço a melhorar suas práticas ambientais, “desde a produção de embalagens recicláveis até o atendimento realizado por carros elétricos”.

Salões de beleza terão energia solar em parceria com a empresa de cosméticos L'Oréal.

Em novembro de 2022, a empresa francesa anunciou ter se tornado neutra em emissões de carbono na sua operação brasileira. (epocanegocios.globo)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

BYD Dolphin Mini surpreende e deve impactar mercado

Primeiras impressões: BYD Dolphin Mini surpreende e deve impactar mercado.

No geral, o BYD Dolphin Mini impressionou bastante, tanto pelo comportamento dinâmico quanto pelos equipamentos e espaço. Se realmente vier por algo em torno de R$ 100 mil, irá mexer muito com o mercado e se tornar o primeiro carro elétrico de muitos brasileiros.

Dirigimos o compacto que pode ser o primeiro carro elétrico de muita gente no Brasil.
A BYD mexeu muito com o mercado de carros elétricos no Brasil com o lançamento do BYD Dolphin. Afinal, por R$ 150 mil, obrigou os concorrentes a baixarem o preço, ainda mais considerando a quantidade de equipamentos e tecnologia oferecida. Em fevereiro, a marca promete sacudir o mercado novamente, dessa vez com o Dolphin Mini, menor e com preço na faixa de R$ 100 mil.

Diretamente da China, tivemos o primeiro contato com o novo compacto. Mais barato que o Dolphin, a BYD promete bagunçar novamente o mercado com um carro ainda mais barato e que, com certeza, será o primeiro carro elétrico de muita gente no Brasil. Veja como é e como anda a novidade.

O que é?

Conhecido no mercado global como Seagull, o BYD Dolphin Mini adotou este nome para aproveitar a associação com o Dolphin. Afinal, o irmão maior foi o carro elétrico mais vendido do Brasil em 2023. É uma estratégia que faz sentido. O InsideEVs Brasil teve o primeiro contato com o Dolphin Mini em Shenzhen (China) e a primeira impressão é de que ele parece maior do que realmente é. Mede só 3,78m de comprimento, mas seu entre eixos de 2,50m fica próximo ao de compactos como HB20 e Onix. A BYD aproveitou essa distância entre os eixos ao máximo, encurtando os balanços, uma vantagem dos elétricos de plataforma dedicada.

O resultado é que o Dolphin Mini tem um espaço interno bem parecido com o de um hatch compacto, mesmo que seja menor. Ao menos quando falamos da cabine, pois o porta-malas é bem pequeno - e olha que nem tem estepe. Com a proposta de ser urbano, consegue levar quatro pessoas tranquilamente, com mais aperto para um quinto ocupante. Não é à toa que a BYD vende esse carro também em uma versão com só quatro lugares.

Seu design lembra muito o Dolphin, principalmente por dentro. Utiliza os mesmos botões giratórios, por exemplo. O acabamento segue a linha dos carros da marca, usando plástico emborrachado junto com materiais macios ao toque e couro. Traz uma tela de 5 polegadas para os instrumentos, bem simples e sem mostrar muitas informações. Já a tela do sistema de informação e entretenimento é de 10,1 polegadas, inclusive com o tão famoso sistema giratório da BYD.

Uma das coisas que vai mexer com o mercado é o fato do Dolphin Mini trazer alguns equipamentos de segmentos acima. Tem controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa, frenagem automática de emergência, e mais. O que a BYD não respondeu é se chegará ao Brasil com 4 ou 6 airbags.

Apesar de ter uma versão com bateria menor, de 30 kWh, o carro que será vendido no mercado brasileiro deve partir para o conjunto maior com baterias Blade, de 38,8 kWh, o que dá uma autonomia de 402 km pelo ciclo de testes chinês. A recarga pode ser feita em uma estação rápida com até 40 kW, indo de 30% a 80% em 30 minutos.

Como anda?

O Dolphin Mini é sempre equipado com um motor de 75 cv e 13,8 kgfm de torque. A BYD fala que ele acelera de 0 a 50 km/h em 4,9 segundos, e 0 a 100 km/h em 13 s. Como a vocação é urbana, a velocidade máxima é de 130 km/h, para não drenar a bateria rápido demais.

Pude dirigir o Dolphin Mini em um ambiente controlado, fazendo um exercício de aceleração e slalom. O pequeno elétrico se mostrou bem estável ao costurar entre os cones a 60 km/h, sempre na mão, também no modo Sport. O volante ainda é um pouco leve demais para quem prefere uma pegada mais esportiva.

BYD Dolphin Mini – dianteira.

Na arrancada, ficou claro como os números de aceleração fazem sentido. Corre bem até os 50 km/h, depois perde fôlego. Encostei nos 80 km/h durante o teste e não dava para fazer mais do que isso no espaço disponível. É mais controlado do que alguns elétricos, sem cantar pneu ao pisar fundo no acelerador.

Temos que relevar alguns pontos por ser um carro ainda na configuração para a China, onde as cidades dificilmente têm asfalto ruim e as lombadas não existem. Ainda assim, senti que as rodas de 16 polegadas com pneus 175/55 irão causar um certo desconforto. Talvez fosse melhor reduzir as rodas para 15" e colocar um pneu mais grosso.

No geral, o BYD Dolphin Mini impressionou bastante, tanto pelo comportamento dinâmico quanto pelos equipamentos e espaço. Se realmente vier por algo em torno de R$ 100 mil, irá mexer muito com o mercado e se tornar o primeiro carro elétrico de muitos brasileiros. Saberemos todos os detalhes em fevereiro/24.

BYD Dolphin Mini – traseira. (insideevs.uol)

domingo, 18 de fevereiro de 2024

O uso consciente das energias verdes

As energias verdes chegaram e vêm para ficar. Elas têm os seus grandes benefícios se forem usadas com cautelas.
Começo este pequeno ensaio literário com os versos da poeta Emily Dickinson que nos diz “Menos usa a Natureza o Amarelo Do que qualquer outra Cor”. Sim, que a natureza possa continuar usando a cor verde que é tão linda e tão significativa às crianças e aos animais, pois quando as árvores deixam de ser verdes é sinal de que estão morrendo e a morte é uma coisa que na qual não queremos que aconteça com quem amamos, pensando aqui que todos vocês amam o verde do nosso meio ambiente. Que seja amarelo apenas o nosso Sol e que ele nos traga mais plantas e árvores verdes aos nossos olhos.

Para quem não conhece ainda o que são as energias verdes são as energias que a própria natureza renova infinitamente e que têm feito tanto sucesso no Brasil e no mundo, vou citar alguns exemplos para mais esclarecimentos. Elas são as energias vindas da natureza como a fotovoltaica que é proveniente do Sol, a eólica que é proveniente do vento, a biomassa que é proveniente da lenha ou do bagaço da cana e a energia das marés e das ondas.

Especialmente falando das energias verdes elas são excelentes para a conservação e o desenvolvimento dos países causando menos impacto ambiental e proporcionando maior número de empregos. Além de serem inesgotáveis não contribuem para o agravamento do efeito estufa.

O problema é que o homem usa e abusa do meio ambiente e quando percebe que uma coisa dá lucro e gera dinheiro não mede distância para explorá-la de uma forma agressiva ao meio ambiente. E tudo que é demais, que extrapola o limite da quantidade de uma garrafa acaba causando malefícios à sociedade. Eu não queria que fosse assim, mas é o que tenho visto. Serão mesmo benéficas as energias verdes? Ou elas são benéficas e não estamos sabendo explorá-las?

Muitas vezes vocês já devem ter visto aqueles carros nas estradas das grandes cidades soltando fumaça e poluindo o meio ambiente, não é mesmo? Pois bem, substituindo esses combustíveis fósseis que tanto nos faz mal já existe no mercado e novas pesquisas estão sendo feitas assim como a fabricação de automóveis movidos a eletricidade, a hidrogênio e a gás natural.

Importância do uso consciente de água e energia elétrica

Em momentos de crises hídricas e ausência de chuvas, é importante ter um consumo mais consciente.

É preciso urgentemente salvar o planeta dos perigos da energia provinda dos combustíveis fósseis e que gera tantos problemas ao mundo como conflitos entre países que brigam por territórios que mais produzem barris de petróleo por dia e assim como locais de extração que ficam em meio a florestas e áreas litorâneas do nosso país.

O uso descontrolado de veículos nas cidades grandes polui tanto o ar que evita possamos ver um céu azul e bonito. São os reflexos de um combustível ultrapassado e gerador de doenças respiratórias. Na verdade, mexer com a natureza seja qual a forma mais amena encontrada pelo homem ainda assim estará a machucando e isso deveria ser o maior possível evitado.

Sem contar com os problemas causados pelos empresários que financiam energia solar para residências e pequenos prédios por preços super vantajosos, fazem os contratos e depois desaparecem sem entregarem o serviço, sendo preciso acionar a justiça. Sem contar que as casas com essas placas solares já não podemos mais ouvir os miados dos gatos sobre os seus telhados, pois eles ficam assustados com aqueles quadros estranhos espalhados pelos lugares onde antes passeavam à vontade. O que é necessário fazer é quanto menos usarmos as energias no nosso cotidiano estaremos cuidando do nosso meio ambiente.

Não é que as energias verdes não poluam que também não trazem prejuízos ao meio ambiente. Só para contar um exemplo na região semiárida de Pernambuco foram instalados parques eólicos e têm ocorrido problemas graves nesse local e em outros que já pude ver pela imprensa. As pessoas dessa região estão sofrendo com depressão, ansiedade, seus animais estão desaparecendo ou morrendo e uma energia que prometia ser limpa e saudável acabou causando um problema grave na região.

Então, o importante não é mexer no meio ambiente de forma agressiva e sem pesquisas mais atentas aos seres vivos e aos locais de onde serão produzidas essas energias, mesmo que elas indiquem um maior benefício para o mundo. Faz-se necessário anos de estudo e não a cobiça por dinheiro a curto prazo.

Uma outra coisa que tenho observado e me surpreende são a enorme maioria de parques eólicos nas áreas litorâneas do meu estado, o Rio Grande do Norte, locais onde as pessoas vão se divertir e tomar banho de mar. Outro dia vi uma foto de uma surfista que se destaca mais o grande parque eólico ao seu redor do que ela própria.

As hélices dos parques eólicos são um perigo para as nossas aves que voam ao redor delas e vez ou outra se chocam, vindo a morrer assim como outros fatores que têm levado peixes e outros animais a sumirem das regiões litorâneas onde instalaram esses parques.

Quanto aos automóveis é preciso que os carros elétricos sejam barateados e que toda a população possa comprar o seu demonstrando um interesse maior pelo meio ambiente, pois a poluição causada pelos gases que saem dos veículos automotivos nas grandes cidades causa doenças até mesmo emocionais, principalmente as de estresse e ansiedade, e malefícios grandes à população que precisa andar pelas ruas para sobreviverem.

As energias verdes chegaram e vêm para ficar. Elas têm os seus grandes benefícios se forem usadas com cautelas, como já disse acima. São benéficas aos seres humanos e aos animais, não agridem o meio ambiente e evitam esse monte de fio elétrico que tanto enfeiam as ruas das nossas cidades.

Voltando a falar da energia fotovoltaica, a energia solar, é uma maravilha para o bolso do consumidor, pois no calor pelo qual passamos nos últimos meses as pessoas ficam com mais calor ainda por não poderem ligar os seus ar-condicionado preocupadas com o valor da energia que precisarão pagar no final do mês, enquanto que a energia solar traz uma grande economia para as residências. Mesmo assim é preciso usá-la com cautela.

Eu como boa ambientalista acho particularmente feios aqueles parques de energia eólica espalhados pelo meu Estado e as placas de energia fotovoltaicas penduradas nos telhados das casas. Acredito que o Brasil deveria preocupar-se com energias verdes sim, mas pensando numa forma bonita e mais econômica com retorno de bem-estar às pessoas que necessitam viver ao lado de onde elas são produzidas.

Costumo chamar aquelas torres de energia eólica espalhadas pelo meu país de moinhos de ventos modernos e tenho certeza que se Dom Quixote chegasse ao Brasil novamente as confundiria com gigantes robotizados e desses mais perigosos ainda por usarem bits e bytes e um monte de ferro velho que logo enferruja. Pena que não tenhamos um Dom Quixote brasileiro para lutar contra essas torres e dá um jeito nelas proporcionando uma distância maior da região litorânea.

É verdade que o combustível fóssil produzido pelos milhões de barris de petróleo da nossa querida Petrobras e pelos demais países envolvidos na sua produção já foi uma coisa boa e rentável, mas com o passar dos tempos e o crescimento desenfreado da tecnologia essa energia só tem nos trazido malefícios.

O ideal era que produzíssemos mais carros elétricos e que usássemos energia verde de uma forma sustentável ou que seus motoristas fossem instruídos a soltarem sementes por cada rua por onde passassem. Acho que seria uma boa ideia instruir os motoristas a andarem com saquinhos de sementes dentro dos seus carros para as esquecerem em parques, praças e canteiros das cidades grandes.

Contudo, se a gente for pensar e se preocupar com os problemas que aparecem aqui e acolá com a chegada de novas tecnologias não conseguiremos mais viver e o melhor a se fazer é representar as camadas mais pobres, os animais que não podem gritar como a gente e pedirmos aos senhores técnicos e pesquisadores das energias verdes que sejam mais cautelosos quanto aos seus investimentos e instalações em locais onde pessoas e animais precisam morar porque o precisar não é boniteza, mas necessidade que advém da pobreza extrema que toma conta do nosso país. Um pescador quer pescar o seu peixinho e uma criança quer brincar com seu gatinho sem que ele se assuste com os barulhos das hélices das torres de energia eólica.

Deixo vocês com os versos da nossa querida poeta brasileira Clarice Lispector que nos diz “Há verdades que nem a Deus eu contei. E nem a mim mesma. Sou um segredo fechado a sete chaves. Por favor me poupem”. Tenho mais alguns segredos sobre as energias verdes para contar a vocês qualquer dia desses, por hoje já basta, pois já os contei para Deus. (ecodebate)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

SUV elétrico feito na Índia estreia pelo equivalente a R$ 65 mil

O novo Tata Punch.ev é baseado em plataforma dedicada com capacidade de recarga rápida

A Tata pretende entrar para valer no mercado global de carros elétricos. Para isso, a montadora indiana está apresentando sua nova plataforma para veículos com emissão zero. Chama-se acti.ev (tudo em minúsculas), pode acomodar um ou dois motores e modelos com tração dianteira, integral ou traseira. E o primeiro da linha é o Tata Punch, um SUV compacto com preço equivalente a R$ 65 mil.

Pode se aventurar na lama

O design do SUV compacto foi concebido em vários estúdios de design localizados na Índia, no Reino Unido e na Itália. Com apenas 3,83 metros de comprimento, o Punch é menor que um Citroën C3 e promete um desempenho off-road interessante.

É claro que não estamos falando de um verdadeiro carro off-road, como o Land Rover Defender ou o Jeep Wrangler, mas os números são respeitáveis considerando o segmento e a proposta de preço baixo.

O Tata tem uma distância do solo de 19 cm, um ângulo de aproximação de 20,3° e um ângulo de saída de 37,6° (o mesmo que um Wrangler). Além disso, ele pode enfrentar cursos de água de até 37 cm de profundidade.

Bem equipado

As três versões do Tata oferecem um compartimento de passageiros aprovado para cinco pessoas e um porta-malas com capacidade de pelo menos 366 litros (um pouco maior do que o Suzuki Ignis, que tem 360 litros).

Vídeo relacionado: Carros elétricos mercado vai decolar em 2024 no Brasil.

O nível de equipamentos das versões mais caras é bastante completo e inclui faróis de LED, "clima" automático, controle de cruzeiro, câmera de visão traseira, um painel de instrumentos digital de 7" e um sistema de informação e entretenimento Harman com tela de 7" e compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto.

Ele pode ser encomendado em quatro configurações diferentes e com duas opções de wallbox AC diferentes para uso doméstico, a primeira "base" com 3,2 kW e a segunda opcional com 7,2 kW. O Punch.ev, assim como a nova plataforma acti.ev, é compatível com carregadores rápidos DC de até 150 kW.

Em termos de especificações de motor e bateria, o modelo padrão é equipado com um motor síncrono de ímã permanente com 81 cv (60 kW) de potência e 114 Nm de torque e uma bateria de 25 kWh, enquanto a versão Long Range é equipada com um motor síncrono de ímã permanente com 120 cv (90 kW) de potência, 190 Nm de torque e uma bateria maior de 35 kWh.

Embora a Tata não tenha divulgado muitas fotos do novo Punch.ev, uma olhada na lista de opcionais revela alguns recursos interessantes. Estes incluem um teto solar de vidro, um poderoso sistema de som, faróis full-LED, um sistema de informação e entretenimento de 17,78 polegadas desenvolvido pela Harmann e muito mais.

Por falar em segurança, o Punch.ev também é equipado com uma série de sistemas de assistência à condução e estacionamento, como câmeras de 360 graus, alerta de ponto cego e, finalmente, seis airbags para todos os passageiros. (msn)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Grupo Potencial começa a usar biodiesel em sua frota de caminhões

O Grupo Potencial deu início à substituição da sua frota de caminhões a diesel por veículos Scania adaptados para utilizar 100% de biodiesel, biocombustível produzido a partir de óleos vegetais e gorduras residuais.
Grupo Potencial começa a usar biodiesel B100 em frota de caminhões Scania.

Frota de caminhões da empresa usará biodiesel 100% feito de material orgânico e, com isso, redução das emissões de CO₂ chega a 95%.

As empresas produtoras de biodiesel estão começando a dar o exemplo. No fim do ano a JBS anunciou testes de uso de B100 em sua frota própria, agora chegou a vez do grupo Potencial. Em uma parceria com concessionária oficial da Scania, a empresa começou a circular com o seu primeiro caminhão usando biodiesel puro como combustível.

O trajeto inaugural aconteceu em 28/12/23 entre o porto de Paranaguá e a usina de biodiesel da Potencial, localizada na Lapa (PR). Para ficar pronto para circular com biodiesel o caminhão passou por uma adaptação, ao custo de R$ 20.000,00, realizada pela própria Scania.

Primeiro caminhão da frota da Potencial movido a biodiesel iniciou operação em 28/12/23.

Grupo Potencial inicia substituição de frota com caminhão a biodiesel.

Primeiro veículo abastecido com 100% de biocombustível está em operação desde 28/12/23, no trajeto entre o Porto de Paranaguá e usina da Potencial em Lapa (PR)

Projeto está apenas no começo. Nessa primeira fase a empresa pretende gastar R$ 26,4 milhões com a aquisição e adaptação de 24 caminhões para que eles possam funcionar tanto com biodiesel puro como com diesel B. A 2ª parte do projeto prevê visa fazer parceiras com outras montadoras para a conversão do restante da frota da empresa. O primeiro caminhão convertido é um modelo de 2019.

Carlos Eduardo Hammerschmidt, vice-presidente do Grupo Potencial, ressalta que o uso de biodiesel no lugar do diesel comum busca incentivar a sustentabilidade no segmento. “Nosso principal objetivo é reduzir nossa emissão de gases de efeito estufa e trazer a transição energética para o setor de combustíveis. Iniciamos com uma unidade piloto e, no segundo trimestre de 2024, já devemos ter mais 24 unidades movidas a biodiesel”, afirma. Ainda, de acordo com ele, durante o ano serão realizados diversos estudos de performance do produto na frota. (biodieselbr)

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Petrobras descarta aportes em renováveis no exterior

Petrobras descarta aportes em renováveis no exterior e priorizará projetos novos.
A Petrobras passou a descartar investimentos em geração de energia eólica e solar fotovoltaica no exterior e irá montar sua carteira principalmente com projetos novos no país, afirmou o diretor-executivo de transição energética e sustentabilidade da companhia, Maurício Tolmasquim, em entrevista à Reuters.

Isso marca uma mudança de posicionamento da petroleira, que no ano passado disse estar em conversas com empresas para avaliar projetos no exterior em segmentos como o de energia eólica offshore, até como forma de ganhar experiência e conhecimento na área.

“Foi descartado (investir no exterior) porque a Petrobras é uma empresa brasileira e nós temos uma quantidade de recursos naturais no Brasil muito boa. A gente conhece o Brasil e sabe operar no Brasil, então não tem necessidade de ir para fora”, afirmou Tolmasquim.

O foco na construção de projetos renováveis no Brasil atende anseios do governo federal em relação à companhia. A gestão que tomou posse após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca aliar geração de empregos locais com um protagonismo no processo para a transição energética brasileira.

Petrobras planeja aportar mais de US$ 5 bilhões em geração de energia eólica e solar até 2028, com investimentos em projetos de baixo carbono começando a ganhar tração a partir do ano que vem, conforme prevê o novo plano estratégico publicado no fim de 2023.

Em 2023 Tolmasquim havia dito que a Petrobras estava conversando com empresas no exterior, principalmente petroleiras, para avaliar projetos. Essa seria uma “maneira de rapidamente colocar alguns empreendimentos” em seu portfólio em setores para os quais o Brasil ainda não tem um marco regulatório estabelecido.

Mas o posicionamento anterior levantou questionamentos em alas do PT, que chegaram a apontar insatisfação com a gestão da Petrobras.

Questionado se a mudança de direção foi para atender a demandas do governo, Tolmasquim sinalizou que foi uma conclusão da própria empresa. “Antes, a gente estava um pouco receosa porque não tinha perspectiva de marco regulatório de eólica offshore no Brasil. Agora, como avançou muito no Congresso, não tem por que a gente ir para fora”, afirmou.

A Petrobras apresentou seus primeiros estudos para projetos eólicos offshore no ano passado, em uma carteira que soma cerca de 30 gigawatts (GW) na costa brasileira, entre projetos próprios e em conjunto com a norueguesa Equinor.

Tolmasquim afirmou que a expectativa da Petrobras é que o governo brasileiro consiga realizar um leilão de áreas no mar para investimentos em eólicas offshore ainda este ano, após a aprovação do marco regulatório que aguarda apreciação do Senado.

“Para a eólica offshore, a gente está fazendo estudos e vamos entrar justamente quando ela se mostrar rentável. É claro que quando tiver marco regulatório aprovado”, frisou.

Entrada em renováveis

A Petrobras terá seus primeiros investimentos no setor de renováveis em empreendimentos eólicos e solares em terra, onde a indústria já está bem estabelecida no Brasil, com retornos positivos, ressaltou Tolmasquim.

A carteira de renováveis da petroleira deverá ser constituída com 80% de projetos greenfield, que podem estar em estágios iniciais ou ser desenvolvidos do zero, e 20% de projetos já operacionais, disse ele.

Boa parte da iniciativa também deverá ser conduzida em parceria com outras empresas. “A gente vai ao máximo de 50% para a maior parte dos projetos. É uma maneira de dar mais agilidade, porque aí não caracteriza como uma estatal”, explica.

Ele evitou detalhar sobre os projetos que estão em estudo, mas não descartou que algo possa ser anunciado ainda neste ano: “Tudo vai depender das oportunidades que estamos analisando”.

Os investimentos da Petrobras, que marcam o retorno da petroleira ao mercado de energia renovável, são planejados em momento em que o Brasil vê um cenário de sobre oferta de eletricidade, enquanto no exterior grandes projetos de geração eólica offshore estão sendo cancelados, em meio a uma baixa atratividade econômica.

Tolmasquim afirmou acreditar que a demanda por energia no Brasil irá crescer nos próximos anos, com impulso da própria transição energética, que impulsiona a eletrificação do transporte.

A companhia trabalha ainda em diversas frentes para avançar com investimentos em baixo carbono. Dentre eles, a empresa avalia a produção de hidrogênio verde no Brasil, combustível que a companhia projeta que terá competitividade no Brasil em 2030.

Tolmasquim pontuou que, antes, avaliava que o hidrogênio verde seria produzido para exportação. Agora, no entanto, vê uma demanda interna por esse combustível e com grandes perspectivas de atratividade.

“Já vejo o mercado interno como o principal para o hidrogênio produzido aqui no Brasil. O que não era a visão há algum tempo, mas cada vez mais existem sinais de que a gente (Brasil) ficará bastante competitivo (na produção de hidrogênio)”, disse o executivo, lembrando que a companhia tem estudos para desenvolver projetos do combustível junto de empresas como a mineradora Vale. (biodieselbr)

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Petrobras testa diesel renovável na Refinaria de Paulínia

Petrobras testa produção de diesel com conteúdo renovável na Refinaria de Paulínia/SP.
Maior refinaria do Brasil testa produção de diesel com conteúdo renovável.

A Refinaria de Paulínia (Replan), a maior da Petrobras, iniciou uma fase de testes de produção do Diesel R5, novo derivado que tem esse nome por levar 5% de conteúdo renovável em sua composição. Nessa primeira etapa, foram produzidos 21 milhões de litros do combustível. O produto, no entanto, ainda não será comercializado.

Segundo a Petrobras, o Diesel R5 é produzido a partir do coprocessamento (processamento conjunto) de derivados de petróleo (parcela mineral), com matérias-primas de origem vegetal, como óleo de soja.

“Trata-se de uma alternativa sustentável no ciclo diesel, pois a redução das emissões associada à parcela renovável é de ao menos 60 %, em comparação com o diesel mineral, podendo ser até maior, a depender da matéria-prima utilizada”, diz a companhia.

A Petrobras informa que o Diesel R5 pode ser misturado ao diesel convencional em diferentes proporções, “sem a necessidade de adaptações nos motores dos veículos, sem exigir alterações ou mudanças na cadeia logística ou no seu armazenamento”.

“É um produto com alta estabilidade e isento de contaminantes, o que garante durabilidade e desempenho dos motores”, defende a empresa.

Petrobras testa produção de diesel com conteúdo renovável na Refinaria de Paulínia.

Ajustes na refinaria

A produção do derivado teve início na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e a Petrobras tem expandido a operação. A expectativa é produzir comercialmente o Diesel R5 na Replan até 2027.

“Durante meses foram realizados estudos e ajustes na refinaria para operar o coprocessamento do Diesel R5. Estamos muito orgulhosos em participar desse momento histórico da Petrobras", destacou o gerente geral da Replan, Raphael Franco de Campos.

O plano estratégico da Petrobras prevê investimentos de US$ 17 bilhões na área de Refino, Transporte e Comercialização (RTC) no período de 2024 a 2028, sendo que o segmento de biorrefino receberá US$ 1,5 bilhão.

“Esses investimentos suportarão o crescimento da capacidade de produção de Diesel R5 na RPBC, Repar, Reduc e Replan”, detalha a empresa.

Diesel na Replan

O diesel é o derivado de petróleo mais produzido pela Replan. Atualmente, a planta tem capacidade para produzir até 24 milhões de litros do combustível por dia.

Essa capacidade vai aumentar em breve, uma vez que a construção de uma nova unidade promete ampliar em 10 milhões de litros do combustível por dia a capacidade produtiva da planta.

Listada entre as obras do Novo PAC, do governo federal, a nova unidade de hidrotratamento (HDT), em construção desde 2022, tem previsão para entrar em funcionamento a partir de 2025.

A Replan tem capacidade para processar 69 milhões de litros de petróleo por dia, o equivalente a 434 mil barris, e atende a 30% do território brasileiro.

Além de diesel, na planta de Paulínia são produzidos derivados como gasolina, gás de cozinha (GLP), querosene de aviação, óleo combustível, asfalto, propeno e bunker, entre outros.

Petrobras obtém certificação internacional para produção do Diesel.

A produção de Paulínia é escoada para os seguintes locais: interior de São Paulo (recebe a maior parte da produção, 55%), sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Goiás, Brasília (DF) e Tocantins. (biodieselbr)