terça-feira, 26 de agosto de 2025

Venda de ônibus elétricos cresce 141% no primeiro semestre

São Paulo é o epicentro da revolução elétrica no transporte público brasileiro, com a 90% do total nacional. Os números corroboram o avanço da eletromobilidade no setor com Eletra, BYD e Mercedez Benz liderando as vendas.
No primeiro semestre de 2025, o mercado brasileiro de ônibus elétricos registrou um crescimento expressivo e sem precedentes. Foram emplacadas 306 unidades em todo o país, um aumento de 141% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram vendidas 127 unidades.

Em junho, 34 ônibus elétricos entraram em circulação, um crescimento de 278% em comparação com o mesmo mês do ano anterior (9 veículos). Esses números refletem o avanço da eletromobilidade no transporte público, impulsionado por políticas públicas, ampliação da oferta de modelos e maior comprometimento de gestores municipais com descarbonização.

Mercado de São Paulo

São Paulo é o epicentro da revolução elétrica no transporte público brasileiro. Dos 306 ônibus elétricos emplacados no primeiro semestre, 275 estão em operação na capital paulista, o que equivale a 90% do total nacional. Os dados evidenciam que a adoção de ônibus de emissão zero deixou de ser apenas uma tendência para se consolidar como política pública, sustentada por legislação específica e forte engajamento municipal.

A transição para ônibus elétricos em São Paulo começou na gestão do então prefeito João Doria, quando entrou em vigor a Lei Municipal nº 16.802/2018. Esta lei fixou um prazo de 20 anos, até 2038, para a emissão zero de gás carbônico (CO2) da frota paulistana de ônibus, mais redução de 95% de material particulado (MP) e de 95% de óxidos de nitrogênio (NOx).

Ao mesmo tempo, abriu uma licitação para renovar os contratos com as empresas de ônibus com base em metas anuais compulsórias de descarbonização das frotas, conforme a nova lei.

A implementação efetiva começou em 2019, com testes e contratos de operação com as concessionárias, já na gestão Bruno Covas. O maior avanço ocorreu a partir de outubro de 2022, com a decisão do atual prefeito Ricardo Nunes de proibir a entrada de novos ônibus a diesel no sistema de transporte paulistano, impulsionando a eletrificação das frotas.

Desde então, a cidade vem incorporando dezenas de ônibus elétricos ao transporte público anualmente, consolidando-se como referência nacional em mobilidade urbana sustentável. São Paulo já tinha experiência em transporte elétrico desde 1949, quando lançou a primeira rede de trólebus da América Latina. Hoje, tem 201 trólebus em operação.

Além disso, em 2009, o então prefeito Gilberto Kassab lançou uma pioneira Lei de Mudança do Clima (Lei 14.933) que, já naquela época, fixava um prazo de dez anos para a total descarbonização das frotas de ônibus. Por vários motivos, a lei não foi aplicada, o que obrigou à reprogramação dos prazos e a edição da nova Lei 16.802, em janeiro de 2018.

Outras cidades

Outras cidades do Estado de São Paulo também avançam no processo de transição de suas frotas no primeiro semestre de 2025, como São Bernardo do Campo (11 ônibus elétricos), Ribeirão Preto (4), Campinas (2) e Barueri (1), reforçando a liderança paulista em nível regional.

Nos outros Estados, embora as maiores capitais concentrem grandes frotas de ônibus coletivos, a participação de veículos elétricos ainda é baixa em relação ao total. São Paulo lidera a eletrificação do transporte público com ampla vantagem, seguida por algumas capitais do Centro-Oeste e Nordeste.

A transição vem sendo acelerada por legislações locais e iniciativas federais, como o PAC Cidades, que oferece financiamento e incentiva a produção nacional de tecnologias limpas. Ainda assim, a expansão é desigual, com entraves de financiamento, infraestrutura e planejamento em diversas regiões.

Municípios que emplacaram ônibus elétricos no 1º semestre de 2025:

- São Paulo/SP: 275

-  São Bernardo do Campo/SP: 11

- Resende/RJ: 4

- Ribeirão Preto/SP: 4

- Salvador/BA: 3

- Goiânia/GO: 3

- Campinas/SP: 2

- Taboão da Serra/SP: 2

- Cariacica/ES: 1

- Barueri/SP: 1

Capitais com as maiores frotas de ônibus:

- São Paulo (SP): 15.000

- Goiânia (GO): 3.000

- Brasília (DF): 2.967

- Belo Horizonte (MG): 2.874

- Recife (PE): 2.800

Fabricantes de ônibus

Atualmente, 10 fabricantes atuam nesse segmento no Brasil: Ankai, BYD, Eletra, Higer, Induscar, Yutong, Mercedes-Benz, Marcopolo, Volvo e VW Truck & Bus, com um portfólio de 28 modelos diferentes. No primeiro semestre de 2025, sete fabricantes foram responsáveis pela comercialização dos 306 ônibus elétricos no país. O destaque fica para a Eletra e BYD que são responsáveis por 65,3% das vendas do período, sendo 34,3% e 31%, respectivamente.

Vendas por fabricantes no 1º semestre de 2025:

- Eletra: 105 (34,3%)

- BYD: 95 (31,0%)

- Mercedez Benz: 70 (22,8%)

- Induscar: 15 (4,9%)

- Higer: 11 (3,6%)

- Ankai: 6 (1,9%)

- VW Truck & Bus: 4 (1,3%)

Os números do primeiro semestre indicam que alguns fabricantes tradicionais do setor de ônibus, como Marcopolo e Volvo, não registraram vendas de modelos elétricos no país. Essa ausência não sinaliza necessariamente um desinteresse ou recuo das empresas no segmento de eletromobilidade. Ela pode ser explicada pela própria dinâmica mais complexa do mercado de ônibus elétricos, que envolve processos de licitação pública.

A comercialização desse tipo de veículo costuma ocorrer em lotes maiores, vinculados a contratos firmados com prefeituras e operadores de transporte coletivo, o que pode resultar em períodos mais longos de ausência de entregas. A Marcopolo, por exemplo, entregou em julho (portanto, fora do primeiro semestre) 95 ônibus a uma operadora da cidade de São Paulo. (pv-magazine-brasil)

Itaipu concluirá em setembro/25 usina solar de 1 MWp

Itaipu deve concluir em setembro usina solar de 1 MWp em seu reservatório.

Energia fotovoltaica será usada para abastecer o consumo próprio da hidrelétrica de 14 GW. Mas uma possível expansão do projeto no futuro — ocupando 10% do reservatório seria possível adicionar 14 GW de solar — pode representar um novo negócio para a Itaipu Binacional no futuro.
A Itaipu Binacional pretende concluir ainda em 2025 a instalação de um projeto-piloto para gerar energia solar a partir de 1,5 mil painéis fotovoltaicos no leito do reservatório do Rio Paraná, que abastece as turbinas da hidrelétrica. A construção está 60% pronta e 85% dos equipamentos já foram comprados. De acordo com o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, o projeto deve ser entregue em setembro/25.

O investimento é de US$ 854,5 mil (cerca de R$ 4,7 milhões). As obras são realizadas pelo consórcio binacional vencedor de licitação formado pelas empresas Sunlution, brasileira, e Luxacril, paraguaia.

Itaipu aposta em energias renováveis e quer dobrar sua capacidade produtiva.

Hidrelétrica é responsável por 9% da energia elétrica do País e busca implementar em setembro/25 projeto-piloto de energia solar.

Com os painéis solares em funcionamento, Itaipu espera gerar 1 megawatt-pico (MWp). Essa energia é equivalente ao consumo de 650 casas e será utilizada para consumo próprio da usina.

O superintendente da Assessoria de Energias Renováveis da Itaipu, Rogério Meneghetti, estima que, se no futuro Itaipu conseguir cobrir 10% do reservatório com placas solares, será possível instalar 14.000 MW, o que significa dobrar a capacidade atual da empresa, que deixaria de ser apenas uma hidrelétrica.

Itaipu aposta em inúmeras e variadas energias renováveis, com o objetivo de assim querer dobrar a sua capacidade de produção de energia.

“A ideia é que no futuro isso possa ser um novo negócio para a instituição”, diz. “A gente sabe que tem um potencial gigante no nosso reservatório. Mas não são todas as áreas que podem ser utilizadas”, explica, acrescentando que haverá estudos de impactos ambientais e na navegação. (pv-magazine-brasil)

domingo, 24 de agosto de 2025

EDP inaugura usina fotovoltaica em Hospital da Polícia Militar em ES

EDP inaugura usina fotovoltaica de 483 kWp no Hospital da Polícia Militar do Espírito Santo. Com investimento de mais de R$ 2,1 milhões, a planta conta com 840 módulos e capacidade de geração suficiente para produzir 694 MWh/ano.

Com investimento de mais de R$ 2,1 milhões, a planta conta com 840 módulos e capacidade de geração suficiente para produzir 694 MWh/ano. A distribuidora também modernizou o sistema de iluminação e juntos, os projetos economizarão de mais de R$ 490 mil anuais nas despesas do hospital com energia elétrica.
A EDP, distribuidora de energia elétrica do Espírito Santo, entregou a modernização do sistema de iluminação do Hospital da Polícia Militar (HPM). Com um investimento de mais de R$ 2,1 milhões, o projeto, que foi contemplado na Chamada Púbica de Eficiência Energética da Companhia, inclui a instalação de uma usina fotovoltaica e a substituição de parte do sistema de iluminação do hospital pela tecnologia.

Todas as soluções executadas junto ao hospital proporcionarão uma economia de 749 MWh/ano, equivalente à demanda de 312 residências com consumo médio de 200 kWh/mês ao longo de um ano. Em valor, o projeto representará uma redução de mais de R$ 490 mil anuais nas despesas do hospital com energia elétrica, permitindo que esse montante seja redirecionado para melhorias no atendimento à população.

A usina solar instalada é composta por 840 módulos fotovoltaicos, com capacidade de geração de 483 kWp, suficiente para produzir 694 MWh/ano. Esse volume de energia seria capaz de abastecer 289 residências com consumo médio de 200 kWh/mês.

Outra ação realizada pelo projeto foi a substituição do sistema de iluminação, com a modernização de 772 equipamentos com a tecnologia LED. A substituição não só traz um retorno financeiro positivo, mas também contribui para a redução do impacto ambiental, uma vez que os LEDs são reconhecidos pelo baixo consumo de energia, alto desempenho e longa vida útil.

“Com esse projeto, não apenas geramos economia para a instituição, mas também contribuímos para um futuro mais sustentável, com menos impacto ambiental. A EDP segue investindo em soluções que beneficiem a sociedade, promovendo inovação e eficiência para todas as instituições do Espírito Santo”, afirma o diretor da EDP, Edson Barbosa.

O Programa de Eficiência Energética da EDP, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), leva tecnologia e eficiência para diversas instituições do Estado, sejam elas municipais, estaduais ou federais. Todos os projetos passam por um rigoroso processo de medição e verificação para garantir a entrega de resultados eficientes para a sociedade. (pv-magazine-brasil)

Energia solar no Senac em Vitória/ES

Usina solar de 364,55 kWp do Senac Espírito Santo entra operação.
Senac Espírito Santo inaugurou uma usina solar fotovoltaica com capacidade de 364,55 kWp, que já está em operação. A usina, localizada no campus de Vitória, visa reduzir significativamente o consumo de energia elétrica do local, com a expectativa de gerar até 80% de economia, segundo o Senac-ES.

A usina faz parte de um projeto de sustentabilidade do Senac e representa um investimento em energias renováveis, além de contribuir para a redução do impacto ambiental. A instalação da usina demonstra o compromisso do Senac com a inovação e a busca por soluções mais eficientes e sustentáveis para suas atividades.

Detalhes Adicionais:

Capacidade: 364,55 kWp.

Localização: Campus do Senac em Vitória, Espírito Santo.

Objetivo: Reduzir o consumo de energia elétrica e gerar economia.

Economia esperada: Até 80%.

Projeto: Parte de uma iniciativa de sustentabilidade do Senac.

O sistema conta com 634 módulos solares instalados, uma capacidade capaz de gerar, em média, mais de 40 mil kWh por mês, um volume de energia representa uma redução de aproximadamente 80% no consumo de energia elétrica da unidade da instituição em Vitória, capital do estado.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) do Espírito Santo, inaugurou um sistema de geração de energia solar com potência de 364,55 kWp na unidade de Vitória e passou a produzir sua própria energia elétrica por meio da instalação de 634 módulos solares. Essa capacidade significa gerar, em média, mais de 40 mil kWh por mês — o suficiente para reduzir aproximadamente 80% do consumo de energia elétrica da unidade.

Além da economia significativa, a iniciativa fortalece o compromisso institucional com práticas sustentáveis e com os princípios do programa ECOS, voltado à responsabilidade socioambiental. A adoção da tecnologia fotovoltaica também contribui diretamente para a redução da emissão de gases de efeito estufa e para a diminuição da dependência de fontes de energia não renováveis, alinhando-se às diretrizes globais de combate às mudanças climáticas.

“Ao reduzirmos consideravelmente o nosso consumo de energia elétrica convencional, contribuímos diretamente para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa e para um futuro mais sustentável para todos. Além disso, ao gerar nossa própria energia, conseguimos reduzir custos operacionais e realocar recursos para onde mais importa: a qualificação profissional. É uma escolha estratégica que une eficiência, inovação e responsabilidade social”, afirmou o diretor regional do Senac-ES, Richardson Schmittel.

Certificação LEED no Senac Serra

Inaugurada em agosto de 2021, a Unidade de Educação Profissional do Senac, localizada no bairro Portal de Jacaraípe, na Serra, tornou-se a primeira edificação do Estado a receber a Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) no nível Platinum, o mais alto concedido pelo selo internacional. O projeto atingiu a pontuação máxima em critérios como otimização do desempenho energético e redução do consumo de água, dois pilares fundamentais da construção civil sustentável.

A certificação LEED é um dos principais selos ambientais do mundo, concedido a construções que atendem a rigorosos padrões de eficiência energética, uso racional de recursos e impacto ambiental reduzido. No Brasil, são 1.776 projetos registrados e 786 certificados com o selo LEED, mas apenas 72 construções conquistaram o nível Platinum, o mais exigente da categoria. (pv-magazine-brasil)

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Energia solar fica 3% mais barata no 2º trimestre

Energia solar fica 3% mais barata no 2º trimestre e a região Centro-Oeste segue com o menor custo.

O custo da energia solar residencial caiu no Brasil. Segundo levantamento da Solfácil, os preços recuaram 3% no 2º trimestre de 2025, com destaque para o Acre, Alagoas e Amazonas, que lideram o ranking dos estados mais baratos.

Indicador da Solfácil aponta que no 2º trimestre do ano o preço médio ficou em R$ 2,51 por Wp (Watt-pico). Entre os 26 estados e o Distrito Federal, Acre, Alagoas e Amazonas foram os que ofereceram os preços mais baixos para instalações residenciais.
O preço médio da energia solar residencial no Brasil caiu 3% no 2º trimestre de 2025, segundo levantamento do Radar, indicador trimestral desenvolvido pela Solfácil, ecossistema em soluções solares, para acompanhar a variação de preços no setor.

No período, o preço médio nacional por Watt-pico (R$/Wp), unidade que indica o custo da potência instalada, ficou em R$ 2,51. A redução foi registrada em quase todas as faixas de potência analisadas

Mesmo com o aumento no preço dos equipamentos, devido à nova taxa de exportação sobre painéis solares na China, a energia solar ficou mais barata para o consumidor. Isso aconteceu porque os integradores apertaram suas margens de lucro para manter os preços competitivos. Além disso, houve uma queda no preço do polissilício, principal matéria-prima usada na fabricação das placas solares, o que ajudou a compensar os aumentos e reduziu o valor final do sistema.

Essa queda beneficia quem quer gerar sua própria energia, mas pressiona o lucro das empresas instaladoras. O estudo analisou pedidos de financiamento para sistemas residenciais entre abril e junho/2025.

Região Centro-Oeste segue como a mais barata do país para a GD

A região Centro-Oeste segue com o menor custo para quem quer instalar energia solar, com preço médio de R$ 2,40/Wp. O Nordeste aparece em seguida, com R$ 2,45/Wp, e se destaca pelo alto potencial de geração solar. O Sul registrou média de R$ 2,50/Wp, enquanto o Sudeste teve alta de 1% no trimestre e fechou em R$ 2,52/Wp. Já o Norte continua sendo a região mais cara do país, com média de R$ 2,68/Wp, puxada principalmente pelos preços no Pará.

“Os preços continuam abaixo dos níveis de 12 meses atrás. No Brasil, os sistemas fotovoltaicos são extremamente acessíveis, com payback inferior a três anos. Nenhum outro mercado no mundo oferece um retorno tão rápido”, afirma o CEO e fundador da Solfácil, Fabio Carrara.

10 estados mais baratos para investir em energia solar residencial

Entre os 26 estados e o Distrito Federal, o estudo mostra que dez unidades da federação se destacam por oferecer os preços mais baixos para quem quer instalar energia solar em casa. Veja o ranking:

1. Acre – R$ 2,24/Wp

2. Alagoas – R$ 2,27/Wp

3. Amazonas – R$ 2,31/Wp

4. Goiás – R$ 2,34/Wp

5. Roraima – R$ 2,36/Wp

6. Piauí – R$ 2,36/Wp

7. Pará– R$ 2,37/Wp

8. Ceará– R$ 2,40/Wp

9. Maranhão– R$ 2,42/Wp

10. Distrito Federal – R$ 2,43/Wp

Queda nos preços reflete forte concorrência entre integradores e desafios para repassar aumento nos custos, indica a empresa. (pv-magazine-brasil)