Solar flutuante pode atingir 25 GW em UHEs no Brasil.
A conjugação de painéis fotovoltaicos em grandes reservatórios hidroelétricos pode atingir até 25 GW entre 28 usinas no Brasil. A análise do potencial consta no cenário de sensibilidade em um novo estudo da PSR sobre as perspectivas econômicas para a tecnologia no país.
Brasil
tem potencial viável de até 24 GW de usinas solares flutuantes, diz PSR
País já tem alguns projetos de solar flutuante em pequena escala, com até 10 MW de potência.
Vista aérea da usina solar do Grupo Delta Energia em Três Lagoas/MS.
O
Brasil tem um potencial economicamente viável para instalar até 24 GW de usinas
solares flutuantes na superfície de reservatórios de hidrelétricas,
aproveitando sinergias entre as fontes para ampliar e otimizar a capacidade do
parque gerador nacional, apontou um estudo da consultoria PSR.
Segundo
o trabalho, o potencial teórico do solar flutuante no Brasil é muito maior,
podendo compreender até 3.800 GW, dada a vastidão dos lagos das hidrelétricas,
que se espalham por milhares de km² e abastecem a principal fonte de geração de
energia do país.
Apesar
disso, algumas limitações técnicas, como disponibilidade de radiação solar e
capacidade das subestações de energia ligadas às hidrelétricas, restringem esse
potencial das solares flutuantes.
Pelos
cálculos da PSR, considerando limitações e condições econômicas para os
projetos, o Brasil poderia agregar entre 17 GW e 24 GW desses sistemas à
matriz.
O país já tem alguns projetos de solar flutuante em pequena escala, com
até 10 MW de potência, em usinas de grandes empresas, como Eletrobrás, Cemig,
EMAE e Auren.
A
tecnologia apresenta possibilidade de crescimento tanto na modalidade de
geração centralizada, em usinas de grande porte, como na geração distribuída,
sistemas solares pequenos que atendem remotamente consumidores principalmente
da baixa tensão, como residências.
A
PSR ressaltou que a criação desses empreendimentos híbridos representaria uma
forma de o Brasil ampliar a capacidade de geração renovável e maximizar o uso
da infraestrutura elétrica, além de capturar benefícios adicionais, inclusive
ambientais.
Os
sistemas flutuantes podem, por exemplo, reduzir a evaporação da água entre 30%
e 50%, dependendo da área coberta do reservatório, apontou a consultoria. Isso
contribuiria com a conservação de água para a geração hidrelétrica, ainda que o
ganho direto de produção de eletricidade com a água economizada seja modesto.
O
estudo calculou o custo nivelado de energia (LCOE, na sigla em inglês) de um
sistema solar flutuante em R$374 por megawatt-hora (MWh), ainda superior ao de
um sistema solar terrestre (R$343/MWh), principalmente devido ao maior valor de
investimento inicial.
No entanto, fatores operacionais e ambientais podem compensar essa diferença, especialmente em locais com restrições de uso do solo, de acordo com a PSR.
Em 2022 a EDP inaugurou até então a sua maior usina solar flutuante
“A
integração entre hidrelétricas e sistemas solares flutuantes ou próximas de
reservatórios é uma opção estratégica para o Brasil avançar na transição
energética com eficiência e sustentabilidade”, afirmou Rafael Kelman, diretor
executivo da PSR, em nota. (infomoney)
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