Apesar da crise financeira, que afetou os negócios de equipamentos para usinas de biodiesel, a capacidade de produção do biocombustível já instalada no Brasil atenderá sem problemas a demanda adicional gerada por um aumento da mistura no diesel no ano que vem, segundo executivo do principal fornecedor da indústria de equipamentos para o setor. O Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou nesta semana que já está tudo certo para o país elevar em 2010 a mistura de biodiesel no diesel de 4% para 5% do total (B5), o que geraria uma demanda adicional de 25% do biocombustível produzido, em sua maioria, a partir de soja no Brasil.
"Hoje o Brasil poderia ter avançado em B5, B6... já possibilitaria atender um percentual de mistura maior do que B4. A capacidade instalada de produção está perto de 4 bilhões de l, considerando as plantas em operação e as contratadas", disse à Reuters o vice-presidente de Tecnologia e Desenvolvimento da Dedini Indústrias de Base, José Luiz Olivério. Para a produção do B4, a necessidade de biodiesel é de cerca de 2 bilhões de l ao ano, enquanto o B5 exigiria a fabricação de 2,5 bilhões de l em 2010, segundo o MME.
"Unidades para 3,2 bilhões de l já poderiam funcionar, e outras para 800 milhões de l estão em construção", acrescentou Olivério, durante um seminário de biodiesel que termina nesta quinta-feira em São Paulo. Assim, o executivo avalia que, até o final de 2010, o País terá capacidade para produzir ao menos 4 bilhões de l. A Dedini, líder global em equipamentos para o setor de açúcar e etanol e principal fornecedor no Brasil para usinas de biodiesel, registra lentidão nos negócios para o segmento de biocombustíveis neste ano, ainda por conta da crise. "Este ano o setor de açúcar e etanol está com pouco negócio, estamos com melhores negócios nas áreas de refinarias de petróleo e hidrelétricas", afirmou ele, sobre equipamentos produzidos para outros segmentos. "Em biodiesel, dois negócios novos. Ainda não atingiu o nível de 2007 (um ano considerado normal), de oito negócios", mostrou. A empresa, com mais de 70% da receita proveniente da área de equipamentos para biocombustíveis e bioenergia, fechou 2008 com receita líquida de R$ 1,8 bilhão.
Mais soja
"O problema da matéria-prima é o da disponibilidade, a soja é predominante, está disponível em todos os lugares e é mais competitiva, exceto em algumas regiões pequenas", disse Olivério, que acredita, entretanto, que outras matérias-primas viáveis para o biocombustível aparecerão em menos de dez anos.
Atualmente, a soja responde por 80% da matéria-prima do biodiesel no Brasil.
"Ninguém pode ficar sujeito a uma commodity que oscila de preço, porque o preço de biodiesel tem como referência o diesel. No nível que nós estamos ainda não chega a ser um problema tão grande, mas imagine um B10, por exemplo, você teria um problema maior para garantir a oferta, é preciso ter flexibilidade", explicou.
Entre os outros óleos vegetais analisados pelo setor no Brasil para a produção de biodiesel estão o de palma, de girassol, de pinhão-manso, sendo esta última matéria-prima uma das mais promissoras, mas com pouca pesquisa agronômica já concluída.
"Hoje o Brasil poderia ter avançado em B5, B6... já possibilitaria atender um percentual de mistura maior do que B4. A capacidade instalada de produção está perto de 4 bilhões de l, considerando as plantas em operação e as contratadas", disse à Reuters o vice-presidente de Tecnologia e Desenvolvimento da Dedini Indústrias de Base, José Luiz Olivério. Para a produção do B4, a necessidade de biodiesel é de cerca de 2 bilhões de l ao ano, enquanto o B5 exigiria a fabricação de 2,5 bilhões de l em 2010, segundo o MME.
"Unidades para 3,2 bilhões de l já poderiam funcionar, e outras para 800 milhões de l estão em construção", acrescentou Olivério, durante um seminário de biodiesel que termina nesta quinta-feira em São Paulo. Assim, o executivo avalia que, até o final de 2010, o País terá capacidade para produzir ao menos 4 bilhões de l. A Dedini, líder global em equipamentos para o setor de açúcar e etanol e principal fornecedor no Brasil para usinas de biodiesel, registra lentidão nos negócios para o segmento de biocombustíveis neste ano, ainda por conta da crise. "Este ano o setor de açúcar e etanol está com pouco negócio, estamos com melhores negócios nas áreas de refinarias de petróleo e hidrelétricas", afirmou ele, sobre equipamentos produzidos para outros segmentos. "Em biodiesel, dois negócios novos. Ainda não atingiu o nível de 2007 (um ano considerado normal), de oito negócios", mostrou. A empresa, com mais de 70% da receita proveniente da área de equipamentos para biocombustíveis e bioenergia, fechou 2008 com receita líquida de R$ 1,8 bilhão.
Mais soja
"O problema da matéria-prima é o da disponibilidade, a soja é predominante, está disponível em todos os lugares e é mais competitiva, exceto em algumas regiões pequenas", disse Olivério, que acredita, entretanto, que outras matérias-primas viáveis para o biocombustível aparecerão em menos de dez anos.
Atualmente, a soja responde por 80% da matéria-prima do biodiesel no Brasil.
"Ninguém pode ficar sujeito a uma commodity que oscila de preço, porque o preço de biodiesel tem como referência o diesel. No nível que nós estamos ainda não chega a ser um problema tão grande, mas imagine um B10, por exemplo, você teria um problema maior para garantir a oferta, é preciso ter flexibilidade", explicou.
Entre os outros óleos vegetais analisados pelo setor no Brasil para a produção de biodiesel estão o de palma, de girassol, de pinhão-manso, sendo esta última matéria-prima uma das mais promissoras, mas com pouca pesquisa agronômica já concluída.
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