Os atuais modelos de crescimento econômico geraram enormes desequilíbrios. Se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia.
Surge então a idéia do Desenvolvimento Sustentável, onde se procura conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.
De acordo com a teoria do desenvolvimento sustentável, precisamos nos desenvolver atentos às limitações ecológicas do planeta, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem.
A proteção do ambiente tem de ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente. É aqui que surge uma questão sobre a qual pouco se pensa: qual a diferença entre crescimento e desenvolvimento?
A diferença é que o crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça social, pois não leva em consideração nenhum aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas. O desenvolvimento, por sua vez, além de se ocupar da geração de riquezas tem o objetivo de distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de todos, considerando, portanto, a qualidade ambiental do planeta.
Na rota do crescimento e da sustentabilidade, o Brasil tem ganhado credibilidade nos últimos anos e se tornado essencial à agenda de qualquer grande investidor. Reformas econômicas e estruturais estão conduzindo o país a uma nova posição no cenário internacional.
A economia brasileira apresentou um crescimento forte e sustentável nos últimos anos e as exportações dobraram desde 2003, resultando num significativo aumento da participação brasileira no comércio mundial.
A busca por alternativas aos combustíveis fósseis e as preocupações com o aquecimento global têm feito crescer o interesse mundial pelos biocombustíveis. O etanol brasileiro é uma das melhores alternativas para atender esse mercado potencial, uma vez que o Brasil é o maior produtor mundial de biocombustíveis e o segundo maior produtor de etanol do mundo com 33,2% da produção mundial e também o maior exportador com 37% do market share global.
As previsões são de que, o Brasil será responsável por metade do comércio mundial de etanol. Na safra 2007/2008, foram produzidas 22,5 bilhões de toneladas de álcool, sendo que 3,6 bilhões de toneladas foram exportadas. As perspectivas para 2021, de acordo com a União da Indústria de Cana- de- açúcar (UNICA), são de que o Brasil vai produzir 65,3 bilhões de toneladas de etanol e exportar 15,7 bilhões de toneladas.
Produzido em 1% das terras aráveis do Brasil, o etanol não compete com a produção de alimentos, que duplicou no país na última década. Metade da gasolina consumida no Brasil já foi substituída por etanol. Introduzidos no mercado brasileiro em março de 2003, os veículos flex- fuel (bicombustíveis) são projetados para trabalhar com qualquer mistura de gasolina e etanol. Do total de veículos leves licenciados no primeiro semestre de 2008, 87,6% foram do tipo bicombustível, contra 7,9% dos modelos a gasolina.
O Brasil é mundialmente reconhecido também como um grande centro de empresas e instituições públicas e privadas ligadas ao setor sucroalcooleiro, cobrindo a cadeia agroindustrial da cana-de-açúcar desde o desenvolvimento de tecnologias industriais e agrícolas, fabricação de equipamentos, desenvolvimento de variedades de cana e prestação de serviços diversos, até a participação efetiva no desenvolvimento e estruturação de mercados.
Por meio do Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA), o Brasil oferece soluções completas à indústria sucroalcooleira mundial para o processamento da cana-de-açúcar e produção de combustíveis renováveis (etanol, biodiesel, biomassa) e outros produtos, como o açúcar.
A bioeletricidade, energia elétrica produzida a partir de biomassa de origem vegetal, está se tornando também uma atividade promissora no país, com projeções de crescimento de até 700% na produção até 2021. Este tipo de energia limpa, renovável e sustentável, pode ser obtido através do bagaço e da palha, materiais ricos em fibras, que sobram do processamento da cana.
O biodiesel já está presente nos postos de combustíveis brasileiros, na proporção de 3% misturados ao óleo diesel. Uma das vantagens do biodiesel é sua origem diversificada. Pode ser obtido a partir do processamento de diversos óleos vegetais, girassol, soja, pinhão manso, mamona, palma, dentre outros.
A proposta da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis: os biocombustíveis como vetor do desenvolvimento sustentável, é debater estes e outros tópicos. Paralelamente, na 1ª Exposição Internacional Sobre Biocombustíveis, as melhores tecnologias de produção serão apresentadas por empresas e instituições que investem em soluções para a busca da energia sustentável.
Venha conhecer os casos de sucesso e as avançadas e inovadoras tecnologias de produção de biocombustíveis. Os biocombustíveis são a nova realidade sustentável e eficaz para substituir os combustíveis fósseis.
O Brasil se destaca na produção mundial de biocombustível, solo, água, sol e natureza compõem a base de um grande potencial para a produção dessa matriz energética do século XXI.
A produção nacional de biocombustíveis do Brasil é sustentável, a cada ano isso tem sido demonstrado através do nosso desenvolvimento tecnológico. A cana-de-açúcar é a principal matéria-prima do Brasil utilizada para a produção de etanol. A cada dia novas tecnologias e soluções inovadoras têm sido apresentadas para outras formas de biocombustíveis como o biodiesel e a bioeletricidade.
O Evento servirá como plataforma para disseminar o uso da tecnologia flex fuel desenvolvida no Brasil que permite um único automóvel a ser abastecido tanto com álcool como gasolina, fator já consolidado na indústria automobilística brasileira. Hoje 90% dos automóveis fabricados no Brasil já contam com essa tecnologia.
O valor estimado que o setor nacional de etanol movimenta está em torno de R$ 40 bilhões anuais.
O tema Biocombustível aparece com grande relevância no início do século XXI. Em um contexto de desenvolvimento sustentável, esse tema abrange muitas vertentes, tais como a produção de combustíveis sem danificar o meio ambiente, a geração de postos de trabalho, o desenvolvimento tecnológico e a preservação de áreas verdes que podem, no futuro próximo, atrair recursos financeiros para a economia brasileira.
Na última década, o desenvolvimento da indústria brasileira do etanol levou à necessidade de informar a sociedade sobre o desenvolvimento tecnológico que o país atingiu, enfatizando tema como sustentabilidade, soluções tecnológicas e perspectivas da indústria brasileira.
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