quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

A Grande Muralha Solar da China

A Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA) publicou imagens aéreas da Grande Muralha Solar, o maior projeto de energia renovável da China. Espera-se que a instalação atinja 100 GW de capacidade até 2030.
A NASA publicou uma nova série de fotos da Grande Muralha Solar, um aglomerado gigante de projetos de energia fotovoltaica na Mongólia Interior, no Deserto de Kubuqi.

“Arenoso e quase desprovido de vida, o deserto de Kubuqi, na Mongólia Interior, já teve a reputação de ser um ‘mar da morte’. Mais recentemente, seus campos de dunas se tornaram um mar de possibilidades fotovoltaicas, transformadas por uma onda de painéis solares recém-instalados”, informou a NASA em um comunicado. “A construção faz parte do plano plurianual da China para construir uma grande muralha solar projetada para gerar energia suficiente para abastecer Pequim”.

Área desértica na Mongólia antes da implantação de módulos fotovoltaicos.

A agência espacial dos EUA publicou uma imagem da área desértica antes da instalação dos painéis solares em 2017, juntamente com duas imagens mostrando a implantação atual. O China Daily informou que a região tinha cerca de 5,4 GW de capacidade solar instalada no final de agosto de 2024.

Mais de 5 GW estão atualmente instalados no local.

A capacidade operacional atual inclui uma instalação de 2 GW desenvolvida pela estatal China Three Gorges, que é a maior usina visível nas imagens. A State Power Investment Corp., por sua vez, construiu a Estação de Energia Solar Junma em forma de cavalo de 300 MW, que também é claramente visível nas imagens.

O local está projetado para atingir 100 GW de capacidade até 2030, abrangendo cerca de 400 km com uma largura média de 5 km.

“O clima ensolarado de Kubuqi, o terreno plano e a proximidade de centros industriais o tornam um local desejável para a geração de energia solar”, relatou a NASA. “Os painéis estão sendo instalados em uma longa e estreita faixa de dunas ao sul do Rio Amarelo, entre as cidades de Baotou e Bayannur”. (pv-magazine-brasil)

Interseção entre solar e veículos elétricos como oportunidade estratégica

TAB Energia enxerga interseção entre solar e veículos elétricos como oportunidade estratégica

Em entrevista à pv magazine, o CEO da empresa comenta temas como a transição para grandes projetos industriais e as tendências do mercado de baterias e eletromobilidade, além dos desafios econômicos que impactarão o setor em 2025 como a alta da taxa Selic, o aumento do imposto de importação dos módulos e a alta do dólar.
Desde sua fundação em 2016, em Joinville, Santa Catarina, a TAB Energia percorreu um caminho de evolução contínua. Hoje, é reconhecida como um integrador oficial WEG, atuando em seis estados brasileiros: Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Pará. A pv magazine conversou com o CEO da empresa, Michel Kazmierski, que compartilhou insights sobre a trajetória da TAB, os desafios do setor e as perspectivas para o futuro.

De acordo com Kazmierski, a TAB começou atendendo pequenos comércios, mas logo percebeu que sua proposta de valor estava alinhada a projetos mais robustos. “Nosso intuito era atender projetos mais complexos, com soluções ‘engenheiradas’ que oferecem grande segurança para o cliente e atendem às exigências do mercado industrial”, afirmou o executivo. Essa visão levou a empresa a abandonar projetos residenciais para focar em clientes comerciais e industriais (CNI) e em grandes plantas de geração de energia.

Michel Kazmierski, CEO Tab Energia.

Michel destacou que, além de priorizar produtos de alto desempenho, a TAB foca muito na qualidade da implantação. “Se o fabricante promete pelo menos 30 anos de performance, é preciso que a instalação garanta essa durabilidade. Isso tangibiliza o valor que oferecemos”, explicou.

Unidades de negócios diversificadas

Atualmente, a TAB opera em quatro unidades de negócios:

1. Enterprise: soluções para grandes corporações, incluindo autoprodução.

2. C&I e Mid Marketing: voltada para médias empresas do setor comercial e industrial.

3. Investimento: desenvolvimento de usinas fotovoltaicas e estações de recarga para diversificação de portfólios e geração de receita.

4. Operação e Manutenção (O&M): suporte contínuo para garantir a performance dos sistemas instalados, incluindo monitoramento, limpeza e manutenções preventivas.

Segundo o Kazmierski, o mercado sofre com a falta de credibilidade devido a falhas em projetos mal planejados ou executados. “Propomos um trabalho sério, que assegure que o cliente receba o que foi prometido”, enfatizou.

Proposta de eletropostos modulares para carros elétricos abastecidos por energia solar.

Visão sobre o mercado de baterias

Uma das tendências mais significativas do setor energético é a adoção de baterias como solução de armazenamento. Embora ainda não tenha uma unidade de negócios dedicada a esse segmento, a TAB Energia enxerga um mercado em rápida ascensão, com impactos positivos para diferentes aplicações.

“Por vezes, somos consultados sobre usinas que combinam geração solar e armazenamento em baterias, seja em sistemas isolados ou conectados à rede. Essa solução está se tornando cada vez mais atraente graças à redução do CAPEX por kWh”, explicou o CEO.

O executivo destacou a simplicidade e a eficiência das baterias, que oferecem uma solução rápida em locais onde a rede elétrica é limitada ou insuficiente. “Quando a rede não comporta, melhorar a infraestrutura pode ser demorado e caro. Já as baterias permitem uma implementação rápida e prática: é literalmente conectar na tomada. Isso não só acelera o processo como também aumenta a segurança energética”, disse.

Além disso, a interseção entre a geração solar e a eletrificação de veículos representa uma oportunidade estratégica para o uso de baterias. Com o crescimento acelerado dos carros elétricos, soluções de armazenamento se tornam indispensáveis para sustentar a demanda crescente. “A eletrificação de veículos vai depender diretamente de como armazenamos a energia gerada. Isso torna as baterias uma peça-chave no futuro da mobilidade elétrica”, acrescentou o executivo.

Energia solar baixa os custos de recarga em até 74% em comparação aos veículos com motor a combustão.

Desafios e soluções para 2025

O executivo aponta que o setor solar enfrenta grandes desafios, como a alta da taxa Selic, o aumento dos impostos e do dólar, que impactam diretamente no custo do CAPEX. A alta da taxa Selic é uma preocupação central.

“A Selic elevada desestimula o investimento em novos projetos, pois reduz a atratividade do retorno financeiro. Isso tem um impacto direto no mercado solar, especialmente em projetos que dependem de financiamento”, explicou. Além disso, o recorde do dólar também pressiona o setor. “Com o aumento do dólar, os custos dos equipamentos importados sobem, e muitos distribuidores já repassaram essas correções para o mercado. Isso reduz o retorno esperado, especialmente em projetos de maior escala”.

Apesar dos desafios econômicos, o CEO da TAB Energia vê um horizonte promissor para a energia solar. Ele destacou que o consumo de energia no Brasil deve crescer em função da inflação e do aumento da demanda industrial. “A previsão da ONS é que a geração distribuída continue crescendo, especialmente em micro e miniusinas. Esse movimento, mesmo que incremental, ajuda a sustentar o mercado”.

O mercado de veículos elétricos é outro vetor de expansão. “Já desenvolvemos quase 3 MW em estações de recarga, e acreditamos que esse segmento continuará acelerado. O custo-benefício frente aos veículos a combustão e os incentivos para a eletrificação garantem que a demanda continuará crescendo. É um setor que merece cuidado de engenharia”, destacou.

Um dos focos da TAB Energia para 2025 será mostrar aos investidores que soluções solares são mais do que um custo inicial elevado, mas representam um investimento estratégico com retornos de longo prazo. “É preciso saber mostrar valor. Não se trata apenas de energia por kWh. Olhar o contexto específico de cada cliente, desde a distribuidora local até os incentivos ESG disponíveis, é essencial para justificar a mobilização de capital”, afirmou o executivo.
Por fim, Kazmierski destacou a importância de um crescimento sustentável e equilibrado nas diferentes unidades de negócio da TAB. “A ideia não é massificar, mas atender projetos personalizados que façam sentido econômico e ambiental para nossos clientes. É assim que conseguimos manter a confiança e a credibilidade no mercado”, concluiu. (pv-magazine-brasil)

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Incrível fonte energética que fornecerá energia suficiente para abastecer USA milhares de vezes

Não é nuclear! A incrível fonte de energia que pode fornecer energia suficiente para abastecer os Estados Unidos milhares de vezes.
Cientistas estão explorando fonte de energia de rocha revolucionária com potencial energético tão grande que poderia abastecer os Estados Unidos milhares de vezes

Por décadas, a fonte de energia geotérmica permaneceu como um jogador coadjuvante no cenário das energias renováveis. Enquanto as energias solares e eólicas cresciam exponencialmente, a geotérmica contribuía com uma fração mínima da eletricidade global.

O problema sempre foi a geografia. As fontes de calor subterrâneo estão concentradas em regiões vulcânicas, limitando sua expansão. Mas isso pode estar prestes a mudar.

Pesquisadores da Universidade Cornell acreditam que a (SHR, do inglês Superhot Rock Energy) pode ser a solução para aproveitar o calor da Terra em praticamente qualquer lugar.

O calor sob nossos pés

Em um sistema de rocha superquente, a água é injetada profundamente na rocha quente, aquecida e retornada à superfície da Terra como vapor que pode ser usado para produzir energia em turbinas elétricas ou para gerar hidrogênio usando um processo de alta temperatura.

A ideia é simples, mas revolucionária. Imagine perfurar profundamente a crosta terrestre até encontrar rochas aquecidas a mais de 374°C.

A essas temperaturas extremas, a água injetada transforma-se em um fluido supercrítico, capaz de transportar imensas quantidades de energia para a superfície.

Essa fonte de energia pode ser convertida em eletricidade, fornecer aquecimento ou mesmo ser utilizada na produção de hidrogênio.

Como funciona o processo dessa incrível fonte de energia

Água ou fluidos especializados são injetados nos reservatórios de rochas superquentes, onde, devido às temperaturas extremamente elevadas, o fluido se transforma em estado supercrítico, uma fase intermediária entre líquido e gás que possui alta densidade e grande capacidade de armazenar energia térmica.

Esse fluido supercrítico é então extraído e conduzido até a superfície, onde sua energia térmica é aproveitada para movimentar turbinas, gerando eletricidade de maneira eficiente e sustentável.

De acordo com um estudo da Cornell, a SHR poderia atender à demanda energética dos Estados Unidos milhares de vezes.

Relatórios elaborados pela universidade, em colaboração com a organização sem fins lucrativos Clean Air Task Force (CATF), detalham um roteiro para superar os desafios técnicos, como perfuração precisa, construção de poços e extração de calor.

“Os aspectos altamente específicos do local da produção de energia geotérmica sempre foram um obstáculo para o desenvolvimento comercial”, explica Seth Saltiel, professor da Cornell e coautor do estudo. Ele destaca que compreender as estruturas subterrâneas é essencial para avançar.

Os números impressionam. Apenas 2% da energia armazenada a poucos quilômetros abaixo da superfície poderia, teoricamente, suprir as necessidades energéticas dos EUA por 2.000 vezes.

A SHR também tem a vantagem de ser uma fonte de energia limpa e ininterrupta, diferentemente da energia solar e da eólica, que dependem das condições climáticas.

Uma corrida global pela SHR

O interesse pela SHR não se limita aos Estados Unidos. Estudos apontam que China, Rússia e EUA possuem as maiores reservas potenciais dessa energia. Apenas nos EUA, a energia de SHR poderia gerar 4 terawatts, equivalente a queimar 21 bilhões de barris de petróleo.

Estados como Nevada e Califórnia lideram em potencial de exploração. Curiosamente, a indústria de petróleo e gás pode ser uma aliada crucial. As tecnologias necessárias — plataformas de perfuração, brocas resistentes e sensores capazes de suportar temperaturas extremas — já foram desenvolvidas para a extração de combustíveis fósseis.

Terra Rogers, diretora da CATF, acredita que essas empresas estão bem posicionadas para liderar a transição para a SHR.

Lauren Boyd, diretora do Geothermal Technologies Office do Departamento de Energia dos EUA, enfatiza a necessidade de investimento. “Precisamos de recursos e de mãos que se disponham a trabalhar nesse campo”. Segundo estimativas, serão necessários entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões até 2030 para comercializar tecnologias geotérmicas de próxima geração, incluindo a SHR.

Para as empresas de petróleo, a SHR representa uma oportunidade única. Elas podem se reposicionar no mercado de energia limpa utilizando infraestruturas e habilidades existentes.

Muitas terras arrendadas para extração de combustíveis também podem ser reaproveitadas para exploração geotérmica, muitas vezes sem a necessidade de novas licenças.

Desafios e Oportunidades no Setor de Energias Renováveis

Embora promissora, a fonte de energia de rocha superquente enfrenta desafios significativos. Perfurar em rochas densas é caro e complexo.

Em 2022, a Universidade Cornell perfurou um poço exploratório com 3 km de profundidade em seu campus, visando investigar o potencial da energia geotérmica.

Contudo, essa instalação não deverá alcançar rochas superaquecidas, uma vez que seria necessário perfurar pelo 10 km abaixo da superfície em regiões de baixo fluxo térmico, como o leste dos Estados Unidos.

Os primeiros projetos exigem investimentos altos e carregam riscos. Sem financiamentos substanciais, a SHR pode permanecer como uma ideia ambiciosa, mas irrealizável.

No entanto, o otimismo cresce. Jennifer Granholm, Secretária de Energia dos EUA, destacou o potencial dessa tecnologia durante a conferência CERAWeek de 2024. “Capturar o calor sob nossos pés pode nos proporcionar uma energia limpa, escalável e confiável para atender às necessidades de indústrias e residências”, afirmou.

A SHR não apenas promete reduzir a dependência de combustíveis fósseis, mas também representa uma nova fronteira para a indústria energética.

Se avanços tecnológicos e investimentos significativos forem alcançados, essa tecnologia poderá redefinir como o mundo gera e consome energia.

Desafios e oportunidades da transição energética: análise da desaceleração e caminhos para o futuro

O calor subterrâneo, por muito tempo ignorado, pode ser a chave para um futuro energético mais limpo e sustentável.

A corrida para desbloquear esse potencial está apenas começando. Agora, cabe às empresas, governos e cientistas transformar essa visão em realidade. (clickpetroleoegas)

BNDES aprova R$ 94,8 milhões para aquisição de 87 ônibus elétricos prá Sampa

BNDES aprova R$ 94,8 milhões para a Mobi adquirir 87 ônibus elétricos para a cidade de São Paulo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em 20/12/24 um financiamento de R$ 94,8 milhões destinado à aquisição de 87 ônibus elétricos para o sistema de transporte coletivo de São Paulo.

Do total financiado, R$ 49,8 mi são oriundos do FGTS, na primeira operação do banco com a utilização desses recursos; outros R$ 45 milhões são do Fundo Clima.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 94,8 milhões para a MobiBrasil adquirir 87 ônibus elétricos para atender a população da cidade de São Paulo (SP). A concessionária é responsável por parte do serviço público de transporte de passageiros por ônibus no município e opera um total de 57 linhas com cerca de 600 ônibus.

Em novembro, o BNDES assinou contrato com a prefeitura de São Paulo, no valor de R$ 2,5 bilhões para a aquisição de 1.300 ônibus elétricos de fabricação nacional. Atualmente, a cidade conta com 489 ônibus elétricos em sua frota, sendo 288 a bateria.

Parte dos recursos, R$ 49,8 milhões, virá da primeira operação de financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) operada pelo banco. Os R$ 45 milhões restantes virão do Fundo Clima.

BNDES autoriza financiamento de R$ 94,8 milhões para compra de ônibus elétricos em São Paulo/SP.

Ao todo, o banco contará com até R$ 12 bilhões para financiar projetos de saneamento ambiental e mobilidade urbana. Neste mês, foi aprovado o primeiro programa que operacionalizou o uso dos recursos do FGTS, o BNDES Pró-Transporte Refrota, destinado a aquisição de veículos de transporte público coletivo.

A eletrificação da frota de ônibus é uma das diretrizes do governo federal para reduzir os impactos das mudanças climáticas e promover a melhoria da qualidade do ar nos centros urbanos, ao eliminar a emissão de CO2 e poluentes.

BNDES aprova financiamento de R$ 94,8 milhões para aquisição de ônibus elétricos para SP

“Os ônibus elétricos são veículos com vida útil 50% maior do que um veículo a diesel e com custo de energia elétrica por quilômetro 70% menor do que o custo do diesel por quilômetro”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Com essa nova modalidade de financiamento, fruto da parceria do BNDES com a Caixa, vamos promover a melhoria da mobilidade urbana nas cidades brasileiras, por meio de investimentos em veículos de transporte público coletivo que contribuam para o processo de descarbonização”. (pv-magazine-brasil)

domingo, 26 de janeiro de 2025

Bombear água subterrânea usando energia solar ou eólica

Bombeamento de água subterrânea no deserto com energia fotovoltaica e eólica.

Cientistas projetaram um sistema que combina painéis solares, turbinas eólicas e armazenamento de bateria para operar sistemas de bombeamento de água na Jordânia. Eles simularam o arranjo em vários cenários em busca do tamanho ideal.
Philadelphia Solar

Pesquisadores da Universidade Isra na Jordânia estudaram a viabilidade de um sistema de bombeamento de água alimentado por energia solar e eólica. No deserto da Jordânia, a água superficial limitada força as comunidades a depender de fontes subterrâneas para irrigação agrícola, água para gado e uso residencial. A maioria dos sistemas autônomos de bombeamento de água (WPS) na região atualmente funcionam com motores à combustão.

“Determinar a viabilidade de vários cenários de sistema de energia renovável híbrido (HRES) para alimentar o WPS é uma etapa importante que pode gerar benefícios técnicos e financeiros significativos”, disse a equipe. “Além disso, nenhuma pesquisa especial foi feita para avaliar a viabilidade de integrar sistemas de energia renovável totalmente híbridos no WPS da Jordânia em áreas áridas e isoladas do deserto”.

Estudo de caso se concentrou no consumo do WPS Al-Mudawwara. Al-Mudawwara é uma pequena vila no leste da Jordânia, perto da fronteira com a Arábia Saudita. A temperatura varia de 4°C a 36,7°C durante todo o ano, com radiação solar mensal média variando de 3,79 kWh/m2/dia em dezembro a 8,54 kWh/m2/dia em junho. A velocidade média mensal do vento varia de 6,29 m/s em outubro a 9,15 m/s em junho.

Sistema Híbrido Solar-Eólico de Bombeamento de Água

Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=xg69ya1PiXM

WPS atualmente funciona com diesel, com demandas diárias de 40,71 kWh e um pico de 8,48 kW. Para avaliá-lo, um HERS foi simulado no software HOMER em diferentes cenários. 1º cenário incluiu um gerador a diesel (DG) com uma bateria de armazenamento (SB), 2º apresentou PV e SB, 3º combinou PV, DG e SB, e o 4º incluiu uma turbina eólica (WT), DG e SB. Cenário final usou PV, WT e SB.

Em todos os cenários, o PV era monocristalino, 315 W e 19% eficiente. A potência nominal da turbina eólica era de 10 kW, e as baterias tinham capacidade de 3.000 Ah. O sistema inversor tinha potência nominal de 5 kW, com alternador de 12,5 kW. O sistema foi otimizado para determinar o menor custo por quilowatt-hora de energia produzida.

O sistema ótimo incluiu 33 painéis solares, totalizando 10,18 kW, uma turbina eólica de 10 kW, 8 baterias e 3 inversores.

“Custo de energia (COE) deste sistema é de $ 0,241/kWh, seu período de retorno é de 6,67 anos e seu custo líquido presente (NPC) é de $ 59,611. A implementação do cenário selecionado levou à eliminação de todas as emissões de gases de efeito estufa (GEE), incluindo dióxido de carbono. A taxa de desconto nominal de 6,5% é apropriada para reduzir o NPC e o COE, de acordo com a análise de sensibilidade. O COE obtido está dentro da faixa típica para a região MENA. Além disso, o COE unitário produzido por HRESs de US$ 0,241/kWh está dentro da faixa média”.

Apresentaram seus resultados em “A feasibility study of combining solar/wind energy to power a water pumping system in Jordan’s Desert/Al-Mudawwara village”, publicado recentemente em Indicadores Ambientais e de Sustentabilidade. (pv-magazine-brasil)

Minas Gerais lidera a expansão fotovoltaica no país

Apesar de desaceleração na GD, Minas Gerais lidera a expansão fotovoltaica no país

Todos os 26 estados e o Distrito Federal adicionaram nova capacidade instalada de geração solar distribuída, sendo que 17 unidades federativas conectaram até 300 MW. Já na geração centralizada, houve conexões em 8 estados, notadamente em Minas Gerais, com mais da metade da nova capacidade de usinas fotovoltaicas de grande porte adicionada em 2024. Considerando apenas a geração distribuída, São Paulo lidera com 1,4 GW adicionado.
Parque Solar Pirapora, operado pela Recurrent Energy, em Minas Gerais.

Minas Gerais liderou a expansão da potência instalada de geração fotovoltaica no Brasil em 2024, com 3.042 MW adicionados na geração centralizada e 705 MW na geração distribuída. Em 2023, o estado já tinha adicionado mais capacidade fotovoltaica na GC (2 GW) do que na GD (976 MW) e lidera a expansão dos projetos de grande porte desde 2022. O estado acumula mais de 10 GW de capacidade instalada da fonte considerando geração distribuída (4.300 MW) e geração centralizada (6.400 MW), segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica.

São Paulo foi o estado que mais adicionou potência de geração solar distribuída à toda rede em 2024, com 1.410 MW instalados, de 7.922 MW no total (ANEEL). Sendo o único a adicionar mais de 1 GW de potência na GD neste ano, o estado ampliou sua liderança no ranking de capacidade acumulada desde 2012, somando 4.966 MW, à frente de Minas Gerais, que soma 4.304 MW. São Paulo também foi o único a adicionar mais de 1 GW de potência instalada geração solar distribuída em 2023, quando conectou 1.241 MW.

Os 10 estados que adicionaram mais potência de GD em 2024:

E os estados que adicionaram nova capacidade instalada de geração centralizada:

Neste ano, a fonte solar ultrapassou os 50 GW de potência instalada operacional no Brasil, passando a representar mais 20% da capacidade instalada de geração na matriz elétrica brasileira, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com a associação, neste período, o setor atraiu mais de R$ 229,7 bilhões em novos investimentos. Além disso, a fonte já evitou a emissão de cerca de 60,6 milhões de toneladas de CO2.

Atualmente, são 34,2 GW na GD e 17 GW na GC.

Segundo projeções da Absolar, o setor fotovoltaico deverá adicionar mais 13 GW de capacidade instalada em 2025. (pv-magazine-brasil)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Grupo Pereira investe em solar em supermercados das redes Fort Atacadista e Comper

Unidade recém-inaugurada em Santa Cruz Sul (RS) conta com cobertura de painéis fotovoltaicos em seu estacionamento. Com 13 usinas fotovoltaicos em operação, seis em execução, cinco já contratadas e mais cinco em orçamento, o grupo deve investir R$ 33 milhões na geração própria de energia solar.
O Grupo Pereira, sétimo maior varejista do país, inaugurou no Rio Grande do Sul o supermercado Fort Atacadista Santa Cruz do Sul, com mais de 3.800 m2, e uma cobertura de teto solar no estacionamento. É o mais recente empreendimento solar de uma série que a empresa, que conta com mais de 130 unidades de negócios, está implantando em seus supermercados e redes de varejo e atacado.

No Comper Itanhangá, supermercado da rede localizado no Mato Grosso do Sul, por exemplo, toda a estrutura da loja é coberta por painéis fotovoltaicas.

O gerente nacional de energia e manutenção do Grupo Pereira, Samuel Mutini, conta que atualmente a empresa tem 13 usinas fotovoltaicos em operação, seis em execução (como a de Santa Cruz do Sul), outras cinco na fila para execução (já contratadas) e mais cinco em orçamento. “O restante das filiais está em avaliação”, revela. “O investimento total entre o que já está em operação e as usinas em execução deve passar de R$ 33 milhões, com uma economia de energia de cerca de 30% por unidade”, detalha Mutini.

O sistema implementado em Santa Cruz do Sul é do tipo Grid Zero, uma solução inteligente que utiliza toda a energia gerada no local sem exportá-la para a rede da concessionária. Essa tecnologia permite ao Grupo Pereira maximizar a eficiência energética e reduzir ainda mais seu impacto ambiental.

Além da nova unidade do Rio Grande do Sul, a loja de Lages, em Santa Catarina, também inaugurada no dia 4 de dezembro, terá a mesma solução energética. Outras já abertas no Estado, como o Fort Atacadista de Canoas e de Caxias do Sul também devem receber as placas fotovoltaicas no ano que vem. (pv-magazine-brasil)

Verão será marcado por chuvas e calor intensos, energia solar será favorecida

Verão será marcado por chuvas intensas e calor e geração de energia solar dever ser favorecida.

As temperaturas podem ficar cerca de 2ºC acima da média climatológica e devem colaborar para o aumento de radiação solar em quase todo o Brasil. Enquanto os sistemas solares no Nordeste podem se aproximar de sua máxima eficiência, o Sul terá condições menos favoráveis devido à nebulosidade.
A Tempo OK, empresa de meteorologia de alta precisão, divulgou novo levantamento sobre o cenário climático do verão brasileiro que começou oficialmente em 21/12/2024, às 6h21 (horário de Brasília), com o solstício de verão. A perspectiva é de um clima típico para a estação, mas algumas nuances exigirão atenção. Para a geração de energia renovável, enquanto a geração eólica ficará desfavorecida, haverá aumento da incidência de radiação solar em quase todo o Brasil. Enquanto os sistemas solares no Nordeste podem se aproximar de sua máxima eficiência, o Sul terá condições menos favoráveis devido à nebulosidade.

O verão se apresenta como um período favorável para a geração solar fotovoltaica, devido ao aumento da incidência de radiação solar em quase todo o Brasil. No Nordeste, os sistemas solares tendem a se aproximar de sua máxima eficiência, especialmente em áreas do sertão, que apresentarão menor cobertura de nuvens e alta intensidade de radiação. No Sudeste e Centro-Oeste, embora a frequência de chuvas deva ser maior, principalmente nas tardes, os períodos de sol entre a manhã e início da tarde garantirão uma alta produtividade dos sistemas fotovoltaicos. A região Sul terá condições menos favoráveis especialmente entre dezembro e janeiro, devido à nebulosidade, mas terá condições razoáveis de geração solar na segunda metade da estação.

Enquanto a energia fotovoltaica deve ser beneficiada, os ventos enfrentam limitações. Meses de verão serão caracterizados por frentes frias transitando rapidamente, especialmente sobre o oceano, o que influencia diretamente o potencial eólico em diferentes regiões do Brasil.

No Sul, a geração eólica ficará desfavorecida, já que os ventos mais intensos permanecerão concentrados no oceano, longe das áreas de maior potencial de aproveitamento terrestre. A ausência de sistemas prolongados no continente também limita a intensidade e regularidade dos ventos na região. No Nordeste, as condições meteorológicas também podem trazer desafios, especialmente nos meses de fevereiro e março: a proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) — impulsionada pela ocorrência de chuvas frequentes e pelo aquecimento das águas do Atlântico Equatorial — deverá reduzir a consistência dos ventos alísios, afetando a geração de energia em várias áreas. “O monitoramento meteorológico constante terá papel estratégico para que geradores possam otimizar o aproveitamento do potencial eólico neste período”, destaca o especialista em Meteorologia para Geração Eólica da Tempo OK, Paulo Lombardi.

De acordo com o meteorologista da Tempo OK, Luiz Fernando dos Santos, as águas aquecidas do Atlântico Norte trazem mais energia para a atmosfera e devem favorecer a umidade no Brasil, mas também intensificam episódios de altas temperaturas, pancadas de chuva intensas e de instabilidade em diversas regiões do Brasil”.

O calor pode ficar cerca de 2ºC acima da média histórica, que considera o período de 1991 a 2020, mas as temperaturas serão mais amenas do que no último verão, que foi um dos mais quentes já registrados no Brasil. As maiores anomalias serão registradas no centro-Norte. As chuvas também podem ultrapassar a média histórica, especialmente no centro-sul do Brasil, mas devem ser irregulares, alternando-se com períodos de sol e calor.

A estação começa com dias ensolarados e com anomalias positivas de temperatura especialmente no Nordeste. Já o Sul e parte do Sudeste deverão enfrentar um período mais chuvoso, resultado da influência de sistemas transientes — áreas de instabilidade que trazem precipitações frequentes, sobretudo na primeira quinzena da estação. “Nas demais regiões, períodos alternados de sol e chuva devem manter as temperaturas máximas próximas à média climatológica em grande parte dos dias”, explica Luiz Fernando.

Ao longo da estação, há um deslocamento da umidade. “Após o dia 20 de janeiro, o centro-norte do Brasil passa a mostrar condições favoráveis para a ocorrência de chuva”, destaca o meteorologista. Entre fevereiro e março, as precipitações devem se deslocar para o Norte, com acumulados acima da média, especialmente no interior de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, interior do Nordeste, Tocantins e sul do Pará.

La Niña ainda não se confirmou

O Pacífico Equatorial, que vinha com um leve resfriamento no mês passado, segue nessa tendência nos próximos meses, o que mantém uma condição para La Niña fraco até o mês de março, ou seja, mesmo se o fenômeno se configurar agora em dezembro, não irá durar por muito tempo, portanto irá influenciar pouco as condições de chuva no Brasil. As águas do Oceano Atlântico serão as maiores responsáveis pela chuva no país. “A temperatura do Atlântico Tropical Norte está mais aquecida, mas com um padrão mais suave, o que favorece o retorno da umidade para o interior do Brasil, devido a aproximação da ZCIT. As temperaturas mais elevadas do Atlântico, na costa do Sudeste e na costa leste do Nordeste, especialmente no leste da Bahia, favorecem a chuva nestas regiões, pois funcionam como fonte de umidade local, quando as instabilidades se aproximam destas regiões”, destaca Luiz Fernando.

Apesar do predomínio do sol, a alta umidade favorece a formação das tradicionais pancadas de chuva no fim da tarde: formações repentinas e breves, mas com alto potencial para causar transtornos significativos. Por isso, recomenda-se que, ao perceber nuvens carregadas, as pessoas procurem abrigo e evitem áreas descampadas ou alagadiças. Em caso de enchentes e queda de árvores, é importante manter-se distante da rede elétrica. (pv-magazine-brasil)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Microrrede para carregamento de veículos elétricos alimentada por baterias de chumbo

Projeto de microrrede para carregamento de veículos elétricos alimentada por baterias de chumbo.

Os desenvolvedores da primeira estação de carregamento de veículos elétricos alimentada por bateria, atualmente localizada no Missouri, dizem que planejam lançá-la nos Estados Unidos.
A fabricante de baterias GS Yuasa se uniu à Siemens e à concessionária de energia Ameren, com sede nos Estados Unidos, em uma plataforma inovadora de carregamento e microrrede de veículos elétricos (EV) gerenciados.

O sistema de armazenamento de energia é alimentado por baterias estacionárias de chumbo-ácido, com painéis solares a serem integrados em breve. A microrrede de 1 MWh incluem as avançadas baterias de chumbo de nanocarbono da GS Yuasa, capazes de mais de 5.000 ciclos, juntamente com sistemas de gerenciamento de bateria e conversão de energia alojados em contêineres no local.

Os carregadores EV podem extrair energia da rede elétrica, da bateria de chumbo estacionária e dos painéis solares, conforme necessário.

Veículos elétricos, energia solar e mudanças climáticas: o papel do Brasil na descarbonização dos transportes. (pv-magazine-brasil)

A usina solar mais alta do mundo entra em operação na China

A China Huadian e a PowerChina concluíram a usina solar mais alta do mundo em altitude, uma instalação de 100 MW no Tibete, emparelhada com 20 MW/80 MWh de armazenamento de bateria.
A China Huadian Corp., uma geradora de energia estatal, encomendou a segunda fase de sua usina de armazenamento solar Caipeng em Shannan, no Tibete. O projeto, a uma altitude de 5.228 metros, é a instalação solar de maior altitude do mundo, superando a primeira fase, que foi construída a 5.100 metros.

Anteriormente, o projeto de energia solar e armazenamento que detinha o posto de mais alto do mundo era outra instalação a 4.700 metros no Tibete, concluída em 2020.

A segunda fase da Usina de Armazenamento Solar de Caipeng, abrangendo 1,4 km2, adiciona 100 MW de capacidade com 170 mil painéis solares. Ele expande a fase inicial de 50 MW que começou a funcionar em dezembro/2023 e, desde então, gerou mais de 60 GWh. Juntas, essas fases do projeto visam aliviar a escassez de energia no inverno e na primavera do Tibete central.

A PowerChina, a empreiteira do projeto, concluiu o projeto 42 dias antes do previsto em apenas 115 dias, usando montagens pré-instaladas e linhas de montagem no local, o que aumentou a eficiência da construção em 40%, apesar dos desafios do ambiente de platô.

1ª publicação O projeto apresenta painéis de contato passivado por óxido de túnel bifacial tipo N (TOPCon), oferecendo maior eficiência de conversão e aproveitando a alta refletividade de neve da região para maior geração de energia.

Os parceiros informaram que um sistema de armazenamento de energia de bateria de 20 MW / 80 MWh (BESS) da Sungrow inclui “tecnologia de armazenamento de células-tronco” de ponta, fornecendo regulação ultrarrápida de tensão e frequência e estabilização da rede. Recursos como resfriamento líquido e gerenciamento térmico de IA melhoram a segurança do sistema e o desempenho de descarga em mais de 8%, disseram eles.

Em dezembro/2022, a China Huadian encomendou uma usina solar de 120 MW a uma altitude média de 4.500 metros no Tibete. (pv-magazine-brasil)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Universidade australiana testa sistema agrovoltaico de 20 kW em vinhedo

A empresa australiana de energias renováveis Greenwood instalou 48 painéis solares no vinhedo Dookie Campus da Universidade de Melbourne para ajudar na pesquisa sobre como os agrovoltaicos afetam o rendimento das colheitas.
A Greenwood, uma empresa australiana de engenharia, aquisição e construção (EPC) solar, instalou 48 painéis solares no vinhedo Dookie Campus da Universidade de Melbourne, 216 km a nordeste de Melbourne.

O sistema solar de 20 kW possui painéis de 440 W, cobrindo cerca de 270 m² de vinha. Desenvolvido em parceria com a Greenwood e a empresa de engenharia Enhar, com sede em Victoria, o projeto solar Dookie visa estudar os benefícios da integração fotovoltaica com a viticultura.

Financiado pela AgriFutures, o estudo do sistema promete fornecer insights para as indústrias agrícola e de energia no contexto das condições ambientais distintas da Austrália. O chefe de educação da Greenwood, Veli Markovic, disse que o sistema Dookie é apenas o começo do movimento agrisolar da Austrália.

Sabine Tausz-Posch, professora sênior de agricultura e ciências alimentares da Universidade de Melbourne, disse que a universidade está usando a instalação agrovoltaica como modelo de como a agricultura pode se adaptar às mudanças climáticas.

“Para mim, o aspecto mais empolgante deste projeto é que combinamos um sistema de produção agrícola com a produção de eletricidade na mesma área de terra, aumentando a eficiência do uso da terra”, disse Tausz-Posch. “Ao mesmo tempo, isso também significa que talvez ajudemos nossas plantações a lidar com esses ambientes em mudança, protegê-los de alguns dos estresses climáticos e talvez economizar um pouco de água ao mesmo tempo, o que é uma hipótese subjacente à pesquisa agrovoltaica, e podemos até ajudar os painéis a serem mais eficientes”.

A Greenwood afirmou que a tecnologia agrovoltaica pode permitir um uso mais sustentável da terra na Austrália e, em cenários apropriados, é uma solução simples para agricultores, geradores de energia e indústrias agrícolas e de energia do país.

O sistema em Dookie é agora um dos dois projetos agrovoltaicos oficialmente reconhecidos na Austrália, sendo o outro na Tatura Smart Farm, também em Victoria, onde a pesquisa agrovoltaica está investigando o uso simultâneo da terra para energia e produção agrícola, testando a configuração de painéis solares em um pomar de peras de alta densidade. (pv-magazine-brasil)

Sede da Globo em São Paulo inaugura estacionamento solar com 520 kWp de potência

O projeto desenvolvido em parceria com a Brasol, conta com 747 módulos fotovoltaicos na cobertura de 180 vagas e disponibiliza cinco estações de carregamento para carros elétricos da Siemens. A meta da emissora é chegar a 100% das instalações fixas abastecidas com energia de fonte renovável até 2030.
A Globo acaba de anunciar, o primeiro estacionamento sustentável dos Estúdios Globo em São Paulo. Coberto com 747 módulos fotovoltaicos, a instalação tem potência de 520 kWp, uma energia equivalente ao abastecimento de 344 casas, que será utilizada nas operações da sede da Globo na capital paulista. O estacionamento tem capacidade de 180 vagas para carros e disponibiliza cinco estações de carregamento para veículos elétricos. O projeto, desenvolvido em parceria com a Brasol, empresa brasileira de transição energética, tem carregadores fornecidos pela Siemens, empresa investidora da Brasol.
Globo SP inaugura estacionamento sustentável coberto por placas de painéis solares

Energia gerada será utilizada nas operações da sede da Globo na capital paulista.

“O novo estacionamento sustentável em São Paulo é mais um passo no nosso objetivo de chegarmos a 100% das nossas instalações fixas sendo abastecidas com energia de fonte renovável até 2030. Com essa iniciativa, avançamos em nosso compromisso de uma atuação focada na redução do impacto ambiental de tudo que fazemos e na conscientização dos funcionários, lideranças, parceiros e de toda sociedade em prol de um futuro mais sustentável”, afirma o diretor do Centro de Serviços Compartilhados da Globo, Maurício Gonzalez. A Globo já possui um estacionamento sustentável em sua sede de Recife, além de usinas de energia solar em Pernambuco, no Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Equipes da Brasol e Globo inauguram estacionamento solar na sede da empresa em São Paulo.

De acordo com o gerente de desenvolvimento de negócios da Brasol, Renato Prado, “este projeto representa um marco significativo na nossa estratégia de investimento em soluções complexas de transição energética. Ao combinar tecnologias como sistemas de energia solar em carport e carregadores para veículos elétricos, estamos não apenas modernizando a infraestrutura, mas também promovendo a descarbonização do consumo energético das unidades. Isso permite que companhias, como a Globo, avancem em seus objetivos de sustentabilidade e se posicionem na vanguarda da eficiência energética”. (pv-magazine-brasil)

sábado, 18 de janeiro de 2025

Projeto “Escolas Solares” em RN pode ser replicado em todo o país

Projeto “Escolas Solares”, do Rio Grande do Norte, pode ser replicado em todo o país.

O projeto “Escolas Solares”, que prevê a introdução de aulas práticas na rede pública do Rio Grande do Norte com a ajuda de mini usinas de energia solar, poderá cruzar as fronteiras do estado e ser replicado no Brasil.

Miniusinas de geração solar são o ponto de partida para iniciar aulas práticas na rede pública do estado e servirão de instrumento de aprendizado para os estudantes brasileiros. O projeto contou com R$ 1 milhão em investimentos em convênio firmado entre o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis e o ministério.
Luciana Santos, ministra da Ciência e Tecnologia, em visita a uma escola pública no RN, declarou a intenção de incluir o projeto no “Programa Mais Ciência na Escola”.

“O projeto “Escolas Solares”, cujo objetivo é implementar aulas práticas nas escolas públicas do Rio Grande do Norte por meio de miniusinas de energia solar, pode ser estendido além das fronteiras do estado e ser adotado em outras partes do Brasil”, afirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em visita à Escola Estadual Desembargador Floriano Cavalcanti, uma das 13 do estado contempladas com o projeto original – fruto de convênio do Ministério com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER).

De acordo com a ministra, a ideia é inserir a iniciativa no “Programa Mais Ciência na Escola”, lançado em junho. “A gente vai querer a Escola Solar como mais um instrumento de aprendizado para os estudantes brasileiros”, disse Luciana, ressaltando a aderência da iniciativa ao propósito do Programa Nacional, de ter “laboratórios mão na massa para fomentar a educação científica”.

A primeira fase do “Escolas Solares” recebeu investimento de R$ 1 milhão para a instalação de “laboratórios práticos de ensino” em 13 municípios do estado, onde conceitos teóricos de física, geografia, ciências e matemática vistos no Ensino Médio poderão ser aprendidos, na prática, com a ajuda de miniusinas de geração distribuída.

Aula ministrada na Escola Solar, no Rio Grande do Norte.

Os recursos são provenientes de uma emenda parlamentar do então senador da República Jean Paul Prates, idealizador da proposta, e foram alocados por meio de convênio firmado entre o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis e o Ministério. O montante contemplou a implantação dos chamados “kits solares” – o que engloba, entre outros equipamentos, a instalação das miniusinas e de estações solarimétricas portáteis – além do desenvolvimento de materiais didáticos e a capacitação de 41 professores/as dos municípios de Natal, Parnamirim, São Paulo do Potengi, Nova Cruz, Currais Novos, Caicó, São Gonçalo do Amarante, Ceará Mirim, João Câmara, Macau, Pendências, Alto do Rodrigues e Mossoró.

“Esse é um projeto que ajuda a diminuir a conta de energia das escolas, mas, principalmente, que vai formar alunos e capacitar profissionais para empregos nessa indústria”, comentou Prates, que ressaltou ainda que “as emendas podem não servir para criar um programa nacional ou mesmo estadual, mas servem, certamente, para fazer uma semente como essa, do projeto, que depois pode escalar e chegar a todo o país”.

“O projeto está em fase de validação da metodologia que será aplicada nas escolas e será oficialmente entregue em março deste ano”, informou o diretor do SENAI do Rio Grande do Norte e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, Rodrigo Mello.

O projeto foi implementado no início de 2022 e, desde então, envolveu etapas como importação de equipamentos, processo de liberação dos espaços necessários nas escolas, além de treinamentos de equipes que, segundo o coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento do ISI-ER, Antonio Medeiros, “serão semeadores de conhecimentos sobre energias renováveis”.

Hudson Resende, do ISI-ER, detalhou que, por meio da iniciativa, conceitos teóricos poderão ser aplicados em oficinas práticas relacionadas às etapas de projeto, instalação e operação de uma usina solar real conectada à rede elétrica.
Projeto Escolas Solares, do RN, deve ser replicado no Brasil, diz ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

“Esse projeto-piloto inovador integra os processos de aprendizagem da educação aos processos de implantação de tecnologia e informação envolvidos no desenvolvimento e instalação de uma usina solar, além de gerar energia contribuindo para a eficiência energética e sustentabilidade na escola”, explicou o pesquisador do ISI-ER, Hudson Resende, coordenador do projeto. (pv-magazine-brasil)