Vendas de veículos elétricos
podem chegar a 170 mil em 2024, estima ABVE.
O mercado de eletrificados
segue sob ampla liderança dos veículos plug-in (BEV 100% elétricos e híbridos
PHEV), com 72% das vendas, mas novembro registrou um súbito crescimento dos
micros híbridos (MHEV), que têm um baixo grau de eletrificação. Os MHEV
representaram 11,2% das vendas no mês, superando os já tradicionais híbridos
HEV flex (9,1%), que lideraram esse mercado até 2022.
Para o presidente da ABVE,
Ricardo Bastos, os números mostram que as vendas de eletrificados se mantêm em
crescimento acelerado, em sintonia com o interesse do consumidor. Mas ele
alertou que alguns veículos que entraram no mercado nas últimas semanas não
necessariamente podem ser considerados eletrificados.
“Temos de avaliar se alguns
dos chamados micro híbridos (MHEV), que têm um baixíssimo grau de eletrificação
e não têm tração elétrica, contribuem efetivamente para a descarbonização da
matriz de transporte do Brasil”, disse Bastos. “Nem todos esses veículos
apresentam reduções significativas das emissões de poluentes, em relação aos
modelos convencionais a combustível fóssil ou flex. Será que esses modelos
proporcionam ao consumidor uma verdadeira experiência de dirigir um veículo
elétrico ou eletrificado? ”, acrescentou.
Os 17.413 emplacamentos de leves eletrificados em novembro representaram um aumento de 7% em relação ao mês anterior. Na comparação com novembro de 2023 (10.601 veículos), o crescimento foi de 62%. Foi o maior número da série histórica da ABVE, iniciada em 2012.
Vendas de veículos elétricos por tecnologia
Os veículos elétricos plug-in
(BEV e PHEV), aqueles que são carregados na tomada, mantêm a maior participação
no mercado de leves eletrificados. Em novembro, as vendas dessas tecnologias
representaram 72% (12.339), enquanto os híbridos convencionais (HEV e HEV
flex), mais os novos micros híbridos (MHEV), responderam pelos 28% restantes
(4.804).
A eletrificação no Brasil tem
particularidades em relação às tecnologias dos eletrificados. Por exemplo, os
híbridos flex, movidos a gasolina e etanol, e com um motor elétrico de 48V, são
encontrados somente no mercado brasileiro.
Outro exemplo são os micros
híbridos flex, que passaram a ser comercializados em outubro. São veículos
movidos a gasolina e etanol, com um motor de 12V, que já tinham versões a
combustão e agora apresentam-se com uma adaptação para a versão MHEV.
Já os híbridos plug-in (PHEV)
totalizaram 6.922 unidades vendidas em novembro, com participação de 40,4% no
mercado de eletrificados.
Os BEV 100% elétricos
atingiram 5.417 veículos vendidos em novembro, com uma fatia de 31,6% sobre o
total de eletrificados. Na comparação com outubro (6.109), esse segmento teve
uma queda de 11%.
Os HEV convencionais (eletrificados não plug-in, a gasolina ou diesel) ficaram com 7,8% das vendas (1.330). Já os HEV flex, com 9,1% (1.556), sendo superados em novembro pelos novos micros híbridos (MHEV), com 11,2% (1.918).
Diversificação de negócios para integradores fotovoltaicos
Vendas de serviços e equipamentos
que complementam a geração solar distribuída, como os carregadores de veículos
elétricos, são vistas como oportunidades para os integradores fotovoltaicos
gerarem novos negócios. A oferta de até 30% de economia no mercado livre e a
previsão de 1,4 milhão de VEs até 2030 são algumas das oportunidades listadas
pela Greener para os integradores se tornarem provedores de soluções
energéticas e aumentarem suas vendas em 2025. (pv-magazine-brasil)
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