Biodiesel é um combustível diesel de queima limpa derivado de fontes naturais e renováveis como os vegetais. É obtido principalmente de girassol, amendoim, mamona, sementes de algodão e de colza. É alternativa renovável que resolve dois problemas ambientais ao mesmo tempo: aproveita um resíduo, aliviando os aterros sanitários, e reduz a poluição atmosférica. É uma alternativa para os combustíveis tradicionais, como o gasóleo, que não são renováveis.
O biodiesel reduz 78% das emissões poluentes como o dióxido de carbono que é o gás responsável pelo efeito de estufa que está alterando o clima à escala mundial, e 98% de enxofre na atmosfera.
Trata-se de uma fonte renovável que, além de trazer benefícios ambientais, também possibilita a geração de empregos, tanto na fase de coleta como de processamento. Desenvolve a agricultura nas zonas rurais mais desfavorecidas, criando emprego e evitando a desertificação, isto porque reduz a dependência energética do nosso país e a saída de divisas pela poupança feita na importação do petróleo bruto.
Os óleos vegetais podem reagir quimicamente com um álcool, para produzir ésteres. Esses ésteres quando usados como combustíveis levam o nome de biodiesel. Atualmente, o biodiesel é produzido por um processo chamado transesterificação. O óleo vegetal é filtrado, e então processado com materiais alcalinos para remover gorduras ácidas. É então misturado com álcool e um catalisador. As reações formam então ésteres e glicerol, que é separado.
O biodiesel pode utilizar-se em motores diesel, em mistura com o gasóleo na proporção de 5 a 30% ou puro. Também pode ser utilizado como geração de energia elétrica. As vezes exige pequenas transformações do motor de acordo com a percentagem de mistura e o fabricante/ modelo do motor.
Apesar de ser um combustível renovável, sua capacidade de produção é limitada pois depende das áreas agrícolas disponíveis (que terão, também, de ser usadas para fins alimentares) e portanto só poderá substituir, parcialmente, o gasóleo. O preço do biodiesel é elevado, novas tecnologias permitirão reduzir os custos da sua produção.
O biodiesel ainda esbarra em vários obstáculos, como a falta de regulamentação e os preços atuais do diesel derivado do petróleo. Estima-se que em breve teremos condições de gerar biodiesel correspondente a 8% de todo o diesel consumido.
Motores a óleo vegetal possibilitam uma redução de 11 a 53% na emissão de monóxido de carbono, os gases da combustão do óleo vegetal não emitem dióxido de enxofre, um dos causadores da chamada chuva ácida. O Brasil tem a preocupação em reduzir poluentes. Desde 1997 fazemos óleo diesel com menos partículas de enxofre.
Existem veículos que utilizam o biodiesel - quatro viaturas ligeiras e duas pesadas da Câmara Municipal de Lisboa, Portugal (mistura de 30%) e 18 autocarros da Carris (17 com mistura de 5% e 1 com 30%), ao longo de 6 meses e durante a Expo'98.
Vantagens do biodiesel:
O biodiesel é mais seguro do que o diesel de petróleo;
O ponto de combustão do biodiesel na sua forma pura é de mais de 300 F contra 125 F do diesel comum;
Equipamentos a biodiesel são, portanto, mais seguros;
A exaustão do biodiesel é menos ofensiva;
O uso do biodiesel resulta numa notável redução dos odores, o que é um benefício real em espaços confinados;
Tem odor semelhante ao cheiro de batatas fritas;
Não foram noticiados casos de irritação nos olhos;
Como o biodiesel é oxigenado, ele apresenta uma combustão mais completa;
Biodiesel não requer armazenamento especial;
O biodiesel na sua forma natural pode ser armazenado em qualquer lugar onde o petróleo é armazenado, e pelo fato de ter maior ponto de fusão é ainda mais seguro o transporte deste;
Biodiesel funciona em motores convencionais;
O biodiesel requer mínimas modificações para operar em motores já existentes;
É renovável, contribuindo para a redução do dióxido de carbono;
O biodiesel pode ser usado sozinho ou misturado em qualquer quantidade com diesel de petróleo;
Aumenta a vida útil dos motores por ser mais lubrificante;
O biodiesel é biodegradável e não tóxico.
Mamona e Biodiesel
A mamona (Ricinus communis - Euphorbiaceae) é uma planta existente nas regiões secas do Brasil. Está sendo utilizada como combustível renovável, ecologicamente correto, ajudando o sertanejo a ter uma fonte de renda e ter sobrevivência em épocas de estiagem.
O biodiesel extraído da mamona pode ser usado em qualquer motor, como os de tratores ou os de caminhões, sem nenhuma adaptação.
O biodiesel pode ser produzido a partir de todo óleo vegetal e até animal, como óleo de peixe. No caso do combustível feito a partir de óleo de mamona, que tem uma viscosidade maior, ele precisa ser misturado na proporção de 20% de biodiesel para 80% de diesel comum para ser usado. Na sua combustão, não há emissão das substâncias mais poluentes (que contêm enxofre), encontradas nos combustíveis fósseis. O biodiesel pode inclusive ser usado em geradores de energia, neste momento de escassez, ajudando a reduzir a importação de petróleo.
Depois de extraído o óleo, a sobra (chamada de torta ou farelo) ainda pode ser usada como ração animal. No caso da mamona, é preciso desintoxicar o farelo antes de transformá-lo em ração. É possível também transformar a madeira do caule em adubo. A mamona produz de 15 a 20 toneladas de madeira por hectare.
A intenção é produzir de 2000 a 3000 litros por dia de combustível dentro de 90 dias, mas ainda são necessários R$ 500 mil para concluir a instalação.
A Petrobrás comprometeu-se em 2006, a iniciar a produção do H-BIO, combustível feito a partir da mistura de óleo vegetal ao petróleo durante o processo de refino. As grandes vantagens são as de atrelar milhares de agricultores ao processo energético do País e de obter um novo combustível ecologicamente correto, pois não há mais emissão de enxofre. Intimamente ligado ao projeto do biodiesel, o governo aposta no H-BIO não só para diminuir as importações brasileiras de óleo diesel, mas também para ajudar os agricultores. Caso a experiência com a soja seja bem-sucedida, a Petrobrás poderá ampliar a mistura com outras oleaginosas, como mamona e o dendê.
O novo combustível promete mudar a matriz energética brasileira. Pode ainda vir a influenciar o mercado mundial de diesel mineral, altamente poluente. O Governo sonha até em mudar a matriz energética do mundo nos próximos anos.
Combustível de queima limpa, derivado de fontes naturais e renováveis, como os vegetais. Obtido principalmente de girassol, amendoim, mamona, sementes de algodão e colza, óleo de andiroba, mamona, babaçu e dendê. Utilizado em motores a diesel e na geração de energia elétrica. É uma fonte renovável, não é tóxico e aumenta a vida útil dos motores, é mais lubrificante. Experiências com andiroba, por comunidades isoladas da Amazônia, são utilizados para abastecer motores a diesel adaptados, para barcos e para geradores de eletricidade.
O biodiesel é uma mistura de óleos vegetais que são misturados ao diesel convencional, o combustível resultante reduz a emissão de gases na atmosfera.
Uma das fórmulas, não utiliza mamona, soja ou girassol, substituindo-as por borra de café, ela tem o nome de palmdiesel. O governo pretende tomar compulsória a mistura do biodiesel (5%), ao diesel entre 2008 e 2012, aumentando gradativamente.
O País não vai mais dormir com medo da guerra entre países que produzem petróleo nem com receio de o nosso acabar, mas sim vamos tratar de plantar mamona, soja e dendê para lutar pela independência de nosso País. O porcentual permitido desde dezembro de 2004, de misturar até 2% do biodiesel ao óleo diesel produzido pelo país significa 800 milhões de litros por ano do biodiesel. A mistura possibilitará uma economia de U$ 160 milhões por ano com a importação de petróleo. O País consome por ano 40 milhões de litros de óleo diesel.
O novo diesel chamado H-Bio, é resultado da adição de até 10% de óleo vegetal, pode ser de soja, algodão, girassol, mamona, dendê, palma ou outra semente oleaginosa, durante o processo de refino. O produto final tem as mesmas características do diesel 100% tirado do petróleo, com a diferença que tem menos enxofre em sua composição, é menos poluente e de melhor qualidade. A esse diesel, ainda será possível adicionar o biodiesel.
O H-Bio será mais barato do que o diesel importado. Hoje, o Brasil importa de 5 bilhões a 6 bilhões de litros de diesel por ano, já que a produção local não é suficiente para suprir toda a demanda. O barril do diesel custa US$ 90, enquanto um barril de óleo de soja sai a US$ 63,00.
Em 2007, três refinarias da Petrobrás, em Minas, no Rio Grande do Sul e no Paraná, começarão a produzir o H-Bio adicionando óleo de soja. A estimativa é que, a demanda do grão aumente em 1,2 milhões de toneladas. O entusiasmo do ministro se baseia no fato que, o Proálcool foi recebido com ceticismo e hoje o Mundo está atrás do etanol. O mesmo ocorrerá com o H-Bio.
Estados Unidos produz soja e pode se interessar pela tecnologia. A Europa poderá produzir o H-BIO, utilizando a colza. O biodiesel e o óleo vegetal são combustíveis biológicos e movem milhares de veículos na Alemanha. O óleo vegetal em estado natural é utilizado como combustível em motores (a diesel) desenvolvidos ou convertidos para esse fim.
O biocombustível é o novo paradigma da agricultura mundial, faltava algo para que o discurso se transformasse em realidade, a real articulação entre a indústria de petróleo e a agricultura. Foi o que a Petrobrás encontrou ao desenvolver o H-Bio. Não haverá problemas de abastecimento, caso a demanda por óleo de soja cresça de forma exagerada a partir do H-Bio. Exportamos mais de metade de nossa produção.
Situação diferente da do álcool, 95% da produção é consumida pelo mercado interno.
O cultivo de soja ocupa 25 milhões de hectares, há 90 milhões de terras agricultáveis, ocupadas com pastagens. Lembrando que, não é só o óleo de soja que pode ser utilizado para produzir o H-Bio. O cultivo de óleo de palma na Amazônia ganhará forte impulso com a nova tecnologia da Petrobrás.
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