Os investimentos em energia solar triplicaram de 2004 a 2007, ano em que recebeu quase US$ 30 bilhões.
Segundo relatório da ONU, fontes como eólica e solar receberam US$ 148 bilhões em 2007. Brasil, Índia e China são destaques.
O investimento global em energias renováveis ao longo de 2007 registrou crescimento de 60% em relação ao ano anterior, com US$ 148 bilhões aplicados no setor. O levantamento foi apresentado na terça-feira (1/7) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), no relatório Tendências Globais dos Investimentos em Energias Renováveis 2008.
De acordo com o levantamento, a energia eólica atraiu a maior parte dos aportes - US$ 50,2 bilhões de dólares. No entanto, o mercado que mais cresceu foi o de energia solar. O segmento recebeu cerca de US$ 28,6 bilhões, três vezes mais que em 2004.
China, Índia e Brasil são a bola da vez. Juntos, os três países receberam 22% dos investimentos mundiais, o equivalente a US$ 26 bilhões. Os aportes são 14 vezes maiores que os realizados em 2007. Enquanto China e Índia desenvolveram o setor de energia eólica, o Brasil tenta manter o cenário de renovável às custas de grandes hidrelétricas e etanol.
A matriz elétrica brasileira tem recebido a maior quantidade de energia nova a partir de térmicas fósseis, contrariando a tendência mundial de investimentos em energias renováveis apontada pelo relatório.
Mas há um forte movimento para mudar esse quadro. O encontro de energia eólica que reuniu os governadores nordestinos e o ministro de energia em meados de junho mostrou que tanto a iniciativa privada quanto o governo regional querem explorar o enorme potencial do Brasil para o desenvolvimento desse mercado.
O Greenpeace vem apresentando novos dados para promover o debate sobre uma matriz energética renovável e eficiente. A ONG publicou em maio o relatório A Caminho da Sustentabilidade Energética: como estruturar um mercado de renováveis no Brasil, o estudo aponta os obstáculos regulatórios que devem ser superados para que o país avance na expansão das energias limpas. Esse foi o segundo relatório sobre o tema lançado pelo Greenpeace. O primeiro, [R]evolução Energética, lançado em 2007, demonstra a viabilidade técnica e econômica para o Brasil construir uma matriz energética 88% renovável em 2050.
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