* Positivos: Reduz importações de petróleo; Desenvolve tecnologia nacional (exportada); Gera novos empregos diretos (bóia-fria) e indiretos (usinas e indústria automobilística); Mantém alto o índice produtivo da indústria automobilística; Vantagens aos usuários: IPVA (impostos), preço inferior ao da gasolina. Menos poluente, o mais indicado para os grandes centros.
* Negativos: Não nos liberta das importações, pois substitui somente a gasolina. Não substitui o diesel; Reduz espaços para cultivo de alimentos com a ampliação das lavouras canavieira (50% em 10 anos), provocando a alta dos preços ou obrigando a importação de alimentos; Aumento da área dos latifúndios e conseqüente redução do número de pequenas propriedades voltadas para os cultivos alimentares; Aumento no número de trabalhadores bóias-frias para trabalhar sazonalmente na colheita da cana; O governo continua privilegiando o transporte rodoviário individual e elitista (automóvel), em detrimento do modelo ferroviário, hidroviário, coletivo e econômico. Pós o 3o choque e o aumento da produção interna de petróleo nos campos da Plataforma Continental paralisaram o programa, custos sociais e pressões dos cortadores de cana e usineiros, levaram o governo a repensar o Proálcool.
Considerações importantes
* Usina de lucros
- Os negócios com álcool no Brasil movimentaram bilhões no ano passado.
- 2,9 bilhões de dólares com a venda de álcool para misturar na gasolina.
- 2,2 bilhões de dólares com a venda de álcool combustível.
- 2,2 bilhões de dólares com a venda de álcool combustível.
- 373 milhões de dólares para indústrias de alimentos, perfumes e cosméticos.
- 19 milhões de dólares com a venda de álcool como insumo para a indústria química.
- Total 6,2 bilhões de dólares.
* Os pontos fracos do Brasil
- Infra- estrutura deficiente. Maioria do transporte de álcool é feita por caminhão. Exportar grandes volumes a custo baixo, o país precisa construir dutos, investir em ferrovias, hidrovias e equipar os portos.
- O que pode tirar o país da liderança do comércio mundial de álcool.
- Baixo investimento em tecnologia. Por ano, o governo americano investe 350 milhões de dólares, a fundo perdido, em biotecnologia para aumentar a produção de álcool de milho. No Brasil, as pesquisas com cana estão restritas a algumas empresas privadas. O total investido por ano no país é cerca de 25 milhões de dólares.
- Falta de credibilidade. O preço do açúcar guia a produção de álcool, se o açúcar fica mais caro, o usineiro reduz a produção de álcool. Para se estabelecer como fornecedor global, a indústria precisa manter uma produção regular de álcool e formar estoques.
* Entusiastas do etanol
Várias lideranças americanas apostam no combustível verde.
- Hillary Clinton - A senadora democrata propôs no Congresso a aplicação de US$ 1 bilhão em pesquisas para duplicar a produção americana de álcool de celulose.
- George W. Bush - O presidente americano aumentou a isenção tributária do álcool, destinou meio bilhão de dólares a pesquisas e aposta no etanol como alternativo ao petróleo.
- George Soros - O mega investidor acaba de comprar uma usina de álcool em Minas Gerais por US$ 200 milhões.
- Bill Gates - O fundador da Microsoft investiu US$ 84 milhões na Pacific Ethanol, cuja ação subiu 500% antes mesmo de começar a produção.
- Sergey Brin e Larry Page - Os fundadores do Google visitaram uma usina em São Paulo e mostraram-se abertos a fazer investimentos no país.
- Um comercial exibido no Estado da Califórnia traz o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, citando o programa brasileiro de combustível alternativo (etanol) no qual o Estado deveria investir, informa o site da BBC Brasil. Clinton afirma: “Imagine se conseguíssemos ser independente do petróleo internacional. O Brasil conseguiu, fizeram mudanças nos carros, mudou para etanol, fabricado no próprio país e é 33% mais barato que a gasolina. Se o Brasil pode, a Califórnia também pode”.
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