sábado, 30 de julho de 2022

Energias sustentáveis: um caminho verde e renovável

Matrizes energéticas se renovam, se multiplicam e se tornam novas possibilidades de abastecimento.
As matrizes energéticas demonstram viabilidade todos os dias e direcionam o rumo que a geração de energia terá no planeta. A sustentável tem se sobressaído com vantagens espaciais e impactos mínimos.

Falar sobre energia renovável não é falar sobre futuro, mas sobre um presente cada vez mais presente. As matrizes energéticas, verdes ou fósseis, demonstram viabilidade todos os dias e, elas mesmas, direcionam o rumo que a geração de energia terá no planeta. A verde tem se sobressaído com vantagens espaciais, com responsabilidade socioambiental e com possibilidades infindáveis de produzir energia com impactos mínimos. E isso tem feito cada vez mais sentido.

No Brasil, a geração de energia via hidrelétricas corresponde a quase 70% do total, o que coloca o país como um forte consumidor de energias renováveis. Somando com outras fontes - eólica ou solar, produção a partir de biogás, biomassa, hidrogênio verde ou lixívia negra, por exemplo - o país tem mais de 80% de uso de energia verde.

Jullius Menino, consultor em Inovação e professor de Gestão Energética e Sustentabilidade, comenta que há necessidade crescente de migração para matrizes renováveis e que até 2050 a participação do Nordeste brasileiro na geração de energia renovável deverá superar 50% do total produzido.

Hoje, o abastecimento energético brasileiro é completado por usinas térmicas e incipientes instalações de usinas de energia nuclear. “O impacto ambiental da instalação de uma hidrelétrica entra em outra análise. Mas, além de esse tipo de construção não ocorrer há mais de 15 anos, devemos considerar que o impacto ambiental é menor que a construção de um gás natural”, pondera o professor de Engenharia do Centro Universitário UniFBV, Miguel Melo.

Melo explica ainda que o uso de biomassa - como casca de arroz e palha da cana-de-açúcar - vem ganhando espaço no Brasil nos últimos 30 anos. Há usinas de açúcar que se retroalimentam, usando o bagaço da cana para mover a produção. Há geração de energia, ainda, a partir de dejetos de animais, como galináceos, caprinos e ovinos. A energia renovável é considerada limpa - do outro lado estão as não renováveis, derivadas do petróleo (como a gasolina e o diesel), geradas por usinas térmicas movidas a gás natural e carvão. Seus rejeitos, como o CO2, têm prejuízos progressivos. É um dos inimigos, como se sabe, da camada de ozônio terrestre.

Segundo o biólogo Carlos Eduardo Oliveira, professor titular da Unit Pernambuco e doutor em tecnologias energéticas e nucleares, países europeus, basicamente, têm pouquíssimas hidrelétricas. “Então, a Europa se preocupou em buscar termelétricas, usinas nucleares. Mas também podemos citar a Holanda, que tem um parque de geração eólica em sua costa”, pontua. E ao se escolher a aposta energética, muito há de ser ponderado. Usinas nucleares, por exemplo, não jogam CO2 na atmosfera, mas um eventual acidente tem repercussões graves. E, como reforça o professor Miguel Melo, quando se fala em consequência para o planeta, não existe “jogar fora” e o lixo atômico, resíduos como urânio e plutônio, são perigosos para o meio ambiente.

Além do mais, há o custo da produção de energia a partir de cada uma dessas matrizes. No caso da conta do brasileiro, as bandeiras tarifárias indicam se e quanto foi necessário complementar no sistema de abastecimento. Quando os reservatórios de água estão baixos, o que tem acontecido muito nos últimos anos, é preciso lançar mão da energia térmica. E isso tem jogado os preços para o alto.

Segundo a Agência Internacional de Energia, o uso de painéis solares e aerogeradores podem alcançar produção energética em torno de 2,5 vezes maior que o poder de combustão de um hidrocarboneto, como gasolina.

Combustível do futuro

Segundo dados do Instituto Avançado de Tecnologia (IATI), o consumo global de energia deve crescer 50% até 2050, em média. Em países em desenvolvimento e economias emergentes, ainda mais: a alta projetada é de 70%. De acordo com o IATI, isso significa que alternativas como o hidrogênio verde (H2V) são absolutamente essenciais para uma transição energética bem sucedida, assim como para alcançar as metas climáticas internacionais. “A questão maior não é uma alarmada escassez das matrizes fósseis, mas a degradação que elas causam ao meio ambiente”, pontua Jullius Menino.

“Com o decorrer dos anos, para receber novos investimentos, vamos precisar de outras formas de geração de energia. A tendência é mundial e o Brasil não deve ficar de fora”, diz Carlos Eduardo de Oliveira. “Mesmo que haja lobby, o caminho não pode ser diferente. A população está mais atenta. Além disso, as questões ambientais também são lucrativas”, pontua Oliveira.

E as perspectivas para o H2V são prósperas. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), os métodos de obtenção do hidrogênio verde poderiam reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) em 830 milhões de toneladas por ano. Pernambuco, aliás, está nesse caminho, com projetos de produção de H2V para o Complexo Industrial Portuário de Suape. “Estamos trabalhando efetivamente no desdobramento de sete memorandos de entendimento (MoU) firmados junto às empresas interessadas em desenvolver e implantar unidades de produção de hidrogênio verde”, diz o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Carlos Cavalcanti.

 

“Além disso, 88% dos parques eólicos e solares que existem no país estão no Nordeste favorecendo uma alta competitividade para a região no suprimento de energia renovável no acionamento dos eletrolisadores para a produção do H2verde e amônia verde”, acrescenta Cavalcanti. (jc.ne10.uol)

Linha de transmissão encarece energia solar e eólica

Fontes aparecem com custos inferiores a outras em leilão, mas necessidade de conexão eleva valor de 100% a 147%.
Placas de captação de energia solar (embaixo) e turbinas eólicas (acima): fontes de energia exigem investimentos em transmissão para chegar aos consumidores.

O custo da energia eólica e solar parece muito menor do que é de fato. Mas será preciso investir em linhas de transmissão para levar a energia dessas fontes ao consumidor.

O custo adicional será R$ 38 bilhões nos próximos 4 anos, afirma Bruno Pascon, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), empresa de consultoria em energia.

Os investimentos necessários em linhas de transmissão de 2023 a 2027 serão de R$ 68 bilhões. Antes a previsão era de R$ 30 bilhões.

A diferença, na avaliação de Pascon, deve-se ao incremento na produção prevista de energia eólica e solar. A razão é que essas fontes de energia estão distantes dos grandes centros de consumo. É preciso instalar fios de alta tensão para levar a energia aos consumidores.

A CBIE fez o cálculo do valor real das fontes do leilão mais recente (27/05/2022). Incluem o investimento em transmissão e a eliminação dos descontos que existem no uso do sistema.

 A solar e a eólica haviam aparecido com economia de 37% sobre as pequenas hidrelétricas. Mas o cálculo da CBIE mostra que custam mais. O acréscimo é de 147% no caso da solar e de 100% no caso da eólica.

Essas fontes de energia não geram de modo constante. Dependem da disponibilidade de sol e vento. A energia solar tem um fator de médio de capacidade de 31%. A eólica, de 51%. Portanto, a eólica usa de forma mais eficiente as linhas de transmissão do que a solar. Isso explica o acréscimo menor no cálculo ao valor do leilão.

Linhas de transmissão facilitam transporte de energia solar, mas, encarece o custo final.

Foi leiloado também o fornecimento de energia de biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas. Mas na avaliação do CBIE, essas fontes não causarão necessidade de investimentos em transmissão além do que já está previsto. (poder360)

Investimento em energia solar pode revolucionar setor hoteleiro

O Brasil é um país com grande incidência de raios solares durante o ano todo. Essa característica é favorável à captação de energia solar, mas, para isso, são necessários grandes investimentos na implantação de tecnologias, as quais são capazes de reduzir as contas de luz em até 99%, segundo especialistas. Empresas do setor hoteleiro, como hotéis e pousadas, têm como a energia elétrica o seu maior custo de operação, principalmente no período de alta temporada, quando o fluxo de pessoas aumenta, assim como o consumo. A instalação de placas fotovoltaicas pode tornar essas empresas mais competitivas no mercado e aumentar seus lucros.

Os raios solares são uma fonte de energia inesgotável, sustentável e limpa. Como todo o território brasileiro recebe luz solar em abundância, o país possui grande potencial de produção de energia solar. Atualmente, a matriz energética brasileira é majoritariamente composta por hidrelétricas, e estas, por sua vez, são frequentemente afetadas pela seca. A solução imposta pelas companhias de energia é a utilização de termelétricas para compensar os baixos reservatórios de água e a baixa produção de energia, acarretando em um aumento das tarifas.

As empresas do ramo hoteleiro são gravemente afetadas por esse sistema, pois suas operações dependem da energia elétrica, sobretudo nas épocas de maior quantidade de hóspedes para o pleno funcionamento de ares-condicionados e elevadores, por exemplo. A procura por alternativas mais econômicas e ambientalmente responsáveis pode levar à adoção dos painéis solares, que conferem grandes vantagens para os negócios.

As tecnologias que permitem a captação dos raios solares são custosas e requerem um grande planejamento para serem implementadas. Apesar do elevado gasto em capital, especialistas apontam que o retorno sobre o investimento (ROI) pode ser atingido em 5 anos, e em alguns casos, apenas 3. Além disso, alguns bancos e instituições financeiras contam com linhas de crédito destinadas a investimentos de infraestrutura e energia para empresas, que podem auxiliar na instalação das placas fotovoltaicas.

Ao tornar-se sustentável, a empresa se destaca no mercado, podendo captar uma maior quantidade de clientes, pois o perfil atual de consumidores preocupa-se mais com o meio ambiente e opta por serviços de qualidade que contam com esse diferencial. Outro benefício é que, em algumas regiões, o governo local apoia essas iniciativas e gratifica negócios sustentáveis e que utilizam fontes de energia renováveis.


A adoção dessa tecnologia ainda permite abaixar os custos operacionais das empresas de hotelaria, aumentando seu lucro por diárias e tornando possível oferecer descontos e promoções com maior frequência, fidelizando clientes. É possível, também, realizar investimentos para ampliar o estabelecimento, como a contratação de mais funcionários, gerando vagas de emprego para o setor.

Para implementar um sistema de energia solar, é preciso contratar profissionais capacitados ou empresas especializadas nesse tipo de serviço. Através de uma avaliação e estudo do negócio, o especialista pode solucionar dúvidas, explicar com mais detalhes o que é e como funciona a energia solar, elaborar um projeto que atenda a demanda do estabelecimento e, sobretudo, regularize os registros com a distribuidora de energia que opera na região. (folhageral)

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Eólica registra 14.167 MW, 1º recorde de geração instantânea do ano

Eólica registra 14.167 MW, o primeiro recorde de geração instantânea do ano.
Montante foi suficiente para atender 123,2% da demanda do Nordeste.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou o primeiro recorde de geração eólica instantânea de 2022. De acordo com o Operador, dados apontam que a fonte foi responsável por produzir 14.167MW de energia em 08/07/2022, sendo suficiente para atender todo o Nordeste, durante um minuto, e ainda sobrar mais de 23,2%.

Ainda segundo o ONS, a força do vento ganhou a companhia dos raios solares. Em 12/08/2022 às 10h28, foi registrada a geração instantânea de 2.963MW, montante equivalente a 27,5% da demanda de todo o subsistema Nordeste daquele minuto. (canalenergia)

Energia solar continua batendo recorde de produção

Este patamar deve aumentar nos próximos anos, visto que os sistemas solares estão sendo instaladas em telhados brasileiros.

O setor fotovoltaico não para de bater metas e já se tornou um dos mais promissores geradores de energia para o Brasil do futuro. Conforme a Agência Nacional de Energia Solar (Aneel), o Brasil já supera a marca de 5 gigawatts (GW) de energia produzida utilizando somente placas solares. Ainda de acordo com recentes pesquisas, microprodutores e domínios comerciais já representam mais de 2 GW de energia produzida a partir do Sol, e as tendências só apontam para um futuro cada vez mais verde. Estima-se que a produção deve ultrapassar 140 GW até 2040.

Este patamar deve aumentar nos próximos anos, visto que os sistemas solares estão sendo instalado em telhados brasileiros, o que vai contribuir para aumentar o percentual produtivo de energia fotovoltaica. Recentemente, o Brasil registrou a marca histórica de 1 milhão de sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). São mais de 10,6 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil.

Na visão da Absolar, 2022 poderá ser o melhor ano da energia solar já registrado no Brasil desde 2012, com o maior crescimento do mercado e do setor na última década. De acordo com análise da entidade, a geração própria de energia solar seguirá crescendo a passos largos e deverá praticamente dobrar sua potência operacional instalada, impulsionada pelos aumentos nas tarifas de energia elétrica acima da inflação e pela publicação da Lei n.º 14.300/2022.

A SOL Copérnico, empresa que nasceu visando praticar a sustentabilidade, democratizar a geração e o consumo de energia renovável no Brasil, sempre reitera o compromisso de fomentar negócios sustentáveis e a criação de uma cadeia produtiva “verde”. Tem um foco em ESG desde a concepção e prática estes princípios diariamente.

Segundo a Absolar, a tecnologia solar fotovoltaica já está presente em mais de 5.480 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná.

A fonte solar lidera com folga o segmento, com mais de 99,9% das instalações do País. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, com 77,6% das conexões. Em seguida, aparecem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (12,5%), consumidores rurais (7,7%), indústrias (1,9%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%).

Os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar, com 45,4% da potência instalada no País, seguidos de perto pelos pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (32,3%), consumidores rurais (13,7%), indústrias (7,4%), poder público (1,1%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%). (esbrasil)

Mitos e verdades sobre energia solar

Com a difusão do uso da energia solar a partir de 2012 é comum que surjam dúvidas sobre esta tecnologia. Algumas informações são propagadas sem nenhuma fundamentação técnica e podem levar os consumidores a incorrerem em concepções equivocadas. Neste artigo, pontuaremos 6 (seis) mitos e verdades sobre aspectos que permeiam o setor.

1 - Energia Solar reduz a conta de energia

Verdade! Dependendo da quantidade de placas instaladas na edificação, a economia na conta de energia pode chegar a 95%. O ideal é que sempre se consulte uma empresa especializada.

2 - Energia Solar “zera” a conta de energia

Mito! Ainda que o cliente contrate uma quantidade de placas capaz de gerar mais energia do que o que ele precisa, mesmo assim não é possível zerar a conta de energia. A taxa de iluminação pública e a taxa de disponibilidade são valores que não tem como serem excluídos da conta.

3 - Energia solar é perigosa

Mito! Se forem utilizados todos os protocolos de segurança e os equipamentos de proteção adequados o sistema não oferece risco. Para tanto é importante que o projeto e a instalação sejam feitos por profissionais especializados. 

4 - Energia solar não impede a falta de energia na residência

Verdade! Nos sistemas conectados à rede simples, ao faltar energia na rede da concessionaria, o sistema de energia solar também sai de operação. A razão tem relação com a segurança, uma vez que se o sistema continuasse gerando energia para a rede poderia ocasionar acidente em quem estivesse trabalhando na mesma.

5 – Não compensa investir em energia solar

Mito! O tempo de retorno do investimento é em média de 3 anos. Poucos investimentos têm um retorno tão bom assim. O sistema funciona em torno de 25 anos. Várias instituições possuem linhas de financiamento para energia solar. Em algumas situações é possível pagar a parcela do financiamento apenas com o que se economiza na mensalmente com a conta de energia.

6 – Energia solar valoriza o imóvel

Verdade! A instalação de um sistema de energia solar valoriza a edificação. Importante verificar o projeto antes da instalação para verificar a adequação do posicionamento das placas à arquitetura da edificação.

Agora que você já conhece algumas das principais mentiras contadas sobre sistemas fotovoltaicos, preste sempre atenção quando ouvir alguma dessas informações.

E então, você me ajuda nessa, espalhando a linguagem da energia de uma forma correta? Temos que difundir as energias renováveis com propriedade e ética, para que assim, as pessoas confiem e façam a adesão a esta ideia!

Lembre-se, a energia fotovoltaica tem o potencial para fazer parte da vida de muitas pessoas. (cidadeverde)

terça-feira, 26 de julho de 2022

União Europeia faz plano ‘massivo’ de energia verde

União Europeia faz plano ‘massivo’ de energia verde para evitar uso de gás russo.

Ideia é facilitar transição energética para fontes renováveis, em meio às reiteradas sanções contra Moscou, segundo Comissão Europeia.
Comissão divulga plano de US$ 220 bilhões para cortar a dependência dos combustíveis fósseis fornecidos pela Rússia.

A União Europeia divulgou em 18/05/2022, um plano de $ 210 bilhões para acabar com sua dependência de combustíveis fósseis russos até 2027. A estratégia da comissão é acelerar a transição de países europeus para a energia verde.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, principal fornecedor de gás da Europa, levou a União Europeia a repensar suas políticas energéticas. Em meio às reiteradas sanções impostas ao Kremlin, os países europeus decidiram romper a dependência dos combustíveis fornecidos pelo país governado por Vladimir Putin.

Antes da guerra, a Rússia fornecia 40% do gás do bloco e 27% de seu petróleo importado. Para afastar os países desses combustíveis, Bruxelas propôs um plano de três frentes: importação de mais gás de outros fornecedores, implantação mais rápida de energia renovável e mais esforços para economizar energia.

Lançando metas ambiciosas, a Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, propôs que os países do bloco obtenham 45% da energia a partir de fontes renováveis ​​até 2030, substituindo sua proposta atual de 40%.

Isso faria com que a UE mais do que dobrasse sua capacidade de energia renovável para 1.236 gigawatts até 2030, e seria auxiliada por uma lei que simplifica a implementação de projetos eólicos e solares.

Os 27 Estados-membros da união planejam investir na nova política energética em torno de $ 210 bilhões até 2027 e $ 300 bilhões até 2030. Esses valores não incluem a verba destinada ao cumprimento da meta climática do bloco em 2030, que contempla $ 86 bilhões para energia renovável, $ 27 bilhões para infraestrutura de hidrogênio, $ 29 bilhões para redes elétricas e $ 56 bilhões para economia de energia e bombas de calor.

A Comissão recomendou que os países do continente financiem as medidas usando o “fundo de recuperação Covid-19” de 800 bilhões de euros disponibilizados pela união. O plano irá passar pela aprovação dos países e legisladores da UE.

Em uma corrida para cortar o fornecimento de gás russo em curto prazo, espera-se que a demanda da Europa em relação à Rússia caia 30% até 2030. Por enquanto, os países dependem do combustível para aquecer residências, fornecer energia à indústria e produzir eletricidade.

O chanceler alemão Olaf Scholz fala com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen  na cúpula do Mar do Norte sobre energia eólica offshore no porto de Esbjerg, oeste da Dinamarca, em 18/05/2022.

Turbina eólica no parque eólico Horns Reef na Dinamarca, à cerca de 20 km do porto de Esbjerg. A Dinamarca, líder mundial na produção e consumo de energia eólica, construiu o maior parque eólico offshore do mundo no Mar do Norte.

Vista aérea de um campo com turbinas eólicas na Bélgica.

Vista geral de painéis solares para produzir energia renovável no parque fotovoltaico em Les Mees, nos  Alpes em Haute-Provence, sul da França.

Unidade de produção de hidrogênio em uma estação de distribuição da Hysetco antes de sua inauguração em junho, em Paris, 11/05/2022.

Turbinas eólicas no mar em Dronten, na Holanda.

Represa de Lac des Dix em Pralong, próximo de Sion, no sul da Suíça. A hidrelétrica atende a mais da metade das necessidades energéticas da Suíça. À medida que os verões secam e as geleiras que ajudam a acionar turbinas com a água do degelo.

Trabalhadores instalando painéis solares no telhado do Centro de Exposições Palexpo em Genebra, O Partido Verde Suíço apresentou sua estratégia para a eliminação da energia nuclear e para uma reviravolta de energia sustentável.

A usina hidrelétrica de Verbund Greifenstein, na Áustria, com capacidade de 293 megawatts. A usina do rio Danúbio gera 1,7 bilhão de quilowatts-hora por ano.

Turbinas eólicas no "Energiepark Druiberg" em Dardesheim, Alemanha.

Painéis solares da fazenda Labarde em Bordeaux, sudoeste da França, em 12/05/2022.

Usina Geotérmica de Svartsengi na Islândia. A Lagoa Azul, originalmente um lago natural aquecido que gera energia para à região.

- A fazenda solar de 140.000 painéis solares está localizada em um antigo aterro e é a maior fazenda solar urbana da Europa.

Usina termosolar Torresol Energy Gemasolar, em Fuentes na Andaluzia, próximo à Sevilla, sul da Espanha.

Parque eólico Horns Reef na Dinamarca, país líder mundial na produção e consumo de energia eólica. (veja.abril)

Aposta da transição energética: hidrogênio verde

Climatempo apresenta grande aposta da transição energética: hidrogênio verde.
O hidrogênio verde surge como uma alternativa de armazenamento, sendo possível transportá-lo para qualquer lugar.

Baseado na necessidade de reduzir os impactos ambientais causados especialmente pelo gás carbônico, foi criado o conceito de “Descarbonização”, tema discutido desde o RIO 92, e que ganhou força na COP Japão em 1997 com o Protocolo de Quioto. O novo Boletim da Climatempo, que já está disponível na Biblioteca do Portal CanalEnergia, traz à tona que ao mesmo tempo que os seres humanos são responsáveis por parte desse aumento de Gases de Efeito Estufa (GEE), é importante identificar formas de melhorar ou minimizar os efeitos causados por essas elevadas emissões, como por exemplo, o efeito estufa e, consequentemente, as mudanças climáticas.

De acordo com o informativo, para colocar em prática o conceito de descarbonização do planeta, tem-se investido em maneiras de gerar energia carbono zero através da transição energética. O hidrogênio surge como alternativa de carbono zero, sendo o elemento mais abundante na natureza e possui grande capacidade de armazenar energia, logo, é considerado como um grande potencial para o mercado energético. Pode ser obtido a partir de fontes renováveis ou não renováveis, classificando-o em diferentes cores, entre eles o hidrogênio verde, sendo a opção mais sustentável e ecológica.

Hidrogênio verde: vários países lideram a produção do "combustível do futuro".

A Climatempo destaca que o hidrogênio dificilmente é encontrado em sua forma natural na natureza, pois ele flutua para cima e para fora da atmosfera, desta forma, encontra-se combinado a outros átomos. Sua produção pode ser realizada de diversas maneiras e provinda de variadas fontes. No entanto, este processo demanda alta quantidade de energia, e muitas vezes, os métodos utilizados para tal são inviáveis em termos ambientais e econômicos.

O hidrogênio verde surge como uma alternativa de armazenamento, sendo possível transportá-lo para qualquer lugar que seja necessário, inclusive ser comercializado para outros países que precisem.

Para saber mais detalhes sobre o esse boletim ou de todos os outros, acesse o portal da Climatempo e nossa Biblioteca, além de acompanhar as novidades, toda quarta-feira, ao vivo, no CanalEnergia Live. (canalenergia)

domingo, 24 de julho de 2022

Plataforma de eficiência energética é disponibilizada pelo MME

Ferramenta apresenta mais de 200 instituições que trabalham com o tema no governo, indústria, academia e sociedade civil.

Ministério de Minas e Energia (MME) lançou em 07/07/22, a plataforma Quem é Quem da Eficiência Energética no Brasil, contendo informações de mais de 200 entidades governamentais, industriais, da academia e sociedade civil que trabalham com o tema no país.

A ferramenta foi desenvolvida por meio de um trabalho de cooperação entre Brasil e Alemanha, com objetivo de divulgar dados atualizados sobre entidades que atuam no campo da eficientização, facilitando a busca por instituições e profissionais qualificados.

O acesso às pesquisas pode ser feito a partir de 4 filtros: setor público, setor privado, academia e sociedade civil. Em cada um desses grupos, estão listadas as instituições correspondentes, com uma breve descrição, principais projetos realizados e informações de contato.

A iniciativa é a versão digital da publicação de mesmo nome, lançada pelo MME em parceria com a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, no âmbito do Projeto Sistemas de Energia do Futuro.

Plataforma ajuda a preparar e avaliar projetos de eficiência energética. (canalenergia)

UFSC produzirá hidrogênio como fonte de armazenamento de energia

Parceria entre a Universidade e a Cooperação Técnica Alemã investe na fabricação de H2V a partir de energia solar fotovoltaica.

A Cooperação Técnica Alemã (na sigla alemã GIZ – Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) vai investir R$ 12 milhões para a produção de energia elétrica, hidrogênio e amônia verdes no laboratório do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (Fotovoltaica -UFSC). O hidrogênio produzido será utilizado como fonte de armazenamento de energia elétrica e na produção de amônia que servirá de adubo para agricultura na própria universidade. A iniciativa faz parte do projeto H2Brasil da GIZ, que, em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME), trabalha pela expansão do mercado de hidrogênio verde no país.

Descoberta forma de produzir hidrogênio sem gasto de energia.

O investimento será utilizado na realização de obras no laboratório universitário, compra e adequação de equipamentos e treinamentos técnicos profissionais até final de 2023. A previsão é de que o potencial máximo de geração seja de 4,1 Nm3/h (normal metro cúbico por hora de hidrogênio verde) e produção máxima de 1 kg/h de amônia. A produção diária vai depender da irradiação solar e consequentemente da geração fotovoltaica de cada dia.

De acordo com a Universidade, o laboratório da UFSC desenvolve pesquisas em geração solar fotovoltaica, armazenamento de energia e mobilidade elétrica desde 1997 e possui o gerador solar fotovoltaico conectado à rede elétrica mais antigo do Brasil. Além disso, é um dos principais centros de pesquisa em energia solar fotovoltaica do país; foi construído e é mantido principalmente com recursos públicos e tem estreitos laços de cooperação com a Alemanha, promovendo o intercâmbio de pesquisadores entre os dois países e capacitando recursos humanos qualificados para atender à demanda crescente em tecnologias sustentáveis. Nesse contexto, estão previstos intercâmbios de alunos e professores entre instituições de ensino e pesquisa da Alemanha e Brasil e as instalações serão disponibilizadas também a outras instituições de ensino e pesquisa.

Hidrogênio Renovável (H2)

As aplicações do hidrogênio verde vão desde sua utilização em células a combustível para a geração de eletricidade para qualquer aplicação, incluindo os veículos elétricos, até a produção de amônia verde e combustíveis sintéticos para a aviação. A tecnologia do hidrogênio verde promete uma revolução na descarbonização da matriz energética mundial, substituindo combustíveis fósseis e reduzindo assim a poluição ambiental e as mudanças climáticas ocasionadas pela emissão de gases de efeito estufa. (canalenergia)

LATAM adota veículos elétricos em solo no aeroporto de Confins

LATAM adota veículos elétricos em operação de solo no aeroporto de Confins.

Projeto-piloto desenvolvido em parceria com a Real Aviation e a BH Airport reduzirá emissão em 114 toneladas de CO2 por ano.
A LATAM está utilizando 100% de energia elétrica em suas operações de solo. Em 28/06/2022 a companhia iniciou a operação de Ground Handling, equipamento que utiliza 100% de energia elétrica em vez de diesel, e está sendo usado em pelo menos 50% dos voos da empresa em Belo Horizonte/Confins (o equivalente a 10 voos diários). A iniciativa fará a LATAM deixar de emitir 114 toneladas de CO2 nos próximos 12 meses no aeroporto mineiro.
Com investimento de mais de R$ 30 milhões, o projeto-piloto foi desenvolvido em parceria com Real Aviation e BH Airport. A ação está conectada com a estratégia de Sustentabilidade do grupo LATAM, anunciada em 2021. No pilar de Mudanças Climáticas, o grupo tem como meta ser uma companhia 100% carbono neutro até 2050.
Enquanto a LATAM investiu na exclusividade e priorização de parceiros que oferecem soluções mais sustentáveis para atender ao seu compromisso, a Real Aviation investiu na compra dos equipamentos de Ground Handling. Para atender 10 voos diários da LATAM, foram comprados cinco equipamentos 100% elétricos, sendo um rebocador, dois tratores de bagagens e duas esteiras para carregamento de bagagens.
Já a BH Airport investiu em infraestrutura para oferecer os pontos de energia para o carregamento desses equipamentos do Ground Handling, como a construção de uma subestação e a instalação de equipamentos próprios para suportar a operação. (canalenergia)

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Solar e eólica testarão 80,18 MW de capacidade instalada

EOL Tucano VI recebe liberação de 6,2 MW para operação comercial.

A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou para operação em teste, a partir de 15/07/2022, das unidades geradoras da UFV Luzia 2, UFV Janaúba 2 e EOL Oitis 2, que juntas somam 80,18 MW de capacidade instalada.

Para operação comercial a Aneel liberou a UG4 da EOL Tucano VI, com 6,2 MW, localizada na Bahia.

As liberações foram publicadas no Diário Oficial da União de 15/07/2022. (canalenergia)

RJ e White Martins firmam parceria com foco em hidrogênio verde

Estado do Rio de Janeiro e White Martins firmam parceria com foco em hidrogênio verde.

MoU prevê a inserção do hidrogênio e outras fontes de energia como componente estratégico da matriz energética fluminense.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais (SEDEERI) do Rio de Janeiro e a White Martins assinaram um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) com o objetivo de avaliar o desenvolvimento e/ou a implementação de projetos da cadeia do hidrogênio verde no Rio de Janeiro. Trata-se de um acordo que pretende unir a expertise da companhia e o potencial energético do estado.

“A White Martins tem uma equipe dedicada ao desenvolvimento de negócios na área de hidrogênio verde que trabalha de forma integrada com os centros de pesquisa e de engenharia da Linde. Esta é uma área estratégica para a companhia que está apta a investir em projetos de hidrogênio verde no Rio de Janeiro e em todo o Brasil”, disse o presidente da White Martins, Gilney Bastos.

O MoU prevê a inserção de outras fontes de energia, tal qual o hidrogênio, como componente estratégico da matriz de energia fluminense, alinhado com as premissas mundiais de transição energética e sustentabilidade. A formalização do memorando tem como finalidade estabelecer relações colaborativas entre as duas instituições com o intuito de promover o desenvolvimento econômico e regulatório regional na cadeia de óleo, gás e energia. Além disso, a parceria contribui com o processo de descarbonização, ao proporcionar o aumento da participação de fontes renováveis na matriz energética do estado do Rio de Janeiro e da Região Sudeste, principal polo industrial do Brasil.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Cássio Coelho, o governo do Rio vem criando mecanismos de apoio e incentivo para viabilizar a implementação de projetos de hidrogênio verde. “Faz parte da estratégia do governo inserir outras fontes de energia limpa e renovável, como o hidrogênio, como componente estratégico da matriz de energia fluminense, alinhado com as premissas mundiais de transição energética e sustentabilidade. Esta é uma fonte que é considerada a próxima fronteira energética e uma alternativa para a descarbonização da economia no estado”, afirma o secretário.

Segundo a companhia, outros projetos de hidrogênio verde estão sendo avaliados pela White Martins e incluem também a assinatura de Memorandos de Entendimento com os governos do Ceará e Rio Grande do Sul, em 2021, para realizar estudos de viabilidade para a possível construção de plantas de hidrogênio verde. Em 2022, a companhia assinou um memorando com o complexo portuário Porto do Açu, no Rio de Janeiro, com este mesmo objetivo. (canalenergia)