O custo da energia eólica e
solar parece muito menor do que é de fato. Mas será preciso investir em linhas
de transmissão para levar a energia dessas fontes ao consumidor.
O custo adicional será R$ 38
bilhões nos próximos 4 anos, afirma Bruno Pascon, diretor do CBIE (Centro
Brasileiro de Infraestrutura), empresa de consultoria em energia.
Os investimentos necessários
em linhas de transmissão de 2023 a 2027 serão de R$ 68 bilhões. Antes a
previsão era de R$ 30 bilhões.
A diferença, na avaliação de Pascon, deve-se ao incremento na produção prevista de energia eólica e solar. A razão é que essas fontes de energia estão distantes dos grandes centros de consumo. É preciso instalar fios de alta tensão para levar a energia aos consumidores.
A CBIE fez o cálculo do valor real das fontes do leilão mais recente (27/05/2022). Incluem o investimento em transmissão e a eliminação dos descontos que existem no uso do sistema.
A solar e a eólica haviam aparecido com
economia de 37% sobre as pequenas hidrelétricas. Mas o cálculo da CBIE mostra
que custam mais. O acréscimo é de 147% no caso da solar e de 100% no caso da
eólica.
Essas fontes de energia não
geram de modo constante. Dependem da disponibilidade de sol e vento. A energia
solar tem um fator de médio de capacidade de 31%. A eólica, de 51%. Portanto, a
eólica usa de forma mais eficiente as linhas de transmissão do que a solar.
Isso explica o acréscimo menor no cálculo ao valor do leilão.
Foi leiloado também o fornecimento de energia de biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas. Mas na avaliação do CBIE, essas fontes não causarão necessidade de investimentos em transmissão além do que já está previsto. (poder360)
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