A CTG Brasil segue imbuída em
sua estratégia de diversificar o portfólio hídrico e deve anunciar nos próximos
meses novos investimentos em parques de geração eólica e solar, disse o
vice-presidente corporativo da companhia, José Renato Domingues, durante
apresentação no segundo dia do Enase 2022, evento promovido pelo Grupo
CanalEnergia/Informa Markets no Rio de Janeiro.
O executivo ressaltou que
acredita muito nos potenciais de crescimento do Brasil e que o investimento
nesse ano nas fontes complementares ampliará a atuação da empresa em relação
aos atuais dez estados brasileiros onde possui ativos, focando principalmente
em projetos na Bahia e Minas Gerais.
“Transição energética é nosso
core bussiness, em ter no mundo só fontes a partir da água, sol e vento, além
de todo arcabouço tecnológico e de eficiência que buscamos nas operações”,
resume, afirmando que as grandes companhias têm o dever de discutirem pontos
importantes e trazerem perspectivas para o setor.
A geradora opera atualmente
14 usinas hidráulicas e possui participação em 11 parques eólicos. Nesse ano
abriu uma consulta no Rio Grande do Norte para o hidrogênio verde, tendo
recebido projetos relacionados a todos os pontos da cadeia do vetor. “Não basta
ter a energia para o H2, mas sim a eletrólise e infraestrutura para produção e
escoamento”, ressalta.
Outro processo mais recente realizado junto ao SENAI foca no armazenamento, tanto por baterias atuais como químicas e físicas, mas também olhando as usinas reversíveis no futuro.
Geradora opera 17 usinas hídricas, participações em 11 parques eólicos e mira novos projetos na Bahia e Minas Gerais.
Mercado livre
Já na parte de
comercialização, o grande desafio do ponto de vista regulatório e operacional
para Domingues é fazer com que a experiência do consumidor melhore nos próximos
anos, com potenciais para digitalização e experiência de compra da energia.
Para ele nesse ponto o segmento ficou para trás em relação a outros, como o de
Telecomunicações. “Estamos mais ou menos como estava o setor de Telecom há 20
anos”, avalia.
Segundo o VP as plataformas
digitais, estão prontas e o que é precisa no momento é uma regulação bem
desenhada para que as trocas e serviços entre os agentes aconteçam da forma
mais rápida e segura possível. No caso o ambiente digital da empresa está
pronto desde abril do ano passado e objetiva levar à companhia ao próximo passo
no ACL, com expectativa de olhar entre 150 mil e 200 mil empresas entrando nesse
mercado, um consumidor que não é final, mas que certamente irá mudar o perfil e
forma de fazer negócios.
“Discutimos
contratos por dias, através das áreas jurídicas dos clientes, o que irá mudar
radicalmente, além de ter um cliente que está acostumado a comprar utilities em
quatro cliques e que precisa continuar tendo essa experiência de usuário”,
comentou.
Sobre a aprovação do PL 414, o executivo destacou que a celeridade do processo irá concorrer com a agenda parlamentar de festas juninas, recesso em julho e início do período eleitoral em agosto, sem contar a Copa do Mundo no fim do ano, mas que não deve atrapalhar tanto o trabalho dos deputados e a responsabilidade da Câmara.
Como última mensagem, Domingues disse que a conjuntura atual do setor aponta para uma exigência de cooperação de outros setores, como o petroleiro e offshore para a eólica e o hidrogênio verde, que podem colocar o país no mercado global de energia, o que irá exigir preço, eficiência e competitividade. (canalenergia)
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