terça-feira, 30 de janeiro de 2024

O papel do setor elétrico na descarbonização da economia brasileira

Se vamos investir para ampliar a nossa capacidade instalada de geração, devemos buscar formas de aumentar forma significativa a demanda.
O setor elétrico é um dos mais importantes e estratégicos setores de infraestrutura da economia brasileira, em função da sua transversalidade, por estar presente em todas as cadeias produtivas de bens e serviços e por garantir o bem-estar da sociedade brasileira.

Descarbonização do Setor de Energia no Brasil

Principais conclusões

1. Para o setor de transportes no curto prazo há um maior potencial do etanol, cuja produção poderá ser impulsionada pela plantação de cana energia e pelo etanol de segunda geração. Para o médio/longo prazo, há alto potencial da eletrificação no mercado brasileiro, impulsionada pela matriz elétrica de baixa emissão, de diesel verde, combustível de aviação sustentável (SAF) e hidrogênio/amônia de baixo carbono.

2. As emissões do gasto energético do setor industrial e de produção de combustíveis representaram 6% das emissões brasileiras, que acumularam 128 milhões de toneladas de CO2 equivalente (MtCO2) em 2019. As cinco atividades industriais com maior impacto nas emissões do setor (cerca de 70% do total) são: i) Exploração de petróleo e gás natural; ii) Refino de petróleo; iii) Indústria química; iv) Produção de cimento; e v) Produção de ferro gusa e aço.

3. O gasto energético proveniente de edificações comerciais, públicas e residenciais representou, em 2019, 7% das emissões do setor de energia, com 30 MtCO2e ao ano, das quais 90% são derivados da parcela residencial. As principais formas de descarbonizar o setor de edificações são i) Eficiência Energética, voltada aos materiais e técnicas de arquitetura; ii) Autoprodução de energia elétrica focado em sistemas solares fotovoltaicos; iii) Energia solar para aquecimento térmico da água; e iv) Motores elétricos de maior rendimento em eletrodomésticos.

4. A geração de eletricidade representou 13% das emissões do setor energético em 2019, com uma intensidade de emissões de cerca de 87gCO2e/kWh. Esses níveis de emissão são bastante inferiores à referência global, que é próxima de 475 gCO2e/kWh. Isso acontece devido à alta participação de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, principalmente hidrelétrica. Nesse contexto, o maior desafio para o setor elétrico será o de expandir para conseguir responder a demanda de outros setores que apresentam processos de difícil descarbonização, e fazer isso sem aumentar sua parcela de fontes fósseis na matriz.

O processo de transição energética para alcançar a descarbonização da economia brasileira até 2050: desafios e oportunidades.

Este estudo apresenta uma discussão detalhada sobre os caminhos para a descarbonização do setor energético brasileiro. O relatório é subdividido nos setores de Transportes, Indústria, Edifícios e Eletricidade, baseando-se nas categorias consideradas pelo Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa.

Nesse sentido, este relatório/estudo busca elucidar o contexto geral do tema e, de certo modo, levantar hipóteses a serem aprofundadas em esforço de pesquisa ampliado.

Brasil pode liderar o processo de descarbonização da economia no mundo.

Finalmente, merece destaque que a implementação das medidas apresentadas para descarbonização poderá ser incentivada a partir de políticas governamentais. No caso de opções que já apresentam viabilidade econômica, como determinadas ações de eficiência energética, o papel do governo poderá se restringir a definição de linhas de crédito especificas, de modo a incentivar a tomada de decisão da empresa ou indivíduo. Já com relação a tecnologias que ainda não apresentam viabilidade econômica, a medida mais eficaz considerada seria a definição de um preço sobre carbono. Com o alto potencial brasileiro para a produção de recursos renováveis, um pequeno preço já seria o suficiente para causar impactos significativos na intensidade de carbono na economia do país. (emaisenergia)

domingo, 28 de janeiro de 2024

Novo sistema fotovoltaico permite captar energia solar durante a noite

A energia solar fotovoltaica não funciona à noite, porém existem duas soluções para isso: utilizar um banco de baterias que armazena a energia para ser usada quando não há geração ou ter o sistema conectado à rede distribuidora, que fornece energia à noite.

Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA, desenvolveram uma nova célula de energia solar capaz de gerar eletricidade durante a noite. O dispositivo incorpora um gerador termoelétrico, que pode extrair energia elétrica da pequena diferença de temperatura entre o ar ambiente e o próprio painel fotovoltaico.
Pesquisadores da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo sistema capaz de coletar energia solar sem interrupções (24 horas/dia, 7 dias/semana), quebrando os limites teóricos de todos os dispositivos fotovoltaicos disponíveis atualmente.

Segundo os cientistas, essa nova abordagem permite que a captação da luz do Sol supere o chamado limite termodinâmico, ou seja, o valor máximo absoluto teoricamente possível de eficiência que um sistema possui para converter energia solar em eletricidade.

“Essa tecnologia diminuiu os limites existentes entre a quantidade de energia solar que pode ser colhida e a que é realmente aproveitada, uma vez que a geração de eletricidade é restrita apenas ao período diurno, quando o Sol fornece sua capacidade máxima”, explica o professor de engenharia mecânica Bo Zhao, coautor do estudo.

Limite de Landsberg

Nos sistemas termo fotovoltaicos tradicionais, conhecidos como STPVs, a parte frontal da camada voltada para o Sol é projetada para absorver todos os fótons presentes no espectro. Desta forma, a energia solar é convertida em energia térmica, elevando a temperatura da camada intermediária.

O problema é que o limite de eficiência termodinâmica dos STPVs — historicamente conhecido como corpo negro — é de 85,4%, um valor muito inferior ao chamado limite de Landsberg, que determina que a capacidade máxima de eficiência para captação de energia solar pode chegar a 93,3%.

“Nossa abordagem torna possível os STPVs não recíprocos, que utilizam uma camada intermediária capaz de suprimir substancialmente a energia que volta para o Sol, canalizando todo o fluxo de fótons para a célula e atingindo o limite de Landsberg para aumentar a eficiência energética dos painéis fotovoltaicos”, acrescenta Zhao.

Energia solar durante a noite

Segundo os pesquisadores, os novos sistemas termo fotovoltaicos podem ser acoplados a uma unidade de armazenamento de energia térmica, tornando possível a geração de eletricidade limpa mesmo durante a noite, ou em períodos em que o céu permanece constantemente encoberto, principalmente no inverno.

Novo Painel Solar Pode Gerar Energia Durante a Noite

Engenheiros da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, descobriram como gerar energia durante a noite.

Isso permitiria o desenvolvimento de usinas fotovoltaicas mais eficientes, capazes de coletar energia solar ininterruptamente para abastecer regiões mais afastadas ou para suprir a carência de eletricidade em redes de abastecimento já saturadas pelo aumento constante de consumo.

“Além de ter uma eficiência muito maior, esses sistemas termo fotovoltaicos prometem compactação e despachabilidade, ou seja, uma geração de eletricidade que pode ser programada sob demanda com base nas necessidades do mercado, evitando desperdícios de energia limpa”, encerra o professor Bo Zhao.
Imagem mostra como a nova tecnologia pode ser usada nos próximos anos.

Pesquisadores descobrem como gerar energia solar durante a noite.

Cientistas australianos fizeram um grande avanço na tecnologia que gera energia “solar noturna”. (canaltech)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Sistema residencial tem aumento de 10% na geração de energia solar

Sistema residencial obtém aumento de 10% na geração de energia com painéis full-screen
Cliente investe em tecnologia da DAH Solar que evita o acúmulo de poeira nas bordas; usina proporciona economia de R$ 900 mensais.
Planta está localizada em uma residência no Mato Grosso do Sul. Um cliente residencial, localizado na cidade de Dourados (MS), recebeu a instalação de um sistema fotovoltaico com módulos full-screen que estão proporcionando um aumento de 10% na geração de energia.

De acordo com o engenheiro Germano Caires, proprietário da Evo Brasil Energia, empresa responsável pelo projeto, a utilização dessa tecnologia impacta diretamente na eficiência do sistema.

“Com o não acúmulo de poeira nas bordas após chuva é nítido perceber que a usina vem tendo um aumento na performance”, destacou Caires, acrescentando que o cliente está ainda obtendo uma economia de aproximadamente R$ 900 mensais na conta de luz com a usina solar.

“Inclusive, com o valor economizado, o cliente está investindo em melhorias no imóvel e adição de ar condicionado para mais conforto térmico na residência”, ressaltou.

Painéis full-screen de 555 W da DAH Solar utilizados no projeto.

Mais detalhes do projeto

No total, a usina de 6,66 kWp, instalada em outubro de 2023, possui 12 painéis solares da DAH Solar de 555 W e três micros inversores Hoymiles de 2 kW.

“Além de um aumento na geração comparado com outros módulos do mercado, temos a vantagem na manutenção. Como não tem acúmulo de poeira nas bordas, a limpeza, além de mais fácil, é mais rápida, trazendo agilidade para a nossa equipe de manutenção. Tudo isso proporciona ao cliente final mais segurança que a usina terá vida longa”, enfatizou o engenheiro.

“Eu, particularmente, gosto de oferecer aos nossos clientes o que há de melhor no setor, atrelando os módulos full-screen aos micros inversores para poder potencializar ainda mais a geração do projeto”, concluiu.

Módulo full-screen da DAH Solar reduz o risco de hot-spot.

Módulo full-screen aumenta geração de energia em até 8,71%

Tecnologia patenteada globalmente da DAH Solar possui capacidade de autolimpeza dos painéis solares. (canalsolar)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Brasil tem potencial para liderar a produção de combustível sustentável

O Brasil conta com uma ampla matriz energética renovável e um agro que utiliza das fontes renováveis para geração de energia.

Assista ao vídeo: https://youtu.be/gleTF0eRWGc.
O Brasil tem grande potencial para liderar a produção de combustível sustentável, principalmente a partir de biomassa e resíduos do setor agropecuário. A biomassa de cana-de-açúcar já representa 15,4% da oferta interna de energia no país, sendo a maior parcela entre as fontes renováveis.

No entanto, esse potencial ainda é subaproveitado. Apenas 17% da capacidade instalada no setor sucroenergético está em operação. Além disso, outras culturas agrícolas, como o milho, a soja e a canola, também fornecem biomassa que pode ser aproveitada para a produção de biocombustíveis.

Para acelerar a transição energética, é preciso aumentar a produção de biocombustíveis e diminuir a dependência dos combustíveis fósseis. O Brasil tem condições de fazer isso, contando com uma ampla matriz energética renovável e um setor agropecuário competitivo.

Brasil tem potencial para liderar a produção de combustível sustentável.

A importância da pesquisa agropecuária

A pesquisa agropecuária tem um papel fundamental para o desenvolvimento do setor de biocombustíveis. A Embrapa, por exemplo, está trabalhando no desenvolvimento de variedades de cana com melhores teores para a produção de etanol de segunda geração.

O etanol de segunda geração é produzido a partir da biomassa residual da cana-de-açúcar, como a palha e o bagaço. É um biocombustível de alto valor agregado, que pode substituir o diesel e o querosene de aviação.

Além disso, a Embrapa também está pesquisando o uso de outras culturas agrícolas para a produção de biocombustíveis, como o milho, a soja e a canola.

Os desafios da transição energética

A transição energética para a produção de combustível sustentável enfrenta alguns desafios, como a logística de transporte e armazenamento dos biocombustíveis. No caso do bioquerosene, por exemplo, é preciso encontrar formas de produzir e distribuir esse combustível em larga escala.

Outro desafio é o custo dos biocombustíveis, que ainda é superior ao dos combustíveis fósseis. Para tornar os biocombustíveis mais competitivos, é preciso reduzir os custos de produção.

O Brasil como líder mundial

O Brasil tem potencial para se tornar um líder mundial na produção de combustível sustentável. O país tem uma ampla matriz energética renovável, um setor agropecuário competitivo e um forte setor de pesquisa agropecuária.

Com o apoio do governo e da iniciativa privada, o Brasil pode acelerar a transição energética e contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Algumas recomendações para o avanço da transição energética no Brasil

• Aumentar os investimentos na pesquisa agropecuária para o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de biocombustíveis.

• Promover a diversificação da produção de biocombustíveis, incluindo culturas agrícolas além da cana-de-açúcar.

• Desenvolver políticas públicas que incentivem a produção e o uso de biocombustíveis.

(planetacampo)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Brasil tem potencial para liderar a transição energética

O Brasil como líder mundial

O país tem uma ampla matriz energética renovável, um setor agropecuário competitivo e um forte setor de pesquisa agropecuária. Com o apoio do governo e da iniciativa privada, o Brasil pode acelerar a transição energética e contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Brasil pode liderar agenda de biocombustíveis essencial para transição energética global.

O Brasil reúne as melhores condições para ser um dos maiores produtores de energia sustentável, pois, além da extensão territorial, possui um excelente regime de incidência solar, de ventos, produção de etanol e disponibilidade de água

Recentemente, São Paulo registrou um “apagão” de energia. Primeiro pelo elevado consumo devido ao calor extremo que sobrecarregou o sistema de energia, posteriormente, as chuvas torrenciais deixaram sem luz vários municípios do interior do Estado, bem como inúmeros bairros da capital paulista.

Também recente, foi o registro do primeiro voo transatlântico (Londres – Nova York) da empresa Virgin Atlantic (Richard Branson), utilizando combustível sustentável de aviação (SAF, em inglês), composto de 88% de gorduras residuais e de 12% de açúcares vegetais.

Em 30/11/23 teve início em Dubai (Emirados Árabe Unidos) a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima de 2023, a chamada COP 28, que tem por objetivo debater e propor soluções concretas para abrandar os efeitos do aquecimento global.

O protagonismo do Brasil na transição energética

A pergunta que não quer calar é: o que esses eventos bem distintos têm em comum? A resposta que une os acontecimentos citados é a palavra energia.

Desde a descoberta do fogo, passando pela Revolução Industrial e ao alvorecer da Inteligência Artificial, a humanidade tornou-se dependente da energia para a sua sobrevivência e qualidade de vida. O caso de São Paulo confirmou essa afirmação.

O possível exaurimento das fontes de energia não renováveis e o seu impacto no clima decorrente do seu expressivo consumo, conduziram a busca de fontes alternativas sustentáveis com o menor choque ambiental.

Nesse sentido, o Brasil reúne as melhores condições para ser um dos maiores produtores de energia sustentável, pois, além da extensão territorial, possui um excelente regime de incidência solar, de ventos, produção de etanol e disponibilidade de água.

Assim, por exemplo, regiões do semiárido, consideradas inviáveis sob o ponto de vista econômico, porém com elevada incidência de insolação solar, poderiam se tornar uma expressiva fonte produtora de energia fotovoltaica visando à promoção de um salto de qualidade de vida para os habitantes locais, fruto da exploração dessa energia renovável.

Por fim, voltando os olhos para a COP 28, o que chama atenção é que seu anfitrião é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Percebe-se, então, que sua adesão a esse evento tem um olhar futurista, que sem abandonar a sua principal riqueza (o petróleo), já constrói as bases da sua possível substituição. Fica a dica para todos nós! (ecodebate)

sábado, 20 de janeiro de 2024

Expansão das renováveis vive melhor ritmo em três décadas

Expansão das renováveis vive melhor ritmo em três décadas, diz AIE

Adições globais de energia solar e eólica subiram 50% em relação a 2022, atingindo 510 GW e recordes no Brasil, China, EUA e Europa, mas financiamento para economias emergentes e em desenvolvimento ainda é um gargalo.
A capacidade global para as energias renováveis está vivendo seu maior ritmo de expansão das últimas três décadas, segundo um novo relatório publicado pela Agência Internacional de Energia (AIE). O crescimento apontado é de 50% no ano passado, atingindo quase 510 GW e com a fonte solar respondendo por três quartos das adições em todo o mundo. O maior incremento foi da China, com resultados semelhantes ao somatório de todo planeta em 2022, enquanto as implementações de aerogeradores aumentaram 66% em termos anuais. Europa, Estados Unidos e Brasil também atingiram recordes históricos na ampliação da potência instalada.

A análise é a primeira mais abrangente das tendências globais de implantação desses tipos de projetos desde a conclusão da conferência COP28 em Dubai, durante em dezembro. O levantamento indica que sob as políticas e condições de mercado existentes, é esperado que as tecnologias verdes cresçam para 7.300 GW até 2028, um volume considerado pela entidade como ‘uma oportunidade real’ de alcançar o objetivo de triplicar a capacidade até 2030, meta estabelecida na conferência sobre alterações climáticas no mês passado.

De acordo com a pesquisa, os painéis fotovoltaicos e as turbinas eólicas são responsáveis por 95% da expansão, ultrapassando o carvão para se tornarem a maior fonte de produção de eletricidade no mundo no início de 2025. Entretanto, apesar do crescimento sem precedentes nos últimos 12 meses, são precisos mais esforços, como maior aproximação com os governos, sobretudo para soluções de financiamento em países emergentes ou em desenvolvimento. Além desse mote e da triplicação das renováveis, o pacto firmado na COP28 fala em duplicar a eficiência energética, reduzir as emissões de metano e abandonar os combustíveis fósseis.
Projeção aponta que painéis fotovoltaicos e aerogeradores cresçam para 7.300 GW até 2028 (AIE).

Desafios e caminhos

Para a AIE, o sucesso desses movimentos varia significativamente conforme cada região e tecnologia. Num caso apresentado, a implementação mais rápida de políticas impulsionaria o crescimento da capacidade renovável 21% acima da previsão principal. Mas para países em desenvolvimento isso significaria enfrentar desafios como a incerteza política num ambiente econômico frágil, investimento insuficiente em infraestruturas de rede para acomodar maiores quotas de energia limpa, além das barreiras administrativas que atrasam os projetos.

Nas economias emergentes avançadas e de grande dimensão, o acesso ao financiamento, uma governança forte e quadros regulamentares robustos são fatores tidos como essenciais para reduzir o risco e atrair recursos, incluindo o estabelecimento de novas metas e políticas em nações onde ainda não existem.

Em seu trabalho publicado, a agência nutre expectativas de que a implantação da energia fotovoltaica e eólica onshore até 2028 mais que duplique nos Estados Unidos, União Europeia, Índia e Brasil na comparação com os últimos cinco anos. Um bom indicativo é o preço dos módulos diminuindo quase 50% no ano passado em relação a 2022, com reduções de custos e implantação. Assim, a capacidade de produção global deverá atingir 1.100 GW até ao final de 2024, excedendo significativamente a procura.

Em contrapartida, a indústria dos aerogeradores fora da China enfrenta um ambiente mais desafiador, devido a uma combinação de perturbações contínuas na cadeia de abastecimento, custos mais elevados e longos prazos de licenciamento, que exigem uma maior atenção política.

Brasil

A América Latina adicionará mais de 165 GW de capacidade de energia renovável de 2023 a 2028. Quatro mercados representam 90% das adições da região e o Brasil e de longe o líder com 108 GW. Bem atrás vem o Chile (25 GW), México (10 GW) e Argentina (4 GW). As implementações diminuem ao longo do período de previsão devido ao crescimento mais lento por aqui, o maior mercado da região. A energia hidrelétrica representou mais da metade das adições entre 2011 e 2016, mas desde então caiu significativamente e representará apenas 5% daqui prá frente.

No Brasil, que representa quase 90% dos quase 50 GW de adições de energia solar para a América Latina, acordos bilaterais no mercado livre permitiram mais de 85% das adições de energia solar e eólica em geração centralizada no período de previsão. Na Argentina, até 80% das adições são provenientes de PPAs corporativos, enquanto a maioria das adições no Chile se dá através de PPAs corporativos ou projetos comerciais.

Hidrogênio e biocombustíveis

O relatório também fornece uma verificação sobre a dinâmica por trás do hidrogênio verde, avaliando quantos projetos anunciados têm probabilidade de avançar. De todos firmados nesta década, espera-se que apenas 7% da potência proposta esteja operacional até 2030. O ritmo lento derivaria de uma decisão de investimento combinado com o apetite limitado dos compradores, além do aumento da produção custos. Para convencer plenamente os investidores, a visão é de que os anúncios ambiciosos terão de ser seguidos de políticas consistentes de apoio à demanda.

No ano que passou, o papel dos biocombustíveis também ganhou destaque. Nas economias emergentes, lideradas pelo Brasil e Índia, a perspectiva é de um impulsionamento de 70% da procura global nos próximos 5 anos, à medida que esse tipo de insumo começa a mostrar o seu verdadeiro potencial em setores difíceis de descarbonizar, como o de aviação. No entanto o relatório mostra que esse movimento não está acontecendo com rapidez suficiente, sendo necessário um aumento significativo na procura até 2030 para alinhar os biocombustíveis a um caminho de menos emissões.

(canalenergia)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Painéis solares chineses traz queda de 42% nos preços em 2023

Painéis solares chineses desafiam o mercado com queda de 42% nos preços em 2023.

A dinâmica do mercado solar está sendo sacudida por uma reviravolta impressionante: uma queda acentuada de 42% nos preços dos painéis solares provenientes de empresas chinesas ao longo do último ano.

Relatório recente da Wood Mackenzie revela que, em dezembro/23, o preço médio desses painéis atingiu apenas US$ 0,15 por watt.
Energia solar é mais barata que a geração de energia convencional.

A dinâmica do mercado solar está sendo sacudida por uma reviravolta impressionante: uma queda acentuada de 42% nos preços dos painéis solares provenientes de empresas chinesas ao longo do último ano. O relatório recente da Wood Mackenzie revela que, em dezembro, o preço médio desses painéis atingiu apenas US$ 0,15 por watt. Em comparação, os painéis solares de fabricação indiana, europeia e americana foram cotados a US$ 022, US$ 0,30 e US$ 0,40 por watt, respectivamente.

O motor por trás dessa mudança radical, de acordo com a Wood Mackenzie, é a liderança indiscutível das empresas fotovoltaicas chinesas na indústria solar global. Sua presença dominante, combinada com tecnologia avançada, custos competitivos e uma cadeia de suprimentos robusta, é apontada como a força propulsora desse fenômeno.

Sun Huaiyan, assessor sênior da Wood Mackenzie, destaca: “O crescimento da fabricação solar na China foi impulsionado por margens elevadas para o polissilício, atualizações tecnológicas e pela expansão da fabricação local nos mercados internacionais”.

Prevê-se que a China mantenha uma fatia impressionante de mais de 80% da capacidade global em toda a cadeia de fornecimento de painéis solares a partir deste ano, graças à notável vantagem de custo oferecida por suas placas solares.

Apesar das políticas governamentais robustas em mercados internacionais impulsionarem a fabricação local de energia solar, ainda não conseguiram competir em termos de custo com o fornecimento chinês, observa a Wood Mackenzie. Especialistas instam outros países a promoverem aplicações comerciais em suas indústrias fotovoltaicas, buscando alcançar a mesma escala observada na China.

A Wood Mackenzie projeta que mais de um terawatt de capacidade de wafer, célula e módulo entrará em operação até o final deste ano. Isso sugere que a capacidade da China será mais do que suficiente para atender à demanda global anual até 2032, considerando as previsões de crescimento anual da demanda.

Sun destaca: “A China continuará a liderar a cadeia de fornecimento solar global e ampliará a lacuna tecnológica e de custos com os concorrentes”.

Crescimento de 42% na exportação de células solares

Os números de células solares exportadas pela China aumentaram mais de 42% nos primeiros 11 meses do ano passado em relação ao ano anterior, embora seu valor tenha subido apenas 1%, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas da China.

Até 30/11/23 a capacidade instalada de geração de energia da China era de aproximadamente 2,85 bilhões de quilowatts, representando um aumento de 14% em relação ao ano anterior, segundo a Administração Nacional de Energia. Dessa capacidade, cerca de 560 milhões de quilowatts correspondem à capacidade instalada de geração de energia solar, um aumento de 50% no período.

A China lidera a inovação em tecnologias de células solares, com um total de 126.400 pedidos de patentes, ocupando o primeiro lugar no mundo, conforme relatório da CCTV, citando dados do Escritório Estatal de Propriedade Intelectual.

Cui Fan, professor na Escola de Negócios Internacionais e Economia da Universidade de Negócios Internacionais e Economia, alertou para o efeito do mercado interno, destacando que a conexão entre o tamanho do mercado de um país e suas exportações não é considerada nos modelos comerciais baseados apenas em vantagem comparativa. Ele ressaltou: “Uma grande demanda doméstica promoverá indústrias a ocupar mais demanda externa”, indicando que isso é uma razão crucial para a vantagem exportadora da indústria de novas energias da China. (exame)

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

SENAI RN lança-faculdade de energias renováveis

Faeti marca extensão da unidade potiguar do SENAI do setor e ficará sediada em Natal/RN.
Senai-RN lança Faculdade de Energias Renováveis dia 15/01.

Rodrigo Mello afirma que curso trará uma nova perspectiva de ensino direcionada para a indústria.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RN) lançou em 15/01/24, a primeira Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais do Brasil (Faeti). A instituição, que vai iniciar as atividades com o curso de Engenharia Mecânica, funcionará em Natal, com formação profissional, inovação e pesquisa aplicada para a atividade. A portaria de credenciamento da instituição de ensino foi publicada pelo Ministério da Educação em agosto do ano passado. No lançamento, serão apresentados os detalhes sobre formas de ingresso, número de vagas, processo seletivo e início das aulas.

De acordo com Rodrigo Mello, diretor regional do Senai-RN e da Faeti, a ideia é criar mão de obra qualificada para acompanhar o crescimento da indústria de energias renováveis, sobretudo no Rio Grande do Norte, que lidera a geração de energia eólica no País. “Nos próximos anos deveremos abrir o curso de engenharia elétrica, já nesse primeiro ano deveremos abrir algumas pós-graduações. A ideia é atender com a melhor qualidade possível um nicho de profissionais da área de tecnologia muito prontos para o desenvolvimento de suas atividades na indústria”, diz.

Rodrigo ressalta que a Faculdade não vem, necessariamente, para preencher uma lacuna frente a outras instituições de ensino. No entanto, ela traz uma outra perspectiva de ensino direcionada à inserção na indústria local. “O foco, o direcionamento, durante os cinco anos nos cursos serão as atividades de energia renovável. Abriremos com um único curso. Não temos a intenção de formar milhares de pessoas. A Faeti é uma faculdade do Senai e o Senai é o órgão criado pela indústria para trabalhar para indústria, desenvolvendo soluções para a empresa industrial”, diz.

E continua: “Nesse sentido pretendemos formar sempre poucas pessoas, certamente essas pessoas terão uma alta aderência no seu conhecimento com a necessidade do parque industrial do Rio Grande do Norte, mas virão pessoas do Nordeste e de outras partes do Brasil e isso vai gerar um nível de ocupação dessas pessoas através do emprego, através do empreendedorismo, assim como vários outros cursos que o Senai tem voltados para o setor de energias. Isso interessa muito à sociedade”.

SENAI-RN lançou primeira faculdade de energias renováveis e tecnologias industriais do Brasil em 15/01/24.

A portaria que credencia a Faculdade – a primeira com esse perfil criada no País – foi publicada quase um ano após a emissão de parecer favorável da Secretaria de Regulação do Ensino Superior e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), vinculados ao Ministério. A Faculdade será instalada no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do Senai-RN, em Natal, complexo que, na área de energia, já sedia o CTGAS-ER e o ISI-ER.

A Faeti foi apresentada a partir das 8h, no Hub, em cerimônia para convidados, em 15/01/24. A programação incluirá entrevista coletiva e palestra. Participam do evento o diretor regional do Senai-RN e da faculdade, Rodrigo Mello, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) e do Conselho Regional do Senai-RN, Roberto Serquiz, e o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ex-presidente da Fiern e idealizador da Faeti, Amaro Sales de Araujo.

Além de apresentações sobre a Faeti, a programação contará com palestra do engenheiro e empresário Sérgio Azevedo, CEO da Dois A Engenharia, que também preside a Comissão Temática de Energias Renováveis (Coere/Fiern), o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RN) e Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do RN (Siprocim-RN). Ele abordará a importância da tecnologia, geração de talentos, transição energética, energias renováveis e descarbonização.

Azevedo esteve envolvido na construção de complexos de geração de energia eólica nos estados da Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco e Ceará. Estes projetos resultaram em quase 8 Gigawatts (GW) de capacidade instalada de um total de 26 GW existentes no Brasil até 2023.

Investimentos

O investimento no ensino superior se soma às demais frentes de atuação do SENAI na educação, área em que, nos primeiros sete meses do ano, registrou 16.240 matrículas em cursos diversos.

Com relação aos serviços relacionados a Soluções de Tecnologia e Inovação oferecidos ao mercado foram 1.604 atendimentos, abrangendo um total de 386 empresas, de diferentes portes, em áreas como metrologia, Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação. (tribunadonorte)

domingo, 14 de janeiro de 2024

EDP ES moderniza iluminação de hospital universitário

Custos serão pagos com recursos do Programa de Eficiência Energética da concessionária, que está com inscrições abertas até 16/02/2024.

A EDP Espírito Santo vai modernizar a iluminação do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, em Vitória (ES). A unidade foi contemplada na Chamada Pública – categoria Poder Público – do Programa de Eficiência Energética da concessionária. Com investimento de R$ 223 mil, a iniciativa inclui a substituição de luminárias ineficientes por tecnologia LED e a implementação de uma usina fotovoltaica com capacidade de 49 kWp, a partir de 108 placas solares, que serão instaladas no telhado do hospital.

O objetivo da modernização é promover maior eficiência e sustentabilidade à instituição com as melhorias no sistema elétrico do local. O projeto, além de proporcionar uma iluminação mais eficiente, visa gerar uma economia de energia estimada em até 70,69 MWh/ano, equivalente ao consumo médio anual de 29 residências.

Nova iluminação melhora o ambiente do hospital universitário de Vitória

A distribuidora também está com inscrições abertas para a Chamada Pública do Programa de Eficiência Energética no Espírito Santo. O investimento previsto é de R$ 7 milhões, em projetos com aplicação neste ano. O objetivo é incentivar propostas que contribuam com a conservação e o uso racional da energia elétrica em unidades consumidoras públicas e privadas, localizadas em sua área de concessão. Os interessados em participar podem acessar o edital de abertura, bem como realizar o cadastro no site. (canalenergia)

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Seara usa energia solar em 55 das granjas integradas

Resultado é ainda muito mais expressivo quando consideradas apenas unidades produtoras de aves em 2023, sobretudo nãos parceiros do Rio Grande do Sul.
Seara alcança 55% de adoção de energia solar em granjas integradas

Companhia incentiva parceiros no processo de transição energética por meio de bonificações e intermediação de financiamentos para a compra e instalação de placas fotovoltaicas.

Granja integrada da Seara em Tangará da Serra-MT.

A Seara, parte do Grupo JBS e especializada em alimentos à base de proteínas de aves e suínos, relatou que 55% de suas granjas de produtores integrados já haviam adotado a energia solar até o fim de 2023, percentual que aumenta para 60% especificamente nas granjas avícolas.

Destacam-se as regiões de Trindade do Sul (RS) e Salvador do Sul (RS), com taxas de adoção de 92% e 96%, respectivamente.

Para incentivar essa transição, a companhia oferece bonificações e intermedia financiamentos com juros reduzidos para a compra e instalação de placas fotovoltaicas. Além disso, desenvolveu um conjunto de critérios de sustentabilidade necessários para a concessão desses bônus aos parceiros. Esse esquema engloba não apenas a instalação de fontes renováveis de energia, mas também a gestão adequada de resíduos sólidos e a adesão às regras de bem-estar animal. Aqueles que aderem a essas normas podem receber incentivos de até 35% do valor total.

“A iniciativa tende a se pagar em até três anos, permitindo que o que antes entrava apenas na linha de custo passe a ser incorporado como margem pelo produtor. Então, é uma solução que, além de ser mais sustentável, também é interessante economicamente para o negócio dos integrados”, destaca Vamiré Luiz Sens Júnior, gerente-executivo de Agropecuária da Seara.

Na Seara, 55% das granjas de produtores integrados já utilizam energia solar

A implantação de placas fotovoltaicas nas granjas vem sendo incentivada pela empresa.

Na Seara, empresa da JBS entre as líderes mundiais na produção de alimentos à base de proteínas de aves e suínos, o ano de 2023 foi encerrado com uma marca expressiva: 55% das granjas de produtores integrados da marca já fazem uso de energia solar em suas instalações.

O resultado é ainda mais representativo quando consideradas apenas as granjas produtoras de aves, em que a utilização atingiu 60% no final de 2023.

Em certas regiões, os números são muito impactantes: entre os integrados de Trindade do Sul (RS), a adoção de placas fotovoltaicas ultrapassou 92% das granjas, já entre as unidades fornecedoras da região de Salvador do Sul (RS), o uso bateu os 96%.

A implantação de placas fotovoltaicas nas granjas vem sendo incentivada pela Seara, seja por meio de bonificação para aqueles produtores que realizam a migração para o uso de energia solar, seja pela intermediação de financiamentos para compra e instalação dos equipamentos, com juros reduzidos.

“O custo da energia elétrica participa de maneira impactante no processo de produção da integração, sendo importante a busca de alternativas para reduzi-lo. A tecnologia fotovoltaica é uma opção que agrega competitividade à atividade, atribuindo redução de custo e aumento de margens dos produtores. Estudos mostram que o gasto com eletricidade é o terceiro maior custo em uma granja produtora de frango de corte, a transição para o modelo fotovoltaico pode representar uma economia de até 90% na conta de luz”, afirma, em nota, José Antônio Ribas, diretor-executivo de Agropecuária da Seara.

“Atualmente, com o aumento de fornecedores, maior disponibilidade e domínio da tecnologia fotovoltaica no mercado, somados a um incremento anual do custo da energia elétrica nas concessionárias, muitas vezes, incentivado por crises de escassez hídrica, as linhas de créditos “Verdes” que possuem taxas de juros mais atrativas, representam um investimento que se mostra cada vez mais competitivo”, destaca Vamiré Luiz Sens Júnior, gerente-executivo de Agropecuária da Seara.

“A iniciativa, tende a se pagar em até três anos, permitindo que o que antes entrava apenas na linha de custo, passa a ser incorporado como margem pelo produtor. Então, é uma solução que além de ser mais sustentável, também é bastante interessante economicamente para o negócio dos integrados”, complementa Vamiré.

A Seara possui um check list que baliza a política de bonificação para parceiros integrados de aves e suínos. Além de critérios de adequação estrutural e de procedimentos, o check list também contempla itens de Sustentabilidade, que são responsáveis por até 35% do valor total da bonificação.

Entre os critérios ESG, além da instalação de fontes de energia renováveis nas granjas, como placas fotovoltaicas, também constam a implementação de programa para identificação, separação e destinação correta de resíduos sólidos; e a adoção da íntegra das regras de bem-estar animal. As granjas que são aderentes aos três itens passam a ter direito à bonificação.

Seara cria bônus ESG para granjeiro que instalar painéis solares

A implementação de critérios de sustentabilidade no check list foi um movimento importante para a JBS. O incentivo à utilização de fontes renováveis de energia pelos produtores integrados contribui com o objetivo Net Zero da empresa e será importante para permitir as reduções das emissões do escopo 3, que estão na cadeia de valor da companhia. (canalenergia)

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Moto que funciona com agua promete fim da dependência da gasolina

Curiosidades sobre a NX 200 movida a água power H2O.

Revolução na mobilidade: moto que funciona com agua promete fim da dependência da gasolina.

Revolução na mobilidade: moto que funciona com água promete ‘fim’ da dependência da gasolina, isso é verdade?

A promessa desta moto inovadora revela uma tecnologia capaz de extrair hidrogênio da água para utilizá-lo como combustível, revolucionando o conceito de mobilidade sustentável. De acordo com informações, o equipamento de eletrólise altamente eficiente instalado nesta moto é o cerne desta inovação.

Moto movida à água

Uma inovação surpreendente no setor de transporte: uma motocicleta que funciona exclusivamente com água, ‘promete’ ser capaz de percorrer mais de 1.000 km com um único tanque.

A promessa desta moto inovadora revela uma tecnologia capaz de extrair hidrogênio da água para utilizá-lo como combustível, revolucionando o conceito de mobilidade sustentável.

De acordo com informações, o equipamento de eletrólise altamente eficiente instalado nesta moto é o cerne desta inovação. Ele deveria extrair o hidrogênio contido na água, que é então utilizado como combustível. Esta abordagem elimina a necessidade de armazenar hidrogênio em tanques de alta pressão, uma vez que apenas o hidrogênio necessário é extraído. E além disso, o sistema de segurança da motocicleta desativa a geração de hidrogênio em caso de acidentes, evitando o risco de explosões.

Assista ao vídeo: https://youtu.be/wJeqvJ8SsB0

Descoberta de como fazer uma moto andar e funcionar 100% a água.

Consulta com engenheiros e especialistas

A ideia de uma moto movida a água, que supostamente funcionaria como uma fonte autossustentável de energia, é frequentemente abordada no contexto de inovações na mobilidade. No entanto, é importante analisar essa ideia sob a luz das leis da física e da engenharia.

Primeiramente, é essencial compreender que toda máquina, para funcionar, precisa de uma fonte externa de energia. Essa energia é convertida pelo motor em trabalho útil, mas há sempre perdas no processo, principalmente devido a fatores como atrito e calor. Por exemplo, em um motor de combustão interna tradicional, apenas cerca de 25% da energia proveniente da gasolina é efetivamente utilizada para mover o veículo; o restante é perdido principalmente em forma de calor.

No caso de uma moto que supostamente funcionaria com água, a ideia geral seria a de que a água poderia ser decomposta em hidrogênio e oxigênio através de eletrólise, e o hidrogênio seria então utilizado como combustível. Entretanto, a eletrólise requer energia elétrica, e essa energia precisa vir de alguma fonte externa. Não é possível, segundo as leis da termodinâmica, que a moto gere mais energia do que a energia que recebeu inicialmente para iniciar a eletrólise.

Portanto, a ideia de uma moto movida a água que produziria hidrogênio suficiente para se autopropulsionar e ainda gerar energia excedente é cientificamente inviável. Tal conceito violaria a primeira e a segunda leis da termodinâmica, particularmente o princípio de que não é possível criar ou destruir energia, apenas transformá-la, e que nenhum sistema pode ser 100% eficiente devido a perdas inerentes, como o atrito e a dissipação de calor.

Nada de gasolina para a motocicleta (Power H20) que funciona apenas com água.

Dessa forma, uma moto que funcione exclusivamente com água e seja capaz de produzir sua própria energia de forma contínua e autossustentável, sem necessidade de um combustível externo, não é viável com o atual entendimento das leis da física e da engenharia. Motores que utilizam hidrogênio como combustível são uma área de pesquisa, mas o hidrogênio utilizado nesses casos ainda precisa ser produzido e armazenado de forma tradicional, usando energia de fontes externas. (clickpetroleoegas)

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Vendas de carros elétricos bate recorde em 2023

Eletrificados superam previsões e fecham o ano com 94 mil emplacamentos, com os modelos plug-in consolidando nova tendência no mercado.
As vendas de veículos leves eletrificados bateram todas as previsões da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e terminaram 2023 com 93.927 emplacamentos, crescimento de 91% sobre as vendas de 2022 (49.245).

Venda de carros elétricos dobra no Brasil em 2023 e bate recorde

Segundo Associação Brasileira do Veículo Elétrico, só em dezembro, foram 16 mil unidades vendidas; automóveis plug-in superaram os híbridos.

Dolphin, da BYD, foi lançado no mercado brasileiro em 2023, a R$ 149.000,00.

Venda de carros elétricos no Brasil bate recorde em 2023, diz associação.

Vendas cresceram mais de 90% em comparação a 2022.

Anúncio de aumento de impostos fez vendas se anteciparem.

As vendas de veículos elétricos leves no Brasil atingiram um patamar recorde de quase 94 mil unidades em 2023, informou em 03/01/24 a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Os emplacamentos do ano passado somaram 93.927, de acordo com a associação, um aumento de 91% em relação às vendas de 2022 (49.245).

Em dezembro, as vendas de carros elétricos alcançaram 16.279 unidades, crescimento de 191%.

Segundo a ABVE, os números de 2023 indicam uma transformação no mercado de veículos eletrificados no Brasil, impulsionada pelos veículos plug-in (com recarga externa das baterias).

Esses veículos representaram 56% das vendas de veículos elétricos leves em 2023, totalizando 52.359 unidades e superando os híbridos convencionais, conforme destacado pela ABVE.

O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, atribuiu o recorde de 2023 a diversos fatores, incluindo o aumento anunciado do imposto de importação de veículos elétricos e híbridos a partir de janeiro. Essa medida provocou uma antecipação nas vendas durante o último bimestre de 2023.

“Os números indicam principalmente uma sensível evolução desse mercado este ano, com os veículos plug-in chegando a dois terços das vendas em dezembro, confirmando a confiança e a preferência cada vez maior do consumidor pelas novas tecnologias”, afirmou Bastos.

Veja também: CNN entrevista CEO da BYD, Stella Li assistindo ao vídeo: https://youtu.be/Jn02wyREepg

Em dezembro, os veículos plug-in responderam por 70% das vendas totais de veículos eletrificados, sendo 11.371 unidades de um total de 16.279, segundo a entidade.

(cnnbrasil)