segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Brasil tem potencial para liderar a transição energética

O Brasil como líder mundial

O país tem uma ampla matriz energética renovável, um setor agropecuário competitivo e um forte setor de pesquisa agropecuária. Com o apoio do governo e da iniciativa privada, o Brasil pode acelerar a transição energética e contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Brasil pode liderar agenda de biocombustíveis essencial para transição energética global.

O Brasil reúne as melhores condições para ser um dos maiores produtores de energia sustentável, pois, além da extensão territorial, possui um excelente regime de incidência solar, de ventos, produção de etanol e disponibilidade de água

Recentemente, São Paulo registrou um “apagão” de energia. Primeiro pelo elevado consumo devido ao calor extremo que sobrecarregou o sistema de energia, posteriormente, as chuvas torrenciais deixaram sem luz vários municípios do interior do Estado, bem como inúmeros bairros da capital paulista.

Também recente, foi o registro do primeiro voo transatlântico (Londres – Nova York) da empresa Virgin Atlantic (Richard Branson), utilizando combustível sustentável de aviação (SAF, em inglês), composto de 88% de gorduras residuais e de 12% de açúcares vegetais.

Em 30/11/23 teve início em Dubai (Emirados Árabe Unidos) a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima de 2023, a chamada COP 28, que tem por objetivo debater e propor soluções concretas para abrandar os efeitos do aquecimento global.

O protagonismo do Brasil na transição energética

A pergunta que não quer calar é: o que esses eventos bem distintos têm em comum? A resposta que une os acontecimentos citados é a palavra energia.

Desde a descoberta do fogo, passando pela Revolução Industrial e ao alvorecer da Inteligência Artificial, a humanidade tornou-se dependente da energia para a sua sobrevivência e qualidade de vida. O caso de São Paulo confirmou essa afirmação.

O possível exaurimento das fontes de energia não renováveis e o seu impacto no clima decorrente do seu expressivo consumo, conduziram a busca de fontes alternativas sustentáveis com o menor choque ambiental.

Nesse sentido, o Brasil reúne as melhores condições para ser um dos maiores produtores de energia sustentável, pois, além da extensão territorial, possui um excelente regime de incidência solar, de ventos, produção de etanol e disponibilidade de água.

Assim, por exemplo, regiões do semiárido, consideradas inviáveis sob o ponto de vista econômico, porém com elevada incidência de insolação solar, poderiam se tornar uma expressiva fonte produtora de energia fotovoltaica visando à promoção de um salto de qualidade de vida para os habitantes locais, fruto da exploração dessa energia renovável.

Por fim, voltando os olhos para a COP 28, o que chama atenção é que seu anfitrião é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Percebe-se, então, que sua adesão a esse evento tem um olhar futurista, que sem abandonar a sua principal riqueza (o petróleo), já constrói as bases da sua possível substituição. Fica a dica para todos nós! (ecodebate)

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