No inicio, a plantação de Jatropha não é economicamente interessante, pois há pouca renda nos primeiros 2 a 3 anos.
Os preços atuais estão baixos, pois ainda não há oferta firme no Mundo e que permite garantir um Suprimento constante de forma a ampliar a demanda.
No Brasil será necessário aproveitar-se o momento de ótimos preços pagos nos leilões da ANP (US$ 1,35/litro) para desenvolver o Setor, em especial as produções da Agricultura Familiar, enquanto se esperam a consolidação e a ampliação do mercado Mundial e que ocorrerá de qualquer forma, sobretudo, à medida que o petróleo se tornar ainda mais escasso.
Na índia, o preço do diesel é de US$ 1 por litro e o biodiesel de Jatropha tem de ser inferior para ser competitivo. Segundo a ECOWORLD, o preço de venda local em abril de 2008 era de US$ 0,56/litro.
Em junho/2008, a referência mundial de preço do óleo de pinhão-manso era de 1/3 do barril de petróleo. Então, o barril com 159 litros de Jatropha valia apenas US$ 43 ante US$ 122,30 do barril de óleo cru.
Em fevereiro/2009, com certa perda de referência no preço do petróleo, o barril de óleo de pinhão valia entre US$ 34 e US$ 48 o que pela média de US$ 42 era igual a US$ 265/mil litros. Segundo cotações do Bulkoil (www.bulkoil.com), o preço de compra no Japão era de US$ 360/t.
No Camboja, desde 2008, a Panasia Biofuels Corporation, através de sua subsidiária Anchor Bioenergy Co. Ltd. iniciava o cultivo de 65 mil há de pinhão-manso em Sistemas de integração em terras arrendadas do Governo por 99 anos e em módulos de 10 mil há. O Projeto vai gerar 300,0 mil novos empregos por ano.
As produções de pinhão ocorrerão com fertilizantes próprios. A densidade de plantio será de 1.080 plantas por hectare e cada planta poderá produzir 6 kg/ano, mediante adubação, o que permitirá colher 7 t/há/ano e com 28% de rendimento de óleo. Com isto cada 1 hectare permitirá produzir 2.183 litros mais 5 toneladas de torta e mais 350 kg de glicerol. A biomassa restante (450 mil t/ano) será queimada para produzir 55 MW de energia elétrica para uso próprio e vendas para o mercado.
O biodiesel deverá ser vendido por US$ 0,75/litro (metade do preço atual do Brasil e certa referência mundial futura de preço de equilíbrio, inclusive com tendências de recuos, e levando a não mais se utilizar a soja, a canola e o girassol). Já a torta e o glicerol devem ser comercializados por US$ 200/t, o que permitirá renda bruta de US$ 2.630 por hectare e o inicio do retorno com 5 anos. A margem bruta estimada pela Panasia é de 61%. No longo prazo, a tendência do biodiesel é chegar próximo a US$ 1/litro, à medida que ocorra a escassez confirmada de petróleo. Para 2011, esperava-se que o consumo de biodiesel na Ásia chegasse a 8 bilhões de litros/ano, ante 1,1 bilhão ocorrido em 2007. Os principais clientes compradores serão a GM, BP, Shell e US Navy.
Na sul da China, o Grand Forest Resources Group Lt. estava plantando 41.000 mil ha de pinhão-manso.
Na Indonésia, a segunda maior Empresa estatal produtora de petróleo na China, SINOPEC GROUP, investia US$ 5 bilhões no cultivo de Jatropha e de palma.
Na África, Índia e Sudeste da Ásia, a BP + D1 já planejavam chegar a 50.000 hectares de cultivos de pinhão e com investimentos de US$ 200 milhões.
Um comentário:
parceria BP e D1 não existe mais faz tempo.Creio que o artigo q vc traduziu está vencido,apesar de ter sido bom quando saiu.
Parabéns pelo blog e pela linda família
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