Os pesquisadores do departamento de engenharia química e de materiais da Universidade de Nevada, em Reno, que no ano passado mostraram ao mundo que era possível produzir biodiesel a partir do pó de café, estão de volta. Agora, é a vez das penas de galinha.
Num artigo, publicado no The Journal of Agricultural and Food Chemistry, Mano Misra, Susanta K. Mohapatra e colegas descrevem como extraíram gordura de penas processadas e a converteram em um biodiesel de boa qualidade.
As penas processadas, que são comumente usadas como fertilizantes ou alimento animal, são um subproduto da produção de aves em grande escala - e muitas vezes incluem sangue e vísceras. A mistura pode conter até 11% de gordura.
Os pesquisadores extraíram a gordura fervendo o alimento em água e convertendo-o em biodiesel por um processo chamado transesterificação.
Eles dizem que, somente nos Estados Unidos, há penas processadas em quantidade suficiente para produzir cerca de 560 milhões de litros de biodiesel anualmente. Isso é apenas uma gota num balde, mas os pesquisadores apontam que a maior parte da atual produção de biodiesel usa óleo vegetal - e, à medida que cresce a demanda pelo combustível, crescem as chances de haver competição por óleo entre uso alimentar e combustível.
Por isso, os pesquisadores afirmam ser importante buscar fontes alternativas para a produção de biodiesel - com o objetivo, como eles mesmos colocam, de "comida para a fome, lixo para combustível".
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