A cidade de São Bernardo do Campo (SP), no ABC paulista, vai gerar energia limpa por meio da incineração do lixo que não é reciclado. A prefeitura adotou um sistema que vai gerar cerca de 30 MWh de energia. A geração do Sistema de Processamento e Aproveitamento de Resíduos e Unidade de Recuperação Energética (SPAR-URE) será suficiente para abastecer a Iluminação Pública e domicílios de uma cidade, que possui cerca de 300 mil habitantes. Segundo a prefeitura de São Bernardo do Campo, os investimentos ficarão entre R$ 450 milhões e R$ 600 milhões. O excedente também poderá ser comercializado no mercado ou utilizado para a redução de custos da prefeitura com limpeza pública.
A licitação para a instalação da usina de recuperação de energia está em andamento e será feita por meio de uma parceria público privada. A proposta apresentada pelo consórcio SBC Valorização de Resíduos Revita e Lara foi habilitada e encontra-se em fase de análise técnica e comercial. O contrato deve ser assinado no primeiro semestre deste ano.
O SPAR-URE deve ser instalado em uma área do antigo Lixão do Alvarenga, com cerca de 90 mil metros quadrados, que deverá ser recuperado. O sistema foi elaborado a partir das diretrizes da Conferência Municipal de Saneamento Ambiental, realizada em 2010, e definido no plano municipal de resíduos sólidos.
São Bernardo gasta R$ 14 milhões por ano para descartar 100% de resíduos sólidos no aterro Lara, em Mauá. Atualmente, são geradas 700 toneladas de lixo por dia em São Bernardo, sendo 45,8% de matéria orgânica, 1,3% de madeira, 20,4% de papel/papelão, 16% de plástico, 3% de metais, 2% de vidros, 4,4% de fraldas descartáveis, 5,6% de materiais têxteis/couro/calçados, 1,4% resíduos de construção civil e 0,22% de resíduos especiais. (ambienteenergia)
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