Usinas de Angra precisam de equipamentos para resfriamento de reatores, diz relatório
Documento elaborado pela Eletronuclear atesta, porém, que usinas têm condições de aguantar eventos climáticos extremos.
Um relatório elaborado pela Eletronuclear, a pedido da Comissão Nacional de Energia Nuclear, concluiu que as usinas nucleares Angra 1 (RJ - 640 MW) e Angra 2 (RJ - 1.350 MW) têm condições favoráveis para aguentar acidentes decorrentes de catástrofes naturais extremas, como as que ocorreram na central nuclear de Fukushima, no Japão, no ano passado.
Porém, apesar das condições favoráveis da central nuclear de Angra para enfrentar eventos extremos, o relatório conclui que as duas unidades precisam de meios para conexão rápida de equipamentos móveis - como grupos diesel, moto bombas e unidades de refrigeração portáteis - como forma alternativa de resfriamento do reator e das piscinas de combustível. A Eletronuclear informou que já está viabilizando a aquisição destes equipamentos, com previsão de disponibilizá-los em até um ano.
O documento prioriza ainda a implantação das guias de gerenciamento de acidentes severos, que orientam as ações dos operadores e das equipes de emergência no caso de ocorrência de acidentes desta gravidade. Todos estes trabalhos já estão em curso, com previsão de conclusão em um prazo de 24 meses.
O relatório segue a mesma metodologia adotada pelo setor nuclear em todo o mundo. Segundo a Eletronuclear, isso permite uma comparação direta dos resultados das avaliações com usinas similares. O documento também será avaliado por especialistas do Foro Ibero-americano de Organismos Reguladores Nucleares, conjuntamente com os relatórios das demais empresas operadoras dos outros países ibero-americanos.
O relatório chegou a conclusões como a ausência de risco para a central nuclear de Angra dos Reis no que diz respeito a tsunami; a central está instalada em região de baía, em água protegidas, e o projeto do molhe de proteção tem margens de segurança consideradas adequadas contra o risco de marés e ondas elevadas; as usinas estão localizadas em região de baixa sismicidade, e o projeto da planta para resistir à ocorrência de terremotos tem margens adequadas de segurança. Já as avaliações sobre as consequências de chuvas torrenciais com deslizamento de encostas no entorno da central são bastante conservativas, porém o relatório identifica a oportunidade de ampliar ainda mais as margens de segurança do projeto. (canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário