Novo modelo de geração de energia em empreendimentos urbanos
é visto com otimismo por prestadores de serviços do setor
Gerar energia eólica ou captar a energia solar nos centros urbanos, em
empreendimentos como condomínios e parques, é uma perspectiva que tem deixado
animadas empresas prestadoras de serviços do setor de energia no País. Pedro Cavalcanti, diretor
de Engenharia da Multiempreendimentos, adianta que o sistema está em processo
de estudo junto à Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e deve trazer novidades importantes para o mercado.
"Com essa possibilidade, uma nova fronteira está se
estabelecendo na geração de energia
brasileira. Isso irá fomentar negócios tanto na área de equipamentos para
geração de energia quanto na de
consultorias para instalação das estruturas", comentou Cavalcanti, que
participou do comitê de Energia da
Amcham-Recife.
O executivo explica que, com a instalação de geradores de energia eólica
em empreendimentos urbanos, eles poderão aproveitar a energia produzida e ainda repassar a parte
não consumida para o sistema elétrico. “Este excedente será transformado em
créditos; assim, quando não houver vento, bastará abatê-los do que foi
fornecido ao sistema anteriormente”, apontou.
Cavalcanti aponta que o novo sistema estará disponível para
empreendimentos com capacidade instalada acima de 1.000 kW (kilowatts).
Para locais onde não se aproveite o vento, o caminho
alternativo será a instalação de painéis fotovoltaicos para captação solar.
“Acredito que em março ou maio a Aneel já deve publicar o
marco regulatório desse novo modelo de compra e venda de energia e estamos otimistas para as
possibilidades de negócios que virão”, afirmou o diretor da
Multiempreendimentos.
Mercado eólico aquecido
Cavalcanti comentou que o mercado brasileiro está bastante
aquecido para companhias que atuam na geração de energia eólica.
“Fatores como o grande potencial que temos para explorar fontes de energia renováveis e as recentes declarações
do governo que sinalizam uma prioridade para essas fontes são excelentes para o
segmento”, comemorou.
“Ainda temos como outro fator positivo. A crise na Europa
tem forçado fabricantes e fornecedores de equipamentos para geração de energia eólica
a procurarem mercados emergentes como o Brasil para investir”, comentou
Cavalcanti. (amcham)
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