De acordo com os modelos numéricos de previsão do tempo e do
clima, estas regiões deverão ter uma continuidade da chuva irregular pela
frente, impedindo o abastecimento adequado dos reservatórios de energia do
Brasil. A expectativa é de temporais isolados e irregulares, a exemplo do que
já ocorreu no mês de dezembro e neste começo de janeiro. Isso significa poucos dias
com chuva muito forte e vários dias sem chuva, ou com precipitação esparsa e
fraca.
De acordo com Alexandre Nascimento, meteorologista da
Climatempo, este tipo de chuva não é a ideal para a situação atual das reservas
hidrelétricas. “Para resolver o problema, deveria ocorrer a formação de um
fenômeno meteorológico conhecido tecnicamente como ZCAS (Zona de Convergência
do Atlântico Sul) para haver a recuperação dos reservatórios do Sudeste e do
Nordeste. E as condições estão, neste exato momento, desfavoráveis a essa
ocorrência”, explica.
Para que houvesse a recuperação plena, ou ao menos
satisfatória dos reservatórios, o tempo deveria fechar agora e deixar as
regiões com três ou quatro semanas sem sol e debaixo de muita chuva. De acordo
com a Climatempo, porém, não é isso que deve acontecer. Há a possibilidade de
chuva até o dia 10 de janeiro, mas depois, seguirá um período mais seco e
quente e, apenas no fim do mês, volta o período mais úmido novamente.
Ainda segundo Alexandre, o problema não para por aí. “Sem a
formação de alguns períodos com ZCAS, devemos fechar janeiro e fevereiro com
menos chuva do que o normal. Depois não deve haver recuperação, pois já devemos
entrar no período climatologicamente mais seco. Ou seja, os reservatórios devem
deixar o período úmido com menos de 40% de sua capacidade total e a “bomba”
pode vir ao longo do ano de 2013”, conclui. (ambienteenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário