Expansão da fonte foi de 2,2 GW o que colocou o país em 9º
lugar no ranking global de capacidade instalada, investimentos somaram US$ 5,4
bilhões.
A
Associação Brasileira de Energia Eólica apresentou em 04/05/17 o Boletim Anual
de Geração Eólica com os dados do setor no ano de 2016. Nesse ano o Brasil
alcançou o quinto lugar em termos de instalação de capacidade nova de geração
com 2,2 GW, perdeu uma posição em relação ao ano de 2015, sendo ultrapassado
pela Índia que acrescentou 3,6 GW. No geral o país terminou dezembro com 10,74
GW em parques eólicos, sendo o 9º maior mercado para a fonte. Atualmente está
com volume bem próximo de 11 GW, apenas 900 MW a menos que o 8º colocado, o
Canadá que fechou 2016 com 11,9 GW.
De acordo
com os dados compilados pela entidade que representa o setor, os parques
eólicos em operação no Brasil geraram 33,15 TWh ao longo dos 12 meses, aumento
de 55% ante 2015. Esse volume, para efeitos de comparação, poderia atender a quase
todo o consumo do estado de São Paulo, que ficou em 38,2 GWh de acordo com
dados do Balanço Energético Nacional do ano passado. Os maiores meses de
crescimento foram setembro e outubro com quase 5 GW médios produzidos,
sendo que alcançou média de 3.772 MW médios no ano.
O fator
de capacidade médio de 2016 ficou em 40,7%, isso ao considerar os parques
existentes do Proinfa, que reduzem esse indicador. Segundo o diretor técnico da
ABEEólica, Sandro Yamamoto, somente os parques contratados por meio de leilões
esse índice estaria na casa de 50%. Em termos mensais, o fator de capacidade de
setembro e outubro foram os mais elevados com 52% e 51,1%, respectivamente. Os
mais baixos, como tradicionalmente ocorre, foram registrados no primeiro
trimestre sendo janeiro 22,9%, fevereiro e março com 32,1%. Mesmo assim,
destacou a presidente executiva da associação, Elbia Gannoum, os índices
nacionais são muito melhores que o de outros países, a média mundial não chegou
a 25%.
Nos cálculos da ABEEólica
os investimentos do setor alcançaram US$ 5,4 bilhões, que a um câmbio de R$
3,20, para fins de comparação, daria um valor aproximado de pouco mais de R$ 17
bilhões de aportes. Esse montante só perde para os valores de 2014 que ficaram
em US$ 5,9 bilhões.
Ainda
entre os números de destaque do ano, a associação apontou os recordes de
geração no submercado Nordeste alcançado em 5 de novembro quando a produção
média diária da fonte ficou em 5.077 MW médios, um fator de capacidade de 69%.
Segundo a entidade, nesse dia, 52% de toda a energia consumida no Nordeste veio
da força dos ventos. Na outra região onde está concentrada a geração eólica, o
Sul do país contou com 1.191 MW médios em 30 de outubro. Em termos nacionais, o
recorde foi registrado em 2 de outubro, quando o SIN teve 6.632 MW de geração
instantânea às 7h56 com fator de capacidade de 75%. Neste dia e horário 15% da
energia era de eólicas.
“A curva
de geração eólica é caracterizada por uma menor produção no primeiro semestre e
os maiores volumes ocorrem na segunda metade do ano. Agora é só esperar os
novos recordes que serão registrados esse ano como tem sido usual, com o
aumento da capacidade instalada no país”, comentou a presidente executiva da
ABEEólica a jornalistas.
Segundo os dados da
entidade, que são atualizados mensalmente, a previsão é de que ao final desse
ano o país alcance uma capacidade instalada de 13,2 GW, ou seja, se essa
previsão se confirmar o país terá aumentado a oferta da fonte em cerca de 2,5
GW. Ao final de 2020 o país deverá ter 17,3 GW ao descontar os 661 MW que
constam em um campo como sem previsão de entrega. (canalenergia)
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