Estudo
da consultoria Make aponta aumento da competitividade das fontes renováveis.
Desenvolvimentos
tecnológico, ganhos de escala e concorrência agressiva são os pontos que vem
reduzindo os custos de geração eólica e solar.
Um relatório da consultoria Make aponta que os recordes em
termos de preços baixos apresentados em leilões nos anos de 2016 e 2017 para as
fontes solar e eólica apontam o incremento da competitividade das renováveis.
Entre os principais pontos que direcionam a esse desempenho estão os
desenvolvimentos tecnológicos, ganhos de escala e concorrência agressiva, que
vem entregando um custo de eletricidade comparável (LCOE, na sigla em inglês)
cada vez mais baixo em comparação às fontes de geração que se utilizam de
combustíveis fósseis.
O LCOE é uma medida que
compara diferentes formas de geração de energia de forma consistente. Trata-se
de uma avaliação econômica do custo total médio para construir e operar um
ativo de geração ao longo de sua vida útil dividido por sua produção total de
energia ao longo desse período.
Segundo a pesquisa da
consultoria, o LCOE para eólicas e solar nos Estados Unidos é competitiva,
inclusive, ambas estão praticamente no mesmo patamar. O índice para a eólica
naquele país deve-se à qualidade dos ventos, economia de escala no Texas e no
Norte, próximo ao Canadá. Além disso, o lançamento da mais recente geração de
pás e práticas avançadas de O&M permitem alcançar níveis mais baixos desse comparativo, considerado um
fator importante nesse momento em que o governo federal tem tirado os
incentivos das renováveis.
Nas demais regiões das
Américas que estão no alvo da Make, o Brasil aparece em uma posição que aponta
um custo mais elevado que o México em decorrência da dinâmica de sua cadeia de
produção. E ainda há o risco cambial significativo que vem elevando o LCOE para
eólica e solar e podem impactar essa geração no longo prazo.
Já o mercado offshore europeu experimentará uma melhoria
significativa no LCOE nos próximos cinco anos devido aos investimentos em
infraestrutura no Mar do Norte, à mais recente geração de turbinas com 7 MW de
capacidade e à otimização das práticas de O&M, um fator considerado
fundamental para os recentes contratos colocados em leilão. As economias de
escala, aponta a Make, têm contribuído para reduzir o LCOE que neste caso
deverá convergir com outras tecnologias até 2022. (canalenergia)
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