segunda-feira, 26 de junho de 2017

Aumento da competitividade das fontes renováveis

Estudo da consultoria Make aponta aumento da competitividade das fontes renováveis.
Desenvolvimentos tecnológico, ganhos de escala e concorrência agressiva são os pontos que vem reduzindo os custos de geração eólica e solar.
Um relatório da consultoria Make aponta que os recordes em termos de preços baixos apresentados em leilões nos anos de 2016 e 2017 para as fontes solar e eólica apontam o incremento da competitividade das renováveis. Entre os principais pontos que direcionam a esse desempenho estão os desenvolvimentos tecnológicos, ganhos de escala e concorrência agressiva, que vem entregando um custo de eletricidade comparável (LCOE, na sigla em inglês) cada vez mais baixo em comparação às fontes de geração que se utilizam de combustíveis fósseis.
O LCOE é uma medida que compara diferentes formas de geração de energia de forma consistente. Trata-se de uma avaliação econômica do custo total médio para construir e operar um ativo de geração ao longo de sua vida útil dividido por sua produção total de energia ao longo desse período.
Segundo a pesquisa da consultoria, o LCOE para eólicas e solar nos Estados Unidos é competitiva, inclusive, ambas estão praticamente no mesmo patamar. O índice para a eólica naquele país deve-se à qualidade dos ventos, economia de escala no Texas e no Norte, próximo ao Canadá. Além disso, o lançamento da mais recente geração de pás e práticas avançadas de O&M permitem alcançar níveis  mais baixos desse comparativo, considerado um fator importante nesse momento em que o governo federal tem tirado os incentivos das renováveis.
Nas demais regiões das Américas que estão no alvo da Make, o Brasil aparece em uma posição que aponta um custo mais elevado que o México em decorrência da dinâmica de sua cadeia de produção. E ainda há o risco cambial significativo que vem elevando o LCOE para eólica e solar e podem impactar essa geração no longo prazo.
Já o mercado offshore europeu experimentará uma melhoria significativa no LCOE nos próximos cinco anos devido aos investimentos em infraestrutura no Mar do Norte, à mais recente geração de turbinas com 7 MW de capacidade e à otimização das práticas de O&M, um fator considerado fundamental para os recentes contratos colocados em leilão. As economias de escala, aponta a Make, têm contribuído para reduzir o LCOE que neste caso deverá convergir com outras tecnologias até 2022. (canalenergia)

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